BRASIL . PARANÁ . PALMEIRA – Colônia Witmarsum.

COLÔNIA e PARQUE HISTÓRICO

Tomamos conhecimento da Colônia Witmarsum por intermédio de meu mano, que vez ou outra procura na internet algum lugar para passarmos um fim de semana. Meu mano é tal qual nosso falecido pai era: não mede esforços e distância quando o assunto é viajar e dirigir. 
Ele já ouvira falar neste lugar e mostrou interesse em visitá-lo. Para completar nosso passeio, mostrei-lhe uma postagem a respeito do Museu e Parque Histórico de Carambeí. Como um é “relativamente” próximo ao outro, foi possível visitar ambos os lugares, mas um deles foi prejudicado – justamente, a Colônia Witmarsum.

QUAL ESCOLHER?

O Museu e Parque Histórico de Carambeí fica na região de Campos Gerais, e a Colônia Witmarsum fica no município de Palmeira. Ambos os passeios poderão ser feitos em apenas um dia, saindo de Curitiba, desde que você deixe esta cidade antes das 8.00 h. Como sempre paramos sem pressa em meio de caminho para tomarmos um café e esticar as pernas, acabamos por entender que teremos que voltar para Witmarsum para visitá-la como bem merece: tranquilamente.  

 

WITMARSUM

1 – CATARINENSE

A Colônia Witmarsum tem sua origem no povo menonita que habitava a Frísia – norte da atual Holanda e Alemanha. Da Frísia imigraram para a Rússia através da Prússia, e de lá saíram em 1929 fugindo do comunismo.

Os primeiros habitantes (soldados alemães) chegaram em 1924, fugidos da Primeira Guerra Mundial. Seis anos após chegaram os alemães menonitas, que rebatizaram a região com o nome de Witmarsum, em homenagem à Menno Simons – um padre católico holandês de Witmarsum, norte da Holanda, que abandonou o catolicismo em prol do Anabatismo (1).

2 – PARANAENSE

Aconteceu que na década de 50 os menonitas foram para o Paraná e ocuparam o município de Palmeira, onde fundaram a Colônia Witmarsum.

 

COMO CHEGAR

A colônia dista um pouco mais que 60 km de Curitiba. A rodovia BR 277, que começa em Paranaguá e termina em Foz do Iguaçu, na Ponte da Amizade, é o caminho que o leva até lá. O desvio da BR 277 para o visitante chegar à colônia, fica próximo de um Posto da Polícia Rodoviária Federal. Há placas indicativas conforme se vê abaixo na foto do Google.

 

A Colônia Witmarsum estende-se às margens da Avenida Presidente Ernesto Geisel, que começa na BR 277 conforme indicação no mapa e na foto. Ao longo desta avenida há vários de tipos de comércio, tais como restaurantes, cafeterias, lojas de artesanatos e até um retiro para senhoras. É importante entender que não se trata de um bairro lotado de prédios ou de uma pequena cidade. Em vez disso, você passará por uma estrada na qual os colonos se instalaram com comércio e residências. 

 

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Frente da loja Holthus & Co., na Pres. Ernesto Geisel - Colônia Witmarsum.
Eis a Holthus & Co, uma loja de artesanatos muito fotografada quando se trata de ilustrar a colônia. O proprietário desta loja, descendente de holandeses, conta a história dos emigrantes holandeses para o Brasil, e ratifica outra história que ouvi há muitos anos a respeito dos descendentes de holandeses nascidos em Santa Catarina. A respeito destas gerações, muitos pensam, equivocadamente, serem descendentes de alemães, porém descendem de holandeses. Toda a família de minha mãe, por exemplo, falava o mesmo dialeto falado por este senhor. No entanto, acreditava ser descendente de alemães. E agora?

 

Interior da loja Holthus & Co.
O que que Holthus & Co tem para comprar? Tem panos de louça? Tem! Tapetes rendados de crochê? Tem! Sucos de frutas e tapetes de retalhos? Tem!…E, claro, não poderiam faltar alguns enfeites de Natal.

 

O que comprar na loja Holthus & Co.
Tem brinquedos interessantes, totalmente articulados, para as crianças curiosas se distraírem.

 

Foto dos potes de geléia fabricados pela proprietária da loja
Geléias fabricadas artesanalmente pela proprietária da loja.

WITMARSUM, COM PRESSA, NÃO DÁ!

Nosso passeio pela Colônia Witmarsum foi rápido demais. Imagine que só paramos na I.H. Artes (acima) e na Confeitaria Kliewer para tomarmos um café.
Esta confeitaria serve Café Colonial – um buffet livre composto por salgados e também doces típicos alemães -, mas optamos pelo tradicional café com leite e uma fatia de torta que veio no capricho. A confeitaria é bastante movimentada, e talvez por isso tenha deixado a desejar no atendimento que, por sinal, foi bem indiferente. Não funciona às segundas, e de terça à domingo está aberta de 8.00 h às 18.00 h.

Vidros de geléias e sucos de fabricação caseira.
Geléias e sucos de fabricação caseira estão em toda parte.

 

Foto da estante da padaria.
A estante da padaria oferece bolos, pães de diversos tipos e cucas.

 

Foto da varanda da confeitaria.
O avarandado da Confeitaria. Além deste ambiente, há um espaço interno, porém, bem menor.

 

Foto do parque montado para a criançada
O parquinho para a criançada é garantido. e por medida de segurança, cercaram com arbustos e fecharam o portão.

 

O QUE HÁ PARA VER

No mais, há um zoológico chamado Witmarzoo em uma fazenda povoada por animais domésticos (galinhas, porcos, coelhos, cavalos, etc), que divertem bastante as crianças. O zoo funciona apenas aos sábados e domingos de 10.00 h às 18.00 h. Outro conceituado café é o Edit’s Kaffe Hof, ao lado desta fazenda, e uma feirinha de produtos orgânicos que só funciona aos sábados de 9.00 h às 17.00 faz sucesso logo na entrada da Av. Pres. Ernesto Geisel.

A cervejaria Usinamalte, que atrai uma clientela amante da boa cerveja artesanal, e uma fábrica de artefatos de madeira, fazem sucesso na Colônia. Outras atrações foram anotadas, mas não visitamos devido ao pouco tempo que nos restava. Há muito o que ver na Colônia, mas é preciso tempo para isso.


OBSERVE
que os horários de abertura e encerramento do comércio da Colônia Witmarsum pode variar. Alguns lugares não abrem às segundas. Outros funcionam durante a semana e ainda há outros que só abrem aos sábados e domingos. Melhores informações o interessado obterá clicando aqui e aqui.


NOTA

(1) Anabatismo era a prática de um segundo batismo nos convertidos adultos, por acreditarem que as crianças batizadas não tinham como optar pelo Cristianismo. Este primeiro batismo não tinha o menor valor para os radicais da Reforma Protestante, porque acreditavam que só os adultos é que têm capacidade para fazer escolhas.

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