ROTA DAS EMOÇÕES – Esta página foge do perfil que tenho postado no blog pelo seguinte: trata-se de uma viagem que postei em um site de viagens que fechou suas portas, porém não comunicou a falência a seus colaboradores.
Quando me deparei com essa realidade senti muito por meu trabalho perdido. De tudo que postei – e só de fotos foram mais de duas mil -, consegui salvar apenas este texto e ainda me dei por feliz.
ROTA DAS EMOÇÕES – O QUE É ?
Esta rota, que faz jus a seu nome, compreende os LENÇÓIS MARANHENSES, o DELTA DO PARNAÍBA, no Piauí, e a COSTA DO SOL POENTE CEARENSE – Jericoacoara e Camocim.
ALGUMAS DICAS DA ROTA DAS EMOÇÕES
OBS: Os mapas dão a idéia do caminho percorrido de Fortaleza até São Luiz. Na verdade, o Google não conseguiu calcular a Rota das Emoções exatamente como traçamos.
Por exemplo: de Tutóia seguimos até Caburé, na foz do Rio Preguiças. Neste ponto uma lancha nos aguardava para subirmos o rio e chegarmos a Barreirinhas, de onde partimos para São Luiz após alguns dias.
IMAGEM DESTACADA – ALCÂNTARA, Maranhão.
DE ONDE PARTIR?
Para alcançar a Rota das Emoções você poderá partir tanto de FORTALEZA quanto de SÃO LUIZ.
Considerando que você mora no Rio de Janeiro e queira partir de Fortaleza, o número de voos é maior do que os que partem para São Luiz. Do Rio de Janeiro há voos diários para Fortaleza; ou seja, trata-se de uma grande vantagem porque torna sua viagem mais flexível.
Em agosto de 2010 a GOL ofereceu uma opção de saída do Galeão, RJ, às 10.00 h; a meu ver foi perfeito, pois as diárias dos hotéis e pousadas encerram-se normalmente ao meio dia e iniciam-se às 14.00 h. Somando às duas horas de voo o tempo de recolhimento de malas e a ida do aeroporto à pousada na Praia do Futuro, chegamos em bom horário para deixarmos nossas bagagens nos quartos, e logo sairmos para aproveitar o restante do dia. Tudo dependerá da conveniência de cada um, obviamente.
HOSPEDAGENS
FORTALEZA, para quem ainda não a conhece, merece uma parada de pelo menos quatro dias para que se tenha uma noção do que a cidade e arredores oferecem para o visitante.
1 – O HOTEL LUZEIROS
é excelente opção. Localiza-se na Praia do Meireles quase em frente à feirinha de artesanato que funciona diariamente ao cair da tarde. O hotel é categoria quatro estrelas. Conta com amplos e confortáveis quartos, café da manhã farto e variado, piscina e tudo mais que um bom hotel normalmente oferece a seus hóspedes.
2 – HOTEL VILLA MAYOR
é outra opção bastante elogiada embora não esteja na beira-mar. Fica na rua Visc. de Mauá, 151 – (85) 3466. 1900 -, a 100 m da Praia do Meirelles onde os artesãos montam a feirinha. O hotel é temático, bem interessante, e bastante elogiado. Hospedamo-nos há aluns anos no Hotel Villa Mayor e gostamos de tudo, sem exceção. Na época em que lá estivemos estavam instalando elevadores, veículo super necessário. Clique aqui e saiba mais.
AONDE IR
1 – PRAIA
A praia fica totalmente deserta e os assaltos são constantes em pleno sol de meio dia. Até mesmo a melhor das barracas, a Crocobeach foi invadida por bando de assaltantes que limparam tudo e todos que encontraram pela frente. A ousadia é rotineira: assaltam quem sai das barracas sem o menor temor. A platéia é composta quase sempre por ambulantes que se alojam na porta das barracas, principalmente nesta, e por taxistas; ninguém faz absolutamente nada. Nem a polícia que vez ou outra circula pela redondeza. A “ronda” não passa de um desfile que, na opinião de muitos, é apenas para mostrar os carros novos e poderosos com que equiparam o policiamento.
COMPRAS
1 – FEIRINHA DA PRAIA DO MEIRELES. NÃO COMPRE GATO por LEBRE!
Essa feirinha é interessante, mas apenas para conhecer. Atrai muitos turistas que, por falta de aviso, acabam comprando gato por lebre e ainda por cima por preços absurdos.
Todos os artigos que são vendidos nesta feira são comprados até por 1/4 do preço no MERCADO PÚBLICO (Mercado Central), onde se encontra imensa variedade de mercadorias a preços baixos; a concorrência é muito grande e o comprador acaba ganhando com sua oferta. Além de os preços serem convidativos, pechinche. É importante barganhar.
A feirinha é uma arapuca para os menos avisados. Uma toalha bordada que poderá lhe custar perto de R$40,00 (quarenta reais) no Mercado Público, na feira vendem por R$ 100,00 /R$120,00 e por aí, vai. Caí nessa. Depois, quando vi os preços do Mercado quase tive uma síncope. Imagens de santos anunciadas como se fossem em madeira esculpida não passam de gesso pintado.
Além disso, há de se tomar muito cuidado com batedores de carteiras que atuam no calçadão e, principalmente, na feirinha, onde a aglomeração de turistas é maior.
Anotar preços é importante; na hora de compará-los com os do Mercado Público dá até raiva; é aí que se constata a exploração dos vendedores da feira.
2 – MERCADO PÚBLICO
Rua Alberto Nepomunceno, 199 – continuação da rua Conde d’Eu.
Abre de 2ª a 6ª de 7.00h às 18.00h. Sábados e Domingos, de 8.00h às 16.00h.´
PESQUISE PREÇOS ANTES DE COMPRAR!
Antes de adquirir qualquer mercadoria, prepare-se para a maratona porque são 559 boxes em todo o mercado! Percorra-o até cansar (literalmente) e faça uma pesquisa de preços. Anote-os. Conforme já escrevi, a concorrência é grande e os preços da mesma mercadoria diferenciam muito. Não se esqueça de pegar o cartão da loja onde pretende comprar mais tarde ou anotar seu nome. Não confie na memória. Por incrível que pareça, acontece de a pessoa depois não saber mais onde encontrou o objeto desejado. São tantas opções que a gente se perde. Vá com calma; entre em cada box e vasculhe-o. Nessa operação descobre-se coisas do arco da velha que não ficam expostas na porta.
O AIRTON BORDADOS
é um box que vale à pena visitar. Toalhas de mesa, de lavabo, panos de prato, lençóis bordados lindíssimos, panos de bandeja, enfim, uma gama de mercadorias muito bonitas e de qualidade.
Importante: os descontos que Airton oferece são consideráveis e nem precisa pedir. Como faz mais de 10 anos que estivemos lá, não sabemos se ainda mantém o box.
