PARA INÍCIO DE CONVERSA
Estávamos seguindo as dicas da enciclopédia Ducs Amsterdam, quando passamos pela porta da Casa Brasil Portugal.
Entramos, evidentemente, e bastou cruzarmos a porta – mais uma fronteira, melhor dizendo – que nossa curiosidade transformou-se logo em festa em seu sentido mais amplo.
Nossa alegria começou ao ouvirmos um sonoro e sorridente “Sejam bem-vindos”. Nooosssa! Como é bom ouvir e falar nosso idioma quando estamos longe de nosso país.
COMO CHEGAR:
Estávamos hospedados em hotel próximo à Centraal Station, o Singel Hotel, e quando não usávamos a viação canelinha – nossas pernas -, pegávamos um bonde até um local que fosse próximo de nosso destino e depois continuávamos a pé. E foi assim que fizemos para chegar à Kinkerstraat, onde no número 28 pulsa um coração do Brasil ao lado de outro de Portugal.
IMAGEM DESTACADA – A fachada do mercado.
Em frente à Centraal é o ponto final de vários trams (bondes) e uma das linhas é a 17; é esta que passa justamente na Kinkerstraat. As outras linhas são a 5 e a 7, cujos pontos de partidas ficam bem afastados da Centraal.
O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NAS PRATELEIRAS
Fomos recebidos por duas brasileiras super simpáticas que adotaram Amsterdam para viver. Ambas trabalham com o brasileiro nascido no Espírito Santo, que reside nesta cidade há mais de 20 anos – o proprietário do ponto de encontro/loja de festas.
Mas, por que loja de festas? Môquidu, pense bem: você está em Amsterdam, longe prá burro de tudo que você mais ama e, de repente, você encontra brasileiros com quem bater aquele papo.
PRÁ MATAR A SAUDADE
Prá completar a felicidade, nesse espaço o brasileiro se depara com um Brasil espalhado por muitas prateleiras, e ainda encontra tudo de que precisa para caprichar “naquela” saudosa feijoada de domingo, devidamente acompanhada por aquela saudosa caipirinha. É bom demais da conta, sô – já diria o mineirim. Foi de arrepiar.
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E como o que dá o gostinho no feijão é aquela gordurinha das carnes, aí está o toicinho.
Tenho um colesterol de estimação muito bem cuidado, mas confesso que essa história de “feijãozinho light” não cola. E ainda digo mais: fica melhor ainda se a gordurinha for da carne-seca. Ah! E o feijão tem que ter muito tempero.
O azeite Gallo viaja de Portugal em voo sem escalas e vai cantar em mesas portuguesas e brazucas de Amsterdam – sinta a força do galináceo!
As aguardentes mais conhecidas do brasileiro também cruzaram o Atlântico e estão lá, só aguardando o limão cair dentro do copo junto com as pedrinhas de gelo.
Mas, vai que você seja mais chegado a uma moqueca de peixe, de camarão, ou de frutos do mar? Sem problema, porque a variedade de pescados é grande.
Risoles de camarão, frango e carne podem iniciar os trabalhos da comilança. E se bater a preguiça de ir pro fogão, há pratos prontos congelados, massas, molhos, temperinhos. Tem até fubá e “pão ralado” – a farinha de rosca.
Guaraná natural e industrializado, produtos da Royal (pudins, gelatinas, bicarbonato – o pó Royal) e da Nestlé (creme de leite e leite condensado), uvas passas. E as balas expectorantes?
Arrependi-me por não ter trazido o sabonete de lima, o de leite de burra e o sabão especial para lavar roupas de lã, nylon e sedas. O sabonete de côco promete hidratação na embalagem – faz sentido.
Produtos de higiene e limpeza que costumamos ver nas prateleiras dos supermercados brasileiros também fazem parte do estoque da Casa Brasil Portugal, bem como novidades como a batata em flocos para fazer purê e o creme de mariscos da Maggi. Desse, trouxe três pacotes.
Segundo comentários de uma das funcionárias, a Maggi exporta produtos brasileiros que não são vendidos aqui no Brasil. Vai entender…
Uma novidade que me escapou foi este bolinho de aipim, perfeito para acompanhar um cafézinho. A massa é fabricada pela conhecida Renata. Foi outro produto que também nunca vi no Brasil.
Sacos com temperos e sem gordura facilitam a vida de quem esquenta a barriga no fogão. Mais práticos que isso, só aqueles que já vêm com o frango dentro. Trata-se de outro produto que não ainda não encontrei à venda aqui no Brasil.
A salsicha para o cachorro-quente também não foi esquecida, bem como o azeite de dendê para a sua moqueca.
Banha de porco, manteiga ou outros tipos de óleos para cozinhar o consumidor os encontrará com a maior facilidade nesse mercado.
Aqui neste nicho, tal qual antigamente aqui no Brasil, o bacalhau seco é cortado em uma guilhotina. Nada de bacalhau molhado e embalado, que pesa bem mais e só serve para enganar o freguês.
Enfim, tudo muito familiar na Casa Brasil Portugal, lugar onde não há como não se sentir à vontade.
E como algumas pessoas diziam antigamente, “lá tem de um tudo“. De parabéns todos vocês!
E de repente, o inesperado nos fez essa grata surpresa…
UM PEDACINHO DO BRASIL E OUTRO DE PORTUGAL NA HOLANDA. É FESTA COM CERTEZA.
Rosa… Não imaginávamos que fôssemos ficar tão felizes “ao transpor os umbrais” daquela mansão.
As brasileiras que nos receberam com toda a amabilidade e simpatia do mundo foram: a Kellem e a Aline, que já estão na Casa há 4 anos. O proprietário, o Sr. Evandro, está há 20 anos.
Os brasileiros que encontrei estão super felizes em Amsterdam e não pretendem voltar.
Mais lá prá frente conto a respeito da brasileira que faz hambúrgueres…Aguarde.
Bjks e obrigada por seus preciosos comentários.