1 – EM SAN MARTÍN DE LOS ANDES – Segundos Livres Para Atividades Independentes.
Assim que acabamos de almoçar o guia nos avisou de que sairíamos em alguns minutos – não me recordo mais do horário marcado, mas lembro-me perfeitamente de que eram tão poucos, que não foi possível acabar de tomar o sorvete que pedimos, sentados à mesa na sorveteria. Pelo contrário. Quando olhei o relógio já estávamos em cima da hora e tivemos que correr para não nos atrasar.
Motorista e guia metralhavam o castelhano; e como éramos os únicos passageiros com dificuldade para entender todos os tiros, receávamos por ter que pagar algum mico.
1.1 – ADOTEI O MÉTODO
O esquema adotado por Rodrigo, relatado na postagem anterior, não poderia ter sido mais interessante. Ele contratou um motorista e acabou passando por lugares inimagináveis que só curte quem viaja em tour particular.
A prova dessa feliz idéia foi o atalho que tomaram em direção ao Mirador Arrayán, ponto de vista bem próximo de San Martín, que as empresas de turismo não incluem no roteiro. Olhem bem a foto!… Por que não englobam este mirante no tour?
1.2 – O QUE PENSO A RESPEITO DO PASSEIO.
Não que o passeio tivesse sido ruim, nada disso. O tempo disponível para apreciarmos o entorno é que foi curto demais.
Alugando um carro, ou contratando um serviço de turismo particular, é o ideal para quem não gosta de fazer tour tipo maratona. Villa la Angostura e Saint Martin de los Andes são localidades atraentes que merecem uma visita mais demorada, e as boas condições das rodovias compensam este procedimento.
Talvez pelo fato de a estrada naquela época ser em cascalho e requerer mais tempo de viagem, a permanência nas paradas era apenas para se fazer básico: banheiros, almoço e um cafezinho.
2 – PASO DE CÓRDOBA
Trata-se de rodovia alternativa que une San Martín de Los Andes a Bariloche. Logo após a saída de San Martín trafegamos pela RN 40 (ex 234) até encontrarmos o posto da polícia – uma casa campestre imponente construída em madeira e pedra, de arquitetura típica da região.
Neste cruzamento em T tomamos a RP 63 em direção ao Lago Meliquina. Esta rodovia, pelo que entendi, não se destinava a tráfego intenso. Pelo contrário, havia uma limitação de 21 passageiros para veículos maiores. O trecho é montanhoso, sinuoso e requer baixa velocidade e extremos cuidados.
A partir desse primeiro entroncamento o lago fica a aproximadamente 14 km, o Paso de Córdoba a 48 km e a “confluência” a 69 km, esclarecida aqui abaixo, no segundo parágrafo.
2.1 – O ROTEIRO DA VOLTA PARA BARILOCHE
Após cruzarmos o Rio Meliquina, bem próximo das margens do lago de mesmo nome, trafegamos lado a lado até o cruzarmos novamente – rios também fazem curvas e numa dessas a estrada o atravessa novamente.
Mais adiante atravessamos o Rio Caleufú, que também corre paralelo à estrada, até determinado trecho da RP 63 ( este rio é uma bifurcação do Meliquina) onde uma curva bem acentuada à direita nos impediu de continuar nesse doce convívio com o rio.
Mas esse divórcio foi temporário, porque mais adiante outro rio tomou seu lugar: o Rio Traful, um afluente que deságua no Rio Limay – local da tal “Confluência” que descrevo abaixo.
2.3 – O QUE CHAMAM DE CONFLUÊNCIA?
“Confluência” é a encruzilhada em T onde a RP 63 encontra a RN 237 que o levará a Nahuel Huapi (49 km) e a San Carlos de Bariloche (67 km) seguindo à direita; pela esquerda você chegará a Neuquém após 472 km.
Nesta segunda “confluência” passamos por uma ponte e alcançamos a RN 237, sempre margeando o Rio Limay, que serve de divisa entre as províncias de Neuquén e Rio Negro (onde se situa Bariloche).
Já bem próximos do ponto de partida, no entroncamento com o Paso Int. Cardenal Mamoré (o caminho de ida – Rota dos 7 Lagos) a rodovia recebe novamente a denominação de RN 40 e com ela seguimos até ao Centro de San Carlos de Bariloche.
Creditamos à sorte, termos nos sentado no lado esquerdo do micro-ônibus; caso contrário, não teríamos a oportunidade de fotografar o que você vê abaixo e muito mais. Todas essas fotos foram clicadas da janela do veículo.
3 – FOTOS do PASO DE CÓRDOBA
Somos privilegiados por vivermos em um mundo de imensurável beleza, e sou consciente de que não é preciso viajar para perceber que vivemos cercados pela generosidade da Terra em seu sentido mais amplo.
Somos únicos no Universo! Habitamos um planeta que compartilha maravilhas inenarráveis com seres ditos humanos, que nem sempre se dão conta de sua complacência. Admirá-la, apenas admirá-la, não basta. É preciso respeitá-la; entender que tal qual cada um de nós, também está viva e que também pode morrer. É preciso “amá-la e respeitá-la até que a morte nos separe…”
Amiga Marília, de fato a experiência que tive com o circuito alternativo para chegar a San Martin de Los Andes foi única e fui muito feliz também em ter contratado um guia exclusivo para me assessorar. Porém essa sua postagem sobre outra opção de rota para ir a San Martin, com todas essas belezas que você fotografou e que eu não conheci, parecem ter compensado (e muito bem) a minha pequena dica. De qualquer modo, uma complementa a outra. Abraço!
Bom dia, amigo! Rodrigo, suas dicas são preciosas e viajantes sabem perfeitamente disso. Só tenho a lhe agradecer. Tenha certeza de que na próxima ida a Bariloche, farei o circuito sugerido por você. Abraços e, mais uma vez, grata por suas atenção e gentileza.
Amiga Marilia.
Marília,
Conforme te falei, retornei a Bariloche de ônibus, saindo de Junin, e fiz este trajeto. Não sabia que se chamava Paso de Córdoba.
A Argentina é belíssima!
Você disse que fui poética, quando falei sobre o meu passeio em Villa La Angostura e San Martin de los Andes, mas você me superou.
Seu texto está maravilhoso.E, sim, precisamos aprender, a respeitar a Natureza, e a sintonizar com essa beleza que ela nos transmite.
Beijos!
Minha querida Angela. Sou sua aluna e continuarei sendo uma eterna aprendiz de tudo que me cerca. Obrigada por mais esse comentário. Suas palavras doces e poéticas me incentivam. Muito obrigada. Conto com você para a postagem a respeito de Junin. Bjks da amiga Marilia.
Continuo viajando com você nesse nosso maravilhoso planeta e é sempre muito gratificante ver com você o reverencia, não apenas com fotos maravilhosas, mas também com a sua percepção de admiradora da obra divina.
Sem dúvida, Rosinha. Esse respeito pela natureza não me escapa. Tenho olhos atentos para isso e, louvemos os argentinos, lidam com a natureza que os cerca com o maior respeito. Bjks.