SUCOS
No subsolo (garagem) do Mercado havia uma casinha de madeira onde preparam sucos de frutas maravilhosos, feitos na hora. Experimente caso ainda esteja por lá. Será difícil tomar um só.
3 – ENCETUR – CENTRO DE ARTESANATO – Antiga cadeia.
Rua Senador Pompeu, 350. Abre de 2ª a 6ª de 8.00h às 18.00h e aos sábados a partir das 8.00h. Telefones: (85) 3212. 7310 e (85) 3101.5508.
O prédio foi construído em 1866 e funcionou como cadeia durante aproximadamente 100 anos, quando então passou por reformas e foi entregue à população como centro de artesanato. Vale uma visita mesmo que seja com objetivo cultural porque é muito bonito.
4 – REDES – ONDE COMPRÁ-LAS
Além de alguns boxes no Mercado Central venderem redes, há mais duas opções de nota:
1- A FÁBRICA DE REDES VITÓRIA na rua Mal. Deodoro, 677, no bairro de Benfica (85) 3223-4203 – abre de 2ª a 6ª de 8.00h às 18.00 h e sábado de 8.00 h ao meio dia.
On line, consulte outro site que oferece os mesmos produtos clicando aqui.
2- As lojas da rua Castro e Silva, em frente à Catedral de Fortaleza ( que fica ao lado do Mercado Central). Há redes de até R$25,00 (vinte e cinco reais). As redes mais simples, de tecido encorpado e colorido, mas sem varanda (franja), estavam na faixa de R$35,00 (trinta e cinco reais) em agosto de 2010.
5 – CENTRO DRAGÃO DO MAR DE ARTE e CULTURA
Rua Dragão do Mar, 81 – Praia de Iracema.
A origem de seu nome deve-se a uma homenagem feita pelo governo cearense, em abril de 1999, quando foi inaugurado, a um pescador também conhecido como Chico da Matilde, que em 1881 negou-se a levar escravos para serem vendidos no Sul do Brasil. Esse pescador tornou-se símbolo do movimento abolicionista cearense.
O Centro possui teatro, cinema, salões para exposições de artes em geral, planetário e biblioteca, dentre outros espaços.
6 – RESTAURANTES
Além dos que estão espalhados pela cidade, no bairro da Varjota cresce um centro gastronômico da melhor qualidade. Este espaço já conta com aproximadamente 50 restaurantes, em um bairro de apenas 8.000 habitantes segundo dados do IBGE.
Este polo fica próximo ao bairro Aldeota e também faz parte da área nobre de Fortaleza.
O restaurante COLHER DE PAU (atualmente chama-se Colher Restô), por exemplo, é um dos mais procurados. Fica em um terreno arborizado com mangueiras, na rua Ana Bilhar, 1173, telefone: (85) 3267.6176.
As árvores no terreno dão um aspecto familiar ao restaurante – ares de infância em casa de nossos avós. Há uma parte interna fechada devido ao ar condicionado, e outra aberta – uma varanda, para quem não quiser ficar ao ar livre. O cardápio é variado e a comida bem temperada. Excelente para meu gosto.
Em frente ao COLHER DE PAU fica o SIRIGADO que é também apontado como um dos melhores, mas não o conhecemos.
Não me agradou (nem a meus familiares) os pratos servidos no DOCENTES E DECENTES, que pareciam estar requentados; além do mais, sem sabor. Eu diria, com esta experiência, tratar-se de Docentes e Indecentes.
No MUCURIPE, à beira-mar, está o ALFREDO-REI DAS PEIXADAS – Avenida Beira Mar, 4616 – 60165-121 – Tel.: (85) 3263-1188.. Em novo endereço está o PEIXADA DO MEIO, que mudou-se do Mucuripe para a Av Edilson Brasil Soares, 373 – Cidade dos Funcionários, Fortaleza – CE, 60821-773 – Telefone:(85) 3278-5997.
São duas excelentes escolhas em ambiente sem sofisticação. Em ambos fomos atendidos com aquela simpatia peculiar do nordestino.
E esta moqueca de frutos do mar cozida na telha? Acompanhamento: arroz branco, farofa de dendê e pirão. Depois, a sobremesa bem ali pertinho, no 50 Sabores, e uma volta na praia. Interessante ressaltar que diante de tantas opções de sabores, acabaram criando um sorvete chamado “Qualquer Coisa” para os apressados ou indecisos. Adorei a idéia.
7 – PASSEIOS: Todos os listados no link abaixo, a cargo de Marcos Cesar, cujo número de celular e demais passeios você encontra no texto da postagem. Marcos Cesar também faz transfer do e para o aeroporto.
2010 – Em nosso breve passeio entre as falésias optamos por contratar um guia. Este senhor chamou nossa atenção devido a um pormenor em seu discurso. Ao fazer suas observações a respeito da preservação ambiental, ele abordou, dentre outras coisas, a proibição do lançamento de lixo nas falésias e os “beliscões” nos paredões de barro, levados como souvenir. Até aí tudo bem, não fosse ele mesmo o autor de alguns belisquetes para nos mostrar “o que não se deve fazer”.
Nosso guia e motorista foi Hermes, um rapaz muito simpático e educado que demonstrou conhecer em pormenores os lugares por onde passamos.
Mas foi em nosso destino final, Canoa Quebrada, que fincamos bandeira em uma barraca chamada CHEGA MAIS, de infraestrutura apreciável, contando até mesmo com uma boutique especializada em artigos praianos, evidentemente.
Dos petiscos da barraca louve-se o camarão servido na chapa, que estava espetacular.
E como é prá frente que se anda, bora prá onde?…
FORTALEZA – TRAIRI – JERICOACOARA
Pode-se chegar a Jericoacoara por percursos diferentes e aqui seguem as opções. Vamos lá:
A – PELA ESTRADA,
– SAINDO DE FORTALEZA,
comece trafegando em direção a Cumbuco, e depois pegue a BR 222 até Umirim, passando por São Luiz do Curu. O percurso é de 96 km. Neste ponto siga em direção a Itapipoca e Amontada pela CE 354 – são 107 km – e depois vire à direita na CE 178 ; são mais 85 km. Finalmente, siga até Jericoacoara.
Esta informação escrevi há treze anos. Agora, basta programar um bom GPS o seu celular e seguir em frente.
Como o trajeto reservava algumas surpresas, de qualquer forma convém alugar um veículo 4×4 porque trafegar até Jericoacoara em carro de passeio era arriscado. A estrada não oferecia boas condições de navegabilidade a veículos tradicionais, e aventurar-se “por mares nunca dantes navegados” podia sair mais caro do que alugar um 4×4.
– OFF-ROAD
O site www.portaljericoacoara.com.br oferece uma visão geral do que o turista irá encontrar na cidade.
Contratar uma empresa especializada em passeios off-road, que pegue o passageiro em Fortaleza, é mais garantido, mais confortável e mais rápido, devido ao fato de os motoristas conhecerem as estradas em seus mínimos detalhes.
