BRASIL . PARANÁ . CARAMBEÍ – Museu da Imigração Holandesa a Céu Aberto.

Nesta postagem abordo, pontualmente, uma viagem no tempo até a Carambeí de 1911. Procurei mostrar como viviam os colonos de um modo geral, e por isso a postagem é longa.
A escola, a igreja, a queijaria, a estrebaria, a casa dos colonos, a estação da estrada de ferro e muitos outros cenários entraram nesta postagem, a fim de que você tenha idéia do que verá em sua visita a este museu fantástico.
Boa viagem a CARAMBEÍ!


1 – A FAZENDA CARAMBEÍ

A região de Carambeí era uma fazenda que se estendia do Rio Iapó ao Rio Pitangui, e cujo proprietário, José Goes, não soube administrá-la satisfatoriamente; como consequência, a fazenda foi a leilão.
De 1713 até 1854 arrendaram a fazenda diversas vezes, até que os descendentes de uma senhora portuguesa de nome Francisca Teixeira de Azevedo a permutaram.

1.1 – E PENSAR QUE TUDO COMEÇOU COM UMA ESTRADA DE FERRO… 

Mas, foi a Brazil Railway Company, que construíra uma linha férrea que cortava a propriedade, que adquiriu a fazenda em um leilão, em 1911, e dividiu-a em lotes. Seu objetivo era colonizar a região com imigrantes europeus, a fim de que produzissem carga para seus comboios.
O interesse no comércio da produção dos colonos era tão grande, que a própria empresa entregava ao interessado, só para começar, um terreno, uma casa, três vacas e uma canga de bois. Adubo e sementes também eram fornecidos pela Brazil Railway Company para iniciarem as plantações e, além disso, ainda compravam toda a produção.

1.2 – A CARAMBEÍ VILAREJO

O reconhecimento de CARAMBEÍ como vilarejo foi a partir de 04 de abril de 1911, graças aos irmãos Verschoor e Jan Vriesman. Ambos se mudaram para um lote de uma fazenda de nome Carambeí, compreendido entre Castro e Ponta Grossa.
Esta fazenda era parada obrigatória no Caminho do Viamão, também conhecido como Caminho das Tropas e Caminho Real – este último foi assim denominado porque cortava as áreas dominadas por portugueses e espanhóis.
As terras estendiam-se desde o Rio Grande do Sul (Viamão) até São Paulo (Sorocaba). O porquê das paradas obrigatórias você poderá saber clicando aqui.
Neste link você obterá muitas informações, incluindo um curto parágrafo que revela como surgiram núcleos que se transformaram em grandes cidades.

Alguns imigrantes holandeses (os que chegaram à região em 1905) voltaram para a Holanda e outros se dispersaram. A BATAVO, que iniciou sua produção de manteiga e queijo em 1925, foi a responsável pela Carambeí que conhecemos hoje.
Mais pormenores você encontra no site do IBGE, clicando aqui.

NOTAPor algumas dessas cidades que surgiram no Caminho do Viamão, eu e minha família passamos algumas vezes quando íamos de carro do Rio à Florianópolis para passarmos as férias. Meus pais eram catarinenses e o trajeto que meu pai fazia, lembro-me perfeitamente, passava por Itapetininga, Guarapuava e Itapeva. Itapetininga nunca saiu de minha memória por conta de um fato bastante desagradável ocorrido na estrada que naquela época era “de chão”.
Levávamos de 3 a 4 dias em viagem até chegarmos aos nossos destinos: Florianópolis e Rio de Janeiro. Foi uma aventura que vivi aos dez anos de idade e meu mano aos seis. 

2 – COMO CHEGAR AO PARQUE HISTÓRICO DE CARAMBEÍ

O parque fica entre as cidades de Ponta Grossa e Castro, outra cidade de origem holandesa que compõe a ROTA HOLANDESA junto com Carambeí. Saindo da capital, que foi o que nós fizemos, a distância é de 151 km pela BR-376 e BR-277. 

 

Não tivemos sorte com o tempo. Saímos de Curitiba com temperatura muito baixa (4º), e quando chegamos ao Parque Histórico enfrentamos, literalmente, um vento gelado e forte que chegou a queimar meu rosto. Esta ventania atrapalhou bastante nossa caminhada.

