BRASIL . RIO DE JANEIRO (cidade) . CASA FRANÇA-BRASIL – Centro Cultural.

FOTO EM DESTAQUE: Fachada da Antiga Praça de Comércio do Rio de Janeiro que, depois de um abre-e-fecha quase infinito, passou a abrigar o Centro Cultural Casa França-Brasil.

A maquiagem pela qual passou o Rio de Janeiro deixou máculas irreparáveis nas finanças do Estado, bem sabemos, mas, por outro lado, é inegável que essas modificações foram para melhor (pelo menos por enquanto, como canta Benito de Paula, “Tudo está em seu lugar/Graças a Deus, graças a Deus”).

EIS, FINALMENTE, A CASA FRANÇA-BRASIL!
Nasceu e está conseguindo sobrevier no prédio neoclássico inaugurado em 1820 para abrigar a primeira Praça de Comércio do Rio de Janeiro. Durou pouco: foi fechada um ano depois devido à dispersão de manifestantes pelas tropas do futuro imperador Dom Pedro. Motivo: os protestantes eram favoráveis a permanência da corte portuguesa no Brasil.
Em 1824 o prédio sofreu modificações e foi reaberto para abrigar a Alfândega. Em 1944 foi fechado novamente e só reabriu em 1956 como sede do II Tribunal do Juri. Fechou mais uma vez em 1978 e permaneceu assim durante 12 anos. Felizmente, em 1990, foi inaugurada a Casa França-Brasil como centro cultural.

O penúltimo fechamento deu-se em 2008 – digo penúltimo por motivos óbvios – para restauração e obras estruturais em função das comemorações da França no Brasil e a reinauguração de mais esse período de dormência deu-se em abril de 2009. Ufa!

Durante muitos anos, ao passar diariamente pela frente do edifício, lamentava vê-lo à mercê do tempo, sem entender os motivos de tanto abandono e descaso.
Só agora, ao visitar a Casa França-Brasil por conta do blog, foi que tomei conhecimento de sua história e o porquê desses hiatos.
Resta-me lembrar que o prédio foi tombado em 1938 pelo Departamento do Patrimônio Histórico, mas continua em pé – sem trocadilho – para deleite de quem o visita ou frequenta.

Ao adentrar o prédio fiquei encantada pela beleza da arquitetura. Chama atenção  as dimensões do salão, principalmente o espaço central, livre de sustentação.

ATIVIDADES
A Casa França-Brasil ocupa seus salões com exposições, performances, apresentações musicais, palestras, mostras de cinema, biblioteca itinerante e cursos de temas variados. Conta com sala de leitura e espaço gourmet…

…em uma das laterais. O espaço onde funcionou o bistrô da CFB  já está ocupado pelo chef francês Olivier Cozan, cuja proposta é servir alta gastronomia a preços convidativos. Conheci o antigo bistrô e gostei.

Em frente à CFB, a icônica Igreja N. S. da Candelária, uma das igrejas mais populares do Brasil, há muito passou a ser vista como ponto turístico. Recebe número expressivo de visitantes diariamente, apesar de seu horário bem restrito para visitações. Seu interior preserva obras de artistas renomados, bem como peças de valor inestimável de diversos estilos arquitetônicos.
CFB ABERTA ao PÚBLICO  de terça a domingo, das 10 h às 20 h

EDUCAÇÃO MUSEAL:
INFORMAÇÕES e AGENDAMENTO para visitas explicativas, oficinas e palestras: ed*******@ca**************.br ou (21) 3257-1821)

COMO CHEGAR:
Metrô: estações Carioca e Uruguaiana.
Ônibus: todos os que passam pela rua Primeiro de Março.


