ARGENTINA EL CALAFATE . Estância Cristina, OK. PONTO DE VISTA DO GLACIAR UPSALA: Tremenda Furada!

 

1 – ESCLARECIMENTO

Em lugar de caixinhas – outro sistema de captação de energia -, essas rodas possuem “lemes”, ou aletas, que ficam em contato com a água de um rio ou de outra fonte que tenha correnteza.
A qualidade da energia gerada por essa fonte em movimento está diretamente ligada a sua velocidade. Foi este rio que gerou energia (cinética) para alimentar a Estância Cristina durante muito tempo.

IMAGEM DESTACADA antiga roda d’água da Estância Cristina.

RODA D’ÁGUA SUB AXIAL – como o próprio nome indica, neste tipo de roda a água passa por baixo de seu eixo.

 

2 – ORGANIZAÇÃO DO PASSEIO

A saída do hotel é em torno de 7.30 h da manhã, rumo ao puero de La Cruz, em Punta Bandera, que dista de El Calafate em 50 km.  Pelo que se vê na foto abaixo, entende-se que o cais e as embarcações são exclusividade da estância.

 

dscn0509-1024x802

 

A estrada por onde trafegamos margeia o Lago Argentino - oportunidade de assistir ao despertar do Sol e ao renascer da cor verde da água do lago, que vai ficando cada vez mais suave.
Coloque o mouse sobre a foto para ler a legenda.

 

O catamarã é bem confortável e lhe afirmo com segurança que desse conforto se desfruta muito mais na volta do passeio: turistar também cansa e sempre rola um cochilo.
O catamarã é bem confortável e desse conforto se desfruta muito mais na volta do passeio, pelo seguinte: turistar também cansa e sempre rola um cochilo.

 

2.1 – NAVEGAÇÃO INDESCRITÍVEL

Às 8.30 horas já estávamos navegando. Clique aqui e assista a um vídeo rápido dos primeiros momentos de nossa partida.
Até nossa chegada ao cais da estância foram 3 horas de navegação entre icebergs – um espetáculo indescritível que tento lhe mostrar aqui neste outro vídeo.
Essa demora é explicável devido à camaradagem do piloto, que diminuía a velocidade da embarcação ao se aproximar dos icebergs mais atraentes. Pacientemente ele aguardava alguns minutos, a fim de que todos pudessem fotografá-los à vontade.

 

Iceberg de azul forte.
Por que o iceberg é azul?

 

Lago Argentino.
Lago Argentino.

 

Lago Argentino
El Calafate – Lago Argentino

 

2.2 – VEJA A MAESTRIA DO PILOTO NO VÍDEO INDICADO ABAIXO

Onde o piloto do catamarã permaneceu por mais tempo foi no bloco de gelo que você verá no vídeo clicando aqui.
Sua competência foi mostrada nesta manobra impactante. O hábil piloto, ousadamente, encostou o catamarã em um dos lados do iceberg, em um movimento como se quisesse acordá-lo. Foi um momento inesquecível vê-lo quase ao alcance de nossas mãos – essa escultura única, talhada pela magia da natureza.

2.3 –  A CHEGADA À ESTÂNCIA

Após a atracagem no cais da estância fizemos uma caminhada de aproximadamente 20 minutos até chegarmos ao restaurante. De lá seguimos até o Rio Caterina que nasce no Lago Anita e desemboca no Lago Argentino. Este rio fica próximo à parte habitável da estância; foi onde a guia nos apresentou à antiga fonte de energia que nutria a estância – uma roda d’água que você vê na foto em destaque e aqui embaixo.

 

 

 

Um pé de calafate - uma frutinha que nasce em arbusto extremamente espinhento.
Um pé de calafate.

 

 

3 – RESTAURANTE DA ESTÂNCIA

Almoçamos, fizemos uma visita a um antigo galpão de tosqueamento de ovelhas transformado em museu, e de lá seguimos em veículo 4×4, por 10 km, até ao Refúgio Upsala.
No restaurante, objetos preservados ajudam a contar a história da estância fundada em 1914.
Para quem procura isolamento para descansar é o lugar ideal, tendo em vista que a propriedade conta com um hotel (Estância Cristina Lodge) de acomodações muito confortáveis, espaçosas e decoração digna de nota.  Não tive tempo para visitá-lo, mas pesquisei a respeito e as indicações são positivas.

 

 

 

3.1 – UM MUSEU DE UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS NO PRÓPRIO RESTAURANTE

A decoração rústica do restaurante chama atenção pela originalidade. A quantidade significativa de utensílios destinados a uso doméstico, conservação da propriedade e locomoção de seus habitantes, mostram aos visitantes que quase nada mudou desde então. Explico: houve, sim, aprimoramentos e empregos de novos materiais para determinados instrumentos tais qual o esqui, considerado o meio de transporte mais antigo de que se tem notícia.
O garrafeiro preso na parede, outro exemplo, é antigo!… Mas, quem há de dizer que não se trata de design atual?!

3.2 – A TÍTULO DE CURIOSIDADE

Fósseis encontrados na Sibéria e no norte da Escandinávia apontam que em 8000 A.C. o esqui já era utilizado como meio de locomoção. Mais informações a respeito do assunto, clique aqui.

