1 – AEROPORTO SANTOS DUMONT, SHOPPING e HOTEL NO CENTRO DO RIO
Em 15 de novembro de 2015 a cidade do Rio de Janeiro facilitou mais ainda a movimentação de passageiros que se valem do Aeroporto Santos Dumont para viajar.
O aeroporto que já era movimentado por localizar-se no Centro do Rio, passou a ficar lotado desde a inauguração do Hotel Santos Dumont Airport Rio de Janeiro, ao qual conectou-se por uma passagem. Deste complexo ainda faz parte um shopping denominado Bossa Nova Mall, com 50 lojas.
FOTO EM DESTAQUE: Morro Cara de Cão (à esquerda da foto) e Morro da Urca, com destaque para a pedra do Pão de Açúcar.
2 – AS NOVIDADES DO RIO DE JANEIRO QUE AINDA NÃO CONHECÍAMOS
A postagem reporta-se ao dia em que resolvemos ir de táxi até ao Aeroporto Santos Dumont para pegarmos o VLT e saltarmos na Praça Mauá.
Queríamos ver como havia ficado a remodelação desta parte da cidade & adjacências; e como fazia séculos que não íamos para aqueles lados do Centro do Rio, decidimos fazer turismo caseiro e matar esses coelhos com uma só cajadada.
Nosso objetivo principal era conhecer o MAR – Museu de Arte do Rio – e o Museu do Amanhã; o VLT (Veículo Leve (Lentíssimo) sobre Trilhos) entrou na história por mera curiosidade. Queríamos saber se o bonde funcionava tal qual os semelhantes europeus. O modelo me pareceu ser idêntico (mero detalhe que não leva à absolutamente nada), porém em nada se parece com seus parentes estrangeiros no quesito tempo de deslocamento. Nesta questão o trem carioca foi uma grande decepção e, isto sim, me incomodou.
2 – AEROPORTO SANTOS DUMONT – Shopping e Hotel.
1 – SURPRESAS
Saltamos bem em frente a uma das entradas do setor de embarque do aeroporto, e nos deparamos com uma parede de guarda-volumes na calçada – para mim, um espanto.
Aonde, eu teria coragem de guardar alguma coisa em armários colocados na rua?
Mesmo que me garantissem segurança, minha ousadia não chegaria a tanto na época em que vivemos. Infelizmente, no Rio de Janeiro, cidade natal que amo apesar da violência, não dá prá confiar.
Em 1985, quando comecei a voar para o exterior, o esquema de viagem era totalmente diferente do que conheço agora.
Incontáveis vezes eu e os amigos deixávamos nossa bagagem mais pesada guardada em armários de estações de trem e só voltávamos para buscá-las quando fosse para pegar outro trem e seguir viagem. Cansamos de fazer isso.

Passamos pela porta giratória e seguimos para a direita, onde, encostados em uma parede, vimos o segundo sinal de que algo havia mudado. Embora modestamente, lá estava a chamada para uma exposição de barcos no primeiro andar do setor de embarque. Não subimos e seguimos “reto toda vida”, como dizem os descendentes de alemães que moram em Santa Catarina. Nessa caminhada, em determinado momento sentimos perfume de café e seguimos a pista que nem cachorro faminto, mas estávamos secos para tomar café e água.

Em doses quase homeopáticas fomos absorvendo as novidades do Aeroporto Santos Dumont Shopping e o térreo do hotel pelo caminho – prova de que a água e o café já não eram tão importantes assim. Olha daqui, olha de lá, fomos nos surpreendendo com a remodelação que, inesperadamente, para nós já começava no aeroporto; aliás, no guarda-volumes na calçada. Alegrei-me com as novidades admiráveis de nossa cidade.
3 – SHOPPING BOSSA NOVA
O shopping de nome original – Bossa Nova Mall – está incorporado ao Prodigy Hotel Santos Dumont Airport no Centro do Rio, em lugar privilegiado. A idéia foi genial.
O centro de compras oferece marcas renomadas de roupas e acessórios, centro cultural, Cafés e restaurantes, independentemente dos que fazem parte do hotel e de cujas varandas, na cobertura, se descortina uma das vistas mais bonitas do Rio; o Pão de Açúcar e o Corcovado. Sem querer fazer trocadilho, é uma bela sacada.

