FRANÇA . CHAMPAGNE . TROYES – Uma Viagem No Tempo.


TROYES

fica no Departamento de Aube, na região de Champagne-Ardenne a apenas 140 km de Paris. É uma cidade muito antiga fundada pelos romanos, que surpreende logo que você desembarca na estação de trem.

Deixamos a bela estação, seguimos em frente pela Avenue Maréchal Joffre e cruzamos o Boulevard Carnot.
Um monumento que homenageia crianças mortas no conflito entre a França e a Alemanha – Le Monument des Enfants de l’Aube -, ocorrido de 19 de julho de 1870 a 10 de maio de 1871, divide o jardim em frente à estação.

IMAGEM DESTACADA – Rua Émile Zola.

 


COMO CHEGAR à TROYES

Trens partem da Gale de L’Est muito cedo. Saem aproximadamente às 5.00 h da manhã para Troyes e às 20.00 horas parte o último comboio de Paris.

COMO COMPRAR SEUS BILHETES

São mais de 15 trens por dia. Quanto mais cedo o interessado na viagem comprar suas passagens, mais barato pagará. Clique aqui e informe-se a respeito de horários, cartões de crédito aceitos na compra e muito mais. Os trens são operados pela SNCF.
Outro site que costumava consultar na era Pré-Covid era este aqui. Este site da Rail Europe informa até com quantos meses de antecedência o passageiro poderá obter seu bilhete.

 

Gare de L' Est.
Gare de L’ Est, em Paris.

 

Foto da parte interna da Gare de L'Est, Paris.
Foto da parte interna da Gare de L’Est, Paris.

 

Atravessamos a praça e seguimos em frente pela Rue Général de Gaule. Não demorou muito para começarmos a ver as primeiras construções do estilo enxaimel, muito comuns no sul do Brasil. Meus avós maternos moravam em uma casa muito grande neste estilo em uma localidade chamada Guabiruba do Norte Alto, nos arredores de Brusque. Era linda e ficava pequena vista da estrada.


UM POUCO DE HISTÓRIA

Troyes tem seu nome ligado aos tricasses – gauleses que viviam na região de Champagne e que tinham Troyes como sua capital. Não me estenderei mais, porque uma consulta no link abaixo valerá muito à pena.
Quem nos conta a História de Troyes, desde os tricasses, é a jornalista brasileira Renata Rocha Inforzato, residente em Paris.

 

UMA CIDADE COLORIDA

você descobrirá a cada metro caminhado. As maravilhosas casas de estilo enxaimel, de estrutura de madeira aparente, ficaram mais lindas ao serem pintadas com cores fortes após um incêndio em 1524; por conta disso, a cidade ficou conhecida como “Cidade Das Mil Cores”.
Justiça seja feita, não são apenas as cores das casas que encantam, mas os jardins floridos colaboram bastante para embelezar estes cenários.

O RESULTADO DO INCÊNDIO
Este incêndio foi o marco de duas épocas pelo seguinte: quem reconstruiu seu patrimônio, o fez no estilo renascentista. Evidentemente, que ao longo dos anos a cidade foi se modernizando e essa mistura de estilos arquitetônicos tornou Troyes uma escola a céu aberto para quem se interessa pelo assunto.

Casas de estilo enxaimel de Troyes.
Casas de estilo enxaimel de Troyes.

 

As casas coloridas que tanto chamam atenção em Troyes.
As casas coloridas que tanto chamam atenção em Troyes. Esta é a rua Émile Zola, que permanece com bom comércio desde a época medieval.

 

Rua de Troyes.
Rua Émile Zola.

Na parte antiga da cidade há muitas ruas estreitas tais qual a famosa Ruelle des Chats. Caminhamos pela cidade sem consultar mapas, deixando-nos surpresar em cada esquina. Esta rua estreita, a des Chats, foi uma das que fez “psiu!” para nós. Como deixar de atender a um chamado desses?

 

Ruelle des Chats. Chama atenção a quantidade de escoras ao longo da ruela. Também, pudera. Pense na idade dessas residências e conclua que são desafiadoras do tempo e da Lei da Gravidade. 

 

Ruelle des Chats.
A ruelle des Chats deve seu nome aos gatos que pulam de um prédio para o outro com facilidade.

 

Troyes - a famosa Ruela dos Gatos.
A famosa Ruela dos Gatos.