3 – A CRIAÇÃO DO PARQUE HISTÓRICO

O Parque Histórico de Carambeí divide-se em cinco alas: a Casa da Memória, a Vila Histórica, o Parque das Águas, o Centro Cultural Amsterdam e o Centro de Exposições.
É interessante ressaltar que estas alas foram definidas à medida que o parque aumentava suas instalações. O museu ocupa um terreno de 100 mil m².

A – A CASA DA MEMÓRIA

Aqui, em 2011, começou o Parque Histórico que conhecemos. São dois andares para visitação.

O Museu da Memória fica dentro do Resaurante Koffiehuis, logo na entrada do parque., à esquerda.
A Casa da Memória divide espaço com o Restaurante Koffiehuis, à direita da entrada do parque. Próximo da entrada do Café fica um parquinho que diverte por demais as crianças.

Parque Histórico de Carambeí, PR

 

Na parte superior da Casa da Memória ainda há o que ver. O acesso é por uma escada de madeira e não há indicações da existência deste segundo andar. Caso o visitante desconheça  este detalhe, “Vai mofar c’as pombas na balaia”. Muitos pensam que a escada faz parte do restaurante devido sua localização, mas não é nada disso. A escada é, justamente, o acesso para a parte superior do museu.

 

Outro aspecto do Museu da Memória. Nesta casa, de 1946 funcionava uma estrebaria.
Neste ambiente, em 1946 funcionava uma estrebaria. A maquete mostra os tipos de construções onde viviam os colonos em Carambeí, até 1950.

 

Sala de Espera do Café do Museu da Memória.
A confortável e aconchegante sala de espera do Koffiehuis. À direita, ao fundo, fica a escada que leva à outra parte do museu e que muitos ignoram. 

 

O salão do Café e restaurante é bem espaçoso, mas mesmo assim é aconselhável reservar mesas. Grupos grandes que chegam em excursões ocupam quase todo o espaço.

 

O restaurante trabalha com buffet e oferece alguns pratos diferenciados. É bom lembrar que a Holanda absorveu a culinária indonésia e o restaurante adotou alguns destes pratos com os temperos originais. Quanto às sobremesas, só em olhar …

 

A loja de lembranças holandesas.
Na loja há lembranças que são importadas da Holanda tais como lápis, canetas, drops de especiarias, canecas e peças decorativas para móveis e paredes. Algumas peças à venda são de fabricação nacional e referem-se ao próprio parque.

 

B. A VILA HISTÓRICA

4 – O CAMINHO DAS PEDRAS . ATRAVESSE A PONTE e VISITE O PASSADO 

Este caminho, ao contrário daquele que muitos conhecem por finalizar uma anedota, está bem visível e seguro, e leva o visitante até uma ponte pênsil importada da Holanda. Esta ponte é mágica porque o transporta para a História de Carambeí, permitindo-lhe um encontro com o passado deste  lugar. 

Passarela que leva o visitante ao parque propriamente dito.
Literalmente, este é o caminho das pedras para o visitante chegar ao parque propriamente dito. No final desta passarela fica a bilheteria.  

 


4.1 – PREÇOS PRATICADOS PARA VISITAR O PARQUE, POR PESSOA, em 20/8/2022.

Inteira: R$20,00 
Meia: R$10,00 para professores, estudantes e visitantes cuja faixa etária varie entre 7 a 17 anos.
Pessoas deficientes, doadores de sangue habituais e profissionais da área de saúde, desde que comprovem sua atividade, pagam meia.

Estão Isentos de Pagamento os Moradores de Carambeí cadastrados, os funcionários da Prefeitura Municipal de Carambeí, desde que também sejam cadastrados, os menores de 6 anos, adultos acima de 60 anos e acompanhantes necessários de Portadores de Deficiência Física.

ATENÇÃO: Grupos deverão ser agendados com sete dias de antecedência pelo e-mail agendamento@aphc.com.br

No feriado do Dia das Crianças de 2022 foi cobrado ingresso para visitar o museu. Caram…beí!

