SINGEL HOTEL
Conforme já escrevi em postagem anterior, desde 2013 que partimos do Nordeste para a Europa. Motivo: encurtamos a viagem em, no mínimo, 3 horas! Vai depender da cidade onde você desembarcará.
Em uma das vezes optamos por partir de Recife, mas não gostei. Prefiro sair de Fortaleza, até porque o aeroporto ficou maravilhoso após a reforma.
Esta foi a única vez que viajamos do Rio para Recife. Normalmente viajamos para Fortaleza e de lá tomamos rumo para a Europa no dia seguinte.
O tempo de voo anunciado no site da KLM era bem mais que 9 horas de viagem. Porém, quando o comandante anunciou que nosso tempo de voo seria de 8.30 h, esta grata surpresa que me deixou mais feliz que urubu no lixo certificou-me de que o Nordeste “É” o melhor ponto de partida para o exterior.
Desembarcamos no Aeroporto Schiphol, em Amsterdam, já com as passagens de trem para a Estação Centraal em mãos, adquiridas aqui no Rio com bastante antecedência.
IMAGEM DESTACADA – Uma das Pontes Que Atravessa o Canal Singel.
SCHIPHOL/CENTRAAL
Cobrir esse percurso em trem é bom para quem não se importa com essa “modalidade” de stress. Até poucos anos não dava a menor pelota. Agora, fico toda empelotada (com trocadilho e tudo) só em pensar nesses 15 minutinhos de viagem.
Os trens respeitam rigorosamente os horários de chegada e partida e isso significa que você tem que estar dentro do vagão na hora em que o chefe da estação apitar para o trem partir.
E você, normalmente, não consegue (e nem deve tentar) subir no vagão enquanto os passageiros estiverem descendo. Não há espaço para vai-e-vem, normalmente, em portas de trem.
Há quem desça essas estreitas escadas com malas que parecem armários, bengalas, andadores, cadeiras de rodas, carruagens de bebês, enfim… cada um viaja com os apetrechos necessários às suas necessidades e isso tem que ser respeitado, bem como ficar atento ao apito do chefe da estação.
É uma confusão que estressa muitos passageiros que estão na plataforma esperando uma brecha para embarcar com apetrechos idênticos aos que acabaram de desembarcar: malas que parecem armários, bengalas, andadores etc…etc… Daí, moquiridu, o taxi, sem a menor dúvida, é o melhor meio de transporte nesses casos, principalmente para os jovens acima de 70 anos iguais a nós.
O que fizemos na volta para o Rio? Deixamos de lado os bilhetes Centraal Station/Schiphol comprados aqui no Rio e solicitamos os serviços de taxi de uma brasileira: a Carol, do Andantes na Holanda.
Apesar da viagem curta, valeu demais nos proporcionarmos esse conforto até ao aeroporto, bem como a conversa que tivemos com a Carol a respeito de Amsterdã – oportunidade de nos inteirarmos um pouco a respeito das obras que no momento tomam conta da cidade onde a brasileira reside há 10 anos com seu irmão.
Fazia muitos anos que não ia a Amsterdã. Ao descer na Centraal fiquei surpresa com o movimento de pedestres e de bicicletas, obviamente.
Era a primeira vez de amigo na cidade e os primeiros momentos foram impactantes para ele, principalmente quando viu o estacionamento das magrelas à direita de quem sai da Centraal. Sentiu na própria pele que teria que ficar atento não só com as bikes, mas com patinetes e patins elétricos, ônibus, trens, ciclomotores, e o que mais encontrasse pela frente.
E foi justamente para esse lado do canal que arrastamos nossas malas para chegar ao Singel Hotel, caminhando contra um vento frigidíssimo de Primavera – 5º (cinco graus) -, a temperatura que o celular marcava ao meio dia!
Como só poderíamos entrar no quarto a partir das 14.00 h, deixamos nossas bagagens em lugar apropriado na recepção e saímos para almoçar. Não fomos longe porque o frio era demais! E quando comentamos que havíamos embarcado horas antes em Fortaleza, aí mesmo é que o frio aumentava.
Almoçamos no Joselito – escreverei a respeito mais tarde – e voltamos rapidinho para o hotel, onde permaneceríamos por 16 dias.
O OBJETIVO DA VIAGEM
era visitar Keukenhof (clicar aqui ), incentivada pela amiga Angela Loreto que o havia visitado em 2017 e gostou imensamente.
A LOCALIZAÇÃO DO HOTEL
é excelente! Fica de frente para o Canal Singel, o que já vale pelo visual e pela facilidade de se chegar a lugares interessantíssimos a pé.
Está próximo à Centraal Station – a principal estação ferroviária da cidade, em frente da qual estão os pontos de partida de vários bondes (trams). Lá você poderá pegar Metrô e, nos fundos da Centraal, está a balsa que atravessa o RIO IJ, gratuitamente.
No segundo piso – acessível por escadas comuns, rolantes, e elevador -, ficam os pontos de ônibus que o levam a diversos destinos – Zaansen Schans é um exemplo.
Da frente do Ibis Hotel, localizado ao lado da Centraal, partem barcos turísticos panorâmicos que funcionam também à noite e com menor movimento.
