FOTO DESTACADA – Navegação entre Icebergs no Lago Argentino.
Rios de Hielo é o nome de um passeio de sucesso realizado em águas do Lago Argentino, El Calafate, em embarcação do tipo catamarã. Quem embarcou nessa canoa foi minha amiga Angela Loreto, e pelo que você verá nas fotos… se deu muito bem. Continuar lendo “ARGENTINA . EL CALAFATE . RIOS de HIELO, por Angela Loreto.”
Tag: Parque Nacional Los Glaciares
ARGENTINA . EL CALAFATE . Geleira PERITO MORENO: Aguenta, coração! Saiba Como Chegar. Safari Náutico . Serviços de Vans e Muito Mais.
IMAGEM DESTACADA – Lado Sul do Glaciar Perito Moreno.
1- GELEIRA ou GLACIAR?
Tanto faz. Geleiras – termo usado no Brasil – são sucessivas camadas de neve que se cristalizam ao longo de longos anos. Ocorrem quando o degelo é menor que a queda de neve; esse acúmulo solidifica-se e acaba criando quilômetros de extensão de gelo e paredões que atingem alturas inimagináveis.
Clique aqui e assista a 4,52 minutinhos de vídeo só para você ter uma idéia do colosso Perito Moreno. É fantástico!
A geleira Perito Moreno conta com 5 km de largura e 60 m de altura acima do nível d’água no braço sul do Lago Argentino. E pensar que essa massa colossal, que também atinge muitos metros abaixo da linha d’água, está em constante movimento… Ah, esse poderoso Universo!…
2- EL CALAFATE – Ponto de Partida Para Muitas Atrações. COMPRAR OS PASSEIOS COM ANTECIPAÇÃO: sim ou não?
A localidade mais próxima para você desfrutar de todas as atrações é El Calafate. É o ponto de partida para vários passeios, sendo o Perito Moreno e a Caminhada Sobre a Geleira (pequena e grande caminhadas) suas maiores atrações, a 80 km de distância.
AVISO AOS NAVEGANTES
Saímos do Rio de Janeiro com todos os passeios pagos. Essa opção é interessante porque na alta temporada (de dezembro a abril) você corre o risco de ficar de fora de algum passeio caso opte pela aquisição de bilhetes ao chegar à cidade e sua permanência em El Calafate for curta.
A caminhada na geleira é um exemplo. Essa aventura tem número limitado de visitantes; portanto, se você viaja com esse passeio pago, já garante seu lugar.
3 – OPÇÕES PARA CHEGAR À GELEIRA
3.A) Você poderá ALUGAR UM CARRO e chegar até ao estacionamento do Parque Nacional dos Glaciares onde fica o início da passarela – foto abaixo.
Essa opção é a mais interessante porque você não dependerá de hora marcada para retornar a El Calafate.
Informações a respeito de horário de abertura e encerramento do parque e valores de ingressos você obtém nos endereços seguintes:
Parque Nacional Los Glaciares
Centro Administrativo
Av. del Libertador 1302
Z9405AHG – El Calafate
Provincia de Santa Cruz – República Argentina
Tel./fax: 54 (02902) 491-005/545/788/755
ou na Secretaría de Turismo
Centro de Informes
Terminal de Ómnibus
Z9405AHG – El Calafate
Provincia de Santa Cruz – República Argentina
54 (02902) 491-090
CHEGADA AO PARQUE
Vizinha à passarela está essa planta baixa indicativa das opções de trilhas, o nível de dificuldade de cada uma e o tempo aproximado da caminhada.
3.B) SAFÁRI NÁUTICO
Safari Náutico é o título desse programa de navegação pelo Braço Rico do Lago Argentino, em catamarã, capitaneado pela empresa Hielo & Aventura.
A agência o pegará no hotel em dia e hora pré determinados e o levará até o ponto de embarque em uma localidade chamada Puerto Bajo de Las Sombras, às margens do Lago Argentino. De lá partem as embarcações que navegarão até as proximidades do paredão sul da geleira. Passeio imperdível, principalmente para quem tem dificuldade de locomoção. O traslado é super confortável, sem agitações.
