ZAANSE SCHANS
Tenha certeza de que um dos passeios mais belos, atraentes e inesquecíveis na Holanda fica nas proximidades de Amsterdam e chama-se ZAANSE SCHANS, onde o interessado poderá chegar de trem ou de ônibus.
Não fizemos o trajeto de trem – e explico logo abaixo o motivo -, porque o ônibus nos deixou na porta deste Paraíso. E para você saber como saltar na entrada do parque, basta seguir o roteiro que indico abaixo.
IMAGEM DESTACADA – Clique na beira do Rio Zaan.
COMO CHEGAR DE TREM
No mapa acima você pode ter uma idéia do trajeto feito por trem, marcado em linha vermelha. O roteiro feito por ônibus o Map marcou em cinza. Ressalto que ambos saem da Centraal Station, a estação ferroviária de Amsterdam.
O TREM
segue na direção Uitgeest. Observe as indicações que é para não seguir até ao final da linha!
Convém consulte no site da NS os horários de partida e o preço da passagem. O site é bastante informativo e avisa caso haja algum imprevisto.
A viagem é curta (são menos de 20 minutos) e o preço do bilhete é menor que o ticket do ônibus (cerca de 5 €). Entretanto, você terá o inconveniente de ter que saltar em Koog-Zaandijk (vide mapa) e andar a pé um bom pedaço. Não é nada parecido como atravessar o Saara, mas terá que caminhar um pouco.
OBS: há um trem que vai direto para Uitgeest! Não embarque neste expresso! Embarque no “parador”!
COMO CHEGAR de ÔNIBUS
Aí, é moleza!…Caminhe até a parte de trás da Centraal Station. Neste local você estará na margem do Rio IJ, que cito apenas como uma referência. Suba as escadas rolantes. “Niki” você sair da escada, já estará em uma “rodoviária” onde param ônibus para diversos lugares, incluindo o que vai para Zaanse.
Um dos indícios de que você chegou ao lugar certo é o teto transparente que aparece em vários cartões postais, e onde se lê AMSTERDAM em letras garrafais pintadas em vermelho. Ou seria laranja?
E como país organizado (ou quase) é outra coisa, observe a foto acima! Vários painéis desse tipo você encontrará em lugares estratégicos nesta rodoviária. E como os locais de embarque são muitos, estes painéis indicam a letra do ponto onde estacionará o ônibus em que você embarcará. Melhor dizendo: neste painel maior que na foto está no centro (Vertrek Bussen), a coluna da direita informa o tempo que falta para os ônibus chegarem. Em nosso caso, fomos para o ponto letra L porque nosso destino era Zaanse Schans, linha 391, e que chegaria em 2 minutos.
O EMBARQUE
decepcionou-nos pela desorganização. Não há filas para embarque e por este motivo ninguém respeita ordem de chegada! Na hora em que o ônibus encosta não chega a ter tumulto, ninguém corre, mas o pessoal embola na porta e o embarque é feito de qualquer maneira. E não pense que vão ceder lugar aos mais velhos porque será difícil. Esse é o tal “quase organizado” a que me referi.
EM CASSIS, no SUL DA FRANÇA,
aconteceu de eu e meu fiel escudeiro sermos os primeiros a chegar ao ponto do ônibus para Marseille. Esperamos pelo dito cujo por aproximadamente duas horas, e na hora do embarque quase ficamos do lado de fora! Não dá para entender o porquê de tanta falta de respeito, de tanta desorganização.
MAS, VOLTEMOS PARA AMSTERDAM.
Se por acaso você não tiver nenhum dos tipos de cartão de transporte (são dezenas de cartões que circulam na Holanda e é um rolo danado), não se aflija: você, com seu cartão de crédito ou com seu travel money, tranquilamente, pagará sua passagem diretamente com o motorista, sem problema algum. A tarifa é ponto-a-ponto.
Bom! Você achou o ponto para Zaanse e tá lá esperando o ônibus que chegará em 2 minutos, lembra? Acontece que, caso você tenha saído da escada rolante e passado direto sem observar o painel Vertrek bussen, não se preocupe porque em cada ponto também há indicações das próximas saídas para os lugares de destino. Portanto, caso você marcou bobeira porque se enrolou e não conseguiu embarcar porque passaram na sua frente e o ônibus encheu, o painel indica o horário de partida do próximo busão. Portanto, istepô, não tem erro porque os ônibus partem de 15 em 15 minutos. Informações no site www.bus391.nl.
PARTIU ZAANSE!
Neste itinerário você verá uma cidade totalmente diferente da conhecida Amsterdam dos prédios tortinhos, porque uma nova cidade está sendo erguida na parte norte. Surge uma Amsterdam totalmente moderna com espaço e liberdade até para se estender um varal na varanda para secar roupas.
