A PRIMEIRA VIAGEM AO EXTERIOR A GENTE NUNCA ESQUECE.

1985 – A PRIMEIRA VIAGEM AO EXTERIOR

Neste blog pretendo mostrar roteiros que tenho trilhado desde setembro de 1985, quando atravessei o Oceano Atlântico pela primeira vez.
Fui levada para a Europa pelas mãos de amigos, viajantes experientes, que sugeriram Paris como início de uma viagem de 30 dias. Para mim, foi um grande, inesquecível e valioso aprendizado.

FOTO DESTACADA: Aeroporto Tom Jobim ao amanhecer.

OS PRIMEIROS PASSOS

Sair do Brasil mesmo que fosse para o Uruguai, por exemplo, para mim seria uma aventura por ser distante demais. Europa, então… nem pensar! Quando meus amigos me acenaram com a possibilidade de ir a Paris, não acreditei. Foram eles que me mostraram todos os caminhos; que me ensinaram a viajar, a começar pela aquisição do passaporte.
Enfrentar uma fila quilométrica na Polícia Federal da Avenida Rodrigues Alves nº 1, na Praça Mauá, Centro do Rio de Janeiro, era tarefa árdua da qual não havia escapatória. Eram horas em pé, não importava se debaixo de chuva ou sob sol escaldante; quem não tivesse passaporte tinha que enfrentar a situação e para isso não valia tempo bom ou ruim. Lembro-me mais de meu primeiro passaporte do que de meu primeiro soutien. Exibí-lo – o passaporte! – era o mesmo que exibir um troféu.

COMO ERA VIAJAR NOS ANOS 80

Viajar naquela época era tranquilo, apesar da precariedade dos meios de comunicação, se compararmos com as engenhocas que temos hoje. Não havia internet – já começa por aí. Nosso GPS eram os mapas que consultávamos constantemente para sabermos se estávamos na direção certa. Nos deslocamentos por trem utilizávamos o Eurail Pass, e havia apenas uma modalidade desses bilhetes.
Quase no final de nossa viagem, quando nosso passe expirou, as passagens eram adquiridas nas próprias estações de trem, sem problema algum, minutos antes da hora do embarque.

COMO FAZÍAMOS AS RESERVAS EM HOTEL NA EUROPA

Reservávamos os hotéis no Bureau de Informações Turísticas que havia em cada estação de trem, logo ao desembarcarmos. Simples, assim. Escolhíamos os hotéis em uma listagem, levando em considerção a localização e o preço.
A localização era mais importante pelo seguinte: para não termos que  arrastar malas por muito tempo, escolhíamos hotéis próximos da estação de trem. Isto significa dizer que andávamos muito a pé (Viação Canelinha – as pernas), e que os hotéis nem sempre eram bons.

O JEITÃO TUPINIQUIM DE VIAJAR PARA O EXTERIOR

Ao aceitar o convite de meus amigos, fui orientada para começar a adquirir os dólares. Eu compraria a passagem aérea com o Cartão de Crédito, em prestações a perder de vista, e isso bastava.

E foi neste esquema tupiniquim que viajei mais de trinta dias em setembro de 1985, com apenas dois mil dólares no bolso, uma fortuna! E o melhor: gastei exatos mil dólares pagando hotéis, bilhetes de ônibus, de trem, de navio, metrô, alimentação, algumas lembranças para familiares e amigos, e ingressos para museus e outras atrações.
Visitamos a França, a Grécia, a Itália, a Alemanha, a Áustria, a Bélgica, a Holanda, e retornamos à França. Luxemburgo estava no roteiro, mas o cansaço nos fez desistir. Retornei ao Brasil em pele e osso de tanto andar, porém, mais feliz que urubu no lixo. Cada quilo perdido valeu muito à pena.

No ano seguinte fiz outra viagem longa em companhia dos mesmos amigos, e mais outra em 1988. Não parei mais de viajar e lamento fotos e lembranças perdidas que tento agora recuperar.

O APRENDIZADO

Sei que meus amigos se identificarão ao ler esta postagem, e por este motivo deixo-lhes meu agradecimento penhorado e faço questão de lhes dizer o quanto aprendi com seus ensinamentos. Foram eles que me mostraram lugares que jamais imaginei conhecer, e me fizeram sentir a real dimensão de nosso planeta.
Meus dois amigos me ensinaram a traçar caminhos nos mapas, a andar sozinha de metrô em Paris logo na primeira viagem, e a alçar voos cada vez mais altos.
Foram meus amigos que me ensinaram a segurança necessária para viajar e que procuro transmitir agora a quem viaja comigo.
A vocês dois, Vicente Sérgio Mannarino e Wilson Chebar, muito obrigada. Creio que este blog seja a prova de que aprendi a lição.

VAMOS COMEÇAR!
Nada A Ver Com 1985 – A PRIMEIRA VIAGEM AO EXTERIOR.

RIO DE JANEIRO – O Rio foi nosso ponto de partida em 23 de junho de 2014. Portanto, nada a acrescentar nesta postagem, a não ser as FORMALIDADES JUNTO À RECEITA FEDERAL NO AEROPORTO DO GALEÃO.

NOTA: Caso você queira levar mais moeda estrangeira do que o permitido pela Receita Federal, clique no link acima e saiba o que fazer.


IDENTIFIQUE SUA BAGAGEM POR DENTRO!

No mais, resta-me apenas lhe desejar Boa Viagem! e alertá-lo para identificar sua bagagem por dentro porque é extremamente importante.

 

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