Próximo à Jeri, por exemplo, será inevitável trafegar pela areia, pois Jericoacoara está dentro do Parque Nacional. Não tem jeito. Por este motivo é que indico nosso estimado PAULO DE S. ROCHA cujo contato é (88) 9969.7112 – leia-se Paulo boraali_jeri
– PELA BEIRA DA PRAIA e CHEGAR à JERI NO DIA SEGUINTE
Nas duas vezes em que fiz esse percurso a escolha foi trafegar pela beira da praia. Neste caso, o motorista acompanha o movimento das marés a fim de que possa navegar com tranquilidade pela areia. Não arriscar é fundamental. Prejudicar o veículo pelo sal da água do mar ou ficar atolado, não convém nem para quem dirige e nem para o passageiro. Todo profissional que trabalha com turismo pela beira da praia acompanha a tábua das marés. Pesquisando esse vai-e-vem do mar é que os motoristas definem o horário das saídas dos veículos off-road.
Nessas viagens utilizamos os serviços turísticos do jovem PAULO DE S. ROCHA – (88) 9969.7112 – profissional competente e respeitado de Jijoca. Responsável, educado, receptivo e simpático. Paulo possui o perfil que, em minha opinião, todos que trabalham com turismo deveriam ter.
Natural e habitante de Jijoca de Jericoacoara, Paulo conhece a ROTA DAS EMOÇÕES como a palma de sua mão.
É a bordo de uma confortável caminhonete Hilux 4×4 com ar condicionado, de sua propriedade, que viajamos pelos três Estados da Rota: Ceará, Piauí e Maranhão, onde nos separamos em uma localidade chamada Caburé, situada na foz do Rio Preguiças.
A saída de Fortaleza é em direção a Cumbuco, onde há uma parada na Lagoa Parnamirim. Do alto das dunas descortina-se bela paisagem ,além das opções de se tomar um refrescante banho na lagoa, praticar skibunda e ainda tomar água de côco.
Em Cumbuco Paulo abasteceu o possante e trocou o asfalto pela areia da praia até Trairi, localidade que dista de Fortaleza em 128 km. O trajeto é indescritível!
Esse município possui três praias atraentes, principalmente para a prática do kitesurf: Guajiru, Flexeiras e Mundaú. De várias partes do mundo chegam os apaixonados que ocupam o litoral cearense em busca de fortes ventos para voar. E esta matéria prima não falta no litoral cearense.
A 2- CHEGANDO A JERICOACOARA EM ÔNIBUS…
A empresa REDENÇÃO há muitos anos faz a linha Fortaleza-Jijoca. E foi pensando em oferecer mais conforto aos passageiros que a empresa adquiriu dois ônibus especiais para suportar as dificuldades do trecho Jijoca-Jericoacoara. São 24 km trafegando por dunas. O trajeto é Fortaleza-Jijoca-Preá.
Nessas localidades o passageiro há uma jardineira a sua espera para completar o percurso. Há dois tipos de viagem: a VIP, direto ao fim da linha, e a do ônibus “Parador” – que não engana a contar do nome, e que demora uma barrr-ba-ri-da-de até chegar a seu destino, tchê!
Os bilhetes variam de preço; uma consulta à empresa é recomendada, pois tratam-se de valores aproximados. Diariamente, há três horários de saída tanto de Fortaleza quanto de Jeri. Telefones: (85) 3256-2728 e (85) 3256-1973. Site: www.redencaoonline.com.br.
B- … e EM HELICÓPTERO!
Agora, chique mesmo é chegar a Jericoacoara de helicóptero. É o transporte mais rápido – 50 minutos -, mas também o mais caro. A empresa Helicentro Dragão do Ar – Serviços de Taxi Aéreo (Avenida Manoel Mavignier, 5206 – Lagoa Redonda, Fortaleza – CE, 60832-401 – Tel (85) 3476-2309) faz o percurso.
Quem faz o horário é o passageiro (4-6), lembrando que não há decolagem após 16.00 h. Um voo de apenas um dia também é possível a título de passeio.
A decolagem poderá ser do heliporto de alguns dos hotéis onde o passageiro estiver hospedado, ou do aeroporto. https://www.facebook.com/helicentrodragaodoarfortaleza/
ONDE PERNOITAR
A) – EM GUAJIRU destaca-se a REDE BEACH RESORT & SPA, na beira da praia. Dista do Centro de Trairi em 18 km, e em 205 km de Jericoacoara.
A pousada é atraente: possui 24 apartamentos com ar refrigerado, quadra de tênis, piscina e estacionamento; é charmosa, em estilo rústico “muito bem cuidado” – o rústico mal cuidado aparenta relaxamento.
Os quartos tem móveis em madeira e paredes de tijolos à vista; as camas possuem dossel, detalhe que confere um ar romântico e chique ao quarto, e ainda protege o hóspede dos mosquitos. O atendimento é cortês. O cardápio do restaurante oferece excelentes escolhas. Há internet à disposição dos hóspedes. A pousada aceita cartão de crédito das bandeiras D,M e V, o que torna sua permanência bem mais prática.
ATENÇÃO: as reservas têm que ser efetuadas com muita antecedência porque a pousada é muito procurada. (www.rede-resort.com.br e telefone: (85) 3351.3114).
B – NÃO CAIA NESSA! Um pouco mais à frente está a POUSADA das MARÉS, também em frente à praia, mas com um porém: a pousada fica em plano bem mais alto que a praia e, apesar do caminho facilitado, é cansativo.
Estrada da Barra do Estrela, em Mundaú. Tel: (85) 3351-9092. www.pousadadasmares.com.br.
São 24 apartamentos. Um dos inconvenientes – há outros postados neste site – deve-se à total falta de praticidade no que concerne à mudança de temperatura dos aparelhos de ar condicionado dos quartos, controlada por um funcionário da pousada. Ligar, desligar ou alterar o funcionamento do aparelho exige a presença de “terceiros” em seu quarto, acabando com sua privacidade. Além do mais, trata-se de uma atitude totalmente desnecessária. NÃO RECOMENDO A POUSADA por esse e outros inconvenientes.
A meu ver, até um valor ínfimo cobrado por uma noite apenas nesta pousada é caro pelo que a pousada oferece. O horário do jantar, por exemplo, terminava às 21.00 h em outubro de 2009. Um absurdo! As opções no cardápio eram pouquíssimas. Pareceu-me ser sobra do almoço preparado para as dezenas de pessoas que chegaram à pousada em ônibus de turismo para passar o dia na praia.
Para a cobrança desse programa construíram guichês com grades nas dependências da pousada, semelhantes aos dos estádios de futebol. Imaginem isso! Aceitam cartões de crédito D, M e V.
C) – Outra pousada não recomendável é a VIRA SOL, em Flexeiras, igualmente na beira da praia. Pousada cascão! (www.pousadavirasol.com.br) e Tel.: (85) 3351-3012.
A pousada também é fotogênica e “ficou bem na foto” do site. Entretanto, ao se ter um pouco mais de contato, vê-se que não é nada daquilo. Faz o estilo “rústico relaxado e sujo”. Uma pequena reforma, manutenção e limpeza bastariam para transformá-la em uma pousada apreciável.
No banheiro do apartamento que ocupei com minha sobrinha não havia toalha de rosto. Todas as vezes que uma de nós tomava banho de chuveiro, o banheiro alagava completamente. O papel sanitário estava acabando e não havia substituto disponível. Ao descer para providenciá-lo, passei por dois banheiros situados no térreo e próximos ao local onde o café da manhã é servido; entrei e constatei a impossibilidade de serem utilizados devido ao estado precário de limpeza. O café da manhã é servido em um largo corredor que serve de passagem para a praia, a piscina e um espaço com redes. Não há local apropriado para essa finalidade. Um horror!
D – POR OUTRO LADO...
Não é exatamente “por outro lado”, mas “do outro lado” da rua… há um hotel des-lum-bran-te atualmente chamado DAYO HOTEL ex ORIXÁS DAS ARTES. Este é exatamente o oposto da Pousada Vira Bosta.
Com muito engenho e arte o proprietário transformou o rústico em luxo, cercando o hotel com esculturas magníficas que às vezes surgem em meio da mata nativa. Sim, é em meio à uma pequena mata que o hotel foi construído. Quadros, livros e objetos de decoração de gosto requintado estão por toda parte.
Comenta-se na vizinhança que as peças de madeira destinadas às esculturas eram imensas, e que chegaram em caminhões e foram esculpidas no próprio local em que estão expostas. Essa medida evitou qualquer dano no transporte das esculturas caso estivessem prontas.
O projeto paisagístico é outro deslumbramento. Construíram um oásis como se tivesse saído de algum cenário de filme americano. Ou teria saído de uma história das Mil e Uma Noites? Não importa. É lindo e está ali ao vivo e em cores para quem quiser se deslumbrar. A pousada/hotel está aberta à visitação.
São 20 suítes cujos preços de diária variavam entre R$680,00 e R$1.950,00 reais na época, batizadas com nomes de Orixás. A decoração dos quartos remete o hóspede a Bali; ou à Índia? Ou à Tailândia? Também não importa. São magníficas e quem pernoita no ex ORIXÁS DAS ARTES nem precisa sonhar porque cada aposento do hotel propicia ao hóspede a faculdade de sonhar acordado.
O hotel oferece passeios e excursões pelas cercanias e suporte (instrutor e equipamentos) para quem pratica Windsurf ou Kitesurf.
O restaurante acompanha a decoração do hotel e fica em frente à praia.
Para viver esse sonho o endereço é Avenida Beira Mar, 574, Flexeiras, CEP 62690-000, Brasil, Trairi.
JERICOACOARA CADA VEZ MAIS PRÓXIMA
Dia seguinte saímos novamente às 8.30 h em direção à Jeri, passando por outra praia muito procurada do município de Trairi: Mundaú.
Essa localidade também possui atrações além da prática de wind e kitesurf, os mais procurados. Há trilhas leves, moderadas e radicais que poderão ser efetuadas a pé, de bicicleta ou a cavalo; sandboard, passeio de catamarã pelo rio Mundaú, e de buggy pelas dunas, também são opções.
Pela CE 085 a viagem dura cerca de 2 horas de Fortaleza até Mundaú.
Não tenho indicações de hotel e restaurantes dessas áreas, pois até o momento não tive oportunidade de pernoitar na localidade. Uma consulta aos sites www.mundau.com.br e www.hotelinsite.com.br ajuda bastante para quem tiver intenções de se estender um pouco mais nessas paisagens. Após Mundaú, as praias mais conhecidas são: Baleia, Almofala e Preá.
PREÁ
fica no município de Cruz e distante de Jericoacoara em apenas 13 km. Lá os ventos são fortes e, por isso mesmo, é uma das praias mais procuradas no Nordeste por quem pratica esportes dependentes do vento.
É conhecida internacionalmente pelos amantes de kitesurf, que a frequentam durante todo o ano.
Preá já possui pousadas confortáveis com boa infraestrutura; indubitavelmente, para quem chega com o objetivo de praticar esses tipos de esportes “contra o vento”, o ideal é hospedar-se em uma pousada que tenha um instrutor e/ou alugue equipamentos. Entre julho e janeiro a praia fica totalmente invadida por velejadores.
Há um restaurante rústico cujo piso era a própria areia da praia; essa casa era tudo de bom – a culinária era simples, mas sem concorrentes. No restaurante AZUL DO MAR, a parada era obrigatória.
Digo era porque sofreu uma grande reforma e agora conta com dois andares. Mas será que aquele peixe delicioso continua o mesmo?
Hum…, sei não. Tenho que voltar lá para conferir.
JERICOACOARA
O período mais sereno para curtir o vilarejo é entre o fim do Carnaval e o início de julho, lembrando que março e abril são meses chuvosos – ainda bem, porque enchem as lagoas que ficam totalmente secas no segundo semestre. O fundo da DUNA DO FUNIL (próxima a Tatajuba) por exemplo, transforma-se em pasto! Só mesmo vendo para acreditar.
Se você estiver viajando em carro de passeio, convém deixá-lo estacionado em Jijoca.
Tanto de Preá quanto de Jijoca, chegar à Jericoacoara em veículo de passeio é um grande risco. Repito: apenas veículos com tração nas quatro rodas (4×4) têm condições de navegabilidade por esses atoleiros. Além do mais, Jeri dispensa automóveis de passeio porque tudo é muito próximo no vilarejo, e por isso anda-se muito a pé.
Não se esqueça de que as ruas de Jericoacoara não têm calçamento. As ruas são cobertas por areia de praia, e por isso as sandálias de borracha são as ideais. Caso queira mais conforto para se locomover, buggys e jardineiras não faltam em Jeri. Agora, o luxo, mermão, fica para quem alugar um 4×4.
DIVERTIMENTOS NÃO FALTAM EM JERI
1 – A DUNA DO POR DO SOL
Constitui um ritual para quem ainda não conhece Jericoacoara. Além de cartão postal, é o camarote de onde os calouros e alguns catedráticos em Jeri assistem ao por do Sol. A subida é cansativa, mas, para facilitar essa escalada, há cavalos que poderão ser alugados para tornar esse encontro com a duna, o mar e o Sol bem mais fácil.
Em 2010 ela era imponente que só vendo. Em 2018 a duna já estava bem menor, bem caidaça. E não distante dali, outra duna surgiu, muito maior.
2 – LAGOA DA TORTA ou TATAJUBA, LAGOA AZUL e LAGOA DO PARAÍSO.
A LAGOA DA TORTA fica no município de Camocim, a 87 km de Jericoacoara, de acordo com números do Guia 4 Rodas.
