BRASIL . RIO GRANDE DO NORTE . MARACAJAÚ . PARRACHOS (Furada na Maré Cheia), POUSADA PONTA DOS ANÉIS, MANOA PARK e TEREZA PANÇA.

MARACAJAÚ

é uma comunidade do litoral de Maxaranguape (aproximadamente 2.000 habitantes), município do Rio Grande do Norte. Dista em 64 km de São Miguel do Gostoso pela BR-101 e RN-263. Fica a 47,2 km de Touros, e a 52 km de Natal pelas mesmas estradas. Trata-se de uma atração que vale à pena conhecer pelo que o lugar oferece. Além do mais, levando em consideração as curtas distâncias, Maracajaú fica logo ali.

IMAGEM EM DESTAQUE: Ponta dos Anéis, Maracajaú.

 

 

Centro de Maracajaú
O Centro de Maracajaú.

 

MARACAJAÚ EM AGOSTO

Um lugar simples e pacato foi o cenário que encontramos em agosto de 2011. Mas, como seria na alta temporada?
Demos uma volta pelo centro (fotos) e não notamos nenhum indício de que estejam preparados para qualquer movimento maior, embora isso não queira dizer nada porque “tudo muda o tempo todo no mundo” como diz Lulu Santos.
A proximidade com Natal e São Miguel do Gostoso propicia vai-e-vens diários, tornando desnecessária a permanência de turistas na localidade.

 

Além do mais, Maracajaú conta com apenas duas atrações que chamam atenção: um parque aquático chamado Manoa Park, com boa estrutura, organização e muita diversão, e o Parracho de Maracajaú – Uma Área de Preservação Ambiental dos Recifes de Corais de Maracajaú – RN -, a 7 km distante da costa.

 

O QUE SIGNIFICA PARRACHO?

O Dicionário Informal define como algo com pouca altura; rasteiro; atarracado. Neste caso, são aquelas piscinas formadas por arrecifes em bancos de areia em alto mar, que aparecem unicamente nas marés baixas – nada a ver com o lugar para aonde nos levaram.

 

CUIDADO COM AS EMPRESAS DE TURISMO!

Em se tratando de turismo, as empresas responsáveis por estes programas não estão nem aí para as marés e muito menos para os turistas. Por isso, fique esperto! Quando você vir fotos deslumbrantes convidando-o para os parrachos, acautele-se! Saiba que nem sempre você encontrará aquelas imagens que correspondem às fotografias que o atraíram.
E é justamente para você não fazer papel de tolo, não perder tempo com quem não merece seu respeito e nem jogar dinheiro fora, é que explico o porquê de termos caído na armadilha.

 

AVISO AOS NAVEGATES

Para quem nunca teve o privilégio de sentir-se integrado a um aquário a céu aberto e deseja comungar com um desses espetáculos que a natureza nos oferece, deve informar-se muitíssimo bem a respeito das tábuas de marés. Caso você não esteja nem um pouco interessado em pesquisar essa condição, certamente embarcará em uma canoa furada como nós.

A empresa de turismo mais bem conceituada de Maracajaú que contratamos foi a responsável pelo frustrado passeio.
Prá início de conversa, o tempo não estava ajudando, mas resolvemos arriscar para visitar o tal parracho. Chuviscava e ventava, e atravessar algumas ondas para podermos embarcar não foi nada radical, mas também não foi mamão com açúcar mesmo para nós que não tememos o mar.
O vento agitou a água, as ondas ganharam força apesar de baixas, e para chegarmos até ao catamarã tivemos que vencê-las pulando e esticando os braços para o alto para não molhar dinheiro, documento, bermuda e camiseta. Não tinha jeito.

 

A PROPAGANDA OBRIGATÓRIA

Com uma camisa de manga comprida (que tivemos que vestir com o logo da empresa, a título de identificação) molhada, chuva, e vento forte atravessando o catamarã, não havia como não sentirmos frio. Mas o pior não foi isso: era mês de agosto e a maré estava alta. Evidentemente, quem trabalha com turismo ardiloso, não vai avisá-lo de que naquela altura do campeonato você não encontrará a tão sonhada atração do jeito como mostram em fotos. E foi nessa canoa furada que embarcamos, sem saber que nessas condições de tempo e maré NÃO HÁ PARRACHO! Ou seja: literalmente, demos com os burros n’água – e nem preciso dizer que burros são esses!