HORÁRIO DE ABERTURA De terças aos domingos, de 10.00 h às 17.00 h.


 

4.2 – REGRAS DE VISITAÇÃO 

Os visitantes devem cumprir as determinações do parque, cujo único objetivo é mantê-lo preservado. E para atingir esta finalidade a administração estabeleceu regras. Algumas são diferenciadas daquelas que costumamos ver, como por exemplo, a proibição de mascar chicletes nos espaços museais. Drones estão proibidos, bem como a presença de animais de estimação.

Mas, de todas as regras, uma chamou-me atenção: é a que alerta os acompanhantes de crianças para controlar o comportamento dos pequenos. O aviso é válido porque o parque é um mundo apaixonante onde até os adultos podem cometer deslizes; e como é proibido tocar nos objetos que compõem os ambientes, convém ficar de olho nos piticos porque podem pecar em sua santa inocência.

Placa que mostra as regras de visitação do parque.
Regras comportamentais para os visitantes do parque.

 

A ponte pensil importada da Holanda.
A ponte que considerei como um passaporte para uma viagem no tempo. E para completar o simbolismo, o elemento água, ligado à emoção, está presente.

 

C – A HISTÓRIA DA VILA

 “O ambiente retrata, utilizando reproduções, o primeiro núcleo social onde as famílias holandesas integraram-se à sociedade da época, construindo uma identidade própria por meio da agricultura e comércio com as cidades próximas.” – Nota da administração do parque histórico.

 

5 – “A CASA HOLANDESA 

diz respeito a uma edificação arquitetônica que simboliza a Era de Ouro da Holanda no período renascentista.

A fachada e o interior desta residência mostram o estilo de vida e tradições neerlandeses. Nesta casa, o visitante mais atento identificará detalhes que o famoso artista Vermeer pintou em alguns de seus quadros. Em algumas telas, percebe-se que o piso e a vidraça das janelas que lhe serviram de fundo são sempre os mesmos, e que são idênticos aos colocados nesta casa.
Ao cruzarmos a ponte…, iniciamos nossa visita ao Passado.


Nota: Entende-se o Período Renascentista como o período cultural do século XVI. E como Era de Ouro, um período compreendido entre 1584 e 1702, em que a simples República Holandesa transformou-se em potência capitalista do ocidente. Foi a primeira a atingir este patamar.

Casa holandesa.
A Casa Holandesa mostra a arquitetura e a decoração de uma residência do Período Renascentista denominado Era de Ouro. Saiba com riqueza de detalhes a respeito das casas holandesas clicando aqui.

 

 

 

 

5.1 – O MUSEU DAS BORBOLETAS

apresenta uma coleção de 1.500 borboletas elaborada por Adolpho Los, genro do primeiro pioneiro de Carambehy, Cornelio Verschoor.
Com o pai de seu professor de acordeão, chamado Filipe Justos, ele aprendeu muitas técnicas para aplicar em sua coleção.

Casa do colecionador de borboletas Adolpho Los.
A primeira parada é a casa que apresenta a coleção de borboletas de Adolpho Los, iniciada quando o colecionador era ainda uma criança. Saiba mais a respeito clicando aqui.


5.2 – QUEM FOI ADOLPHO LOS?


A paixão de Adolpho por colecionar borboletas começou aos 8 anos, e em suas primeiras investidas pregava as borboletas atrás da porta de seu quarto. Sua mãe descartava-as ao limpá-lo, mas ele não se dava por vencido e continuava na caça às borboletas. O descarte continuou até que um belo dia sua mãe foi vencida pelo cansaço. Ela relaxou, e o resultado está pendurado nas paredes do museu. A paixão de Adolpho por sua coleção voou mais longe que as próprias borboletas, a ponto de importá-las.

 

 

A técnica e os instrumentos utilizados por Adolpho Los para manter as asas das borboletas abertas e conservá-las.
A foto mostra a técnica e as ferramentas utilizados por Adolpho Los para manter as asas das borboletas abertas e conservá-las. A peça onde as borboletas estão presas chama-se “esticador de borboletas” e está a venda na internet. As borboletas são colocadas vivas dentro de um vidro forrado com papel úmido até que pereçam.