O restaurante é amplo, limpíssimo e de aconchegante simplicidade. De qualquer lugar onde você esteja, terá a natureza como companhia.
O Restaurante da Instância Cristina.

 

O início do almoço na Estãncia Cristina.
O almoço foi soberbo: pães quentes e deliciosos (fabricados na própria estância) abriram os trabalhos. Como entrada, a única empanada que comi na vida que estava deliciosa. Massa fina como se fosse folheada. Ah, se todas fossem iguais a essa..

 

dscn0600-1024x778-2
Fartura na entrada para uma só pessoa!

 

Como prato principal escolhemos massa - a outra opção era o tradicional e famoso Cordeiro Patagônico, que não chegamos a experimentar. Muito bem temperada, ao dente, veio fumegante para a mesa. Delícia!
Como prato principal escolhemos massa – a outra opção era o tradicional e famoso Cordeiro Patagônico, que não chegamos a experimentar. Muito bem temperada, ao dente, veio fumegante para a mesa. Uma delícia!

 

De sobremesa, fomos contemplados com essa torta maravilhosa que dispensa qualquer comentário. Uma dose de glicose na veia, mas... fiz um sacrifício e abri uma excessão.
De sobremesa, fomos contemplados com essa torta maravilhosa que dispensa qualquer comentário. Uma dose de glicose na veia, mas… fiz um sacrifício e abri uma excessão.

 

Após o almoço fizemos um rolê pelo galpão de tosqueamento de ovelhas, que hoje abriga um museu.
Após o almoço fizemos um rolê pelo galpão de tosqueamento de ovelhas, que hoje abriga um museu.

 

 

 

4 – REFÚGIO UPSALA

A seguir da visita ao museu rumamos para o ponto de vista do Glaciar Upsalla. Na volta fizemos uma parada no refúgio a fim de assistirmos a uma palestra a respeito de tudo que você possa imaginar referente à estância. O assunto despertou tamanho interesse nos visitantes, que só ouvíamos o forte assobio do vento cantando lá fora. Nota dez para o palestrante.
O ponto positivo ficou por conta do discurso do jovem guia. No mais, se você pensa que verá o Glaciar Upsala tal qual vê o Perito Moreno, vai “mofar com as pombas na balaia”*.

 

 

5 – CAMINHADA CANSATIVA

Essa caminhada até ao “ponto de vista” nós dispensaríamos numa boa. Primeiro, porque o vento frio e cortante incomodou na caminhada. O terreno é irregular e em aclive – lindo, mas cansativo demais. Pode ser muito interessante para os mais jovens, mas para nós foi sacrificante. E mais: não nos deixaram permanecer onde estacionaram os jipes e por isso tivemos que embarcar nessa canoa furada mesmo contra nossa vontade, e ainda por cima à beira de um enfarto.  A paisagem é linda, mas não valeu o esforço.

 

Paisagem do caminho a pé até ao ponto de vista do Glaciar Upsala.
A caminhada exaustiva até ao Glaciar Upsala, visível à distância.

 

Caminhada até ao Glaciar Upsala, do qual pouco se vê devido à distância.
Foi por demais cansativo caminhar neste terreno. Para mim e meu companheiro de viagens, não valeu.

 

A região desértica em torno do Glaciar Upsala.
A região é bem desértica. Para quem gosta de isolamento, é o lugar ideal para descansar.

 

 

 

Na foto abaixo, o Glaciar Upsalla visto à léguas de distância do ponto em que estávamos – pura enganação. Por isso citei acima que essa parte do mirante não foi compensatória.
A geleira, repito, está muito distante, e por isso acho que deveríamos ter sido avisados. Incluem na programação um atração “pega-turistas” justo no final, claro.

 

O Upsalla visto pelo zoom de minha máquina fotográfica que não é lá essas coisas; ou seja, não adiantou nada.
O Upsalla visto pelo zoom de minha máquina fotográfica que não é lá essas coisas; ou seja, não adiantou nada.

 

 

6 – SEM EXAGÊRO ALGUM

Nem com o auxílio do mais recente lançamento da Hitachi – o microscópio MET – seria possível apreciá-la satisfatoriamente do ponto em que estávamos.
Voltamos para sede da estância e de lá retornamos para El Calafate. Felizmente os jipes nos levaram até ao cais, o que ajudou bastante: poupou-nos daquela caminhada de 20 minutos. Excluindo esse arremate do glaciar, o passeio valeu pela experiência, mas eu não voltaria.

 

6.1 – FOTOS MICO

E como não poderia faltar uma “foto mico”, aqui estão algumas que publico sem constrangimento. Afinal, tivemos o privilégio de mastigar uma pedra de gelo de um iceberg de quantos anos?

 

 

 

O formato do iceberg não parece com o do nosso Pão de Açúcar?
E como diriam os “quiriduxx” manezinhos da Ilha de Santa Catarina: Dázumbanho, Argentina!

 

2 comentários em “ARGENTINA EL CALAFATE . Estância Cristina, OK. PONTO DE VISTA DO GLACIAR UPSALA: Tremenda Furada!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *