BRASIL . ROTA DAS EMOÇÕES Com PAULO OFF ROAD JERI – 4º Dia: De JERICOACOARA, CE, a LUIZ CORREIA, PI + Mangue Seco, Lagoa Grande, Camocim e Chaval.

4º DIA na ROTA – DE JERICOACORA(CE) à LUIZ CORREIA (PI). 

A surpresa começou na recepção do Carnaubinha Praia Resort, onde embarcamos com nossos pertences em um veículo do tipo que servem jogadores de golf.
Além deste conforto, contamos com o abraço carinhoso de um conjunto de sofás do qual não tive a menor vontade de me levantar. Por mim, passaria a noite ali mesmo. Fora isso, na vitrine da butique da recepção vimos artigos variados para o hóspede curtir a praia, incluindo a garotada, claro. 

SEGUEM OS MAPAS DO ROTEIRO 
ATENÇÃO! O mapa informa o trajeto habitual pelas rodovias estaduais!
Acontece que Paulo Rocha substitui as rodovias CE-085 e boa parte da CE-402 beirando o mar até chegar a Camocim.

 

Jeri, que aparece ao longe na foto tal qual um oásis, alimenta a fantasia de muitos turistas que ainda não a conhecem.

 

O céu espelhado na areia.
O céu espelhado na areia.


Aceitamos de pronto a sugestão de Paulo Rocha, ou seja, uma passada sem nenhuma pressa pela Lagoa Grande, em nossa ida para Luis Correia.
O que acontece? De Jericoacoara a Camocim são apenas 3 horas de viagem. Daí, para o viajante não perder um dia de sua permanência na Vila de Jericoacoara, só para conhecer a lagoa que substituiu a famosa Tatajuba, Paulo a incluiu no roteiro de ida para Luiz Correa, onde nos hospedamos no Carnaubinha Praia Resort.


No dia de nossa partida de Jericoacoara para Luiz Correia, antes do horário marcado, 8.30 h, Paulo já estava parado na porta do Hotel Villa Beija Flor.

Na foto acima, três tipos de condução que circulam por Jeri. Desta vez fizemos uso das três e mais um buggy – o meio de transporte mais comum.

 

Jericoacoara ficando cada vez mais para trás. É o Rio Guriú (foto) que separa os municípios de Jeri e Camocim.

Devidamente paramentados com roupas de praia, embarcamos e fomos direto para a Lagoa Grande. 

Para saber mais a respeito de um tico do trajeto, clique aqui. E para saber como é a travessia do rio, veja-a neste breve vídeo – a travessia é mais rápida ainda.


APÓS CRUZAR o RIO GURIÚ

chega-se à Mangue Seco, localidade bastante modificada nos últimos 5 anos. Honestamente? Não apreciei as novidades…
Em minha opinião prá lá de inoportuna, penso que a criação deste ponto foi desnecessária. Em primeiro e em segundo lugar, devido à proximidade e semelhança com o que você encontrará em seu destino, a Lagoa Grande.

 

COMO CHEGAR À LAGOA

Há um caminho alternativo que se resume em uma viagem. Só prá você ter uma idéia, de Jeri à Luis Correa, no Piauí, são 3 horas de percurso; e para sair de Jeri e chegar ao Lago Grande, sem passar pelo Mangue Seco, são 2 horas!
O passageiro sairia (já vou logo colocando o verbo no condicional que é para você não cair nessa) da Vila de Jericoacoara, iria para Jijoca, passaria por Parazinho, para depois então decidir se continuaria até Lago Grande e/ou Tatajuba. Dê uma olhada no mapa e entenda o porquê do roteiro que Paulo Rocha fez por Mangue Seco.


Roteiro Vila de JericoacoaraLago Grande:

Roteiro Vila de Jericoacoara/Tatajuba:

 

IMPORTANTE!

Para entender Mangue Seco, imagine uma linha reta entre Jericoacoara e Tatajuba, atravessando o Rio Guriú – foi nosso roteiro! Não sendo assim, observe no mapa a imensa volta que teríamos que fazer para chegarmos ao mesmo lugar.
Quando digo que Paulo conhece a Rota das Emoções como ninguém, é porque tenho razão.

MANGUE SECO

A internacionalmente conhecida Praia de Mangue Seco era tocada unicamente pelo vai-e-vem das marés, e pela passagem ligeira de veículos – principalmente buggys que se destinavam à Lagoa de Tatajuba.

 

À exceção de marcas de pneus na areia, não havia outro sinal de  interferência do “ser” dito humano.
Refere-se a um lugar de beleza única, onde víamos, vez ou outra, algum apaixonado por imagens desembarcar de seu veículo para registrar o trabalho generoso e exuberante da natureza naquele lugar.


Ouvíamos o barulho do mar vindo de longe, bem como o assobio afinado do vento avaliar nossos ouvidos, além da variedade de canto de pássaros enternecer o mais empedernido dos corações. Mangue Seco é Mágico…

 

Passei algumas vezes pela Praia de Mangue Seco em ocasiões bem diferentes e admirava essa intocabilidade que imaginei ser eterna. Que bobagem!
Ao passar pelo mesmo caminho recentemente, agosto de 2018, senti um baque ao testemunhar a transformação que citei no início da postagem (e ainda bem que foi só em um trecho!).
Lançaram mão de pedaços de madeira – que inicialmente me pareceram ter origem no próprio mangue -, e construíram escadas, balanços, casas em árvores, pontos de vista e mais alguma coisa.
Estenderam redes, construíram bares/restaurantes, ponto de encontro dos guias turísticos e até uma barraca que vende artesanatos!

 

GRANDES E DESASTROSAS MODIFICAÇÕES

Guias não nivelam os auto-falantes de seus veículos e o resultado é uma provocação aos tímpanos mais sensíveis.
Há quem aprecie essa alegria toda? Claro! Como seria o mundo se todos gostassem das mesmas coisas?
A sensação que tive ao ver o conjunto da obra assim que chegamos, foi a de que levaram alguns turistas enjaulados até lá e em determinado momento alguém gritou: – SOOOLTA!!! 
E a partir daí, mermão… só quem viu é que sabe.

Havia gente subindo em árvores, outros se balançando, outros já aboletados em galhos, alguns se agarravam em escadas tentando subir nas árvores… Ói, paro por aqui para não escrever o que não devo.
O vídeo foi gravado em um momento tranquilo a fim de que não tivesse novo impacto ao rever as imagens. Lá vai! Clique aqui.

 

Segundo informações de Paulo Rocha, até a palha da carnaubeira que serve para cobrir as cabanas é fiscalizada.

 

ORIGEM E DESTINO DA PALHA E DA MADEIRA DA CARNAÚBA

Inconformada com o cenário perguntei a nosso guia e amigo qual a origem do madeiramento e ele me explicou o seguinte: que toda a madeira utilizada na preparação dessas estruturas é originada do sertão, incluindo a carnaúba, cujo corte é controlado pelo IBAMA, pela SEMACE (Secretaria de Meio Ambiente do Ceará), e pela Prefeitura.

O MANGUE
permanece intocável e essa estrutura do “parquinho” é trocada a cada dois anos por questão de segurança. Relaxei, mas só nas questões do controle dos materiais empregados. Agora, quanto à macacada…

CONTINUAMOS
em direção à Lagoa Grande, mas não sem antes passar pelas mesmas emoções que sentimos em 2013: subindo e descendo dunas, mas desta vez em um veículo de passeio e não em um buggy – menos confortável, mas tão maravilhoso quanto.

Continuamos nesse balé pelas dunas ainda por um breve tempo e logo chegamos à novidade: o Lago Grande, onde almoçamos.

Ao contrário de algumas lagoas da redondeza, a água do Lago Grande não é tão transparente quanto as que tivemos oportunidade de conhecer. Mesmo assim, “cada mergulho é um flash” como dizia uma personagem de antiga novela da TV.

A fila grande era para o esquibucho. A propósito: você sabe do que se trata? Não? Então clique aqui e rapidinho saberá.

A fila para curtir o esquibucho era enorme, mas a demora embaixo do Sol escaldante foi recompensada pelo mergulho nas águas tépidas da lagoa.

 

NOSSO ALMOÇO FOI EMBAIXO DE UMA BARRACA FINCADA NA AREIA DA LAGOA.

Neste cenário almoçamos um farto prato de Camarão com Salada e uma porção de Baião de Dois.
Vez ou outra sentíamos uma beliscada de um peixinho mais atrevido nas pernas, mas… fez parte. Afinal, sem precisar pensar muito, os intrusos éramos nós. Portanto, os incomodados que se mudassem.

 

QUEM COMIA O QUÊ

Enquanto os peixes mordiscavam nossas pernas, fazíamos o mesmo com os camarões. Era um beliscando abaixo da linha d’água e outro beliscando acima.
Uma casca que foi levada de um de nossos pratos pelos fortes ventos caiu na água, e antes que pudéssemos catá-la os peixes a atacaram com uma rapidez surpreendente até destruí-la.
Não demorou muito para que sentíssemos outra mordidinha nas pernas enquanto continuávamos a saborear os camarões, só que desta vez o ciclo não se fechou porque não deixamos mais nenhuma casca voar. Pa-rou! Lugar de lixo é na lixeira e fim de papo.

 

Não nos demoramos na lagoa, e assim que acabamos de almoçar partimos para Camocim. Essa pressa toda era porque ainda tínhamos que atravessar o Rio Coreaú, disputando apenas uma balsa, e seguir para Luis Correa.

Visto de poucos metros de distância, o Lago Grande faz lembrar um oásis tanto quanto Jericoacoara. Se repararmos bem, não deixam de ser.

 

 

Pelo caminho, observamos que as águas destas lagoas pelas quais passávamos na estrada eram limpas, mas a areia do fundo não tinha aquela brancura prometida em embalagens de alvejantes que víamos nas lagoas de Jeri.

 

Esta foto, por exemplo, foi clicada da janela do carro com auxílio de zoom. Mesmo distante, percebe-se a transparência da água. Eita natureza! …

Em determinado momento da viagem, Paulo sugeriu pegarmos um atalho a fim de verificar se poderíamos trafegar pela beira da praia. Caso a maré estivesse baixa, seguiríamos até a foz do Rio Coreaú beirando o mar.

NOTE BEM: Boa vontade não falta nesta criatura que faz tudo para agradar seus passageiros. Foi assim desde que nos conduziu pela Rota das Emoções pela primeira vez, em 2010.

A cascalhada por onde passamos para atingir o mar. Só mesmo nosso querido amigo não se importa com esse tipo de coisa. Se é prá chegar, para ele não há obstáculos.

 

Foto clicada com o carro em movimento. Por este atalho chegamos à beira do mar a fim de verificar as condições da maré.

 

Clique aqui para saber mais a respeito do tráfego na trilha da foto acima. É vapt-vupt.


NADA ACONTECE POR ACASO! É PRECISO ESTARMOS ATENTOS AOS SINAIS QUE O UNIVERSO NOS DÁ.
PARTICULARMENTE, ACREDITO PIAMENTE NISSO.


Quando aceitamos a sugestão de Paulo, não foi à toa. O que aconteceu? Ao chegarmos à praia, vimos que a maré estava alta e que não seria possível chegarmos à margem do Rio Coreaú trafegando pela beira do mar conforme imaginamos.
O lugar era lindo! Pedi permissão a nosso querido guiador para descer do carro, disparei algumas fotos e voltei.

 

Niqui Paulo terminou de manobrar o carro para voltarmos, ele parou e ficou observando uma Toyota, a primeira de cinco, que chegava pela esquerda ao mesmo ponto em que estávamos.
Sem titubear, Paulo Rocha afirmou que o motorista entraria em apuros e aguardou. E não é que o danadinho acertou em cheio?

O motorista não foi nada habilidoso; pelo contrário, era beeem atrapalhado. Ao invés de passar por cima da vegetação de sua esquerda, em terreno firme, o istepô tentou seguir em frente e ainda quase atropela um tronco de carnaubeira. Não entendemos nada.
Areia muito fôfa…, ele acabou ficando atolado, claro. E Paulo só olhando… A criatura tentou sair do atoleiro, mas a Toyota afundava cada vez mais. Era um tal de chegar prá frente e chegar prá trás, mas sem resultado algum.

Paulo então ofereceu ajuda porque percebeu que a turma era muito ruim de roda. Muito ruim, mesmo.
Neste carro havia mais 4 passageiros que não queriam sair da Toyota de jeito nenhum, alegando que estava muito calor. Em uma situação desta, eu, como motorista, seria meiga como um coice de mula e colocaria todos prá fora do carro. Seria o troco por não levarem em consideração a situação em que se encontravam! O comodismo foi ao extremo, e a falta de respeito foi total. E mais: uma das passageiras era uma senhora mais gorda que o Toyota.

Nosso amigo aproximou-se para ajudar, e logo de início usou de franqueza e disse-lhes, educadamente, que as passageiras estavam dificultando as manobras e que deveriam descer da Toyota o mais rápido possível. Clique aqui para saber alguns pormenores.
Aconteceu que, não se sabe por qual motivo, o motorista deu ré e o carro quase virou no desnível da praia.
Mô-quidu!…Na hora em que sentiram o perigo foi até engraçado: vimos uma explosão de gente prá tudo que é lado! Foi como se tivessem descoberto uma cobra dento do carro.
A primeira idéia seria amarrar uma corda nos dois veículos a fim de que Paulo puxasse a Toyota, mas abortaram a idéia mediante a sugestão de Paulo.


Ele orientou o motorista a entrar no carro, chamou dois pesos pesados que estavam nos outros veículos, e os três subiram no estribo do lado esquerdo.
Nosso amigo então instruiu o condutor para que virasse o volante em direção à beira da praia – o óbvio -, ao invés de insistir na manobra que estava fazendo e que não estava dando certo, ou seja, tentando subir o desnível.
Houve argumento, mas Paulo insistiu e foi essa manobra que salvou a situação, porque o peso dos três mosqueteiros garantiu que o veículo não cambalhotasse. Daí, “entre mortos e feridos, salvaram-se todos”. Ufa!

Felizes com a ajuda, retomamos nosso caminho e seguimos ao encontro do Rio Coreaú, nosso velho conhecido.

PAULO, QUEBRANDO UM GALHÃO!

Só uma balsa estava trabalhando, e quando chegamos havia alguns veículos na fila para atravessar; tratava-se de um grupo de viajantes.
Repentinamente, Paulo foi chamado para entrarmos com o carro na balsa; não entendemos…
Habilmente, sem que percebêssemos, nosso guiador entendeu-se com o líder desse grupo e pediu licença para embarcarmos antes deles, caso todos concordassem. Como tínhamos apenas um veículo para atravessar, o grupo nos obsequiou com esse embarque. Ficamos muito gratos.

Camocim ia se aproximando.

 

Av. Beira-Mar de Camocim.

O desembarque é na Avenida Beira-Mar.

CAMOCIM

na linguagem tupi-guarani significa “buraco ou pote para enterrar defunto”.
As temperaturas médias são em torno de 26 graus. No Verão, não costumam chegar a 32 graus, com minimas registradas de 29 graus; no Inverno, oscilam entre 21 e 22 graus aproximadamente.
Não há estação do ano definida naquela região; há, sim, o período das chuvas (de janeiro a junho) e o período da seca (de agosto a dezembro). Julho funciona como um intermediário entre ambos os períodos.

O município conta com belas atrações turísticas que a maioria dos visitantes nem desconfia que pertencem à Camocim. A Lagoa da Tatajuba é uma delas e a Praia de Guriú é outra.

Lembram de Mangue Seco, citado lá em cima? Pois é. Essa região próxima de Jericoacoara também pertence à Camocim.
Quando fizemos a Rota das Emoções com Paulo, em 2010, passamos por todas as praias do município. São belíssimas. Há ainda uma ilha, a Ilha do Amor, que não conhecemos.


EM CHAVAL,

cidade cearense localizada na fronteira com o Piauí, passamos pela Pedra da Gruta Nossa Senhora de Lourdes. 
Como chegar, história de sua construção e datas festivas, bata clicar no link.