Cumpre-me lembrar mais uma vez de que carros de passeio não circulam por esses lugares. Buggys e outros veículos mais possantes (4×4) são os apropriados para cobrir esses percursos.
Em Jericoacoara, como Paulo não pode nos atender, utilizamos os serviços do Airton Albuquerque, que não poupou esforços em nos mostrar o que Jeri e arredores têm de mais bonito.
Ano passado (out/2009) contratamos um bugueiro de nome Didi. Muito educado, simpático, mas quando lhe perguntamos a respeito da LAGOA AZUL afirmou que, devido às chuvas fortes do período, as Lagoas Azul e PARAÍSO haviam se transformado em uma só lagoa. Por conta dessa estória, que não sei se foi verdadeira, levou-nos para um ponto da Lagoa Paraíso que não podia ser mais sem graça.
Airton, não; Airton fez questão de nos levar até a estonteante Lagoa Azul, e ainda nos levou a um ponto paradisíaco da Lagoa do Paraíso, onde almoçamos um peixe grelhado excelente. Seu telefone é (88) 9947.7716 e (88 )8851.3984). Airton também é conhecido pelo apelido de Picolys, batizado assim por italianos devido a sua baixa estatura.
A LAGOA DA TORTA é de águas limpas, cristalinas, e em tom esverdeado. Há restaurantes em seu redor que servem almoço em mesas colocadas dentro d’água, se assim o freguês desejar.
Há redes esticadas também dentro d’água, o que torna mais aprazível ainda tomar aquela cervejinha gelada.É curtir a paisagem e agradecer a Deus por esse momento lindo.
Antes da chegada à lagoa há uma parada na barraca de D. Delmira, em Nova Tatajuba, para quem quiser se refrescar tomando uma água de côco gelada.
A senhorinha tem muitas história para contar, e a mais importante diz respeito ao soterramento da antiga comunidade pelas dunas e o nascimento da Nova Tatajuba.
Além dessa história há outras que conta, incluindo a que diz respeito a uma aparição na época em que as casas estavam sendo tragadas pela areia.
3 – DUNA DO FUNIL
Outra parada é na Duna do Funil, nas proximidades da Lagoa da Torta ou Tatajuba, e do Lago da Moréia. Trata-se de uma duna com formato de um funil, cuja profundidade é espantosa. E como estava seca quando a visitamos, tivemos a real dimensão do poder da natureza.
O passeio à Lagoa da Torta (ou Tatajuba) pode durar um dia inteiro, porque os bugueiros ficam à disposição de quem os contrata.
4- LAGOA AZUL, do CORAÇÃO e PARAÍSO.
O passeio à Lagoa Azul incluía uma travessia de jangada até um banco de areia, onde havia um bar/restaurante à disposição. Suas águas impressionavam pela cor; tinha-se a impressão de que fora tingida com anil. Era linda! Dali, partimos em direção à Lagoa do Paraíso.
Ailton, com sua boa vontade, foi quem nos levou até a Lagoa do Coração, cujas águas são de um tom de verde belíssimo. Essa variação de tonalidades das águas das lagoas é muito interessante pelo fato de estarem próximas e com características tão díspares.
NOTA: Infelizmente, a LAGOA AZUL não exite mais. A lagoa secou, o mato cresceu e o que era doce acabou. A própria Natureza jogou sua rede e arrastou a maravilha que havia criado, bem como o restaurante super movimentado que tivemos a satisfação de conhecer.
5 – PASSEIO PARA CONHECER CAVALO MARINHO e CARANGUEJO VERMELHO – FURADA!
Caímos nessa “tremenda canoa furada”, como dizem popularmente. No caminho para a Lagoa da Torta, os bugueiros fazem uma parada em um braço de rio. Neste ponto o turista é convidado a embarcar em uma canoa para conhecer os ditos animais.
Os coitados doscavalos-marinhos são pescados nas margens deste rio e logo são colocados em garrafas pet cortadas. Esses pedaços de garrafa são passados de mão em mão, a fim de que os cavalos marinhos sejam apreciados. Felizmente, logo depois são devolvidos a seu habitat.
Quanto aos caranguejos, por serem mais abundantes, são vistos da própria canoa sem que sejam molestados.. A curiosidade custa R$10,00 por pessoa. Não recomendo.
6- PEDRA FURADA – PAISAGEM EXUBERANTE e BOM EXERCÍCIO PARA AS PERNAS.
Acompanhe o movimento da maré e, na vazante, faça uma bela caminhada pela beira da Praia da Malhada até a Pedra Furada.
A distância é de aproximadamente dois quilômetros, e em pouquíssimos trechos será inevitável passar por cima de pedras. Mesmo assim, não dificultam o prazer dessa caminhada que vale muito à pena.
Na maré baixa, o mar deixa piscinas naturais ao longo de toda a praia, e algumas têm largura e profundidade para suportar até três pessoas. É um passeio muito bonito e aprazível, além de ajudar a manter a forma pelo exercício obrigatório.
Na chegada à Pedra Furada o caminhante encontrará pessoas vendendo água de côco gelada. Portanto, não se esqueça de levar algum trocado. Na volta, faça o caminho do morro e veja a paisagem por outro ângulo.
RESTAURANTES em JERICOACOARA
1 – O CARCARÁ
Fica na rua do Forró, 530 – Telefone: (88) 99773-0513. Funciona de 2ª a sáb de 12h às 23h; dom. de 16h às 23h. O cardápio é variado e a comida é bem saborosa. Ambiente aconchegante.
2 – NA CASA DELA
Localizado na rua Principal, 20, bem no Centrinho de Jeri. (88) 999684094 e (88) 99717-8649.
Funciona de 2ª a sábado de 18.30h às 0h. Fecha nos meses de maio e junho. Culinária simples e saborosa. O chão é de areia, combinando com as ruas de Jeri. Tudo bem simples e de muito bom gosto. O artesanato está em toda parte: desde a capa do cardápio, até a forma como são servidos os brigadeiros: em embalagens de ovo! – aquelas mesmas, de papelão, feitas com material reciclado. O restaurante possui uma loja de artesanatos.
NOTA: na última vez que estivemos em Jericoacoara, inauguraram uma filial no Beco do Forró. Trata-se do NA CASA DELA DO BECO, que funciona de segunda à sábado de 18.30 h às 23 h. Fecha aos domingos. Telefone: (88) 999630316
3 – O TAMARINDO
Ao lado do ex Hotel Mosquito Blue – atual My Blue Hotel, na rua Ismael, s/n, fica esse restaurante inaugurado recentemente. Sua culinária é mais requintada, os pratos são bem elaborados. O ambiente é aconchegante e decorado com originalidade. A mistura do rústico com detalhes modernos conferem um toque diferenciado ao lugar. O atendimento não poderia ser melhor: as jovens são super simpáticas e estão constantemente recebendo a clientela com um largo sorriso. Há uma parte ao ar livre com longas mesas de madeira em formato de ondas e outra coberta, igualmente charmosa. Ah! Não me recordo se fazem reservas, mas aqui vai o recado: vive lotado.