 

TURISTA QUE NÃO PESQUISA MOFA C’AS POMPAS NA BALAIA

Daí você pergunta: – Ora, então… por que embarcaram? Primeiro, porque não sabíamos deste pormenor (aliás, um pormaior!). E mesmo com chuva, se os recifes estivessem à mostra, já teria valido à pena. Entretanto, não foi o que aconteceu. Não tivéssemos visitado as piscinas de Maragogi na época certa, amargaríamos outra frustração.
Revolta-nos saber que os responsáveis por estes embustes têm consciência do logro, mas, por motivo$$$ óbvio$$$, não estão nem um pouco preocupados com a extrema inocência do turista.

Minha sobrinha, sem coragem para mergulhar e depois sentir mais frio, também permaneceu a bordo.

 

Meu fiel escudeiro, pensativo, sentado no degrau da parte de trás da embarcação: pular ou não pular? Mas, ao ver muita profundidade, foi logo dizendo: – Essa não é minha praia.

 

É mais garantido permanecer a bordo.

 

Não me contive: tirei as sandálias depois do clique e pulei.

ONDE ALMOÇAR

No dia seguinte fomos almoçar no Tereza Pança e acabamos comentando a fraude do dia anterior com uma funcionária do restaurante. Aí sim, fomos alertados para o pulo do gato, mas já era tarde: teríamos que acompanhar as tábuas das marés! Sabem por quê? Aquelas fotos lindas, que vemos o ano inteiro nas empresas de turismo e que servem para atrair bobos iguais a nós, são clicadas e filmadas NAS MARÉS ZERO ou PRÓXIMAS DE ZERO, istepô!!!
Meu sobrinho, sem saber desse detalhe, visitou os corais em outubro daquele mesmo ano (2011) e se deu muitíssimo bem. Seu passeio foi lindo, ensolarado, fantástico. Ele e sua mulher adoraram! Quanto ao nosso… nem quem desceu com cilindro viu alguma coisa.
Além dos comentários que ouvimos de quem mergulhou, mas não conseguiu ver nada, percebia-se que estava muito fundo e a água do mar não estava cristalina, característica dos parrachos.
Caso interesse, dê uma olhada neste link e observe quantas marés zero ocorrem em apenas 30 dias. Consulte por mês e lugar de destino.

 

TEREZA PANÇA

Para quem nunca ouviu esse nome, poderá pensar que a proprietária da casa trata-se de uma senhora gorda e com uma barriga imensurável, correto? Mas…, não é nada disso.
Tereza Panci era o nome de um navio que naufragou no lugar em que construíram um farol no final da década de 30.
E foi em homenagem a esse navio que ficou encalhado nos recifes de Maracajaú que batizaram o farol com o nome de Tereza Pança. E como o restaurante fica justamente em frente a esse farol, eis o terceiro Tereza Pança do pedaço.
Lembro-me de que a comida era simples e que comemos peixe. Agora, se estava saboroso, que peixe foi e o que acompanhou… O almoço não marcou! Nada parecido com o que nos foi servido na barraca próxima ao Farol de Santo Alberto, em São Bento do Norte. Aquele… é inesquecível.

 

 

ONDE DORMIR?

Ficamos hospedados na Pousada Ponta dos Anéis, bem próxima de outra atração de Maracajaú, o Manoa Park.
A pousada é maravilhosa. Conta com chalés confortáveis equipados com frigo-bar e TV e todos são emoldurados por ampla varanda onde você poderá relaxar à vontade no colo de uma rede e ser acariciado pela brisa que sopra do mar.

 

A POUSADA PONTA DOS ANÉIS

A decoração rústica e simples de cada apartamento está de acordo com a arquitetura da pousada, localizada sob a sombra e o assobio do coqueiral da Ponta dos Anéis, que lhe serve de indicação. A pousada foi construída em um terreno de 2.500 m² à beira-mar.
Conta com rede de vôlei, jogos de mesa, churrasqueira, pequena piscina para adultos e outra para crianças. Café da manhã farto e variado.
E pelo que vi em fotos, forraram os tetos dos quartos com lambri, o que não havia na época em que nos hospedamos lá.

AS COMPANHEIRAS DE QUARTO

Antigamente não havia forro! Daí, quando chegava a noite, eu me minha sobrinha, companheira de quarto, improvisávamos uma cabaninha em tule de nylon (já havia passado por experiência idêntica antes e por isso levei metros e metros de tule na mala) para nos proteger das pererecas que desprendiam do teto. Um sufoco!
Garanto que na pousada você se sentirá inteiramente à vontade e ouso dizer que é como se estivéssemos em nossa casa de praia. E agora deve estar melhor do que nunca, porque não chove mais pererecas.
É o lugar ideal para quem tem crianças, inda mais pela presença do Manoa Park beeemmm pertinho da pousada.