 

O interessado em colecionar borboletas, mas não sabe como, poderá consultar um site para aprender os primeiros passos. Clique aqui e conheça um deles. Sei não, mas acho que mais trabalhoso que preparar o lepidóptero para decorar sua parede, é correr atrás dele. E não se esqueça de que também terá que olhar por onde anda!…

 

 Honestamente? Colecionar borboletas é uma atividade sádica. Clique no link ali de cima, leia os “ensinamentos”, e depois me diga se concorda comigo ou não.

 

6 – A ESTAÇÃO DE TREM CARAMBEHY

 

Réplica da estrada de ferro Brazil Railway Company, que viabilizou a chegada dos holandeses ao Alto Carambehy.
Trata-se de uma réplica da Brazil Railway Company, responsável pela chegada dos holandeses ao Alto Carambehy.

 

 

Foto de uma máquina de escrever da marca Underwood.
Quando penso que tive uma Underwood igual a esta, nem eu acredito. O problema era encontrar a fita. Sem ela, a máquina tornava-se apenas um objeto decorativo, e foi este o triste fim de minha lindinha.

 

Na estação de trem havia um quarto para o funcionário de plantão dormir. Esta providência foi tomada em função dos horários irregulares em que o trem passava pela estação, porque poderia atrasar horas e até mesmo dias.

 

 

 

Peças que decoram os ambientes.
É interessante observar as peças que decoram os ambientes, e pensar no trabalho que deve ter sido encontrá-las a fim de ser fiel ao estilo da época.

 

7 – A CASA DO COLONO

Ao chegar à praça principal do museu e me deparar com os modelos de construções que a cercam, reportei-me à casa de meus avós por parte de mãe, habitantes de uma localidade chamada Guabiruba do Norte Alto, próxima à Brusque.

A casa de meus avós era em estilo enxaimel e era na cozinha que a família passava a maior parte do dia. Nesta cozinha havia u’a mesa comprida, ladeada por bancos, que os 10 filhos de meu avô ocuparam até se tornarem independentes.
A sala era passagem para quem utilizasse a porta da frente e, além disso, era o local em que meus avós recebiam as visitas e onde se comemorava o Natal.
A árvore era enfeitada com muita criatividade: velas, e casca de ovos pintadas por minhas tias.
Tive a satisfação de participar de um Natal em casa de meus avós e vi como o comemoravam. Todos se davam as mãos ao redor da árvore, inteiramente iluminada com velas naturais. Oravam e cantavam musicas natalinas em alemão, e logo após as orações iam todos para a cozinha para cear. Não me recordo de haver troca de presentes, mas de carinhosos e emocionados abraços acompanhados de votos de “Feliz Natal”. 

 

 

Casa do Colono. 

 

A água era de poço – fresca e saudável. Nossos banhos eram em tinas, porque não havia banheiros. A “casinha” ficava bem afastada da casa, e à noite os urinóis entravam em ação.

 

Não me recordo onde meu avô guardava o equipamento de montaria, mas a carroça, que aparece pouco à direita, era idêntica. Como me diverti andando de carroça com meu avô Luiz B.

 

Colher ovos no galinheiro era uma diversão e tanto para uma criança. Saía do galinheiro com uma cesta cheia de ovos e toda prosa… E a pose? A pose era de quem tinha acabado de vencer uma batalha! Afinal, tratava-se de uma tarefa difícil!…

 

 

 

Forno onde minha avó assava pão, marreco, frango.
Em um forno idêntico a este minha avó assava aves, carne de porco, pão e cuca, e no fogão à lenha ela cozinhava as refeições do dia-a-dia. Queijos e manteigas também ficavam por sua conta.

 

8 – A CHÁCARA HOLANDESA

Era semelhante à chácara alemã. Este espaço foi montado para revelar como viviam os holandeses na década de 20 e, principalmente, mostrar como era uma chácara holandesa.
Baseada em minhas lembranças e nas de meu primo Osmar Boos, podemos afirmar que a composição era a mesma.
A casa de nossos avós era um pouco elevada do terreno. Nos fundos, bem próximo aos degraus da cozinha, ficavam o poço e o forno. Um pouco mais afastado, à esquerda, ficava o pequeno galpão que servia para armazenar o capim e a cana de açúcar que alimentavam o gado bovino e equino. Vez ou outra lá estava eu, feliz da vida, cortando  o “trato” para dar aos animais. Colado neste galpão ficava a estrebaria, e em frente desta ficavam o galinheiro e o chiqueiro.