4 – O LEONARDO DA VINCI
Está sempre lotado, mas vale à pena esperar para saborear o risoto de lagosta, por exemplo, um presente dos deuses. Para quem estiver com saudade da carne vermelha, pode pedir que o restaurante também capricha. Fica na rua Principal, 40, bem pertinho do Na Casa Dela. Tel: 88 – 3669.2222 e (88) 99911-8080. Fecha de abril a junho. Horário de funcionamento: De 18.00 h à 0 h.
O restaurante é recomendado pela revista Quatro Rodas; faz sucesso em Jericoacoara por sua culinária contemporânea, preços convidativos e pratos bem servidos.
O chef se dá ao luxo de usar ingredientes importados da Itália. A carta de vinhos – incluindo champagne – é variada e apresenta rótulos conhecidos por sua qualidade.
PARTINDO PARA O DELTA DO PARNAÍBA
A saída de Jericoacoara para o Delta é em direção a Camocim, município onde se encontra a Lagoa Tatajuba. Fizemos uma corrida em 4×4 pela beira do mar, só que dessa vez como despedida de Jeri.
De Camocim até Parnaíba são 125 km. Primeiramente, trafegamos pela estrada CE 202 até Barroquinha, e desta localidade trafegamos pela BR 402 até nosso destino.
PARNAÍBA
Parnaíba é uma bonita cidade que não tivemos tempo de explorar devido à nossa pressa para chegar a Barreirinhas.
Pegamos um barco no Porto dos Tatus (que nos custou R$200,00 para 4 passageiros) e lá fomos nós Parnaíba abaixo com nosso guia de nome Estácio – um jovem profundamente conhecedor daquelas águas que, por sinal, estavam um pouco agitadas naquele dia.
Para almoço paramos na Ilha das Canárias na CASA DE CABOCLO (pousada e restaurante) e comemos o peixe mais delicioso de nossas vidas.
Após aguardarmos alguns minutos, chegou o pescador com nosso almoço. Eram dois amarrados de peixes que foram limpos com aquela rapidez de quem furta, e logo estavam fritinhos em nossos pratos. Melhor que isso, impossível.
Depois passeamos um pouco mais pelo rio, e retornamos ao centro de Parnaíba para ocupar a reserva na Pousada dos Ventos, no bairro de Fátima.
Essa pousada fica na Av. São Sebastião, 2586 (Tels: (86) 3323.2555 e 2556. Site: www.pousadadosventos.com.br, em uma chácara com piscina. O café da manhã e o serviço de restaurante são fartos e variados. Entretanto…
NÃO CAIA NESSA!
Nosso erro foi optar pelas acomodações mais simples, levando em conta o fato de que dormiríamos apenas por uma noite.
Os quartos eram muito pequenos, desconfortáveis, mal conservados e os banheiros eram cubículos.
Para se ter uma idéia, todas as vezes que usávamos o chuveiro, o minúsculo espaço do banheiro alagava e a água vazava para o quarto.
O vaso sanitário ficava, praticamente, embaixo do chuveiro. O ar condicionado funcionou precariamente e era muito barulhento. Para completar o cenário, essas literais INCOMODAÇÕES (e não “acomodações), ficavam acima de uma lavanderia de onde saia permanentemente um bafo quente que esquentava o corredor externo que servia de entrada para os quartos.
Não bisbilhotei as acomodações dos edifícios mais próximos da recepção, mas… pelo que enfrentamos naqueles cubículos, qualquer coisa melhorzinha já estaria de bom tamanho.
O preço cobrado por esse desconforto foi absurdo em 2011: R$95,00 o quarto duplo e R$70,00 o individual. NÃO RECOMENDO esse tipo de apartamento nem para guardar malas.
BARREIRINHAS À VISTA
Dia seguinte continuamos nossa jornada até Barreirinhas. Passamos por Caburé, onde nos encontramos com amigas que saíram desta cidade e desceram o rio Preguiças para nos buscar na Pousada Porto Buriti (www,pousadaportoburiti.com.br – Tel: (98) 9984.0028), muitíssimo bem localizada na foz do rio com a Praia de Caburé.
Nessa localidade havia dois restaurantes. Tivemos indicações para almoçarmos no da pousada, mas acabamos optando pelo outro por estar mais animado. Havia um violonista tocando boas músicas, coisa e tal, mas deixou a desejar em tudo, inclusive em atendimento.
Mais tarde subimos o rio e paramos em uma localidade chamada Mandacaru, cuja atração principal é um farol situado em uma Reserva da Marinha.
Não tivemos coragem para subir mais de 160 degraus, apesar de estarmos informados de que a vista lá de cima é um prêmio pelo cansaço da subida.
Fora isso, algumas casas vendendo artesanato em palha compõem o cenário, e uma sorveteria na entrada da Reserva – e diga-se de passagem, muito bem situada – substitui um oásis até mesmo para quem não escalou o farol.
Voltamos ao barco e prosseguimos a navegação até uma barraca situada na beira do rio em local chamado Vassouras. Aqui vendiam cerveja, refrigerantes, água de côco, etc. Mas, Essa parada não vale nem a água de côco fresquinha.
Para que tenha idéia, a principal atração da parada fica por conta de macacos que os proprietários da barraca cansam de chamar (cada um tem um nome), mas os animais, avessos à obediência, não dão as caras. Na próxima vez, VASSOURAS será, literalmente, varrida do meu roteiro.
NOTA: Não é mais necessário chegar à foz do Rio Preguiças e subir o rio para chegar a Barreirinhas, porque você poderá trafegar pela MA-315.
BARREIRINHAS
Nosso transfer em lancha de Caburé a Barreirinhas ficou a cargo da SÃO PAULO ECO TURISMO – https://saopauloecoturismo.com.br/ – na rua Antonio Dias, nº 3, no Centro da cidade. Tels: (98) 3349.0079; (98) 9112.0021 e (98)9149.4666 + (98) 8837.2530, números da Sra. Maria José.
A sra. Cássia e sua mãe Maria José estão à frente da São Paulo Ecoturismo. A empresa faz os seguines roteiros: Lagoa Azul (incluindo outras lagoas no passeio), Lagoa Bonita (também inclui outras lagoas nesse circuito), Praia de Caburé, Flutuação no Rio Cardosa (IM-PER-DÍ-VEL), Atins, Santo Amaro, City Tour em São Luiz, Rota Das Emoções (Lençóis-Delta e Jeri), além de roteiros personalizados.
MAS, COMO O QUE NÃO FALTA em BARREIRINHAS é AGÊNCIA de TURISMO…
Agora, a maior das aventuras ficou a cargo da TROPICAL ADVENTURE, em quadriciclo. IM-PER-DÍ-VEL!!!
