NICE
Nice, fundada pelos gregos, fica localizada na Baie des Anges e é o segundo destino mais procurado depois de Paris. É uma cidade que se adequa ao perfil do viajante que adora ficar algum tempo em um só lugar assim como eu. Motivos? Muitas atrações para o visiante explorar, fica próxima de muitas comunas interessantess, e no centro dito nervoso oferece comércio sortido.
Aliar a vontade de sugar tudo que uma cidade possa me oferecer ao comodismo de não ter que andar frequentemente empurrando malas é uma fórmula que tem dado certo.
Viajar por própria conta é trabalhoso porque requer a elaboração de um roteiro que tenha princípio, meio e fim. E como não deixo nada para resolver “quando chegar lá”, tudo tem que estar engrenado.
IMAGEM DESTACADA: Palácio da Prefeitura, no Centro.
COMO CHEGAR
Saímos de Lisboa e fomos para Nice onde chegamos na parte da tarde.
Do aeroporto ao hotel B4 Nice Plaza – que sofreu reforma e mudou de nome – são apenas 7 km de distância e o motorista do taxi teve o desplante de nos cobrar a exorbitante quantia de 140 euros pelo trecho! Nem se estivéssemos portando malas grandes este assalto não teria fundamento.
Providencio pela internet, com antecedência, todos os bilhetes de que necessitaremos incluindo os de trem. Nada mais prático e confortável. Prendo-me aos mínimos detalhes a fim de que mais tarde não tenha que chorar o leite derramado. Viajar dá um baita trabalho,e é justamente para não ficar mudando com frequencia que procuro fazer determinadas cidades de Quartel General. Nice foi uma delas.
O QUE CHAMO DE QG.
Entenda como QG aquele lugar de onde podemos sair para passear pela vizinhança e retornar em apenas um dia – o conhecido “bate-e-volta”. Pensamos inicialmente em alugar uma casa, mas acabamos optando por ficar em um hotel muito bem localizado, já citado no início do texto.
De Nice fomos para Menton, Saint-Raphael, Biot, Villefranche-sur-Mer, Saint Paul-de-Vence e Marseille, aonde nos aboletamos em outro QG.
MUITA BAGAGEM SÓ ATRAPALHA
Viajamos sempre com duas malas de tamanho médio (uma para cada um) que são um pouquinho maior que o tamanho de uma valise de cabine! Cada um de nós dois portava uma bolsa a tira-colo e nada mais. Ainda por cima, o taxista nos deixou no hotel errado. Inda bem que era próximo ao Nice Plaza e não nos custou nada arrastar mala por alguns metros.
E como nada acontece por acaso, acabei percebendo mais tarde que se o motorista tivesse nos deixado no lugar certo, teríamos que pagar mais devido o endereço do hotel em que nos hospedamos ficar na contra-mão do caminho que ele escolheu.
O B4 NICE PLAZA
ERA um hotel excelente, além de ser muito bem localizado. Ficava na Avenue de Verdun, 12 no Centrão da cidade. Foi reformado e agora chama-se Hotel Plaza Nice.
Ficamos em um quarto amplo composto com duas camas de solteiro, uma bancada espaçosa, estar com duas poltronas e mesa de centro, um excelente armário para roupas e outro para malas, cofre, frigobar e um banheiro de dimensões consideráveis para os padrões da época.
Ah! E mais duas sacadas com vidraça antirruído de onde vislumbrávamos belas vistas para o Jardim Alberto I, para uma parte da Cidade Antiga e o mar.
Estávamos proximos da Vieille Ville, de ponto de ônibus, da Place Massena e de variado comércio, além de muitos restaurantes e boutiques. Ah! E a Promenade des Anglais, bem ali perto, na lateral direita saindo do hotel.
