OSTRADAMUS – UM TROCADILHO DE SUCESSO, EM FLORIANÓPOLIS.
Muitos vão ao Ostradamus por já conhecê-lo de nome, mas nem desconfiam em que bairro fica o famoso restaurante do Ribeirão da Ilha.
Refiro-me àqueles que chegam em ônibus de turismo ou que são convidados por amigos para conhecê-lo.
Ele foi o primeiro restaurante com “R” maiúsculo do bairro, o “abre alas” dessa leva de excelentes cardápios do bairro.
IMAGEM EM DESTAQUE: Trata-se do trabalho de Azulejaria executado pelo artista Jesus Fernandes.
COMO CHEGAR DE CARRO: Do Centro de Florianópolis, pegar a SC-405.
COMO CHEGAR DE ÔNIBUS: Há duas paradas de ônibus no centro de Florianópolis que ficam próximos à Praça XV.
Os ônibus de números 561 e 4124 (o amarelinho) passam pelo Ribeirão e o ponto final é na Caieira da Barra do Sul.
Aproveito o gancho para informar que é da Caieira que partem barcos para Naufragados e onde começa a trilha até lá.
Saiba o perrengue que passei nesta aventura clicando aqui e aqui.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Jaime José Barcelos foi corajoso quando fechou as portas de sua oficina mecânica em 1997, e abriu uma sorveteria onde também vendia água de côco, cachorro quente e caldo de cana. O estabelecimento ficava em uma parte da casa onde morava, no bairro histórico de Ribeirão da Ilha, hoje conhecidíssima como Ostradamus.
OSTRA HISTÓRIA
Em 1998, a produção abundante de ostras fê-lo ter a idéia de ampliar o espaço e criar um restaurante, onde servia ostras em suas formas mais simples de saboreá-las: in natura, ao bafo e gratinada.
Foi corajoso, porque o Ribeirão da Ilha dista do Centro de Florianópolis em 27 km e as pessoas não se davam ao trabalho de sair de casa para ir até lá, a não ser que tivessem algum interesse particular.
A trilha para Naufragados, bem pertinho dali, poucos conheciam, porque ainda não era atração como foi outrora subir o Morro da Cruz.
Mas Jaime não se deixou levar pelas dificuldades e subiu os degraus da fama, paulatinamente, às custas de muito trabalho e perseverança.
AS REFORMAS
O Ostradamus passou por reformas e eu mesma presenciei algumas. Aos poucos, Jaime colocou a cozinha à vista dos clientes. Passado um tempo, construiu um trapiche descoberto; depois, cobriu o trapiche – um luxo para quem opta por chegar ao restaurante pelo mar.
Criou sua própria fazenda de moluscos; construiu a adega abaixo do nível do mar! Adotou alta tecnologia de depuração de ostras; inaugurou o Café, doçaria e souvenir TENS TEMPO?… Enfim, até chegar ao alto do pódio e abrir o champanhe foram muitos anos de batalha. É um vencedor que aplaudo incansavelmente.
A CAFETERIA TENS TEMPO?
foi inaugurada recentemente, em 04 de fevereiro de 2010, e conserva o mesmo jeito descontraído da decoração de sua “matriz”, o restaurante Ostradamus.
Além de café, deliciosos e variados doces portugueses parecem nos chamar de uma vitrine para acompanhar o cafezinho. Pães de sementes também fazem parte do cardápio e estão a venda, bem como tudo que sua vista possa alcançar enfeitando tetos, paredes e prateleiras. Uma festa para os olhos e para quem os recebe como souvenir.
Nesta exposição inclui-se licores, cachaças, xícaras para cafezinho com a logomarca da Casa, canecas, conchas, camisetas, pratos, biscoitos delicadamente pintados à mão e muitos adornos decorativos.
Agora, o que mais chama atenção na Tens Tempo?, é um painel de azulejos também pintado por Jesus Fernandes, que retrata seu chará (com todo respeito) na Santa Ceia, cercado por doze funcionários do Ostradamus, devidamente uniformizados, em lugar dos apóstolos.
A meu ver, este painel fala por si. Não só retrata a gratidão de Jaime por quem batalha a seu lado no dia-a-dia, mas também revela a grandiosidade de sua alma.
17/3/2015 – Saímos do Aeroporto Hercílio Luz onde meu irmão e cunhada nos aguardavam e fomos direto para o Ostradamus.
Fora de temporada não temos necessidade de disputar lugares a tapas, e escolhemos uma mesa junto à uma das janelas de frente para o mar.
Ao chegarmos ao Ostradamus, o proprietário, Jaime Barcellos, encontrava-se no restaurante; e como não poderia ser diferente, recebeu-nos com um largo sorriso, muita simpatia e cordialidade, e ainda nos ofereceu uma travessa de saborosos pastéis de camarão para dar início aos nossos trabalhos.
A seguir, como entrada, pedimos Ostras Ao Bafo, Ao Alho e Óleo, Gratinada e Ao Molho de Gengibre. Todas saborosas.
Conforme já foi dito lá em cima, Jaime é proprietário de uma fazenda de ostras e vieiras para consumo próprio.
O prato de resistência foi uma Garoupa Grelhada muito bem acompanhada por Batatas Noisetes, Pirão e Champignons Grelhados, e ainda Meia Porção de Risoto de Frutos do Mar.
Para finalizar este encontro familiar, atravessamos a rua e fomos tomar o cafezinho no TENS TEMPO? também de propriedade de Jaime.
Do Ribeirão da Ilha fomos para o Campeche onde eu e meu companheirão de viagens ficamos hospedados no Hotel São Sebastião da Praia, assunto para outro post.
“Não existe amor mais sincero do que aquele pela comida.” Bernard Shaw.
Como ainda tem verde em Naufragados, parece um paraiso.
É verdade, Rosinha. Em março ou abril eu e nosso amigo faremos a trilha até Naufragados. Bom demais, não? Bjks.
BOM DIA
MUITO BOA A SUA REPORTAGEM SOBRE A ILHA DA MAGIA (FLORIPA), PRINCIPALMENTE A PARTE QUE FALA SOBRE O RIBEIRÃO
Obrigada, mano, por seu pitaco. Não sabe como fiquei feliz. Ainda temos muito que comentar a respeito da Ilha da Magia e conto com você para essa empreitada. Bjks e lindo fim de semana para todos.
Obrigada, mano! Desculpe-me pela demora em agradecer sua gentileza. Bjks da mana.