Av. 31 de Março, 15, Posto Leal, sala 1, Centro
Barreirinhas-Ma – Brasil Cep: 65590-000
Telefone: *55 98 3349-1987
OI: *55 98 98705-0311
VIVO: *55 98 99194-4325 / 991399749
TIM: *55 98 98122-1010 / 98203-7575 / 98162-1211
O percurso era de Barreirinhas até Atins pelas dunas, e durava quatro horas (ida e volta sem contar a parada para almoço) só viajando na mais emocionante aventura.
Foi um balé cuja coreografia era definida pelas próprias dunas. Vivenciamos uma emoção sem precedentes, em um oásis quase infinito de água e areia até onde a vista podia alcançar.
Ao sermos apresentados a nossos guias – um em especial de aparência muito frágil e de apenas 14 anos – sentimo-nos inseguros porque sabíamos que a viagem era longa e desconhecíamos o cenário magnífico que nos esperava. Por conta desse receio, quase desistimos!
Aquele velho erro de julgar pelas aparências foi uma lição para todos nós, pelo seguinte: além de os meninos nos transmitirem muita segurança no percurso, ofereceram um espetáculo de habilidade em seus quadriciclos e em conhecimento de navegação inigualáveis.
Imaginem uma viagem de quatro horas pelas dunas, sem nenhum aparelho que pudesse orientá-los!!! Nenhum GPS, nenhum mapa e nenhuma bússola foram usados. Que dirá celular!!! Fomos guiados pela experiência desses jovens corajosos (Mailon, Leonardo, Nonato – o guia mestre – e Levy, o guia de 14 anos), a quem registro aqui nosso agradecimento pelo profissionalismo e por terem nos guiado em um dos momentos mais bonitos e emocionantes de nossas vidas. Quem nos convenceu de que essa aventura seria IMPERDÍVEL! foi Sr. Alfonso, proprietário da Tropical. A ele também fica nosso agradecimento e nosso reconhecimento pelo conselho.
Um lembrete: LAGOA BONITA
A subida da duna para se chegar à Lagoa Bonita é tão íngreme e cansativa que há uma corda para auxiliar na escalada. Todo cuidado é pouco para quem não pode fazer esforço. Subi lentamente, fazendo muitas paradas, e mesmo assim cheguei ao topo com o coração quase saindo pela boca.
A compensação é a paisagem que se vislumbra na chegada. Coisa de louco! Lá em cima, a caminhada não é tão pesada quanto a do Circuito da Lagoa da Preguiça, da Esmeralda e outras, porque passa-se de uma lagoa a outra com facilidade.
Há de se ficar atento porque não são passeios para todos, dado o grau de dificuldade nas subidas das dunas e nas caminhadas à beira das lagoas. E isso, nenhuma empresa de turismo previne.
O QUE FAZER À NOITE?
À noite todos se reúnem no cais da cidade, onde tudo acontece. O local é maravilhoso, de excelente astral, ponto de encontro da alegria, dos risos, de reunião dos grupos que contam as novidades vividas em cada dia, das paqueras, das trocas de emails, telefones e endereços.
O cais de Barreirinhas é uma festa todas as noites e o point é no Barlavento, o melhor restaurante da cidade. A pizza, assada em forno à lenha, é deliciosa.
A cidade conta com muitas pousadas pois o número de turistas aumenta a cada ano; algumas são de categoria superior, surpreendentemente belas.
Com referência à algumas pousadas estabelecidas na beira do Rio Preguiças, há um inconveniente a que seus hóspedes não podem fugir: o “ultimo barco” parte de um local bem distante do cais, em torno de 22.30 h; ou seja, no melhor da festa o hóspede tem que retornar à pousada. Um exemplo desse esquema é a Pousada Sossego do Cantinho.
A POUSADA D’AREIA NÃO É MAIS A MESMA…
Não apenas por este motivo, hospedar-se na cidade é bem melhor porque volta-se para a pousada na hora em que bem se entender. A POUSADA D’AREIA ERA! excelente por ficar em frente a uma duna no Centro de Barreirinhas. Basta atravessá-la para encontrar uma praia do outro lado. Simples e maravilhoso assim.
Todos os quartos das unidades construídas anteriormente à reforma são amplos. O café da manhã era bom e tínhamos a companhia do proprietário, Sr. Luiz, que fazia questão de trazer todos os dias umas torradas quentinhas para o café. Ele e sua mulher, Sra. Catarina, estavam à frente da pousada.
Em agosto de 2010 Sr. Luiz inaugurou um prédio ao lado do existente e ampliou sua pousada. Daí, istepô, tudo mudou e prá pior! Quartos menores, mau arrumados, sem colcha (apenas um lençol cobria a cama), elevador lento e sem os botões para abrir e fechar porta. Banheiro com cabide quebrado, varanda cheia de areia – quem sabe, não seria para justificar o nome da pousada? -, enfim, uma aparência muito ruim. Nem os funcionários da decepção eram simpáticos, e trabalhavam de carra amarrada e com má vontade.
Após quatro noites de permanência na cidade rumamos para SÃO LUIZ. Barreirinhas ficou para trás e deixou muita saudade, à exceção da pousada do Sr. Luiz.
Foi a cidade que completou a ROTA DAS EMOÇÕES, levando em conta que a iniciamos em Fortaleza.
PARTIDA PARA SÃO LUIZ
Fomos de taxi para São Luiz encaixotados pelo sr. Jorge Arruda (tels: (98)3269.4008 e (98)9969.4544). O serviço deixou a desejar pelos seguintes fatos: éramos 6 pessoas com malas e algumas bolsas. O carro, um Fiat modelo Doblô, não foi suficiente para nos transportar confortavelmente, e o melhor jeito (hein?) foi amarrar as malas no bagageiro em cima do carro.
O motorista, apesar de educado e simpático, deixou nossas malas sem a menor proteção, à mercê da poeira barrenta e do Sol. Só amarrou uma lona por cima de nossas bagagens porque pedimos; do contrário, nossas malas chegariam a São Luiz em petição de miséria. Vale lembrar que alguns trechos da estrada na saída de Barreirinhas para São Luiz têm muita poeira.
Além de dirigir mal e fazer manobras de ultrapassagens perigosas (uma das barbeiragens que fez nem percebeu), ainda havia dois telefones celulares que não paravam de tocar e que ele não deixava de atender. Um perigo só. Ao chegarmos a S. Luiz telefonei para o Sr. Jorge Arruda, reclamando de seu mal comportamento ao volante. Portanto, serviço NÃO RECOMENDÁVEL!
SÃO LUIZ
Nesta cidade hospedamo-nos no Premier, um hotel que funciona nos mesmos moldes que o Íbis, inclusive no tocante ao esquema de café da manhã. O hotel não dispõe de mapa da cidade, tampouco a agência de turismo agregada ao Premier. A Internet está à disposição, mas impressora… nem pensar em usar!
No hotel do outro lado da rua, categoria superior, também não havia mapas nem a possibilidade de impressão de documentos.