Agradecemos por nossos momentos, pedimos proteção e prosseguimos viagem até Luis Correa, onde nos hospedamos em um resort excepcional chamado Carnaubinha Resort Hotel, assunto da próxima postagem.


1º dia na Rota: De Fortaleza a Jericoacoara.
2º dia na Rota: Jericoacoara – Lagoas do Paraíso e Azul.
3º dia na Rota: Jericoacoara.
5º dia na Rota: Piauí e Maranhão: De Carnaubinha Praia Resort a Barreirinhas.
6º dia na Rota: Barreirinhas e Circuito Lagoa Azul
7º dia na Rota: Santo Amaro do Maranhão
8º dia na Rota:Flutuação no Rio Formigas – Barreirinhas.
9º dia na Rota: De Barreirinhas (MA) a Jericoacoara (CE) – O Caminho de Volta e O Que Não Foi Visto na Ida.
10º dia na Rota: Uma Pocilga Chamada Hotel Samburá, em Fortaleza.


A Ex Bem Cuidada POUSADA D’AREIA.
– Divino Cafeteria no Centro de Barreirinhas – É Divina!
– Hotel Villa Beija-Flor, em Jericoacoara.
– Hotel Villa Terra Viva, em Jericoacoara.
– Conto de Fadas – Onde Comprar em Jericoacoara.
O Charme do Comércio de Jeri.
– O Quintal Mais Badalado da Vila.
– Onde Almoçar em Barreirinhas. Ou não.
-Como contatar PAULO ROCHA? Basta clicar neste link.


“Se as viagens simplesmente instruíssem os homens, os marinheiros seriam os mais instruídos.” – Marquês de Maricá.


Por isso, aqui vai a sugestão:

 

BRASIL . ROTA DAS EMOÇÕES COM PAULO OFF ROAD JERI – (1º Dia: de Fortaleza a Jericoacoara)

Nas postagens seguintes você constatará que nossa musa, a Hilux de Paulo, exagerou em brilhantismo onde quer que estivesse. E, apesar de seu glamour  – estofamento em couro, ar condicionado e muito espaço -, tal qual a Amélia cantada por Ataulfo, “não tem a menor vaidade” e deu um banho no 1º dia na Rota das Emoções.

NOSSO ROTEIRO

1º Dia na Rota: Fortaleza (CE) / Jericoacoara (CE).

Esta parte também poderá ser trilhada, literalmente, pela beira do mar. Neste caso, o percurso é realizado em dois dias. Na primeira vez que fizemos a rota optamos pela beira da praia e dormimos em Trairi. Foi espetacular!

 

IMAGEM DESTACADA: Eis a Hilux de Paulo Rocha a versão antagônica daquela que ficou famosa como “Princesinha do Agreste” em certa novela da TV -, pronta para qualquer parada.


JERICOACOARA TAMBÉM TEM HISTÓRIA

Não faz tantos anos assim – talvez uns vinte, aproximadamente -, tratava-se apenas de uma vila de pescadores quase escondida entre o mar e as dunas.
Não havia estradas, não havia eletricidade e, consequentemente, tudo que dependesse de uma tomada… Não havia sequer uma pousada.
Os sobrinhos de meu fiel escudeiro estiveram em Jericoacoara em 1987 e foram abrigados por pescadores. Era em suas casas que dormiam e comiam.  Casas sem banheiros, e devido a isso as necessidades fisiológicas eram “descartadas” atrás de qualquer moita ou árvore. Para que tenham idéia, eles chegaram à vila em lombo de burro! A
moeda corrente era o escambo, e por este motivo pouquíssimo dinheiro circulava.


JERICOACOARA,

um cenário exuberante arquitetado pela natureza cuja quietude só é abalada pelo assobio do vento, jamais imaginou que outros tipos de vento soprariam em sua direção e a transformariam em um dos polos turísticos mais famosos do planeta.

JERICOACOARA CRESCEU!

Moradores daquelas casinhas simples negociaram seus terrenos, e agora vê-se, em seus lugares, hotéis de luxo, pousadas bem transadas, boutiques sofisticadas, Cafés atraentes e restaurantes charmosos, sem falar em uma sorveteria/fábrica de sorvetes da melhor qualidade que consegue formar fila apesar de suas espaçosas instalações. Lá, fabricam até sorvete diet!