A área onde está o Singel Hotel está próxima de muitas novidades: é cercada por bons restaurantes, lojas de lembranças, supermercados, sex-shops e lojas especializadas em acessórios e “matéria prima” para usuários de certas substâncias “antidepressivas e vitaminadas”.
SINGEL HOTEL – ACOMODAÇÕES
Houve um dia em que vi um dos funcionários do hotel arrumar esse quarto de frente (foto acima e abaixo). Pedi-lhe licença, entrei e o fotografei. Veja bem: fotografei o quarto!
A vista maravilhosa para o canal talvez compensasse o tamanho do cômodo, bem menor ao que reservaram para nós, nos fundos.
Uma vantagem desse quarto estava no banheiro: cortina no box, enquanto que em nosso 306 – super espaçoso e tranquilo -, as duas desvantagens estavam igualmente no banheiro: apenas um vidro muito estreito separava o chuveiro (de cano curtíssimo) da pia, a ponto de meu amigo, o primeiro a usá-lo, rir muito ao sair do banheiro. Segundo ele, foi a primeira vez que tomou banho encostado na parede. Era bem isso.
O outro ponto negativo foi o piso escorregadio do box e a falta de alça de segurança – previsíveis problemas para hóspedes e hotel.
Pendurado na parede do box do quarto 306, um rodo semelhante ao da foto acima era usado por mim e meu amigo todas as vezes que terminávamos nosso banho – esse problema, sim, foi bem inconveniente.
Tínhamos receio de escorregar no próprio box e na água que molhava a metade! do chão do banheiro. Não havia outro jeito: tínhamos que nos abaixar e usar o pequeno rodo até enxugar toda a água. Isso foi bastante desconfortável para nós, dois idosos (72 e 79 anos).
Nossos chinelos e o tapete eram retirados dessa área a fim de que não molhassem. Por mais que ficássemos colados à parede, os respingos molhavam bastante o piso do banheiro.
No mais, havia lugar junto ao espelho para colocarmos nossos apetrechos com folga.
As toalhas (4) eram trocadas diariamente, não faltava papel sanitário, o secador funcionou satisfatoriamente e a iluminação era muito boa. Chuveiro com boa queda d’água e duas saboneteiras grandes foram presas na parede: uma acima da pia e outra próxima aos controles do chuveiro.
No quarto 306 o colchão é largo e há dois travesseiros para cada hóspede. Colchão e travesseiros muito confortáveis.
Mesas de cabeceira de excelente tamanho, com gavetas, e vários tipos de iluminação são controlados da cabeceira da cama.
Na bancada havia telefone, máquina de café, sachés de chás, cápsulas de café, xícaras e copos. Duas cadeiras e uma pequena poltrona completavam a decoração. Um cofre e um pequeno ventilador estavam no armário aberto, e tínhamos ainda um abat-jour, aquecimento de ambiente, um maleiro dobrável e cabides na parede.
O hotel é limpo e bem arrumado. Decoração original com fotos de Amsterdã em todos os ambientes: quartos, halls de elevadores e espaço onde é servido o café-da-manhã.
No ESPAÇO ONDE ERA SERVIDO O CAFÉ DA MANHÃ
o ambiente primava pelo aconchego e conforto.
Opções diferenciadas para o hóspede ocupar após servir-se de farto e delicioso café da manhã não faltam: sofás e poltronas estão à disposição, bem como u’a mesa longa com capacidade para 12 pessoas se acomodarem em cadeiras altas. U’a mesa de modelo convencional com 6 cadeiras não foi esquecida (à esquerda, na foto acima).
O CAFÉ da MANHÃ
era farto e variado. Havia pães de diversos tipos, biscoitos, manteiga com e sem sal, geléias, frios, queijos, iogurte, salada de frutas, frutas inteiras, sucos, leite frio e cereais variados. Salada de tomate e pepino. Torradeira.
Em nicho separado ficavam os sucos, a água gelada, xícaras e copos. A máquina serve chocolate quente, café cappuccino, café expresso, leite macchiato, leite comum, água fervente, e mais duas modalidades de café das quais não me recordo.
Na recepção havia sucos de diversos sabores, água mineral com e sem gás, refrigerantes, vinhos, biscoitos, chips de batata, cervejas, achocolatados e muitas outras coisas, incluindo guardas-chuvas.
Ah! Quase ia me esquecendo: em vitrine especial, que não fotografei, várias lembranças da Holanda e Amsterdã tais como ímãs de geladeira, saleiros, xícaras para cafezinho, objetos decorativos em louça, tais como as tradicionais casas holandesas pintadas em azul e branco cujo conteúdo é a famosa bebida Jenever.
A apreciada bebida é resultante da destilação de cereais, especiarias e de um fruto chamado zimbro, semelhante ao mirtilo (Zimbros lembra-me a praia de mesmo nome em Bombinhas, Santa Catarina).
“Viagem e Fotografia: uma mistura homogênea que causa “felicidade”! CONSUMA SEM MODERAÇÃO…” – Joze de Goes
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OLÁ! TEM MAIS DO HOTEL DO QUE DA CIDADE. MAS VALEU AS DICAS PRECIOSAS.
Rosinha, minha bela!
Ainda não postei nada a respeito da cidade por absoluta falta de tempo, mas estou engrenando um passeio belíssimo – Keukenhof, o objetivo de nossa viagem.
Bjks e até breve.
Muito obrigada por seus comentários!