O QUE VER EM NICE
O rol de atrações da cidade inclui a Cidade Antiga – Vieux Nice ( Cours Saleya – feira de flores, frutas e legumes de 3ª a domingo de 6.00 h à 13.30 h e às 2ª feiras de antiguidades), o Bairro Cimiez (Jardin des Arènes; Monastère; Ruínas Romanas; Museu Matisse) que escapou de nossa vistoria, a Colline du Chateau, excelente para a garotada brincar, a Catedral Ortodoxa (não conferimos), a Catedral de Nice situada na parte antiga da cidade, o Vieux Port, o Teatro Municipal (ficou para a próxima), o Monumento aos Mortos que homenageia cerca de 4 mil ex habitantes de Nice mortos na Primeira Guerra e, logicamente, a Promenade des Anglais e o mar.
AS PRAIAS DE NICE
E por falar em mar, as praias de Nice estão longe de serem confortável devido sua natureza. Isto acontece porque ao invés de areia há seixos rolados inclusive no fundo do mar, e por isso muitas pessoas usam calçados para entrar n’água que dizem ser muito fria.
Não foi desta fez que tomei banho de mar em Nice, mas da próxima o Mediterrâneo não me escapa. Agora, para quem deseja banhar-se em praia de areia, a vizinha Cannes oferece este conforto a módiocos 32,7 km de distância.
AONDE IR?
1. Marc Chagall – 36 Avenue Docteur Ménard, 06000 Nice, França – tel.: +33 4 93 53 87 20.
2. Henri Matisse – Endereço : 164, av. des Arènes de Cimiez 06000 Nice. (Parc des Arènes).
Tel : (+33) (0)4 93 81 08 08 (informations)
Tel : (+33) (0)4 93 53 40 53 (conservation)
Fax : (+33) (0)4 93 53 00 22
e-mail: musee.matisse@ville-nice.fr
3. Musée des Beaux – Arts de Nice – 33 Avenue des Baumettes 06000 Nice, France. Tel. 04 92 15 28 28.
4. Musée Massena – (Massena Art & History Museum) – 65 Rue de France 06000 Nice, France. Tel.: 04 93 91 19 10.
5. Palais Lascaris – 15 Rue Droite 06300 Nice, France. Tel.: 04 93 62 72 40.
6. Musée International d’Art Naif Anatole Jakovsky – Avenue de Fabron 06200 Nice, France. Tel: 04 93 71 78 33.
7. Prieuré du Vieux Logis – 59 Avenue de Saint-Barthélemy – 06100 Nice, France. Tel.: 04 93 84 44 74.
8. Réunion des Musées Nationaux – 6 Avenue Doct Ménard – 06000 Nice, France 04 93 53 05 46;
9. Museaav – 16 B Place Garibaldi – 06300 Nice, France. Tel: 04 93 56 21 19.
10. Museu de Arte Moderna e Arte Contemporânea – MAMAC.
11. Praça Garibaldi e Praça Massena – cafés e lojas.
COURS SALEYA
ONDE COMER
No dia em que chegamos a Nice, em 27 de junho de 2014, a cidade estava lotada por conta de um Triatlon.
Dia seguinte, piorou. Se já estava difícil caminhar nos pontos mais atraentes de Nice, encontrar mesa prá dois em qualquer restaurante era quase impossível.
Mas, como não existe nada melhor que dar tempo ao tempo, ficamos fazendo cera na feira de artesanatos da Cours Saleya até que encontramos um restaurante que havia sido inaugurado no dia anterior: o Rossopomodoro, que pelo nome não deixa dúvida quanto à sua especialidade.
MARISCOS COM CAS(C)A
Uma coisa me incomoda em restaurantes fora do Rio – arrisco até dizer fora do Brasil – são os pratos de frutos do mar que vêm para sua mesa abarrotados de conchas! É a cascalhada de um mar inteiro dentro do seu prato sem que você precise mergulhar.
Aliás, já me deparei com restaurantes aqui no Rio que aderiram a essa (incô)moda idéia.
