ROUEN
é uma cidade cujo nome é ligado à Santa Joana d’Arc.
A jovem guerreira, considerada heroína por sua luta na Guerra dos Cem Anos, foi traída pelos próprios franceses. Capturada e entregue à Inglaterra, foi julgada injustamente por cunho religioso. Com apenas 19 anos foi queimada viva pelos inimigos ingleses, amarrada em um poste.
IMAGEM DESTACADA – O Gros- Orloge. Trata-se de um relógio astronômico medieval que fica em uma torre gótica e tornou-se símbolo da cidade. Esta torre, construíram-na em 1375, sobre um arco que serve de passagem para pedestres.
COMO CHEGAR
Devido à proximidade de Paris, um passeio de apenas um dia cai bem. Rouen não oferece tantas atrações na parte antiga da cidade como Troyes, e por isso um dia é suficiente para ver o que a cidade tem de melhor e ainda sobra tempo para bisbilhotar.
Os sites recomendáveis para a compra de passagens são: www.voyages-sncf.com | raileurope.com | rome2rio.com.
Este último oferece 4 tipos diferentes de transporte.
O QUE HÁ PARA VER
O Square Verdel, a Catedral, o Museu de Belas Artes, o Relógio, a Igreja de Sta Joana D’Arc, a Igreja de Saint Maclou. E para quem gosta de mercados há um mercado pequeno, mas bem nutrido, que fica colado! à Igreja de Sta Joana d’Arc.
A CATEDRAL DE ROUEN
Tal qual a cidade de Troyes, Rouen também sofreu com guerras, tempestade e incêndios. Sua construção iniciou em 1030, em estilo românico – linhas simples, construções de grandes e grossas paredes e janelas pequenas -, cujo objetivo era a defesa contra invasões bárbaras. O estilo românico, influenciado pelas artes bizantinas e romanas, foi o que antecedeu o gótico, de características diametralmente opostas.
A catedral de Rouen levou muitos anos para concluírem pelos motivos supra citados. Suas torres têm desenhos arquitetônicos distintos, sendo a de São Romão, à esquerda, a primeira a ser construída. Data de 1185. As duas portas laterais da fachada também construíram neste mesmo século (XII).
LE GROS HORLOGE
é uma das atrações mais simbólicas da cidade. O relógio astronômico é do século XIV e anexaram-no a um campanário. Um só ponteiro indica a hora. Em sua extremidade esculpiram um cordeiro – animal emblema de Rouen que forneceu a lã amplamente utilizada em confecções de roupas, e que culminou no progresso da cidade.
UM RELÓGIO MUITO ESPECIAL
Um dos mostradores indica as fases da lua, o que permite acompanhar o movimento das marés. Lembremo-nos de que Rouen é cidade portuária e o Rio Sena está sujeito a estes movimentos.
A marcação mais original é a da parte inferior do mostrador, onde figuras da mitologia romana mostram os dias da semana. Esta troca efetua-se ao meio-dia. Segunda-feira é representada pela Lua | Terça, pelo planeta Marte | Quarta, por Mercúrio | Quinta, é dia dedicado a Júpiter | Sexta, à deusa do Amor, Vênus | Sábado, por Saturno, e Domingo por Apolo ou o Sol.
O CENTRO HISTÓRICO
O comércio é farto e a oferta de restaurantes é apreciável. Louve-se a arquitetura enxaimel, linda, que está por todos os cantos – são quase 2.000 construções em toda a cidade.
UMA CIDADE AUSTERA
Essa parte antiga da cidade, a meu ver, transpira um ar austero demais. Não houve como não compará-la com Troyes, uma cidade alegre, descontraída, jovial e simpática.
Uma certa introversão no Centro antigo de Rouen paira no ar. É como se a cidade ainda estivesse em constante estado de alerta contra invasores. É estranho… Difícil de explicar. Honestamente? Não voltaria.
O MERCADO
fica ao lado da Igreja dedicada à Sta Joana D’Arc.
Eu e fiel escudeiro gostamos de dar uma olhada nos mercados das cidades que visitamos. Apreciamos a estrutura, a arrumação dos boxes, os produtos oferecidos tais como queijos, leite, pães, manteiga, frutas, legumes, verduras, e os pescados.
A parte dos enlatados, por exemplo, sempre nos revela surpresas interessantíssimas. Em Bariloche vi escabeches de peru, de cordeiro, de cerdo e de vizcacha (uma espécie de lebre) nas prateleiras do pequeno mercado da Chocolateria Rapanui.