De El Calafate até ao local de embarque fomos margeando o Lago Argentino. O lago serve de moldura em alguns trechos para onde quer que você se desloque.
A navegação dura cerca de uma hora – tempo suficiente para você preparar o coração na medida em que a embarcação se aproxima do paredão de gelo – 100 metros aproximadamente. É puro deslumbramento! Por instantes fiquei em silêncio, absorta pelo cenário estupendo que pouco a pouco se avolumava em nossa frente.
Meu fiel escudeiro teve a sorte de ver dois pequenos desprendimentos sucessivos em um dos extremos do paredão. Não os vi, hipnotizada que estava pela parte central da geleira. Além disso, quando o gelo se desprende em pequenos pedaços, nem sempre é possível acompanhar as quedas por serem muito rápidas. É emocionante demais!… O monumento nos paralisa; nos emudece; arrepia; abstrai; abduz nossa alma! – reles mortais.
Acima: Puerto Bajo De Las Sombras. Abaixo: já navegando pelo Brazo Rico.
O Mirador De Los Suspiros recebeu esse nome devido à reação das pessoas que o vêm pela primeira vez. Ao desembarcarmos do catamarã seguimos de ônibus para o outro lado da geleira, onde encontramos:
3.C ) SERVIÇO de VANS
Quase em frente ao restaurante há um serviço de vans à disposição daqueles que preferem ou necessitam de mais conforto: os veículos levam os passageiros até determinado local próximo ao glaciar.
Desse ponto de chegada, que honestamente não sei lhe dizer qual é, você ainda terá que caminhar até alcançar o plateau de onde terá uma vista panorâmica da geleira. Esta alternativa não foi a que escolhemos – ficará para a próxima visita.
3.D) CAMINHAR NA PASSARELA
foi um tiro que saiu pela culatra devido à dificuldade que tivemos. Explico: a passarela é quilométrica, literalmente, e acompanha os desníveis do terreno.
Se você está pensando que caminhará como quem passeia pelo calçadão de Copacabana, “moquidu”, pode tirar seu cavalo da chuva.
Por conta desses desníveis há muitos degraus e, obviamente, ora você sobe, ora desce, ora anda um pouco em linha reta, daí você sobe, desce… Eu diria que se você conseguisse fazer um gráfico de sua caminhada, este seria tal qual um eletrocardiograma.
Pegamos vento forte e muito frio; e apesar de estarmos bem agasalhados e usando touca ninja, o vento passava pela malha da touca e interferia em nossa respiração. Por conta desse excesso de vento pela proa, vez ou outra éramos obrigados a parar para descansar e retomar a respiração normal. Esse ritmo foi cansativo, mas não podíamos nos dar ao desfrute de parar para relaxar como desejávamos em razão do tempo limitado.
Praticamente no final, quando vimos que para atingir o ponto de vista da geleira ainda tínhamos que subir uma escada enorme, não aguentamos e decidimos voltar. Interessante ressaltar que minha amiga me enviou uma foto desse ponto de vista, na qual aparece um elevador panorâmico. Não o vimos. Claro que se o tivéssemos visto, teríamos atingido o objetivo do passeio. Na próxima, aguardaremos as vans.
Posicionada logo no início da passarela, há esta placa com importantes advertências – é recomendável seguí-las.
O piso das passarelas são metálicos e vazados e não acumulam água; são largas, antiderrapantes e muito seguras. Ninguém precisa se espremer no guarda-corpo para dar passagem.
Não importa se de frente ou de perfil, o Perito Moreno é fotogênico sob qualquer ângulo.
As paisagens que se descortinam enquanto você avança na caminhada são belíssimas: ora a geleira aparece desnudada e lhe mostra seu esplendor, ora aparece emoldurada por galhos de árvores, quase escondida. Sem dúvida, a caminhada valerá à pena se você estiver fisicamente bem e com o esqueleto no lugar. Com chassi empenado, môquiridu, essa caminhada não é recomendável. Anote aí, istepô.
Minha amiga Ângela Loreto teve a sorte de fotografar a colossal geleira em dia de pleno Sol e do ponto de vista mais alto. Quem sabe, na próxima, consigo chego lá?
