RIVIERA FRANCESA – Mônaco, Èze e Villefranche-Sur-Mer são localidades que fazem parte da Riviera Francesa ou Côte d’Azur. Melhor dizendo, é uma parte do litoral do sul da França que corresponde à Provence-Alpes-Côte-d’Azur, banhada pelo Mar Mediterrâneo.
ANTES DE ESCREVER A RESPEITO DESTE PASSEIO pesquisei quais cidades banha aquele mar de indescritíveis transparência e cor, e encontrei informações destoantes. Diante dessas estatísticas conflitantes consultei uma fonte que todos conhecem: o Google Earth. Este programa definiu como Provence-Alpes-Côte-d’Azur, uma extensão superior à 400 km. Esta faixa litorânea abrange desde Aigues Mortes, França, até Menton – uma cidade fôfa, na fronteira com a Itália.
IMAGEM DESTACADA – Porto de Fontvieille, visto do observatório.
O Château d’Estoublon não foi nossa primeira parada neste dia. Primeiramente visitamos Saint-Rémy-de-Provence , e de lá rumamos para o Château d’Estoublon cuja história remonta à Idade Média – século XV. Até então, o château chamava-se Grand Mas. Foi no século XVIII que este imóvel, já conhecido com o nome de Mont-Paon, recebe o nome de Estoublon em memória de um feudo do mesmo nome. Mas, a história do castelo não parou por aí, porque em 1900 um antiquário parisiense o adquiriu, mas desfez-se do imóvel alguns anos depois após esvaziá-lo de móveis e emadeiramento.
Trata-se de uma das regiões do sul da França que mais atrai turistas no Verão. Saiba o porquê no texto seguinte.
Além do lago de águas serenas onde o visitante poderá se refrescar em um bonito banho, ainda terá a oportunidade de praticar alguns esportes aquáticos oferecidos em determinados pontos do lago. Acrescente-se às várias modalidades de diversão, a caminhada aquática na Garganta do Verdon. Confesso que nunca tinha ouvido falar na especialidade, mas existe. Saiba mais clicando aqui.
LAC de SAINTE CROIX – ORIGEM
Le Lac de Sainte Croix é o resultado de uma barragem construída entre 1971 e 1974, em arcos de concreto, na entrada do Desfiladeiro Baudinard. É alimentado pelo rio Verdon, o mesmo que passa apertado entre os imensos paredões do desfiladeiro conhecido como Gorge (garganta) du Verdon. O reservatório suporta o máximo de 761 milhões de metros cúbicos de água e gera 142 KW/h de eletricidade por ano. São 94 metros de altura. A base dos pilares tem quase 8 metros de espessura e 3 metros de espessura em sua parte superior.
CURIOSIDADE
A antiga aldeia chamada Salles-sur-Verdon teve que ser destruída para ceder espaço para a construção da barragem. Em compensação, nova aldeia foi construída em um platô nas proximidades. Cavernas paleolíticas e ainda a Ponte d’Aiguines, construída na Idade Média, também desapareceram sob o verde jade das águas do lago. É o domínio do progresso sobre a História. Desse evento surgiu um lago imenso e bonito de água pura, emoldurado por uma paisagem inesquecível.
A FUNÇÃO DO LAGO
A superfície abrangida pelo Sainte Croix é de 2.200 hectares: são 10 km de comprimento por 3 km de largura. Além de ter a função de reservatório para a Provence, o lago garante eletricidade às aldeias vizinhas, faz bonito como ponto turístico e transforma-se em área de lazer no Verão.
A PARTE SUL
do lago oferece mais divertimento aos turistas: barcos elétricos, caiaques, stand up padle, pedalinhos…, todos disputadíssimos no Verão. É de quem chegar primeiro; caso contrário, enfrentará filas. Por que barcos elétricos? Porque barcos movidos a motor de gasolina são proibidos.
A PARTE NORTE,
bem diferenciada, oferece como atrações: em Valensole, os campos floridos e perfumados de lavandim; e em Moustier Sainte Marie, você poderá conhecer a produção de porcelanas de alta qualidade.
EM SALLES SUR VERDON,
na parte mais habitada do lago há estrutura hoteleira, restaurantes e praia. Mesmo assim, não perca a oportunidade de fazer um bom pique-nique às margens de uma das paisagens mais bonitas da Provence. Garanto que não se arrependerá por ter-se integrado a um hábito comum dos franceses.
CAMPOS DE GIRASSÓIS
Nessa história de as lavandas serem o foco da atenção dos turistas, os girassóis acabam ficando relegados a segundo plano e isso é decepcionante. Fico com pena dos girassóis… São admirados…, fotografados…, é um “Ai, que lindos!” prá lá, outro prá cá, mas não conheço ninguém que tenha tido, pelo menos, curiosidade em saber para que servem tantos girassóis.
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A IMPORTÂNCIA DOS GIRASSÓIS
Justiça seja feita: os girassóis são tão maravilhosos quanto seus vizinhos lilazes perfumados. O contraste que fazem junto do trigo e do lavandim não há quem defina. Girassóis são originários da América do Norte e receberam esse nome por acompanharem a trajetória do Sol desde o nascente ao poente.
O EMPREGO DAS SEMENTES DE GIRASSOL
Sua utilização data do ano 1.000 A.C. São flores poderosas em termos de aproveitamento, sendo que as sementes constituem a melhor parte da planta. Isto porque, além de o óleo ter utilização na culinária, essa mesma gordura é empregada no azeitamento de máquinas e motores, incluindo maquinaria de usinas de energia elétrica. O óleo é utilizado virgem, resultante da prensagem a frio.
O APROVEITAMENTO DO BAGAÇO
Cada quilo de semente produz entre 350 a 450 gramas de óleo. Quatro quilos de sementes produzem 45 mil plantas por hectare , plantando uma semente em cada cova.
Essas plantas produzem entre 1,5 a 3 mil quilos de sementes e entre 30 e 70 toneladas de bagaço que destinam-se à ração animal e à adubação para o próximo plantio.
COMO CULTIVÁ-LO
Seu cultivo é fácil, mas tem um porém. Apesar de a planta ser resistente à pragas, suas folhas são sensíveis à voracidade de lagartas… Por este motivo protegem os girassóis com produtos especializados. As sementes, se bem armazenadas, ficam ao abrigo de fungos e de outros ataques, e são utilizadas ao longo do ano.
O óleo de girassol produz glicerina que, com o acréscimo de etanol e de catalizadores, constitui o biodiesel, isto é: um combustível de preço mais acessível que o próprio diesel (um produto derivado do petróleo).
Os girassóis são flores lindas e marcantes, que valorizam a decoração de uma sala quando colocados em vasos, ou fazem parte de um jardim bem elaborado. Para saber mais clique aqui.
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Fontaine-du-Vaucluse é uma comuna no departamento de Vaucluse na região de Provence-Alpes-Côte d’Azur. A comuna pertence ao cantão de Isle-sur-la-Sorgue e ao distrito de Avignon, e dista da comuna em apenas 8 km. Clique aquipara saber mais.
A conhecida Isle-sur-la-Sorgue transborda de charme graças ao Rio Sorgue que viaja de Fontaine du Vaucluse até lá, divide-se e transforma uma parte desta comuna em uma ilha.
O rio que beneficia estas duas atrações nasce, justamente, na fonte que mostro em fotos abaixo. E foi devido a esta nascente que batizaram a comuna com o nome Fontaine-du-Vaucluse (Fonte do Vaucluse)
ÁGUA – A RIQUEZA que TRANSBORDA, LITERALMENTE, NO SUL DA FRANÇA
A nascente situa-se na base de um penhasco íngreme de 230 m de altura. Trata-se do maior manancial da França e o quinto do mundo! O fluxo normal de vazão de água é de 23 m³por segundo, mas não fica só nisso porque em época de desgelo de neves pode atingir cerca de 110 m³por segundo. O sul da França assombra pela quantidade de nascentes. É tanta água, que torna-se fácil decorar avenidas, praças, rotatórias e o que mais inventarem com fontes belíssimas.
A prova desta fartura está no Cours Mirabeau, em Aix-en-Provence, onde algumas fontes estão enfileiradas no canteiro central, outras no entorno e ainda duas bem famosas que ficam no início e no final desta mesma avenida.
PORMENORES DA FONTE
Foi em 1985 que o mistério quanto à profundidade da fonte foi revelado. São 308 metros medidos com o auxílio de um robô pertencente à Sociedade de Espeleologia Fontaine du Vaucluse. Essa fonte serve de vazão para uma bacia de 1.200 m³ que coleta águas do Monte Ventoux, das Montanhas do Vaucluse e da Montanha Lure (wikipedia.org).
AINDA A RESPEITO DA FONTE
Anda-se um pouco por um caminho árido e pedregoso margeando o rio até surgir a fonte. Na árvore da foto abaixo há uma marca sutil logo acima das raízes, que mostra o nível máximo atingido pela água da fonte. Observe a diferença das cores no paredão, e repare que até a parte mais escura, logo abaixo da hera, ficou submersa. A Fontaine-du-Vaucluse impressiona…
ONDE COMER?
Em determinado lugar ao longo do Sorgue há vários lugares onde almoçar ou fazer um bonito e saboroso lanche.
No restaurante da foto abaixo tomei um café em um dos lugares mais lindos que tive o privilégio de testemunhar. Um café que degustei em companhia de pessoas maravilhosas que cruzaram meu caminho e, de quebra, ouvindo a música suave tocada pelo Rio Sorgue. A Natureza privilegiou Fontaine-du-Vaucluse.
FÁBRICA DE PAPEL
No Centro de Fontaine-du-Vaucluse há um museu, se é que podemos definir assim, no qual reconstituíram o funcionamento de uma fábrica de papel nos mesmos moldes de antigamente.
Pelas fotos de Fontaine-du-Vaucluse talvez você imagine que o lugar nada tenha para oferecer a não ser mesmice, ou seja, águas cristalinas que embalam em movimentos suaves as algas do leito do rio e nada mais, não é? Nós, pelo menos, paramos algumas vezes ao longo da margem para apreciar não apenas a beleza que se revelava em cada ângulo, bem como ouvir com atenção aquele “barulhinho bom” das águas do rio, música da melhor qualidade para ouvidos sensíveis. Enfim, um convite irrecusável da Natureza ao relaxamento…
Este passeio é obrigatório para quem visita o sul da França.
“Quando gastamos tempo demais a viajar, tornamo-nos estrangeiros no nosso próprio país”.
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