Para imprimir nossos bilhetes aéreos tive que pegar um taxi, ir ao Centro de São Luiz – distante aproximadamente em 10 km do hotel Premier -, e procurar uma lan-house. Encontrá-la não foi tão fácil como imaginava. Diante disso, mais um alerta: leve seu mapa (celular) na bagagem se quiser encontrar mais facilmente os pontos turísticos que sejam de seu interesse. Senão … terá que perguntar muuiiiito. Naquele ano, ainda não dispúnhamos dos recursos que os celulares nos oferecem hoje, e tínhamos que imprimir o que ainda têm a cara de pau de chamar de cartão de embarque.
O CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUIZ
é um passeio recomendável, principalmente para quem gosta de História.
Ainda estão de pé algumas ruínas que nos permitem refletir como viviam os ricos plantadores de algodão e açúcar, que mandavam seus filhos estudarem na Europa.
Para quem aprecia artesanatos não deve deixar de visitar o CEPRAMA, onde funcionava a Companhia de Fiação e Tecidos de Cânhamo. A variedade de objetos expostos para venda é inimaginável. Até fantasias e alegorias para blocos diferenciados o Ceprama vende.
ALCÂNTARA
A próspera Alcântara perdeu prestígio com a abolição da escravatura e o final dos ciclos de suas principais fontes de renda: as lavouras de algodão e açúcar, cujo início foi no final do século XIX.
O lugar é um encanto: preservado, limpo, pacato, uma graça!. Há restaurantes que servem comida boa a serem considerados.
No desembarque, meninos cercam os visitantes e oferecem o que o “seu restaurante” tem de melhor.
Muito bem estudado e sem perder uma letra, a sequência da programação flui com muita rapidez nos discursos sem atropelos desses pequenos. Toda atenção é pouca para não acabar comendo gato (e olhe que são muitos nos restaurantes de Alcântara) por lebre em algum lugar.
Contrate um guia. Certamente haverá muitos deles aguardando as embarcações, e conheça a História do lugar. Vale à pena.
Outro aviso: não se comprometa com nenhum guia no cais de São Luiz. Espere para chegar a Alcântara para não correr o risco de cair em alguma esparrela com essa história. Chegamos a acreditar em um mentiroso que atravessou conosco no catamarã, mas, logo após nosso desembarque em Alcântara descobrimos que tratava-se de um farsante. Não sabia nada, nem guia turístico era. Para nossa sorte, saiu correndo assim que o barco atracou.
A viagem em catamarã é demorada, barulhenta e muitos enjoam. Consultar os horários de saída das embarcações maiores é fundamental. Esses horários variam muito devido ao movimento das marés que, ao baixarem, deixam o fundo da Baía à mostra e aí o embarque/desembarque é transferido para outro lugar.
Na Praia da Ponta d’Areia há outro cais. Vale também consultar os horários de saída de Alcântara. No dia em que a visitamos, saímos do Cais da Praia Grande ás 9.30 h da manhã e tivemos que retornar em uma embarcação da Aeronáutica às 14.00 h.
A falta de planejamento não nos permitiu desfrutar com tranquilidade do que Alcântara tem pra oferecer. Não houve tempo para conhecermos os pontos históricos e nem para almoçarmos tranquilamente. Tudo ficou muito corrido. Por isso, acertar esses horários é de suma importância.
Os locais são os seguintes: Terminal Hidroviário da Praia Grande. Tel: (98) 3232.0692 – Rampa Campos Melo, s/n.
No mesmo cais, há os serviços DIAMANTINA, IATE LUZITANA (98) 98869-1062 e o BAHIA STAR (98) 98445-1699) que oferecem embarcações com ar refrigerado e serviço de bordo, TV e vista panorâmica.
Para retornar à capital, também são dois horários. Demos uma bobeada – não consultamos essas opções e ficamos na saudade. Para os interessados é bom consultar o site www.turismo.ma.gov.br. e o site Viaje na Viagem, do jornalista Sr. Ricardo Freire.
Caso opte por fazer esse trajeto por carro, clique aqui e saiba mais. Mais opções por embarcações, clique aqui.
Ainda em São Luiz: uma visita à Catedral, à Fonte do Ribeirão, ao mercado Casa das Tulhas na rua da Estrela, à Prefeitura e ao Palácio do Governo, são interessantes.
VAI COMEÇAR A FICAR DESCONFORTÁVEL VIAJAR SEM CONSULTAR ESSE MARAVILHOSO BLOG, QUE TE FAZ VIAJAR ANTES DE TER IDO, PELA COMPLETUDE DE INDICAÇÕES, INFORMAÇÕES E DICAS PRECIOSAS. AMOOOOOOOOOOOO.
Amiga, a gente vai fazendo o possível. Tenho me desdobrado para ser bastante informativa. Obrigada pela força, pelo incentivo que me tem dado. Bjks.
Rosinha, minha querida, faço o possível para não deixar nada escapar. Entretanto, esse mundo em que vivemos é tão cheio de imprevistos que, certamente, algo ficará para trás.
Bjks e obrigada pelo apoio que me tem dado.
Gorettinha, minha querida. Obrigada pela força. Bjks da amiga Marilia.
Obrigada, Gorettinha. Valeu o incentivo. Bjks.
Como sempre, um relato completo e detalhado! Fotos maravilhosas, com destaque pra sereia e pro baiacu ou baiacus. Hahaha! Bjs!
Marcelo, que satisfação! Como aprecio seus comentários! Essa viagem é espetacular. Inda mais quando temos a sorte de escolher bons profissionais que acabam se tornando amigos. Paulo, nosso guia e motorista, que nos conduziu nesse roteiro, não poupou sua Hilux com ar condicionado e lá fomos nós pela beira da praia até Jericoacoara. Um passeio fabuloso que vocês iriam adorar. Basta topar que já, já reservo as pousadas. Esse trem é bom demais! Bjks e obrigada por sua visita.
Amiga, mais uma vez encantado com a precisão e os detalhes de seu roteiro! Já o anotei por aqui, porque ele foi um misto de encantamento, aventuras e perrengues, exatamente do jeito que só uma viajante experiente como você pode relatar. Por isso eu confio! Parabéns!
Estimado amigo, boa tarde!
Essa viagem foi sensacional! Os perrengues fazem parte. Você que é viajante como eu, sabe que só acontece com quem… viaja.
Estou querendo retornar aos Lençóis, mas acabo atravessando o Atlântico. Trata-se de um lugar imperdível!
De Jericoacoara a Fortaleza, pela estrada, são aproximadamente 3 horas de viagem. Mas, o ideal para quem gosta de emoções é navegar pela beira da praia.
Jeri agora conta com um hotel estupendo (piscina nas varandas!) bem em frente à praia e próximo ao centrinho. Ainda não estive lá depois que o construíram, mas já sei do sucesso que faz. Preços superiores aos das melhores pousadas.
Agradeço por seu comentário, Rodrigo. Não tem idéia do quanto são importantes para sua amiga.
Abraço cordial da Marilia.