 

 

A fazendo de nossos avós era, para nós – para mim, para meu mano que aparece na foto e primos -, um parque de diversões. A visita ao Parque Histórico de Carambeí foi uma grata surpresa. Dentre os vários motivos já citados, lembramo-nos de quando saíamos do Rio de Janeiro para passar as férias na fazenda de nossos avós maternos. Eram muitas, muitas terras… A fazenda era cortada por um rio de pouca largura e águas cristalinas, cujo fundo era de pedras roladas. O nível da água não alcançava nossos joelhos. Ói!…brincávamos prá valer neste rio. Ô saudade…

 

Assim era o interior das casas, porém havia uma diferença da casa de nossos avós: lá não havia luz; e para iluminar os ambientes, usava-se uma lamparina a querosene conhecida na Bahia como “fifó”. 

 

 

O ferro a carvão era o único que se conhecia. Haja técnica e saúde para passar roupas com um ferro pesado e quente igual aqueles. Na hora em que o cabo era suspendido para o ferro ser levado até a roupa a ser passada, a tampa deixava uma brecha e as brasas soltavam o maior calor na mão de quem o utilizava. E ficar assoprando as brasas até aquecer o ferro?

9 – IGREJA EVANGÉLICA REFORMADA

 “Foi a primeira igreja evangélica de Carambey, um dos três pilares conceituais que sustentaram a colônia.”

 

 


9.1 – O CEMITÉRIO

ficava no mesmo terreno pertencente à igreja. Em um dos túmulos, uma placa homenageia os imigrantes.

 

10 – AS FAMÍLIAS COLONIZADORAS DE CARAMBEÍ

 

 

 

 

11 – O MONUMENTO DOS IMIGRANTES

 

 

12 – A CASA DAS ETNIAS

honram a diversidade cultural das etnias que contribuíram na formação social e no desenvolvimento de Carambeí: alemães, indonésios, poloneses, italianos e portugueses.

 

O colchão chamou atenção pelo seguinte: em casas dos colonos alemães, na década de 50, o colchão era artesanal – era recheado com palha de milho.

 

 

No centro da praça fica o Monumento do Imigrante.

 

 

 

 

 

13 – CASA DA CULTURA HOLANDESA 

 

 

 

14 – QUEIJARIA

Fachada da queijaria.
Fachada da queijaria.

 

1 – A direita da foto está o Tanque de Madeira Circular que era utilizado para coalhar o leite e, posteriormente, fabricar queijos. 2 – Tampadeira de garrafa de leite com folhas de alumínio. 4 – Prensa Para Queijo, manipulada para separar o coalho do soro. 6 – Boterkarner é o nome da batedeira manual utilizada para fabricar grandes quantidades de manteiga. 8 – A Centrífuga Manual, servia para bater a nata até se transformar em manteiga.

 

 

5 – A Desnatadeira Manual, servia para separar a nata do leite.
7 – Tanque de Queijo.
9 – Lavador Manual dos panos utilizados na fabricação dos queijos.
10 – Boterkarner – batedeira manual, manipulada para fabricar manteiga.

 

15 – A CHARQUEADA

Charque e linguiças de aves e carne suína eram fabricados na antiga colônia pelos imigrantes. Década de 1920.

 

 

 

Minha cunhada Sônia, a Sossô, amiga de todos e de quem mais chegar. Companheirona de meu mano, está sempre pronta para o que der e vier. Não tenho irmã, mas Sossô é a mana que Deus me ofereceu de presente e aceitei. Sou grata, muito grata, pelos privilégios que a vida me tem concedido.

 

16 – A PRIMEIRA ESCOLA DA COLÔNIA – 1934.