O QUE HÁ PARA VER no CENTRO DO RIO

ZONA PORTUÁRIA
A Praça Mauá recebeu dois novos centros de cultura – o MAR e o Museu do Amanhã -, a Rodrigues Alves agora é ensolarada, e ao longo da avenida – acessível a qualquer tipo de veículos a partir da rua Rivadávia Correa  -, passa o VLT, que chamo de Veículo Lentíssimo sobre Trilhos – haja paciência beneditina para entrar em um bonde desses!…

Nota: o tráfego para veículos motorizados é no sentido Rodoviária/Av. Brasil/Ponte Rio-Niterói. Foi aberto com o objetivo de desafogar o trânsito para quem procura esses destinos.

Em frente ao Armazém Quatro da zona portuária há um mural belíssimo de dimensões extraordinárias pintado pelo artista Eduardo Kobra.
A pintura super colorida foi batizada de “Etnias” – herança das Olimpíadas de 2016, que continua atraindo fotógrafos  profissionais de diversas partes do mundo por estar sendo considerado o maior mural do mundo.
Ainda na zona portuária inauguraram o AquaRio,  um aquário de dimensões expressivas, e o Museu do Amanhã.
Bem, o Museu do Amanhã é fora de série não apenas por sua mensagem impactante – um choque de realidade – como também pelo prédio belíssimo cuja arquitetura prima pelas ousadia e delicadeza. Sua aparência me faz lembrar um bordado em ponto Richilieu.

ORLA DO CONDE
Pelo lado da Praça XV não é diferente: há muita História envolvida nas duas igrejas de frente para a praça: a antiga Capela Imperial – atual Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé e ex catedral do Rio de Janeiro – , a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, ao lado da Antiga Sé, e o Convento do Carmo -prédio da antiga Academia de Comércio, atual Universidade Candido Mendes.

O Museu Histórico, o Paço Imperial, o Chafariz do Mestre Valentim, o Arco do Teles, a Travessa do Comércio onde a Pequena Notável – Carmem Miranda – residiu no número 13, o Centro Cultural dos Correios e, finalmente, dentre outras atrações bem antigas e outras nem tanto, está a CASA FRANÇA-BRASIL transformada em centro cultural idealizado por Darcy Ribeiro.

Destaque para o Mosteiro de São Bento onde se situa a Igreja de N. S. de Montserrat, cuja missa aos domingos, às 10.00 h, atrai número expressivo de fiéis e turistas por dois motivos principais: a riqueza da igreja e o canto gregoriano.

Citemos ainda o Centro Cultural Casa da Moeda do Brasil em frente à Praça da República.

À esquerda, em primeiro plano, vê-se parte da Casa França-Brasil e, a seguir, a lateral do Centro Cultural dos Correios.
À direita está o Centro Cultural Banco do Brasil, e, fechando a rua, a lateral do Centro Cultural da Justiça Eleitoral.

CENTRO CULTURAL DOS CORREIOS AO CENTRO.
LATERAL DO CENTRO CULTURAL DOS CORREIOS.
CURSOS DE DIVERSOS SEGMENTOS DA ÁREA CINEMATOGRÁFICA : ROTEIRO, MONTAGEM, DIREÇÃO E PRODUÇÃO SÃO EXEMPLOS.

            CULTURA – APRECIE SEM MODERAÇÃO!

8 comentários em “BRASIL . RIO DE JANEIRO (cidade) . CASA FRANÇA-BRASIL – Centro Cultural.

  1. Oi, Marilia!

    Tenho acompanhado os posts. Eu jurava que a Casa França-Brasil tinha sido Casa da Moeda num passado remoto! Não conhecia sua história.

    Sobre o VLT, o que faz o trajeto aeroporto-rodoviária está andando mais rapidinho. Aliás, dizem que é o melhor jeito de chegar e sair do Santos Dumont e evitar os taxistas abutres. Talvez a lentidão que você experimentou tenha sido uma fase para os pedestres se acostumarem. Já o que faz o trajeto até a Praça Tiradentes e inaugurado há alguns meses, pelo que me contaram, é realmente lento de dar raiva. E a paisagem não é das mais agradáveis.

