IMAGEM DESTACADA: Subida da rua da Mãe d’Água.
Saímos do Sana Rex Hotel, em frente ao Parque Eduardo VII e descemos a rua Castilho até a rua do Salitre. Atravessamos a rua Braamcamp, a Alexandre Herculano, a Rosa Araújo e a Barata Salgueiro para alcançarmos à Rua da Mãe d’Água.
Na Braamcamp esquina de rua Castilho destaca-se esse prédio. A sensação é a de que uma grande caixa de vidro foi inserida dentro da antiga estrutura. “Ao vivo e em cores” é impactante.
Na Av. da Liberdade dobramos à direita e seguimos pela travessa do Salitre até chegarmos à Praça da Alegria.
Pelo caminho encontramos lojas de nomes originais. Aqui abro um parêntesis para dizer que amo de paixão a criatividade dos portugueses para nomear localidades e estabelecimentos comerciais, sem esquecer rótulos e embalagens de alguns produtos. Exemplo disso são os papéis lindíssimos que embalam sabonetes e o descolado rótulo do licor que me deixou surpresa e quase grudada na vitrine da Casa Manuel Tavares – o Licor de Merda.
De lá subimos um pequeno trecho da rua da Alegria e chegamos ao Chafariz do Vinho, no final da rua da Mãe d’Água.
O país inteiro faz-nos sentir em casa e isso não se deve apenas à tradicional hospitalidade portuguesa.
Ao caminharmos por qualquer rua de Portugal, principalmente Lisboa, logo nos identificamos com a herança deixada pelos portugueses a partir do início do século XVII no Brasil.
Nos centros históricos de São Luiz, Rio de Janeiro e Florianópolis – apenas para citar alguns – encontramos arquitetura gêmea à que vimos na Rua da Alegria e adjacências.
São casas simples ou sobrados azulejados de cima a baixo (ou não) de até quatro pavimentos.
As paredes revestidas de azulejo tinham como objetivo defendê-las das chuvas torrenciais, e refletir os raios solares – maneira de proteger os moradores do calor.
Subimos as escadarias e acessamos o bairro de Príncipe Real onde tomamos a esquerda.
Visitamos lojas espetaculares de vestuário, de objetos utilitários de desenhos modernos, e de decoração. Uma, em especial, de tapetes manufaturados que me deixou aflita por não poder comprá-los.
Fomos ziguezagueando pelas ruas do bairro Príncipe Real e tivemos uma grata surpresa ao encontrar na rua Dom Pedro V uma loja maravilhosa: a MOY Charcutaria & Garrafeira.
Boutique finíssima de produtos nacionais e importados de marcas renomadas, tais como Fauchon e Petrossian. Lá você encontra massas e molhos italianos, embutidos, biscoitos, queijos, chocolates, chás.
Salmão defumado, caviar, paté de fígado de ganso, cafés importados – saborizados com chocolate ou baunilha – “from” Brasil, Costa Rica, Angola, além do café especial que leva o nome da própria loja.
Azeites e vinagres expõem em seus rótulos procedências indiscutíveis. Em uma ampla sala no fundo da loja o cliente se perde entre as diversas marcas e tipos de bebidas.
Ah! E quase ia me esquecendo: macarons e os famosos brigadeiros não poderiam faltar, claro.
Continuando nosso passeio, bisbilhotamos algumas ruas perpendiculares à Dom Pedro V, e ao atravessarmos a rua da Rosa entramos na Pastelaria São Roque (também conhecida como Padaria Italiana) para tomar um café – a padaria fica na esquina das duas ruas.
A bem da verdade o café foi o motivo para curtirmos o ambiente. A pastelaria foi fundada no início do século XX em estilo Art-Nouveau (valorização das formas). Sua entrada é discreta e por isso não chama atenção. Encontramo-la porque saímos, literalmente, a bisbilhotar o comércio por onde passamos. Pormenores a respeito da decoração do estabelecimento, basta clicar aqui.
Mais adiante paramos no Miradouro de São Pedro de Alcântara (rua São Pedro de Alcântara) e continuamos pela rua da Misericórdia, outra rua ladeada por edifícios azulejados, obras de arte da arquitetura portuguesa.
Passamos pela Pça Luiz de Camões, Largo do Chiado, descemos a rua do Alecrim. Seguimos pela Bernardino Costa e chegamos à Praça do Comércio pela rua do Arsenal, onde essa escultura nos deu boas-vindas, em frente à Câmara Municipal de Lisboa, pela bela caminhada.
Pelos cálculos do Google Maps, foram aproximadamente 3,8 km de percurso. Em frente ao Arco da rua Augusta pegamos um taxi e voltamos ao hotel. Mortos de cansaço.
Mas, como o dia ainda não havia terminado, mais tarde tomamos outro taxi e fomos jantar no Carmo – Restaurante e Bar, no Largo do Carmo.
Adoro Portugal!…
MARAVILHOSO, É UMA CASA PORTUGUESA COM CERTEZA E COM CERTEZA UMA CASA PORTUGUESA …
Rosinha, qualquer elogio que faça a Portugal é pouco. Amo esse país!