Acima: o elevador fotografado por Ângela Loreto que, infelizmente, não vimos. Quem sabe, não seria a peça que faltava para atingirmos o melhor ponto de vista?
Abaixo: para quem foi mal orientado no sentido da necessidade de se levar lanche, os administradores do parque escolheram esse lugar a dedo: um pedacinho de paraíso às margens do lago para as pessoas lancharem – compensação para quem caiu na conversa da merenda.
Mas que conversa é essa? Seguinte: a empresa de turismo Huellas del Sur, que nos atendeu e que deixou muitíssimo a desejar – foram sucessivos furos – orientou-nos para providenciar lanche para esse passeio. Acontece que não fomos informados de que não havia a menor necessidade de aprontar nada! e abaixo você verá porquê.
Ao lado, há um restaurante de respeito e muito bem localizado que oferece vários tipos de alimentação. Repare nas fotos abaixo e me diga: – Havia necessidade de andar com lancheira embaixo do braço?
ATENÇÃO!
Retornamos à El Calafate em março de 2018 e encontramos esse restaurante desativado.
A notícia boa e compensadora é que as vans nos deixaram em uma praça, justamente naquele ponto de acesso a várias passarelas que citei nessa postagem e que não havíamos alcançado, lembra? E mais: restaurantes a sua escolha. Mudança para melhor.
Na volta fizemos uma parada para tomada de fotos no Mirador de Los Suspiros e comemorar o passeio. Para nossa surpresa, a operadora do tour – não a tal Huellas -, gentilmente, preparou um brinde: fomos servidos de licor para brindamos esse momento lindo. Bom demais!
3.E ) CAMINHADA NA GELEIRA
Há dois tipos de caminhada: uma é moderada e dura aproximadamente 2 horas. Segundo um brasileiro que encontramos em Ushuaia dias antes, a sensação que se tem é a de quem sobe uma escada.
Uma corrente com grampos é amarrada em seu calçado, e para caminhar com esse porco-espinho na sola é preciso levantar os pés – daí a sensação de se estar subindo uma escada.
Isso nos desanimou bastante: não fomos ao passeio (apesar de pago com antecedência) e acabamos nos arrependendo por não tê-lo feito. Agora a idade avançou e a empresa responsável pelo passeio não permite mais a inclusão de pessoas acima de 60 anos.
3. F) ÔNIBUS COMUNS
Há ônibus comuns que partem da rodoviária de El Calafate com destino à Geleira Perito Moreno. Clique aqui para consultar e/ou comprar seu bilhete, ou então aqui para ampliar suas pesquisas.
Para acessar o site da rodoviária basta clicar aqui. Não se esqueça de confirmar os horários da volta, que variam de acordo com a empresa de ônibus.
4 ) AVISO AOS NAVEGANTES
Caso você esteja alinhavando essa viagem, mas ainda não decidiu “partir Calafate“, seguem alguns esclarecimentos para você não cometer a mesma bobagem que nós: fizemos conexão no Aeroparque e foi um rolo danado. Aliás, foi bom tocar no assunto por dois motivos:
1 – Caso você não queira desembarcar na capital argentina, escolha um horário de conexão para El Calafate ou Ushuaia que lhe permita fazer todo o trâmite de pegar bagagens, passar pela imigração, fazer outro check-in para seu destino final e ainda fazer câmbio, com tran-qui-li-da-de.
Conosco aconteceu o seguinte: a mala de meu fiel escudeiro chegou assim que nos aproximamos da esteira, mas a minha e a de outros passageiros, não. Até que nossas malas aparecessem, esperamos mais de 40 minutos! Como nas poucas esteiras não havia designação dos voos nos painéis, concluí que minha mala havia embarcado em outro voo que não o nosso.
De lá saímos voando para a imigração e para fazer câmbio – outro rolo. Havia uma fila pequena, mas demorada. Dois rapazes agonizantes em mau humor faziam o atendimento.
Nós, que havíamos separado notas de U$ 100 para trocar, tivemos que sair da fila para providenciar notas de valores menores porque não aceitavam notas de U$ 100,00.
Para não perdermos a vez, afastamo-nos um pouco do guichê e aí, moquiridu, pensa na cena para sacarmos dinheiro da doleira (presa na cintura, como convém), ali mesmo, em cena aberta! Felizmente a dupla considerou nossa vez e não tivemos que voltar para o final da fila.
De lá saímos correndo para fazer novo chech-in. A fila era grande, assustadora, mas fluía bem pela fartura de atendentes. Ao nos entregar os cartões de embarque, o jovem nos disse o seguinte: -Corram porque o avião de vocês sai em 5 minutos!!!
Atropelamos a escada rolante e lá fomos nós, esbaforidos, procurar o portão de embarque. Em lá chegando não havia avião nenhum! O que você pensa? Perdi o voo?! As pernas tremeram, o coração acelerou mais ainda, mas felizmente o voo estava ultra atrasado – uma característica da Aerolíneas Argentinas que acabou nos beneficiando. Ufa! Pelo menos pudemos sentar com calma, ajeitar nossas coisas, tomar um bonito café e aguardar a chamada para Ushuaia.
2 – SEGUNDO MOTIVO – CÂMBIO
Tanto em Ushuaia quanto em El Calafate não há casas de câmbio! Há Bancos nas principais avenidas que trocam seus dólares ou euros, mas atenção: o câmbio não é vantajoso e em ambas as cidades tudo é mais caro que em Buenos Aires.
Banco de la Provincia de Santa Cruz SA
Av. del Libertador 1285
Banco Provincial de Tierra del Fuego
25 de Mayo 34
Banco Nación
Av. del Libertador 1133.
Por isso é interessante você pegar uma conexão – caso não desembarque na capital Argentina – que lhe dê folga para trabalhar com calma esse intervalo entre um voo e outro. Caso contrário é uma naba (dicionário manezês). Hotéis e restaurantes costumam aceitar dólares e cartão de crédito, mas não pense que todos no comércio sejam tão receptivos assim. Vai que…
Outra coisa: caso você desembarque em Buenos Aires, encontrará casas de câmbio que operam com reais. Pesquise cotações para a(s) moeda(s) que você levou.
Um lugar onde troquei moedas algumas vezes, e que sempre ofereceu boas cotações, é uma casa de câmbio no subsolo da Galeria Pacífico. Aconteceu que em fevereiro de 2016, também não aceitou notas de 100 dólares.
Trocar moedas em Buenos Aires para levar para a Patagônia parece uma bobagem, mas não é. Fique atento para depois não se arrepender.
Conheça o Glaciar Perito Moreno. Tenho certeza de que será uma das maiores emoções de sua vida vivenciada em uma viagem.
ARGENTINA . EL CALAFATE . Ponto de Partida Atrações da Patagônia. Huellas Del Sur – Péssimos Srviços Prestados.
NÃO CAIA NESSA!
EL CALAFATE – O PÉSSIMO SERVIÇO de TURISMO prestado pela empresa HUELLAS DEL SUR NO INÍCIO, MEIO E FIM.
Uma empresa de turismo em EL CALAFATE que só deixou a desejar em seus serviços – a Huellas del Sur (7 de diciembre, 29, local nº 2), praticamente ao lado do hotel em que nos hospedamos!
Funcionários desconectados com suas obrigações e indiferença. Não recomendo!
FOTO DESTACADA – Aterrissando em EL CALAFATE. Na foto, vemos o Rio Santa Cruz.
1º FURO – NA CHEGADA AO AEROPORTO
Primeiramente, não havia ninguém da Huellas nos aguardando no desembargue. A aterrissagem adiantada em aproximadamente 10 minutos não justificou a falha da empresa, mas serviu para nos comprovar que a Huellas, pelo menos naquele dia, não acompanhou os horários das aterrissagens.
Já estávamos prontos para seguir para o hotel, em taxi, quando um funcionário de outra agência percebeu a situação e aproximou-se de nós; nem foi necessário pegar o celular para ligar para a Huellas porque ele mesmo se encarregou de fazê-lo e nos informou o paradeiro do motorista.
Aguardávamos no aeroporto fazia aproximadamente meia hora quando o irresponsável pelo transfer apareceu. Tranquilamente desculpou-se pelo atraso como se fosse muito normal, coisa e tal, mas… não gostei desta desatenção.