4 – PRODIGY SANTOS DUMONT HOTEL RIO DE JANEIRO
Nem vou ficar aqui de blá, blá, blá, porque as fotos lhe mostrarão as vantagens desse complexo. Ah! Antes que me esqueça: some-se a este cenário cinematográfico uma piscina com borda prá você curtir de frente para o Cristo Redentor.
O hotel funciona 24 horas, é bastante movimentado e entende-se o porquê. Uma das vantagens é hospedar-se no Prodigy quando o voo sai muito cedo. Eu mesma adoto este procedimento por ser super prático, inda mais levando-se em conta que o café da manhã começa às 4.00 horas a fim de favorecer os funcionários de empresas aéreas.
4.1 – AFINAL, QUAL NO NÚMERO DE QUARTOS DO PRODIGY?
Determinado site afirma que o hotel dispõe de 300 quartos, e logo no parágrafo seguinte informa 330. Outros sites, afirmam que são 464 ao todo. Mas, isso não importa. O que levo em conta é o lucro de quem se hospeda no Prodigy. Lucra o pessoal de bordo, lucram os passageiros porque já estão no local de embarque, e o hotel – o que mais lucra. E como sou comodista, este esquema fica redondo prá mim.







Após o reconhecimento deste terreno rumamos para outro alvo: o VLT, pronto para partir, localizado em frente ao terminal de embarque do Aeroporto Santos Dumont . Shopping e Hotel.

5 – OPERAÇÃO TARTARUGA
VLT – Veículo Lentíssimo Sobre Trilhos.
Para começar, a letra “L” de VLT poderia, perfeitamente, significar Lentíssimo . Haja paciência. Beneditina! Além de o veículo ser lento e parar em vários!!! pontos, consideremos os sinais de trânsito, o povo, e outros veículos que atravessam na frente do bonde.
Do Aeroporto Santos Dumond à Praça Mauá foi uma eternidade. Aff!…Honestamente? Caso você esteja fazendo turismo pelo Centro do Rio, aconselho-o a transitar pela Lesma (também aplicável à letra L).
Você terá tempo de sobra para ajeitar sua máquina fotográfica – que por motivos óbvios nem precisa ser dotada de grandes recursos de velocidade -, seu celular, ou sua filmadora. Garanto que haverá tempo suficiente para você ver se a foto não ficou lá essas coisas e clicá-la novamente. Vai dar tempo para tudo isso, não se preocupe. As janelas são panorâmicas e, na melhor das hipóteses, você poderá trabalhar em suas fotos confortavelmente sentado.
Logo na altura do Teatro Municipal bateu uma vontade forte de saltar e caminhar até à Praça Mauá, mas fui contida por meu acompanhante; tenho certeza de que a pé teria chegado mais rápido. A viagem é irritante! Nessa, não caio novamente. Mais informações a respeito de intervalos entre os trens, custo de passagens, onde comprar bilhetes etc., clique aqui. Abaixo, segue o mapa das linhas do VLT:

bondes.

Para quem antigamente (décadas de 40, 50 e 60) usava o bonde como principal meio de transporte e o achava lento, jamais poderia imaginar que o bonde puxado a burro, em torno de 1859, seria bem mais veloz que o “tramway” lançado recentemente. Quer saber mais sobre os bondes no Rio de Janeiro? Clique aqui