Os valores religiosos e morais constituíram os alicerces do processo educacional da colônia.
As aulas, que eram ministradas no idioma holandês, começaram a ser praticadas em português em razão da Campanha de Nacionalização proposta por G. Vargas, em 1938.
E foi por conta desta campanha que minha mãe e seus irmãos foram obrigados a falar português. Em casa, apenas meu avô falava “aleguês”(alemão e português); minha avó falou o alemão durante toda sua vida e por este motivo nossa comunicação era por intermédio de minha mãe.

 

Meu mano, curtindo uma onda de imigrante.

 

Próxima da escola do museu instalaram a conhecida “casinha”, que por motivos óbvios ficava bem afastada das residências. À noite, o esquema era outro: urinol embaixo das camas.

 

A sala de aula.
A sala de aula só pode ser vista pela janela porque proibiram a entrada nesta parte do museu.

 

Este modelo de carteira escolar foi adotado por muitos anos pelos colégios brasileiros. Sentei-me em carteira semelhante no colégio de freiras – alemães, claro! – onde estudei por 10 anos.

 

17 – O MUSEU DO TRATOR

Não chegamos a visitá-lo devido ao vento frio e forte que não conseguimos suportar.

 

18 – OS PEQUENOS TAMBÉM FORAM LEMBRADOS

 

 

 

Foto da lavação de automóvel pelas crianças.
A lavação de um automóvel pelos pequenos era uma tarefa bastante divertida. Lembro-me de como caprichava na limpeza do carro de meu pai. Eu e meu mano saíamos molhados da cabeça aos pés, mas felizes da vida. 

 

 

C – O PARQUE DAS ÁGUAS

foi inspirado em um parque holandês que tive a satisfação de conhecer na Holanda, chamado Zaanse Schans. Este parque fica bem próximo à Amsterdam.
Criaram esta área para mostrar a habilidade que os holandeses sempre tiveram em lidar com a água, mas a realidade é bem diferente.
É bom lembrar que foram os holandeses que construíram seu próprio país e que a Holanda continua crescendo. Novas áreas estão sendo criadas, porém, desta vez, não com o emprego de moinhos de vento, mas com a utilização de equipamentos de tecnologia avançada. Os moinhos, outrora utilizados na criação dos pôlderes, agora descansam e decoram as paisagens.
Alguns estão ativos no parque Zaanse, mas são poucos. A finalidade de mantê-los em movimento é para mostrar o funcionamento de suas engrenagens estimuladas pelo vento, e para o fim a que se destinavam. Em Zaanse visitei um moinho cuja função era triturar sementes para temperos. Outros preparavam material para construção.

 

 

 

19 – APROVEITAMENTO DE ESPAÇO e DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO NA DECORAÇÃO DE AMBIENTES

 

 

 

Sabemos tratar-se apenas de uma exposição. Porém, nesta foto há uma composição equivocada porque, por questões de conservação e bom funcionamento de um refrigerador, fogões devem ficar afastados de geladeiras. Além do mais, o fogão ficou próximo da janela, outro local inadequado pelo seguinte: por motivos de segurança, fogões devem ficar afastados de locais ventilados, mas próximos de aparadores ou prateleiras. De preferência, estas peças devem ficar a seu lado.  

 

 

 

20 – GUARDA-PONTES

Na Holanda havia pontes que funcionavam manualmente graças a um funcionário denominado “guarda-pontes”. Este serviço era cobrado a quem passasse pelo canal com sua embarcação.
Porém, em função da modernização do sistema de vigia em Amsterdam, esses locais foram transformados em quartos de hotel e cada cabine decoraram de acordo com suas características. O sistema de entrega do café da manhã também é moderníssimo: é deixado na porta em uma sacola, e a abertura das portas é via aplicativo de smarthphone.
“- Pode isso, Arnaldo?”
Saiba mais clicando aqui. Valerá à pena ver como se acomodam os turistas nestas antigas cabines, cujas dimensões surpreendem.

Uma foto especial de minha cunhada ao lado da ponte importada da Holanda.

 


Não visitamos o Museu do Trator, nem o Centro de Exposição e tampouco o Centro Cultural de Amsterdam. O vento frio atrapalhou bastante nossa visita.

 

UFA! Enfim, O FIM.

 

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