2 – ORGANIZAÇÃO DO PASSEIO
A saída do hotel é em torno de 7.30 h da manhã, rumo ao puero de La Cruz, em Punta Bandera, que dista de El Calafate em 50 km. Pelo que se vê na foto abaixo, entende-se que o cais e as embarcações são exclusividade da estância.


2.1 – NAVEGAÇÃO INDESCRITÍVEL
Às 8.30 horas já estávamos navegando. Clique aqui e assista a um vídeo rápido dos primeiros momentos de nossa partida.
Até nossa chegada ao cais da estância foram 3 horas de navegação entre icebergs – um espetáculo indescritível que tento lhe mostrar aqui neste outro vídeo.
Essa demora é explicável devido à camaradagem do piloto, que diminuía a velocidade da embarcação ao se aproximar dos icebergs mais atraentes. Pacientemente ele aguardava alguns minutos, a fim de que todos pudessem fotografá-los à vontade.



2.2 – VEJA A MAESTRIA DO PILOTO NO VÍDEO INDICADO ABAIXO
Onde o piloto do catamarã permaneceu por mais tempo foi no bloco de gelo que você verá no vídeo clicando aqui.
Sua competência foi mostrada nesta manobra impactante. O hábil piloto, ousadamente, encostou o catamarã em um dos lados do iceberg, em um movimento como se quisesse acordá-lo. Foi um momento inesquecível vê-lo quase ao alcance de nossas mãos – essa escultura única, talhada pela magia da natureza.
2.3 – A CHEGADA À ESTÂNCIA
Após a atracagem no cais da estância fizemos uma caminhada de aproximadamente 20 minutos até chegarmos ao restaurante. De lá seguimos até o Rio Caterina que nasce no Lago Anita e desemboca no Lago Argentino. Este rio fica próximo à parte habitável da estância; foi onde a guia nos apresentou à antiga fonte de energia que nutria a estância – uma roda d’água que você vê na foto em destaque e aqui embaixo.

3 – RESTAURANTE DA ESTÂNCIA
Almoçamos, fizemos uma visita a um antigo galpão de tosqueamento de ovelhas transformado em museu, e de lá seguimos em veículo 4×4, por 10 km, até ao Refúgio Upsala.
No restaurante, objetos preservados ajudam a contar a história da estância fundada em 1914.
Para quem procura isolamento para descansar é o lugar ideal, tendo em vista que a propriedade conta com um hotel (Estância Cristina Lodge) de acomodações muito confortáveis, espaçosas e decoração digna de nota. Não tive tempo para visitá-lo, mas pesquisei a respeito e as indicações são positivas.
3.1 – UM MUSEU DE UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS NO PRÓPRIO RESTAURANTE
A decoração rústica do restaurante chama atenção pela originalidade. A quantidade significativa de utensílios destinados a uso doméstico, conservação da propriedade e locomoção de seus habitantes, mostram aos visitantes que quase nada mudou desde então. Explico: houve, sim, aprimoramentos e empregos de novos materiais para determinados instrumentos tais qual o esqui, considerado o meio de transporte mais antigo de que se tem notícia.
O garrafeiro preso na parede, outro exemplo, é antigo!… Mas, quem há de dizer que não se trata de design atual?!
3.2 – A TÍTULO DE CURIOSIDADE
Fósseis encontrados na Sibéria e no norte da Escandinávia apontam que em 8000 A.C. o esqui já era utilizado como meio de locomoção. Mais informações a respeito do assunto, clique aqui.






4 – REFÚGIO UPSALA
A seguir da visita ao museu rumamos para o ponto de vista do Glaciar Upsalla. Na volta fizemos uma parada no refúgio a fim de assistirmos a uma palestra a respeito de tudo que você possa imaginar referente à estância. O assunto despertou tamanho interesse nos visitantes, que só ouvíamos o forte assobio do vento cantando lá fora. Nota dez para o palestrante.
O ponto positivo ficou por conta do discurso do jovem guia. No mais, se você pensa que verá o Glaciar Upsala tal qual vê o Perito Moreno, vai “mofar com as pombas na balaia”*.
5 – CAMINHADA CANSATIVA
Essa caminhada até ao “ponto de vista” nós dispensaríamos numa boa. Primeiro, porque o vento frio e cortante incomodou na caminhada. O terreno é irregular e em aclive – lindo, mas cansativo demais. Pode ser muito interessante para os mais jovens, mas para nós foi sacrificante. E mais: não nos deixaram permanecer onde estacionaram os jipes e por isso tivemos que embarcar nessa canoa furada mesmo contra nossa vontade, e ainda por cima à beira de um enfarto. A paisagem é linda, mas não valeu o esforço.



Na foto abaixo, o Glaciar Upsalla visto à léguas de distância do ponto em que estávamos – pura enganação. Por isso citei acima que essa parte do mirante não foi compensatória.
A geleira, repito, está muito distante, e por isso acho que deveríamos ter sido avisados. Incluem na programação um atração “pega-turistas” justo no final, claro.

6 – SEM EXAGÊRO ALGUM
Nem com o auxílio do mais recente lançamento da Hitachi – o microscópio MET – seria possível apreciá-la satisfatoriamente do ponto em que estávamos.
Voltamos para sede da estância e de lá retornamos para El Calafate. Felizmente os jipes nos levaram até ao cais, o que ajudou bastante: poupou-nos daquela caminhada de 20 minutos. Excluindo esse arremate do glaciar, o passeio valeu pela experiência, mas eu não voltaria.
6.1 – FOTOS MICO
E como não poderia faltar uma “foto mico”, aqui estão algumas que publico sem constrangimento. Afinal, tivemos o privilégio de mastigar uma pedra de gelo de um iceberg de quantos anos?

MAS QUE GRANDE AVENTURA NAS TERRAS DE ÁGUAS. UMA CURIOSIDADE A FRUTINHA DO CALAFATE É COMESTÍVEL? BJUS
Realmente, querida amiga, uma aventura e tanto que pretendemos repetir. Da frutinha fazem geléias, sorvetes. Muito gostosa. Bjks e obrigada por seu pitaco.