Acima, o edifício de 22 andares (erguido entre 1927 e 29) onde funcionava a gráfica de um jornal chamado A NOITE.
Apesar de ocupar o prédio apenas até 1937, o vespertino acabou emprestando seu nome ao arranha-céu, conhecido como edifício A NOITE até hoje.
Além do jornal, um dos últimos andares foi ocupado pela Rádio Nacional, emissora famosa por suas radionovelas e programas de auditório a que tantas vezes compareci em companhia de minha avó, macaca de auditório não assumida.
6 – EDIFÍCIO A NOITE – LEMBRANÇAS
(DA RÁDIO NACIONAL, MAIS PRECISAMENTE)
Minha avó, fã incondicional de Emilinha Borba, vira e mexe assistia ao Programa César de Alencar do auditório; e eu, bem pequena, era sua companhia.
Lembro-me de uma vez em que ela foi cercar Miloca nos bastidores do programa a fim de que “eu” beijasse Emilinha Borba. A insistência foi tanta, que não houve jeito e acabei, encabuladíssima, beijando a artista.
Na verdade, era de minha avó a vontade de beijá-la!… Mas, para não dar aquela pinta de macaca de auditório, ela me forçou a esse ato involuntário de carinho, quase me empurrando em direção à cantora. Boas lembranças.
Dona Carmem ouvia rádio o dia inteiro! Gostava de cinema (adorava uma chanchada) e teatro, principalmente de revista. Animadíssima, não se limitava em assistir aos programas de auditório da Rádio Nacional. Lembro perfeitamente de tê-la acompanhado uma vez à platéia da Rádio Mayrink Veiga para assistir ao Programa Trem da Alegria, na época comandado por Lamartine Babo, Yara Sales e Heber de Bôscoli – outro sucesso radiofônico.
7 – Na PRAÇA MAUÁ
ficava a antiga Rodoviária Interestadual, e muitos bares e boites de gosto duvidoso. O Terminal Marítimo de Passageiros do Touring Club do Brasil, transformou-se em polo gastronômico chamado Mercado do Porto Carioca. Permanece o Departamento de Policia Federal, antigamente ocupado pela Imprensa Nacional, o prédio A Noite, o Comando do Primeiro Distrito Naval, os dois edifícios que aparecem na foto abaixo citados no próximo parágrafo e … o Museu do Amanhã, monumento erguido em local privilegiadíssimo.

7.1 – O MAR
funciona em dois prédios de arquiteturas distintas, interligados pelo térreo onde funcionam uma loja, um restaurante, banheiros, guarda-volumes e recepção, e ainda por uma passarela e uma cobertura em forma de onda.
A reforma e restauração dos prédios ficou a cargo do escritório carioca de arquitetura Bernardes + Jacobsen. Inegavelmente, a grande onda que une os dois edifícios nos remete ao traço de Oscar Niemeyer, apaixonado por curvas.
Certa vez assisti a uma entrevista do arquiteto, na qual revelou sua preferência pelas linhas curvas – “mais fáceis de serem construídas”, segundo ele. Além do mais, linhas curvas o remetiam ao corpo feminino. Danadinho…
O edifício da esquerda, envidraçado, foi projetado para abrigar a rodoviária. Mais tarde funcionou como Hospital da Polícia Civil e, atualmente, rebatizado como MAR – Museu de Arte do Rio, hospeda exposições temporárias de arte.
No prédio da direita, o Palácio Dom João VI, funcionou a Inspetoria dos Portos. Sua construção teve início em 1910.



Visitamos o Museu do Amanhã, mas não valeu: era terça-feira, dia de entrada gratuita, de receber profissionais ligados à mídia, e dia em que vários colégios levam seus alunos para conhecê-lo. O tumulto foi tamanho, que impossibilitou-nos de entrar em algumas salas.
Voltaremos, claro, e aproveitaremos para conhecer o painel do Cais do Porto e ainda o AquaRio.
Veja também:
1 – Restaurante Mauá
2 – MAR – Museu de Arte do Rio
Amiga, que experiência boa e completa! Como sempre a sua técnica de redação nos coloca como protagonistas desse seu passeio! Até dentro de nossa cidade nós viajamos, tudo depende do estado de nossa alma… No Rio mais ainda! Já guardei o seu roteiro porque minha próxima ida ao Rio será para visitar justamente esses locais revitalizados.
Grande abraço!
Olá, Rodrigo! Agradeço por suas palavras, sempre tão incentivadoras. Você, constantemente me impulsionando. Muito obrigada!…
Hoje vou começar a escrever a respeito do Restaurante Mauá e do MAR – Museu de Arte do Rio que, por sinal, não me empolgou. Agora o Museu do Amanhã… chorei no final da visita! Fiquei emocionada demais pela proposta. Estamos programando nova visita, mas o calor está demais. Ainda não chegamos ao Verão e hoje vai bater 38º no termômetro.
Para determinadas informações prefiro citar o link para não ser repetitiva.
Quando estiver por aqui, por obséquio, avise-me. Terei imensa satisfação em recebê-lo em minha cidade.
Abraços, amigo e mais uma vez meu agradecimento.
Marilia.
MARAVILHOSO REVER O RIO PELO SEU OLHAR, QUE É DE PURA SEDUÇÃO PELO QUE VÊ.
Rosinha, amiga querida.
Quem nos seduz é essa cidade chamada Rio… Bjks da amiga.