 

O proprietário pensou em tudo: caixa de areia sob gangorra e balanços. Quem cair, cairá no macio.

 

Balanços e rede vôlei. Sem dúvida, a pousada é uma filial do paraíso para a criançada.

 

No salão à esquerda era servido o café da manhã.

 

Para quem aprecia um bom churrasco…

 

Tivemos a sorte de estarmos na pousada em época de lua cheia.

 

Pousada Ponta dos Anéis.

 

As piscinas para adultos e crianças eram assim, mas pelo que andei vendo no site da pousada houve muita modificação para melhor.

 

Amplidão em todos os cômodos. A dimensão da varanda é um exemplo.

 

Onde batíamos nosso papo no final da tarde, para repassar os momentos divertidos (ou não) do dia.

 

MANOA PARK

Saindo da pousada pelos fundos, ou seja, pela praia, siga à direita. Em dez minutinhos de caminhada leve você chega lá. As fotos dispensam legendas porque basta olhá-las para se ter certeza de que o parque é diversão garantida para crianças e adultos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A piscina para jogar de vôlei tem fundo natural. 

 

Meu mano, mais vermelho que o próprio cogumelo, refrescando a pele num aprazível banho.

 

Cunhada e sobrinha deixando-se levar pelo embalo das águas mornas e tranquilas do riacho artificial do parque.

 

 

Fim de linha.

 

 

 

Meu fiel escudeiro conseguiu encalhar no escorrega!

 

Quem há de resistir a essas espreguiçadeiras após o almoço?

 

MANOA PARK (Continuação)

O parque foi construído em uma área de 60.000 m². Em agosto de 2011 estava equipado com toboágua (em manutenção quando lá estivemos), escorrega, piscinas, cascatas, e um rio artificial raso e de baixíssima correnteza, cujo objetivo é apenas impulsionar as boias pelo circuito. Essa flutuação é tranquila e divertida.
Espreguiçadeiras foram colocadas estrategicamente na saída do restaurante – um convite irrecusável para você tirar aquela madorna após o almoço.
Vale lembrar que para curtir o toboágua e o escorrega, o acesso é por escadas. E como você não subirá apenas uma vez… Daí, môquiridu istepô, nada melhor que sair do restaurante e se deixar embalar nos braços de Morfeu, naquelas bem-vindas espreguiçadeiras.

 

4 comentários em “BRASIL . RIO GRANDE DO NORTE . MARACAJAÚ . PARRACHOS (Furada na Maré Cheia), POUSADA PONTA DOS ANÉIS, MANOA PARK e TEREZA PANÇA.

  1. Adorei suas dicas! Fotos maravilhosas!
    Passei por uma experiência, parecida com a sua, no caso dos tais parrachos. Foi em Fortaleza, onde pega-se um catamarã para visitar piscinas naturais. Como bons brasileiros (como você comenta em sua postagem), a equipe responsável pela (des) organização, atrasou a saída das tais piscinas. A princípio, seriam transportadas até o catamarã, em botes infláveis, primeiro as crianças e as mulheres e por último, os homens. Conforme a água do mar subia, as pessoas iam se apavorando e quando a água já estava chegando na altura da cintura, já estava um pega-prá-capar. Homens “educadíssimos”, se enfiando nos botes, na frente das mulheres. Um horror! Bem ao estilo brasileiro. É realmente, necessário pesquisar antes as tábuas de maré para não se enfiar em furadas. Beijos!!!

    1. Angela, lhe agradeço muito pelos comentários. Você caiu em outra armadilha, em Fortaleza, por desconhecer um detalhe aparentemente simples. Simples é pesquisar na Internet as tábuas de marés, que variam muito de um lugar para outro. Em Maracajaú, os comerciantes vendem esses passeios, mas não lhe dizem nada a respeito das marés por motivos obvios. A única! Que foi honesta foi a funcionária do Terra Pança, que nos mostrou em um impresso, as tábuas de todo o ano. Agora, não cairemos mais nessa história. Bjks e muito obrigada pelo comentário.

  2. Belíssimas fotos de um lugar paradisíaco. mas como você mesmo indica: “Não se iluda com fotos” – Uma pena a decepção por não saber escolher o melhor período, por causa do sobe e desce das mares.
    Mas, nada como falar com quem sabe. Valeu as preciosas dicas.

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