O COMÉRCIO DE JERI

Aumentou o número de farmácias e de supermercados; uma UPA bem elogiada pelos moradores foi construída na entrada da Vila, e a oferta de diversos tipos de terapias é considerável.
Há consultório dentário. Lojas de marcas famosas do ramo de sandálias de praia e perfumaria estão presentes. E se notamos bem, duas praças foram construídas: uma no Centrinho (rua Principal) e a outra em frente à Matriz.

O TEMPO “AVOA!”

A diferença que encontramos de 2013 prá cá é gritante! De tudo isso o que mais nos chamou atenção foi o seguinte: é que todo esse glamour que Jeri vem adquirindo com a rapidez de quem furta, não alterou aquele jeitão descontraído. A Vila continua atraente e está ficando cada vez mais charmosa.
Jeri é um lugar encantador, alegre, onde todos são bem recebidos. Jeri parece colo de avó – é puro aconchego; Jericoacoara não se explica. A Vila é transbordante de Luz, porque é lugar de gente feliz.


ROTA DAS EMOÇÕES

Foi Paulo quem nos conduziu em 2010 na Rota das Emoções pela primeira vez.
Este roteiro compreende os Lençóis Maranhenses, o Delta do Parnaíba e a Costa do Sol Poente Cearense: Jericoacoara e Camocim. Percorremo-la de ponta a ponta.
Nesta ocasião, nosso companheirão de viagem por quem acabamos por nutrir grande admiração e profundo apreço, trabalhava para uma empresa de turismo de Jericoacoara.


QUEM É PAULO ROCHA?

Paulo é um profissional batalhador e profundo conhecedor da Rota e arredores. Não foi surpresa quando, ao contratarmos seus serviços pela segunda vez, informou-nos, feliz da vida, que já fazia tempo que trabalhava por conta própria. A partir daí, Paulo é que passou a comandar e orientar seus passageiros nos roteiros propostos, e sugestões não lhe faltam.
Nas três vezes que transitamos pela Rota (total ou parcialmente), nosso guiador foi nos pegar em Fortaleza. Na última vez, ou melhor, na mais recente, foi nos pegar direto no aeroporto.
Nota: Nosso amigo é residente de Jijoca de Jericoacoara, distante do aeroporto da capital cearense em 298 km! 


1º DIA na ROTADe Fortaleza a Jericoacoara.
Desta vez tivemos a vantagem de contar com um voo do Rio de Janeiro que chegou à capital cearense às 11.30 h, e de lá rumamos diretamente para Jericoacoara. Paramos duas vezes no caminho: uma para almoço, em Paraipaba (Restaurante e Churrascaria São Paulo), e outra para lanche, em Itarema.

SUGESTÃO: Caso você chegue a Fortaleza em horário de almoço, ou desembarque precisando comer alguma coisa, sugiro que passe na praça de alimentação do aeroporto nem que seja para levar um lanche para fazer na viagem. Lá a oferta de refeições é grande e lhe quebrará um galhão.
Explico: o buffet da churrascaria de Paraipaba onde Paulo parou para almoçarmos deixou muito a desejar; em contrapartida, a tapioca de carne de sol com queijo de coalho do Delícias do Café de Itarema é in-dis-pen-sá-vel!!!  É ponto obrigatório.

 

CARDÁPIO

Além de refeições, o Café oferece pratos rápidos tais como: tapiocas com diversos tipos de recheios, omeletes, bolos, sanduíches, salgados e outras delícias. Tudo preparado e servido com esmero. Artesanatos e redes também estão a venda. Os ambientes são limpíssimos, incluindo os banheiros. Essa parada é porreta!
Anote: Av. João Batista Rios, 265, Itarema – CE, 62590-000. Telefone: (88) 99755-5049.

Da esquerda para a direita: meu fiel escudeiro, Paulo e a simpática senhora que se desdobrou em gentilezas para nos atender.

