BRASIL . RIO DE JANEIRO . GRÃO PARÁ, EM COPACABANA – Voo Direto Belém/Rio.

INÍCIO DE CONVERSA

Assim que começaram a ajeitar a Loja Grão Pará de Copacabana, em setembro de 2017, fiquei de olho para saber no em que se transformaria a loja de artigos religiosos que funcionara ali naquele mesmo lugar.
A Grão Pará é uma loja bem apanhada na rua Barão de Ipanema, em Copacabana, especializada em gostosuras from Pará. Fez tanto sucesso, que em 6 meses já vão ampliar suas instalações e reformar a loja existente. A própria vitrine é um convite para quem quiser deliciar-se com iguarias nortistas tão cantadas em verso e prosa.

 

 

AS REFERÊNCIAS

são as melhores possíveis. Andréia e Zelma, ex vizinhas da loja, provaram, aprovaram e assinam embaixo do que proclamam os educadíssimos e simpáticos funcionários a respeito de qualquer item do cardápio.
Andréia, natural do Pará, é categórica em afirmar que a unha de caranguejo, o tacacá e o açaí com farinha de tapioca são imperdíveis. Segundo as amigas, há uma senhora paraense conhecida de ambas que, praticamente, bate ponto diariamente na Grão-Pará.

À direita de quem entra, passado o segundo portal, ou seja, a vitrine recheada de tentações, está a imagem de N. S. de Nazaré com o Menino, o maior ícone religioso do Estado do Pará.
A loja fica em frente à Igreja de São Paulo Apóstolo. Portanto, você nem precisa comer rezando, porque na Grão-Pará você estará prá lá de abençoado.

Desenhos que nos remetem à pintura e artesanato indígenas emolduram os cardápios pintados nas paredes com muita originalidade e bom gosto.
E por falar em gosto, sem trocadilhos, sabores é o que não faltam na loja. A seleção começa no açaí – fruta que conquistou o paladar do carioca -, passa pelo café que em breve deixará de ser expresso e passará a ser aquele tão solicitado carioquinha, e termina na água mineral e nos sucos de graviola, bacuri, cupuaçu, taperebá, muruci, bacaba e mangaba.

 

A casa trabalha com cervejas tradicionais, mas a especialidade fica por conta das artesanais. Vejam só:
A casa trabalha com cervejas tradicionais, mas a especialidade fica por conta das artesanais. 

 

Na Grão Pará você também encontra molhos, bombons, geléias…

 

…tucupi de um litro…

 

…camarão seco de diversos tamanhos e em quantidades variadas.

 

Não falta na-da! É aqui que os paraenses matam a saudade do sabor de sua terra e quem nunca viu e não sabe o que é, prova, se apaixona e fica logo íntimo.
Não falta na-da! É aqui que os paraenses matam a saudade do sabor de sua terra, e quem nunca viu e não sabe o que é acaba provando, se apaixona e logo fica íntimo.

 

 

Farinhas de mandioca, branquinhas, e a famosa farinha de Bragança fabricada artesanalmente no litoral paraense.
Farinhas de mandioca, branquinhas, e a famosa farinha de Bragança fabricada artesanalmente no litoral paraense.

 

 

Claro, os doces, geléias e sorvetes não poderiam faltar, além do artesanato super decorativo, e as tradicionais águas de cheiro.
Claro, os doces, geléias e sorvetes não poderiam faltar, além do artesanato super decorativo, e as tradicionais águas de cheiro.

 

VOCÊ SABE O PORQUÊ de UMA FARINHA SER CHAMADA D’ÁGUA?

É porque a fermentação da mandioca acontece dentro d’água. Como dizem no norte e nordeste do Brasil, durante esse período de aproximadamente 4 dias ela fica “pubando” (fermentando) em igarapés ou tanques.
Após esse tempo ela é descascada e ainda pode permanecer dentro d’água por mais 2 dias.
Só depois desse ínterim ela é então levada para a casa de farinha, onde será triturada em u’a máquina chamada catitu ou amassada com as mãos. Afinal, a mandioca está amolecida e por isso esse processo torna-se menos difícil.
O passo seguinte é espremê-la no tipiti – um espremedor de palha trançada – ou então em sacos.
Retirada a água, ela é peneirada para ficar soltinha e então torrada.

O SABOR

é decorrente do tempo em que permaneceu submersa e da torra.
A farinha deve ser levada ao tacho ainda úmida para ser escaldada. Nessa fase de fabricação ela é mexida manualmente: trata-se do pré-cozimento, que antecede a torrefação. Esses estágios garantirão a crocância da farinha.

A COR

amarelada não se deve a corantes. Nada disso! Deve-se à espécie de mandioca utilizada.

 

Como o movimento da Grão-Pará é muito grande, a garantia de se adquirir mercadorias de qualidade é de 100%.
Como o movimento da Grão-Pará é muito grande, a garantia de se adquirir mercadorias de qualidade é de 100%.

 

OS PRATOS TÍPICOS

com que a casa trabalha variam:  Filhote no tucupi,  Filhote frito, Caldeirada de pescada amarela, Pirarucu de casaca, Galinha no tucupi,  Camusquim – prato de talharim com camarão em molho branco.

Outras sugestões anotadas por um dos funcionários são as seguintes:
1 – O Tacacá – iguaria feita do caldo da mandioca, servida com folhas de jambu (aquela que anestesia a boca), goma e camarão seco.
2 –  Polpa de açaí e/ou graviola, acompanhada por farinha de tapioca.
3 –  Ah! Quase ia me esquecendo das casquinhas e das patinhas de caranguejo, que você poderá saborear com os deliciosos sucos típicos paraenses. Foi o que fiz ontem à tarde: passei na loja e levei para casa 5 patinhas de pura carne de caranguejo. 

Deleitei-me com um prato desses na década de 70, em Manaus, servido em uma cuia. Comprei-o em uma carrocinha estacionada em frente a uma igreja do Centro da cidade e não contei tempo: encostei-me na grade da igreja e mandei ver. Ô delícia!

No mais, é agradecer ao deus em que você acredita por esses momentos lindos, e não se esquecer de que a Grão-Pará também trabalha com produtos decorativos e informa anualmente, com belos cartazes, a data da festa do Círio de Nazaré.

Bom demais!