    E para quem vai passear pelo Centro, é sempre legal ficar de olho na programação do CCBB, onde acabou de inaugurar uma filial da Colombo.

    Abraço!

    1. Olá, Alexandre!
      Muito obrigada por estar acompanhando as postagens. Comentários são sempre bem-vindos – como ajudam!
      Pois é, realmente, você tem razão: quando fui do S. Dumont para a Praça Mauá, o VLT estava em fase experimental.
      Amigo… foi um horror! E pelo que você comentou quanto ao que trafega pela Pça Tirandentes, deve ser triste demais – era assim que minha mãe dizia quando alguém comentava a respeito de algo que não era lá essas coisas.
      Li a respeito da inauguração de mais uma filial da Colombo. Maravilha! Você conhece a filial do Forte Copacabana? Vale pelas vistas, pelo museu do Forte.
      Alexandre, você não sabe: tenho milhares de fotos armazenadas no computador, sem contar as fotos dos álbuns que ainda não escaneei. Do Rio, minha cidade natal, falta postar muita, muita coisa… Você agora citou a Colombo. A da rua Gonçalves Dias é ímpar – tá faltando. Falta a Ilha Fiscal, os museus, os teatros, as praças… Ó céus! Onde fui me meter…
      Abraço, Alexandre, e agradecimentos por seu comentário precioso. Volte sempre!

      1. Bom dia, Alexandre!
        Ontem, comentando com meu fiel escudeiro a respeito da Casa da Moeda, ele me fez recordar do seguinte: a Casa da Moeda funcionou em um prédio situado na esquina da avenida Rio Branco com rua Visconde de Inhaúma.
        Com a mudança da Casa da Moeda para a Praça da República, o Banco Central ocupou parte do Banco do Brasil na Candelária e outra parte funcionou nesse prédio.
        A Casa da Moeda passou o operar na Praça da República, 26, onde atualmente funciona o Museu e Centro Cultural Casa da Moeda do Brasil.
        De lá, mudou para Santa Cruz.
        Abraço da Marilia.

  2. Eu tinha feito um último comentário, mas acabou não sendo publicado. Acho que porque eu o fiz pelo aplicativo do WordPress e nem sempre ele funciona direito. Ou o login não tinha sido validado. Mas tudo bem.
    Obrigado pela explicação da Casa da Moeda, acho que me confundi mesmo. Num próximo post sobre o Centro do Rio, não esqueça de incluir o Real Gabinete Português de Leitura. É lindo, está sempre nas listas de bibliotecas mais bonitas do mundo e é pouco visitado. Perto dele, na Praça Tiradentes, tem o CRAB – Centro Sebrae de Artesanato Brasileiro. Ainda não conheço, mas já me disseram maravilhas.
    Entendo o trabalhão que está tendo com o excesso de material e trabalho do blog. Depois que amigos pedirem, eu ainda estou escrevendo sobre a viagem ao Peru. Um dia a gente chega lá!
    Abraço!

    1. Olá, Alexandre! Tudo bem? Realmente, elaborar um blog é um trabalho intenso que só quem tem é que sabe como é. Daqui no Rio falta postar muita coisa. No Centro da cidade ainda temos o Colégio São Bento, Biblioteca Nacional, Teatro Municipal, Sta. Teresa etc., etc., etc…
      Adorei Lima. Fiquei muito mal em Cuzco – pensei que fosse morrer! – e piorei bastante em Puno. Neste roteiro peruano fiz algumas observações negativas.

    2. Olá, Alexandre! Não, amigo, não me esquecerei do Real Gabinete. Aos poucos chegarei lá. Velhice, Alexandre, é fogo! E olhe que me considero disposta; mas há dias que ficam por conta do condor – com dor nas pernas, com dor na coluna, com dor nos quadris… e por aí vai. Esse condor não alça voo nunca! Abraço e agradecimento da Marilia.

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