OBS: É neste mesmo ponto em que você desceu que embarcará no ônibus 391 para voltar para a Centraal de Amsterdam. A tarifa é ponto-a-ponto!
Entramos no museu apenas para tomar um café, e decidimos que após nossa visita ao parque o visitaríamos.
Porém, para nossa surpresa, a loja de artesanatos cedera lugar a um pequeno auditório com direito a todo o aparato necessário para a apresentação de algo importante. Havia cavalete, quadro negro, cadeiras confortáveis, material para anotação e muitos etecéteras.
Resumo: perdemos a visita ao museu, não vimos a lojinha, e o Café já estava fechado porque só funcionava até as 17.00 h.
O QUE VER EM ZAANSE SCHANS
1 – COMPRAS
Logo após a pontezinha acima, à direita, há uma loja interessante chamada Vrede. Não nos demoramos na loja devido ao atendimento rude de parte de uma senhora que me pareceu ser a dona do pedaço. E como não era a única loja na vila, batemos em retirada até mesmo porque os preços não combinavam com nosso orçamento.
2 – WEVERSHUIS – Museu Histórico.
Trata-se de uma fábrica de tecelagem doméstica e artigos para presentes. Não a visitamos e nos arrependemos. Saiba mais clicando aqui. Abre diariamente, de 10.00 h às 17.00 h
3 – RESTAURANTES
Neste espaço há dois deles. No primeiro plano, onde se vê mesas e cadeiras ao relento, foi onde almoçamos uma sopa e um sanduíche. Não fizemos fé, mas estavam divinos! Chama-se De Twee Koppige Phoenix.
O recheio do sanduíche não era farto, mas foi suficiente para saborizar o pão super apetitoso. Meu pai costumava dizer que o melhor tempero do mundo é a fome. Será que foi este o caso?
Na parte de trás do De Twee Koppige Phoenix, bem colado, fica outro restaurante: o De Kraai, onde chegamos a entrar, olhar…, mas havia um forte odor de gordura no ar e por isso ficamos no vizinho e não nos arrependemos.
Na hora do almoço, em torno de 12.00 h, o restaurante da sopinha estava lotado. Optamos por continuar nossa visita à vila para depois voltamos, e por isso acabamos almoçando tarde. Em compensação, quase não havia mais ninguém no restaurante. Valeu!
Gordas ovelhas convivem, pacificamente, com patos reais que convivem com cisnes. Todos convivem com humanos que nem sempre sabem conviver com a natureza – integração quase total.
4 – ANTIQUÁRIO
Para os jurássicos iguais a mim que preservam tudo que é antigo, aproveitam tudo, e adoram um restauro, será uma visita ao Paraíso.
Dentre as peças de porcelana fabricadas pela Royal Delft (foto) e artesanatos, destacam-se peças antigas tais como louças, bengalas, este cavalinho de madeira (foto abaixo), e lindas bonecas.
5 – BAKERY MUSEUM “The Gecroonde Duyvekater” – Museu da Padaria.
Horário: De 3ª a domingo, de 10.00 h às 17.00 h.
6 – INDIE’S WELVAREN SPICE WAREHOUSE – Specerijmolen De Huisman.
Trata-se do moinho especializado na moagem de pimenta do reino, açafrão, cravo, canela, gengibre e outros condimentos.
Ao nos aproximarmos do lugar onde fica este moinho, o perfume da canela que estava sendo moída tomava conta do ar. Ao entrarmos me senti como se estivesse viajando no tempo.
O moinho também oferece barras de chocolates finamente embalados. Além disso, comercializam formas originais para os interessados em fabricar chocolates caseiros.
7 – PUERTO WINDMILL CRUISES – Passeio Pelo Rio Zaan.
Adquirimos os bilhetes na hora, mas você pode adquiri-los, antecipadamente, clicando aqui.
Os preços não assustam: 6 € adultos e 3 € crianças. O passeio dura 45 minutos, e você poderá acompanhar os pontos visitados em um aplicativo que o comandante indica para você baixar no celular e sintonizar seu idioma.
Como não consegui fazer essa manobra radicalíssima no meu celurássico (celular jurássico), o amável senhor captou minha mensagem e emprestou-nos o dele. Cada um de nós ouviu as explicações do roteiro com uma parte do fone de ouvido. Nada de excepcional. Estou sempre me prometendo não fazer mais passeios de barcos desse tipo, mas, como não tenho personalidade forte, eu mesma me saboto e acabo embarcando nessas canoas. Tenha idéia do passeio, clicando aqui.
Nossa sorte foi termos ocupado o primeiro banco. Não fosse assim, o senhorzinho não teria visto minha dificuldade para sintonizar o aplicativo, e ficaríamos, do barco, a ver navios.
O aplicativo instrui o passageiro a respeito da origem do lugar, dos moinhos e o que fabricam. Abordou o porquê de o moinho da foto abaixo ser desprovido de pás. Trata-se de um detalhe interessante que a tansa aqui não anotou por confiar na memória e depois esqueceu.