Enquanto você, morto de fome, se desfaz daquela fazenda marinha que está embaixo de seu nariz, o prato esfria. E ainda pergunto: – Prá que concha temperada? Me explica!… Os verdinhos, vermelhinhos e amarelinhos do molho agarram nas conchas e acabam indo pro lixo, porque não há como você lamber as cascas. Agora…, que dá vontade de lamber uma por uma, isso dá. E o pior é que eu não me manco. Gosto tanto de frutos do mar que acabo me esquecendo da cascalhada e estou sempre repetindo o erro. Separar os bichinhos de suas cascas em um prato de restaurante é trabalho prá copista medieval nenhum botar defeito. Não dá. Cascas à parte, o que sobrou valeu.
NOTA: O Rossopomodoro fechou definitivamente de acordo com informação obtida na internet.
NÃO CAIA NESSA!
Dia 28 de junho procuramos tomar nosso café da manhã em alguma cafeteria nas proximidades do hotel e encontramos um lugar chamado Scoth Tea House – de ambiente apresentável, mas sem luxo.
Sem consultar o cardápio, pedimos o café da manhã que constava de um copo de suco de laranja, duas torradas, uma porção de manteiga e outra de geléia, e uma xícara de café com leite.
Quando veio a conta quase desmaiamos: 40 Euros! Caríssimo, levando-se em consideração que o hotel servia um respeitado buffet no desjejum, pra inglês nenhum botar defeito por um preço um pouco menor: 27 euros.
Imagine o que de mais completo um hotel possa oferecer no café da manhã e ainda acrescente mais alguma coisa. Se bobear tinha até uma tapioquinha escondida em algum lugar e nós é que não vimos. Tudo isso, se não me engano, por 27 Euros por pessoa. Não tivemos dúvida: dia seguinte estávamos rente como pão quente no salão do hotel tomando este café nababesco. Mas daí começamos a raciocinar e concluímos que, em termos mais redondos, sessenta euros por dia só de desjejum, por mais quatro manhãs… Caramba!, ia ficar caro.
Partimos então para o lado oposto da ostentação. Sem bater muita perna encontramos um local muito interessante, também nas proximidades do hotel, onde depois voltamos algumas vezes para jantar: A Brasserie Lorraine, no seguinte endereço: 16 Rue Halévy, 06000 Nice, esquina de Av. Suède e Maccarani. Surpresa: por aquele mesmo tipo de café da manhã servido no Scoth Tea House pagamos 6 (escrevi seis!) euros. É mole ou quer mais? E como diz o velho dito popular, “cobra que não anda não engole sapo”.
O serviço da brasserie é ágil, simpático e trabalha com preços convidativos. Comemos pizzas deliciosas neste endereço. Esta rua é em meio a outro buchincho que não o da parte antiga da cidade. Muito bom!
Estou revendo as postagens para corrigir o Menu e me surpreendendo com os lugares por onde já passei. Hotéis, viagens de trens, bondes, ônibus, metrôs, tramway, aviões, tuc tucs, charrete…
Daí, digo para mim mesma o quanto está valendo escrever minhas experiências em viagens, e torcendo para que elas sejam tão úteis para você, que tem me acompanhado, como foram para mim. Está valendo!
NOTA: O hotel de Nice foi modernizado e mudou de nome. Clique aqui e veja como ficou. Em 2014 era maravilhoso e quero crer que esteja melhor ainda.
Postagem revisada em 02/8/2020 e em 19.10.2024.
Como sempre uma descrição leve, agradável e bem humorada, de muito bom gosto, o hotel que monstra em quadros de arte os contrastes da vida.
Se fosse possível, amiga, teria trazido o quadro que assinalei como sendo meu preferido. Todos os dias, enquanto durou a exposição, passava no salão para revê-lo. Foi amor à primeira vista.
Bjks e obrigada por sua presença.
Amiga Marilia.
Estou amando viajar com você no seu blog, me sinto “in”.
Hú-húúú! Amei!… Já beijei até meu espelho!Bjks.
Então, amiga, quando chegarmos à Provence… Bjks