2º FURO – COBRANÇA DE MULTA POR DESISTÊNCIA DE PASSEIO?
Mais tarde passamos na agência para acertar horários de passeios. Foi aí que aquela má impressão da manhã só piorou. Em dado momento a recepcionista ventilou a hipótese de termos que pagar multa!!! por dois passeios que já havíamos pago e dos quais desistimos. Nunca ouvira até então um absurdo semelhante desde 1985, quando comecei a botar o pé prá fora do Brasil.
Insistisse a funcionária nessa ameaça, certamente procuraríamos, em princípio, a Secretaria de Turismo de El Calafate para nos inteirarmos direitinho dessa história.
Felizmente, não foi preciso. Devo ter bradado um COOOMO??? no mais potente Surround, que a criatura desistiu da idéia e não tocou mais no assunto.
3º FURO – PIC NIC EM UM RESTAURANTE?
Dessa mesma funcionária mal orientada obtivemos outra informação equivocada: a de que deveríamos providenciar lanche no dia do passeio ao Perito Moreno (nada a ver com o dia da saída para o “Safari” Náutico) e não era nada disso!
No próprio estacionamento havia um restaurante imenso!!! com ambientações diferentes e várias opções nos cardápios onde poderíamos escolher desde sanduíches e pratos à la carte, a um buffet variadíssimo servido em amplo salão.
Além disso, há um Café/Bar onde o turista encontra vários tipos de doces e salgados além de café, chá, cervejas, água, sucos e refrigerantes, ou ainda poderá tomar um bonito sorvete. Não havia a menor necessidade de termos pago um lanche sem graça que os hotéis já estão acostumados a preparar nesses casos.
4º FURO – PREENCHIMENTO DE OPINÁRIO COM O CARRO EM MOVIMENTO.
O mesmo aconteceu em nossa ida à Estância Cristina, que dispõe de um restaurante maravilhoso onde serviram comida de qualidade. Para facilitar, agende seu almoço com uma empresa de turismo confiável.
Foi na ida para o aeroporto, no dia do embarque para Buenos Aires, que o motorista nos apresentou o opinário. Queria que o preenchêssemos dentro do carro em movimento. Desculpamo-nos, mas não o fizemos por motivos óbvios. Houve tempo suficiente para preenchermos o questionário enquanto estávamos no hotel (praticamente ao lado da empresa) e ninguém da irresponsável Huellas não se manifestou a respeito.
A ÚLTIMA DEFECADA
Como não confiamos na empresa, eu mesma confirmei o horário do voo para Buenos Aires e não deu outra: a Huellas errou mais uma vez! Fomos nós que lhes chamamos atenção para mais esse tropeço! Caso contrário, não teríamos o transfer a tempo e hora.
A Huellas del Sur prestou péssimos serviços na entrada, no meio e na saída, literalmente.
Os veículos utilizados nos passeios dos quais participamos eram adequados ao terreno por onde trafegaram; os motoristas eram cautelosos e atentos, e os guias, atenciosos e bem informados.
DO AEROPORTO AO CENTRO DE EL CALAFATE
O aeroporto novo e moderno (inaugurado no ano 2000) fica cerca de 20 km do Centro da cidade, em área desértica.
A sensação que tive ao avistar El Calafate de longe era a de estar chegando a um oásis.
Aquela cidade aparentemente tão pequena e escondidinha entre montanhas, que vislumbramos a distância, ia se revelando à medida que nos aproximávamos.
Ao adentrarmos a cidade, uma grande surpresa: El Calafate está repleta de boutiques, restaurantes, hotéis de belas arquiteturas, centros comerciais, pizzarias, lojas de chocolate…, e um Cassino. Ruas perpendiculares coloridas por flores que o convidam para uma boa caminhada emolduram a principal avenida.
O clima da cidade é carregado de animação. Deparei-me com sorrisos brilhantes, ouvi músicas de conversas que transbordavam alegria, testemunhei satisfação em rostos de pessoas felizes ao transitarem pelas ruas. Uma cidade linda, completa, onde me senti segura e muito à vontade. El Calafate você adota! E tal qual nos versos de Tonico e Tinoco ao exaltarem seu amor a Minas Gerais, “quem te conhece não esquece jamais”.
