BIOT – é uma cidade dos Alpes Marítimos, localizada entre Nice e Cannes, que não “está à beira-mar plantada”. Pelo contrário, fica no alto, afastada das vias litorâneas.
FOTO DESTACADA – A planta baixa da cidade ricamente trabalhada em mosaicos e ladrilhos. Fixaram-na à esquerda de quem acessa a rue Saint Sebastien, a principal da comuna. Ao lado, nos pequenos retângulos, incluíram os endereços das lojinhas da cidade. A idéia excelente foi trabalhosa e quem aprendeu a fazer mosaicos sabe disso. E eu sei.
COMO CHEGAR
SAINDO DE NICE no ÔNIBUS 200
O ônibus 200 que parte de Nice da Praça Albert 1er/Verdun em direção a Canne, para em um ponto quase em frente à estação de trem BIOT. Observe, de acordo com os traçados, que você terá que andar um pouquinho para trás na Route de Nice (a avenida onde fica esta estação de trem), para acessar a Route de Biot onde embarcará em outro ônibus – o de número 10 – Valbonne Village “par” Biot. Os trajetos estão marcados em ambos os mapas.
RATIFICANDO A ROTA
O trajeto do ônibus é até Canne, mas você terá que saltar em frente à Gare de Biot.
As bolinhas azuis no mapa abaixo significam caminhada. Você saltará na Estação Biot, na Route Nice, mesmo que vá de ônibus. Saltou, volte na direção da rotatória que se vê no mapa abaixo e entre na Route de Biot. Siga em frente até encontrar um ponto de ônibus localizado em frente a um parque chamado Antibes Land. Neste ponto para o ônibus nº 10 – Valbonne Village “par” Biot que o levará até Biot.
Caso queira ver o mapa um pouco maior, clique duas vezes na imagem.
CASO VOCÊ VÁ DE TREM
Caso opte pela via férrea, salte na Gare de Biot e faça a mesma coisa: volte até encontrar a rotatória e entre na Route Biot até encontrar o ponto do ônibus. A caminhada será de aproximadamente 200 metros.
Outra dica: a parada fica em frente a uma montanha russa de um parque de diversões chamado Antibesland. Atente para o seguinte: o ponto é discreto; não há cobertura e muito menos bancos.
A ESPERA FOI DIFÍCIL
Esperamos pelo ônibus nº 10 mais ou menos meia hora. Reclamei com meus botões até dizer chega e já estava pensando em ir andando até Biot – achando que era “logo ali”, imagine! – quando o ônibus apareceu. Sorte minha, porque eu teria feito a maior besteira se tivesse seguido meu instinto porque Biot fica distante e no alto de uma montanha. Algumas informações a respeito deste lugar clique aqui.
ONDE COMER EM BIOT
Dois tipos incrementados de preparo de café estavam no cardápio. Pedimos um de cada para que pudéssemos provar ambos, mas não me recordo do qual gostei mais. Estes cafés incrementados encerraram nosso almoço em Biot. Mais informações, incluindo contato e menu, clique aqui.
O QUE COMPRAR EM BIOT? DIFÍCIL DECISÃO.
De um lado e de outro da rua principal há ofertas de artigos provençais tais como toalhas de lavabo, saboneteiras, óleos essenciais, sabonetes de variadas cores e aromas…
O comércio atrai até para quem já passou por outras localidades do Sul da França e encheu a mala com panos de prato, bouquets e perfumes de lavanda e o delicioso doce “Calisson”- um doce de sabor suave feito na base de amêndoas, mel, laranja e melão dentre outros segredos. Daí você pode perguntar:
– Mas essa mistura combina?
– Combina!… E cooomo combina!
Mas, voltemos aos artesanatos.
POLO DE FINOS ARTESANATOS
A cidade se destaca pelas dezenas de oficinas de artesãos que trabalham artisticamente o metal, a madeira, o vidro (principalmente), e criação de jóias.
Tivemos sorte em encontrar um atelier aberto em que dois senhores trabalhavam em suas pastas de vidro. Moldar o vidro é um trabalho que me fascina, porque é preciso muita paciência, técnica, criatividade, cuidado e, acima de tudo, precisão para soprá-lo e moldá-lo ao mesmo tempo. Ah! E pulmões sadios, claro.
LA MAISON DE LUCILE
Para quem gosta destes tipos de lojas La Maison de Lucile é um festival de novidades. Juro que eu passaria o tempo que fosse necessário para bisbilhotar prateleira por prateleira desta loja sensacional. Lá tem “de um tudo”, como diziam no passado.
BIOT, CIDADE ONDE SE RESPIRA ARTE
Conforme disse acima, por onde quer que se vá encontraremos arte, inclusive na própria rua. Não me refiro apenas à monumentos públicos, mas também à arquitetura e aos objetos expostos nas calçadas a fim de atrair o consumidor. Telas pintadas a óleo, vidros e a própria planta baixa da cidade elaborada em ladrilhos e mosaico (foto destacada) são exemplos.
Outro caso é a escultura do artista holandes Kees Verkade, que fez sucesso em Mônaco e na França.
L’ENVOL
Abstraiu-me de tal forma que perdi noção de tempo e lugar. Fiquei parada diante da escultura, hipnotizada pelo casal de bailarinos. Divaguei a ponto de ficar momentaneamente surda, focada apenas naquela imagem que parecia ter vida e a qualquer momento fosse se movimentar. Como não saísse do êxtase, meu amigo me chamou e trouxe-me novamente para a realidade.
Acordei sob protestos. Não tivesse ele me chamado, teria ficado mais tempo admirando cada detalhe da escultura e continuado a me deixar levar por aquele magnetismo.
Arte me toca a alma e vez ou outra me surpreendo ao me sentir integrada a uma tela ou escultura. É como se fizesse parte daquele contexto. Sinto-me leve quando me emociono com a arte. Em Biot, também dancei naquela escultura de Verkade.
Logo que vi a escultura lembrei-me de Christina Motta – uma brasileira, autora de obras igualmente magníficas. Quem já passou pela cidade de Búzios, onde a artista reside, sabe do que estou falando.
Suas esculturas também são leves, em tamanho natural, e tal qual Kees Verkade retratam cenas do cotidiano, o que torna seus trabalhos mais reais.
Na Praça dos Ossos há um conjunto de escultura de duas crianças e um cachorro. Em uma foto, ninguém diz que o cachorro não é real. Clique aqui e confira.
Interior da Igreja de Biot – clique aqui (vídeo de 2.49 m, bem ruizinho por sinal). Saiba mais a respeito da Igreja de Santa Maria Madalena clicando aqui.
Aquela oficina que visitei no subsolo Trata-se da oficina de M. Didier Sabra, mestre renomado na arte de moldar o vidro. Para vê-lo criar suas obras basta clicar aqui. Tive a sorte de vê-lo trabalhar e fiz este rápido vídeo: clique aqui.
NICE
De volta ao hotel em Nice dei uma chegada até a janela para fiscalizar o andamento dos preparativos para o Festival de Jazz na Praça Alberto I e cliquei mais estas fotos da janela de meu quarto.
O mundo é um livro e quem não viaja lê apenas a primeira página.
(Santo Agostinho)