8 – De KAT.
Este é o moinho que produz óleo de pinho e pigmentos. De produtos para venda vimos apenas o óleo.
Funcionamento do moinho: clique aqui e saiba mais.
TODO CUIDADO É POUCO…
Aqui você vivencia justamente o contrário do que diz aquele dito popular ” Prá baixo todo santo ajuda”. Escalar os degraus até que foi fácil. Agora, descer, é que foi o problema.
Desci “discostas”, mermão! Até me aventurei a descer de frente, mas é impossível porque o calcanhar não permite que se encaixe o pé na lâmina da persiana. Ao sentir que não havia como apoiar todo o pé no degrau, optei por descer “discostas” e olhando prá baixo.
Cheguei a bater com a testa em um dos degraus, as pernas tremeram, mas valeu demais. Foi pior que subir escada de navio cargueiro vazio.
AVISO AOS NAVEGANTES
É justamente por esta escada que você acessa a parte mais interessante do moinho, ou seja, o lugar onde ficam as engrenagens e a varanda. Lá de cima vislumbra-se uma vizinhança que rende belas fotos, exclamações, e que o leva a agradecer a Deus por aquele momento lindo.
As pás dos moinhos trabalham em silêncio, fato que me chamou bastante atenção. Não ouvi nenhum ruído. Nem o do vento assobiando nas lonas das pás. Nos vídeos, sim, ficaram bem audíveis por conta da sensibilidade do microfone da máquina filmadora.
Os animais, conforme citei acima, já se habituaram com a presença dos seres ditos humanos e se aproximam sem receio. Este cisne foi um deles. Parei ao vê-lo que se aproximava, e por pouco ele não pisou no meu pé.
9 – KLOMPENMAKERIJ – Wooden Shoe Workshop. Entrada Livre.
Neste espaço atraente dois profissionais mostravam como fabricar tamancos de maneira artesanal. A atração é imperdível por conta do processo utilizado. Neste mesmo espaço há exposição e venda de tamancos maravilhosos.
TAMANCOS REGIONAIS
Em algumas vitrines há informações muito interessantes a respeito desse tipo de calçado ainda tão admirado e decorativo.
No fundo dessa vitrine há um mapa que mostra tipos de tamancos de acordo com a região da Holanda.
Tradicionalmente, cada região tinha seu próprio estilo de sapato de madeira. Forma e trabalho executados nos calçados eram pormenores que denunciavam a que região pertencia quem o calçava.
Havia tamancos para diversas ocasiões e, dentre elas, os dominicais destacavam-se mais por sua beleza que por sua utilidade. Esta diversidade de estilos de tamancos existe até hoje.
Como a plateia é pequena e os interessados em assistir à fabricação dos tamancos são muitos, os artesãos se revezam para mostrar como moldam a madeira utilizando-se de máquinas. Clique aqui e saiba como.
As peças são trabalhadas uma a uma, mas, rapidamente, um pedaço de madeira transforma-se em um calçado. A entrada é “de grátis”.
Alguns modelos impressionam pela similitude com modelos de sapatos atuais e este tamanco preto é um exemplo. Se eu desconhecesse a matéria prima deste modelo, pensaria tratar-se de um sapato social fabricado em couro. Gasto pelo tempo, evidentemente, mas de couro.
O modelo dessa “sandália” preta vê-se em muitas vitrines de calçados masculinos, e o mais interessante é que as fábricas de calçados lançam esse modelos como sendo “novidade”.
E para nossa surpresa, um tamanco originário de Teutônia, município do Rio Grande do Sul, decorava a vitrine! Bah, guri, que emoção!
Esta cidade é considerada um dos polos moveleiros do Estado. Para que tenham idéia, são 50 empresas no total. Adoramos vê-lo na vitrine.
Ao lado esquerdo do brasileirinho colocaram um tipo de calçado que já vi à venda no Brasil, porém, fabricado com uma diferença: no calçado brasileiro acrescentaram uma tira de couro na altura do peito do pé. E o chinelo da direita, dispensa qualquer comentário.
O local onde os profissionais mostram como os tamancos são fabricados. Um a um são moldados, primeiramente, nas máquinas da direita. É onde o calçado ganha volume e modelo – o tamanco propriamente dito. E na máquina da esquerda, moldam as cavidades onde entram os pés.
10 – HOLANDA – MUITO ALÉM DOS MOINHOS
– Clique aqui e saiba porquê.
Nosso objetivo era visitar Keukenhof, o jardim que é considerado o mais bonito do mundo. Visitamo-lo em esquema especial, cujo passo -a-passo está em outra postagem que você pode visualizar clicando aqui.
Mesmo que não soubesse da existência do famoso parque, a visita a Zaanse Schans teria valido a viagem.