BALADAS? EL CALAFATE TEM
Para quem não consegue ficar sem balançar o esqueleto, a cidade conta com alguns salões para você dançar e/ou tomar seu drinque preferido a fim esquentar um pouco a matéria, ou seja, esse corpitcho que seu deus lhe deu.
Uma atração que me pareceu interessante bisbilhotar, mas não ousamos entrar, foi o Glaciobar – ambiente descolado montado e esculpido em gelo, onde mesmo que você não queira acaba tomando um drinque e/ou dançando para se esquecer. Lá, deve ser caso de necessidade.
Segundo informações, a temperatura do “iglu” é de 10 graus negativos e há um tempo limitado (menos de meia hora) para os frequentadores permanecerem nesse frigorífico. Vimos que as pessoas vestem uma roupa prateada com capuz. Os pertences ficam em um armário.
A tentação para conhecê-lo foi grande, mas a prevenção falou mais alto. Você há de convir que dois jovenzinhos – uma com 69 anos e outro com 76 – já não podem se dar ao prazer de executar qualquer manobra radical. Estávamos praticamente no início da viagem, e ficamos temerosos em adentrar um ambiente tão frio. Vai que esse “golpe de ar” fizesse algum estrago!… Ói nós aí, complicando a viagem!…
EL CALAFATE – UM QUARTEL GENERAL QUE É PURO DELEITE
El Calafate é mais que isso. Também, pudera! É ponto de partida para uma das maiores atrações da América do Sul, o Parque Nacional Los Glaciares – criado em 1937 com o objetivo de preservar mais de 700.000 hectares de gelo glaciar e continental.
Nota: entende-se como Gelo Glaciar ou Era do Gelo, um período geológico em que o planeta Terra sofreu baixas temperaturas em sua superfície. O resultado desse clima extra frio de longa duração foi a expansão das capas de gelo continentais, polares e em zonas montanhosas.
El Calafate é a cidade mais próxima daquela que é considerada a maior geleira do mundo, o Glaciar Perito Moreno. São apenas 80 km que separam a cidade de uma das maiores maravilhas que você poderá ver na face da Terra. Apesar de pequena (pouco mais de 21 mil habitantes), El Calafate soube se estruturar para receber o número expressivo de turistas que a procuram como ponto de partida para as diferentes atrações que a natureza oferece em seu entorno.
Sem contar a principal atração – o passeio até ao Perito Moreno – é de lá que você parte em direção ao ponto de vista do Glaciar Upsala, ao Lago Buenos Aires, à Estância Cristina, a El Chaltén e à caminhada na geleira Perito Moreno!
Na foto de despedida acima, uma das ilhas do arquipélago que emoldura Ushuaia. Abaixo, uma tomada de nossa chegada a El Calafate. Destaque para o Lago Argentino, o maior da Patagônia Argentina.
Baixamos bagagens no quarto do hotel e saímos para nos aproximarmos dessa festa que é El Calafate.
El Calafate é atraente, limpa, bonita e repleta de novidades. Não há um quarteirão do Centrinho em que não tenhamos parado para fuxicar alguma coisa.
Acima e abaixo, trechos da principal artéria da cidade: Avenida del Libertador General San Martin.
Abaixo: neste shopping a céu aberto, o Aldea de Los Gnomos, há cafeterias, lojas de souvenires, boutiques e um restaurante.
ABUELA GOYE
Nesta cafeteria tomamos um saboroso capuccino e dividimos uma fatia de torta de maracujá. Fatia prá lá de generosa que acabou rendendo até o dia seguinte. Comer um docinho antes de dormir cai bem. Saiba mais a respeito de Abuela Goye clicando aqui.
Cafeteria charmosa e de cardápio variado. Na vitrine, à sua disposição, salgados e doces de dar água na boca acompanham muito bem um chá ou um café – do jeito que você preferir.
= El Calafate vale à pena. Trata-se de uma cidade apaixonante. Relaxe e deixe-se envolver por seu encanto. Participe dessa festa =