 

Toalhas de banho, de mesa, roupas de praia em crochê ou tecido, e conchas decorativas também fazem parte das coleções oferecidas pela casa.

 

Água de côco gelada combina com a famosa tapioca? Claro! É normal meu estômago apoiar, integralmente, o que meus olhos vêem.

Vale como um almoço e é deliciosa!

Mais tarde, ao passarmos pelo município de Cruz, Paulo nos levou para conhecer o aeroporto já devidamente preparado para receber aviões de grande porte. Prova disso é que voos diretos de Lisboa estão previstos para serem inaugurados em setembro próximo. Com esse e outros avanços, Jericoacoara nunca mais será a mesma…

 

Nosso guia e amigo seguiu por um atalho e chegamos à Preá poucos minutos antes do ocaso.

Do ponto que se vê abaixo fomos até Jericoacoara (distante de Preá em apenas 14 km) pela areia da praia…

(Vídeo musicado)

… e ainda demos uma passada pela Árvore da Preguiça, atração de Jeri, antes de chegamos a nosso destino.

NOTA: A partir de 21/9/2017, quem visita Jericoacoara paga uma taxa de R$5,00 (cinco reais), por pessoa, pelos dias em que o visitante permanecer na Vila.  Trata-se da TTSTaxa de Turismo Sustentável. Há dois postos de cobrança: um deles fica na entrada da cidade (foto) e outro na entrada do município.  Caso seja mais confortável para o visitante pagá-la pela internet, basta gerar o boleto na página da Prefeitura de Jeri.

QUEM NÃO PAGA A TTS? Maiores de 60 anos, menores de 12, e portadores de deficiência física. Moradores e quem mora em outro local, mas trabalha na cidade, obviamente, também estão isentos do pagamento da taxa.  Quarenta por cento do valor arrecadado é obrigado a ser empregado na Vila.

Ficamos na pousada Villa Beija-Flor, recém inaugurada na rua do Forró.
Ajeitamos nossa bagagem, tomamos um banho e saímos para ver as novidades; só não imaginamos que fossem tantas!…


2º Dia na Rota: Jericoacoara (CE) / Carnaubinha (PI)

N.B.: Importante ressaltar que o roteiro é executado pelas dunas em alguns trechos. Nem pensar em viajar pelo caminho traçado pelo Google, porque é longo demais! De Jericoacoara à Guriú trafega-se, praticamente, em linha reta.


3º Dia na Rota: Carnaubinha (PI)/Barreirinhas (MA)

Acompanhe cada dia da Rota das Emoções clicando nos links abaixo.

2º dia na Rota: Jericoacoara – Lagoa do Paraíso e Lagoa Azul.
3º dia na RotaAndanças Por Jericoacoara.
4º dia na Rota: De Jericoacoara a Luiz Correia, PI.
5º dia na Rota: Carnaubinha Praia Resort em Luiz Correia, PI.
6º dia na Rota: Barreirinhas e Circuito Lagoa Azul.
7º dia na Rota: Santo Amaro do Maranhão
8º dia na Rota: Flutuação no Rio Formigas – Barreirinhas.
9º dia na Rota: De Barreirinhas (MA) a Jericoacoara (CE) – O Caminho de Volta – O Que Não Foi Visto na Ida.
10º dia na Rota: Onde Não Se Hospedar em Fortaleza – Hotel Samburá, Uma Pocilga Com Nome de Hotel.


A Ex Bem Cuidada POUSADA D’AREIA.
– Divino Cafeteria no Centro de Barreirinhas – É Divina!
– Hotel Villa Beija-Flor, em Jericoacoara.
– Hotel Villa Terra Viva, em Jericoacoara.
– Conto de Fadas – Onde Comprar em Jericoacoara.
O Charme do Comércio de Jeri.
– O Quintal Mais Badalado da Vila.
– Onde Almoçar em Barreirinhas. Ou não.
Taxa de Turismo Sustentável – Clique no link para pagá-la.


“Somos todos viajantes de uma jornada cósmica – poeira de estrelas, girando e dançando nos torvelinhos e redemoinhos do infinito. A vida é eterna. Mas suas expressões são efêmeras, momentâneas, transitórias.”  Deepak Chopra