SUL DA FRANÇA – Occitane, Riez, Moustiers-Sante-Marie e Gorge du Verdon foram localidades que Leonor incluiu no roteiro deste dia, saindo de nosso QG (o apartamento que alugamos) em Aix-en-Provence.

IMAGEM DESTACADA – Moustiers Sainte-Marie, protegida por paredões de calcáreo.

 

NOSSO PONTO DE ENCONTRO

Os encontros com nossa guia aconteciam na esquina do Cours Mirabeau com a rue Nazareth, em frente ao La Belle Époque – um café muito charmoso, com ares de set de filmagem. Era de lá que partíamos para nossos passeios. Primeiramente, tomávamos um café; e logo após, tomávamos nosso rumo.

Por duas vezes alugamos apartamento em um prédio super bem localizado (na parte antiga da cidade), em frente à Prefeitura (Mairie). Este aluguel quem intermediou foi a  jornalista brasileira Anaté Merger, autora de u’a máquina de turismo denominado naprovence.com.

O TRAJETO ATÉ AO LA BELLE ÉPOQUE
mudava diariamente. Saíamos bem cedo do apartamento e a cada manhã íamos ao encontro de Leonor por ruas diferentes. Nesses curtos trajetos, enquanto Aix ainda dormia, cliquei fotos interessantes que compartilharei em outra postagem.

MANOSQUE – A FÁBRICA OCCITANE 

Esta fábrica de Manosque é a principal, e para visitá-la é preciso agendamento. Esta foi nossa primeira parada neste dia.
Enquanto caminhamos por cada setor da fábrica, uma funcionária e guia explica com riqueza de detalhes todo o processo de funcionamento da usina. E enquanto discursava, a jovem mostrava, em painéis colocados estrategicamente, desde o plantio dos diversos tipos de lavanda até o recebimento da matéria prima e o momento de os produtos serem embalados. Cada tipo de lavanda destina-se a uma finalidade.

Impressionou-me o tamanho dos tanques de armazenamento de alguns produtos, cuja finalidade é descansá-los. Este processo chamado de descanso é para garantir que o produto estará em condições de ser comercializado. No final desse período de X dias, que funciona como um teste, o produto é analisado. Caso não esteja perfeito, todo o conteúdo deste tanque é descartado.

 

A fábrica não faz experiências com animais. As matérias primas, provenientes de diversas partes do mundo, são cultivadas dentro de rigorosos padrões de sustentabilidade. Saiba muito mais clicando aqui.

 

 

 

Deduz-se que os altos preços praticados pela empresa são resultantes da qualidade da matéria prima empregada na fabricação dos produtos. Mas, mesmo aqueles fabricados pela L’Occitane au Brésil, com matéria prima nacional, são muito caros. Os cremes para rosto e corpo são excelentes, mas… estão fora de cogitação.

VALENSOLE e RIEZ – CAMINHO PARA MOUSTIERS SAINTE-MARIE e GORGE DU VERDON.

 

RIEZ

Rápida passagem por mais uma cidade provençal produtora de lavandas e onde os romanos deixaram rastros. Saiba mais a respeito de Riez, da visita à fábrica de Chocolates Puyricard, e onde comprar óleo de lavandas clicando aqui.

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MOUSTIERS SAINTE-MARIE

UM POUCO DE HISTÓRIA

É uma aldeia que desperta curiosidade até para quem a vê de longe, devido sua posição geográfica – cresceu aos pés de altas falésias calcárias.
Moustiers é local de peregrinações e de grandes festividades, como por exemplo a dos finais de agosto e início de setembro em homenagem à Notre-Dame de Beauvoir.

A ocupação de M.S.M. começou no Século V, em 433, quando monges provenientes da Ilha Lérin habitaram grutas de tufos (rochas calcárias muito porosas), cavadas com as próprias mãos, e fundaram um mosteiro.
Resumindo sua história: a aldeia sofreu com invasões mouriscas, com disputas de sucessão e com intempéries.
Várias tentativas para o crescimento de Moustiers pautadas na fabricação da faiança foram frustradas, e por conta disso a aldeia desativou seus fornos por 50 anos. Houve novas tentativas, mas… foram igualmente fracassadas. Porém, a partir de 1943 a aldeia começou a progredir graças à fabricação de louças. Um pássaro é o símbolo da faiança de Moustiers, que conta com 8 oficinas produtoras de cerâmica.

 

 

ALDEIAS DO SUL DA FRANÇA

A maioria se assemelha na arquitetura, na decoração das fachadas – portas e janelas coloridas, jardineiras transbordantes de flores -, na geografia da cidade – ruas estreitas, escadarias, ladeiras, arcos, fontes, pontes -, no tipo de comércio, na culinária… enfim, aparentam-se nas cores, aromas e sabores.
Porém, ao caminharmos e bisbilhotarmos cada canto, sentimos muitas diferenças. Caso seja de seu agrado, e estiver a seu alcance, visite a Provence; certamente, você fará um grande bem a si mesmo. 

Seguem alguns links de Moustiers a fim de que tenha idéia do quanto a vila está preparada para receber turistas. E o turismo, evidentemente, é uma das principais fontes de renda da cidade.
Clique aqui para saber onde estão os restaurantes mais interessantes, algumas atrações da de Moustiers, e sugestões de pousadas.

PROVENCE – COMO CHEGAR e AONDE IR

Fazer de Aix-en-Provence seu QG é acertar na mosca e lhe digo os porquês.
Primeiramente, Aix é uma cidade universitária do sul da França e só isso já basta para termos certeza tratar-se de uma cidade em seu sentido mais amplo. Como hospedaria milhares de estudantes, se não tivesse a mínima estrutura? Em Aix encontra-se “de um tudo”, como algumas pessoas diziam antigamente.

“Segundamente”, basta embarcar em um TGV em Paris e em apenas 3 horas você desembarcará em Aix. Caso você parta de Marseille, em meia hora você chega à Aix viajando em trem comum.

“Terceiramente”, porque é fácil hospedar-se na cidade e escolher que passeio fazer pela Provence – basta contatar a jornalista e escritora brasileira Anaté Merger. Anaté pilota u’a máquina de turismo fantástica, chamada naprovence.com, e garante que você será acompanhado por uma criatura sensacional chamada Leonor, uma profissional que tornou-se nossa amiga e deixou muita saudade.

PASSEIOS NA PROVENCE

Foi por seu intermédio que em 2013 e 2014 alugamos apartamentos na parte antiga da cidade. Os passeios, intermediados pela brasileira residente em Aix, foram executados por Leonor – uma jovem senhora formada em turismo que nos guiou pelos caminhos provençais. Ambas são profissionais dedicadas que conhecem profundamente os destinos que nos sugerem.
Contatamos Ana Thereza pela internet e, aos poucos, burilamos o roteiro de acordo com suas sugestões. Valeu demais!

 

 

 

A IGREJA DE N. S. DE ASSUNÇÃO DE MOURSTIERS

Data do século XII e foi tombada em 1913 como monumento histórico. A torre de 4 pisos com aberturas duplas tem 22 metros de altura.
Construíram-na em estilo românico. Dadas as características desse estilo arquitetônico, nada mais bem apropriado para construir esse templo naquela época pelo seguinte: as paredes eram grossas e continham poucas aberturas.
Adotaram o estilo românico na construção dessa paróquia, a fim de protegê-la de ataques de forças militares inimigas e invasores. O tipo de construção é robusto e inspirado em construções da Roma Antiga. Este estilo antecedeu o estilo gótico. Como exemplo, podemos citar o Palácio dos Papas de Avignon.

MOUSTIERS SAINTE-MARIE

COMPRAS

Não importa por onde você caminhe, sempre encontrará uma loja que exponha uma infinidade de produtos interessantes. Toalhas de mesa e de louça, sabonetes, luminárias, roupas, calçados, enfim, turista, você terá que ter muita personalidade para não abrir a carteira a todo instante. Na sequencia de fotos abaixo, observe quantas lojas aparecem ao longo das ruas.

 

 

 

 

 

 

MOUSTIERS-SAINTE-MARIE

conta com aproximadamente 700 habitantes, mas aparenta ser mais populosa devido o farto comércio. Inclui-se nesta estatística os vários tipos de hospedagem (hotéis, campings, quartos de hóspedes e demais modalidades), de lugares para comer ( restaurantes, bistrot, sorveterias, food trucks, lancherias…), de galerias, escritório de turismo e esportes, padarias, açougues etc.

Durante todo o ano, às sextas-feiras pela manhã, montam uma feira na praça próxima à Prefeitura. São produtores artesanais que oferecem seus produtos. Saiba mais clicando aqui.

O movimento nessa pequena cidade do sul da França é tão intenso, que atraiu a arte do grande chef Alain Ducasse. La Bastide de Moustiers é o nome de seu restaurante.
Mas, não para por aí! Moustiers promove muitos festivais de música! Dê uma olhada nos tipos de programação clicando aqui. Quem sabe, você não se anima e parte para “conferir isso de perto e em cores”, como diz minha amiga Angela Loreto?

O QUE VER EM MOUSTIERS

Em um final de semana de junho de 2012, a aldeia reviveu a Idade Média. Houve demonstrações de falcoaria (arte de criar, treinar e cuidar de aves de rapina), tiros com arcos, lutas de cavaleiros, concertos de rua, show histórico com demonstrações de danças medievais, mercado medieval com venda de biscoitos, brinquedos, facas, fantasias, instrumentos musicais e mais algumas coisas.
Por ocasião dessas festividades, tudo que oferecem para venda obedecem padrões medievais: receitas e modelos são da Idade Média.

 

 

 

MOUSTIERS SAINTE-MARIE

A LENDA DA ESTRELA

Há muitas versões a respeito dessa estrela. Uma delas, menciona um ex-presidiário; outra, uma história de amor. São várias interpretações que variam tanto quanto seu tamanho.
A estrela que liga os dois paredões, brilha desde 1957. Já teve 11 quedas. Em 1995, recebeu um banho fino de ouro e foi pendurada em uma corrente de 135 metros e 150 quilos. A estrela que já teve 5 pontas e agora tem 10, mede 1.25 m de diâmetro. Mas, já mediu de 30 a 180 cm.

 

 

GORGE DU VERDON

Quando Leonor começou a subir a estrada estreita que margem do desfiladeiro, confesso que fiquei apreensiva até o momento de chegarmos a um ponto de vista que era muito, muito alto.

O desfiladeiro do Verdon compõe-se de dois paredões que atingem alturas que variam entre 250 e 700 metros. Medem entre 200 e 1.500 metros no topo, e entre 6 e 100 metros na base.

Esse espetáculo que a natureza burila ao longo de séculos, utiliza o Rio Verdon como seu cinzel. São 175 km de Verdon cortando o desfiladeiro localizado entre as vilas de Castellane e Mourstiers Sainte Marie. Suas águas, quando iluminadas pela luz do Sol, ganham um verde indefinível.
O Rio Verdon nasce nos Alpes da Alta Provença a mais de 2.800 metros de altura, entre o Pico dos Tres Bispados (Pic des Trois Évêchés) e o Col d’Allos.