 

Ruela dos Gatos.
Novamente, a Rue des Chats. No cavalete havia a propaganda de um restaurante chamado Au Tables des Peintres. Ao passarmos pela porta, vimos o cenário da foto abaixo, prá lá de descontraído, e entramos para ver onde seria o restaurante.

 

Encontramos este pátio tão descabelado quando o “hall” de entrada, mas mesmo assim não deixava de ter seu charme por lembrar festa de quintal. Gostamos, mas não estava aberto…

 

O QUE HÁ PARA VER

Apesar de pequena a cidade é bem nutrida de hotéis, lojas, restaurantes, museus (6) igrejas (9) e ainda conta com uma universidade. A catedral é considerada uma das mais belas da Europa, mas não está sozinha no conceito de beleza. A Igreja de Sainte-Madeleine, por exemplo, data de meados do século XII e seu interior fascina não só pelos vitrais ricos em detalhes, mas por tudo que sua vista possa alcançar.

 

 

Cour du Mortier-d’Or, datado do século XVI.

 

Rue de La Cité. Troyes.
Na rue Champeaux almoçamos na Crêperie La Tourelle.

 

O La Salsa Café, onde vi uma peça originalíssima, mudou de nome e agora chama-se Le Chat Noir. Mas a peça interessante continua no mesmo lugar (foto abaixo).

 

Um casaco esculpido na própria coluna, indica onde pendurá-los. Le Chat Noir.
Um casaco esculpido na própria coluna indica onde pendurá-los, e os ganchos rústicos não deixam dúvidas. Le Chat Noir.

 

Rue des Quinze Vingts. Troyes.
Rue des Quinze Vingts.

 

As construções antigas no estilo enxaimel, em meio à edificações mais modernas, acabaram por sobressair e conferir um charme especial à cidade. Esta é a rua Émile Zola, abarrotada de excelente comércio. Troyes é uma cidade que esbanja cultura e elegância, e talvez por isso tenha se tornado um centro de compras bastante procurado por abrigar fartos pontos de vendas (outlets) de grifes famosas. Vai saber…

 

Exemplo disso é a rua Aristide Briand, linda e chique!

 

O belo carrossel da Place Maréchal Foch.
O carrossel da Place Maréchal Foch dispensa comentários pela riqueza de detalhes. É lindo!

 

Troyes, cidade de arquiteturas contrastantes. Show!
No início da postagem escrevi que Troyes é uma cidade de arquiteturas contrastantes, onde até a fachada por mais simples que seja chama atenção por algum detalhe. Sinta a diferença entre a aparência desta rua e a da praça da foto abaixo. Que tal?

 

Place Alexandre Israël, aonde me senti na obrigação de tomar um café no restaurante da direita cuja finalidade era apreciá-la com calma.
Place Alexandre Israel, espaçosa e cercada de restaurantes. Imaginei como não devia ficar à noite!

 

Janelas modernas em um prédio de arquitetura enxaimel é apenas um detalhe. Pode isso, Arnaldo? Pode.

 

O QUE COMER

Na culinária, o destaque vai para um prato muito apreciado chamado Andouillette de Troyes – linguiça preparada com estômago e intestino de porco. Não provamos porque pensamos em nossos estômagos e intestinos, e… no porco também.

O QUE BEBER

Troyes foi respeitável produtora de champagne até o século XIX. Trata-se de uma cidade movimentada e alegre devido à presença dos jovens que estudam tecnologia na UTT – Universidade de Tecnologia de Troyes.

A conhecida “sangria” é servida , em Troyes com vinho tinto e frutas vermelhas, ou então com vinho branco, pêssegos e pera. Imaginem a delícia que não deve ser! Sangrias preparadas com matéria prima de altíssima qualidade, tais quais vinhos e frutas francesas.

MAIS ATRAÇÕES IMPERDÍVEIS!

Troyes é uma cidade que deve ser visitada com calma; muita calma. Sem margem de erro, três dias de permanência na cidade já dá para curtí-la como bem merece.

Uma visita à Catedral é indispensável, bem como à Maison de l’Outil et de la Pensée Ouvrière. Trata-se de um museu diferente onde estão expostas mais de 10.000 ferramentas. Fica nas proximidades da estação de trem, na rue de la Trinite, 7.
Não esquecer do Museu de Arte Moderna, das Igrejas etc… etc… etc…


 

 

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