IMAGEM DESTACADA: Ponta das Campanhas, “divisor de águas” entre as Praias da Armação e Matadeiro.
VAI DE QUÊ, ISTEPÔ?
DE ÔNIBUS, partindo do Centro de Florianópolis, mais precisamente do antigo terminal da Av. Paulo Fontes, pegue o executivo Pântano do Sul, o amarelinho 4120. Mais informações tais como trajeto, horários e tempo de viagem clique aqui.
DE CARRO: pegar a SC-405, passar pelo Rio Tavares e seguir em direção ao Campeche/Armação/Pântano do Sul/Ribeirão da Ilha até encontrar uma bifurcação.
Seguindo à direita, você continuará pela SC-405 e chegará ao Ribeirão da Ilha e à Caieira da Barra do Sul pela antiga estrada.
Para a esquerda você irá em direção à Armação (do Pântano do Sul) e ao Pântano do Sul propriamente dito, pela estrada que passa a ser a SC-406 a partir deste ponto.
A PRAIA DA ARMAÇÃO
também chamada por alguns de Praia do Morro das Pedras na parte próxima ao Retiro Fátima, é extensa – 2,5 km – , de águas limpas e mornas no Verão e “bonita por natureza”. Neste trecho da praia o mar não deixa dúvida nem quanto à sua personalidade e muito menos a que veio. Um banho não seria recomendável por sua bravura, inda mais que não há serviço de salva-vidas.
No outro extremo, em frente ao Centrinho, a Ponta das Campanhas literalmente quebra o mar, tornando-o tranquilo e possibilitando prazerosos banhos para pessoas de todas as idades.
No Centrinho da Armação, chama atenção a Igreja de Sant’Anna que erguida em 1772 por colonizadores portugueses oriundos das Ilhas dos Açores e Madeira.
Fora isso, você encontra lojas de roupa de praia, um pequeno supermercado e um ou outro local onde poderá tomar um café ou almoçar. O bairro é pequeno e até o momento não conta com nenhum restaurante de destaque.
Março de 2015 procurei no Centro uma loja que me vendesse um guarda-sol e não havia; nenhuma dispunha desse tipo de artigo para venda. Voltando ao Campeche foi que encontrei na estrada uma loja de artigos variados e lá pude comprar uma barraca de praia que acabei não usando porque logo depois começou a chover, e a seguir tive que retornar ao Rio.
NOTA: O termo “barraca de praia” não é utilizado nas praias do Sul. Usam, corretamente, a denominação “guarda-sol” – óbvio ululante, segundo Nélson Rodrigues.
Mais informações a respeito da História do lugar, clique aqui.
Não posso afirmar se do Canal da Barra da Lagoa ainda partem barcos para a Ilha do Campeche, de onde partimos (eu e amigos) a primeira vez.
A saída do canal foi apavorante devido ao mar agitado daquela manhã. De qualquer forma, o tempo de navegação é muito maior, o que acho grande desvantagem.
Igreja de Santana, erguida pelos colonizadores portugueses em 1772.
PONTA DAS CAMPANHAS
Muitos manezinhos que se prezam não sabem o nome desta Ponta, “si tu quéis sabê”.
Meu irmão, carioca por nascimento e morador da ilha desde 1984 e que se intitula “O” mané – vive pescando em lancha ao redor da Ilha de Florianópolis -, sequer desconfiava. Mas isso não importa porque todos sabem onde é a bilheteria em que se compra passagem para a Ilha do Campeche e já está de bom tamanho. É lá mesmo onde “tásch” pensando: fica no próprio trapiche de onde partem as embarcações para qualquer lugar.
COMO CHEGAR À ILHA DO CAMPECHE?
Segundo informações recentes obtidas na própria bilheteria, na baixa temporada é necessário formar um grupo de seis pessoas, no mínimo, para fazer a travessia e combinar o passeio com algum barqueiro. Esta viagem de emocionantes 20 minutos custa R$60,00 (sessenta reais) por pessoa e as embarcações só partem até o final de abril. Depois disso, só na próxima temporada.
Informações utilíssimas para quem se propõe a ir à Ilha do Campeche.
Bilheteria e cais de embarque para quem se destina à Ilha do Campeche – 20 minutos prazerosos ou aflitivos em um barco. Depende de cada um…
Já visitei a Ilha do Campeche três vezes e em todas elas o mar estava muito agitado. Na primeira vez saí da Barra da Lagoa e achei bem mais complicado – foi a pior de todas. Não recomendo. O barco balança muito na saída da Barra e muitos passageiros ficam logo mareados.
Nas duas saídas seguintes partimos da Armação. Foi menos pior, mas também não foi fácil. Nesta última vez o mar estava tão revolto, que a embarcação em que estávamos – eu e mais quatro amigos – de vez em quando “sumia” entre uma onda e outra, a ponto de não avistarmos o barco que navegava paralelamente ao nosso.
Uma de minhas amigas estava apavorada. Rezou durante todo o percurso e mais tarde me confessou que durante a trajeto ficou imaginando para onde nadar caso o barco virasse. Chegou à conclusão de que nadaria até à Praia do Campeche “por ser o lugar mais próximo”.
A situação para os novatos ficou a tal ponto preocupante, que nosso amigo mais otimista dizia a curtos intervalos: – “Tá feia a coisa!…Tá feia a coisa!…”
E não parou por aí. Na ilha, os amigos só pensavam na volta – Deus meu! Vamos ter que passar por tudo aquilo novamente? Felizmente voltamos em um barco pesqueiro grande que, apesar de balançar muito e nausear alguns passageiros, deixou-os menos preocupados. Deitamos no convés fechamos os olhos e, literalmente, deixamos o barco correr. Turista sofre!…
Voltando à Armação: esta foi a primeira vez que resolvi atravessar a passarela para ver o que que a Ponta das Campanhas tem. Apesar de minha dificuldade pra escalar até uma lombada e das dores nos quadris que senti mais tarde, não me arrependi de ter subido até seu ponto mais elevado, bem íngreme. Valeu cada “ui” e a falta de meu analgésico.
A paisagem é linda e vale esforços. Há muitas pedras do outro lado da Ponta das Campanhas que não se pode avistar da praia.
O mar bate com força nessas esculturas e explode em espumas como fogos de artifício. Um espetáculo que apreciamos durante algum tempo enquanto tentava clicar uma desses rompantes do mar, mas… não consegui.
Do alto, o panorama das duas praias (Armação e Matadeiro) separadas pelo Rio Quinca Antonio é coisa de cinema e as fotos abaixo não me deixam mentir.
Observe que, mesmo com o nível baixo da água do rio, há partes mais profundas onde qualquer bobeada pode significar um tombo; inda mais que há pedras em determinados trechos que dificultam mais ainda a travessia.
QUINCA ANTONIO: TODO CUIDADO É POUCO PARA QUEM NUNCA O ATRAVESSOU.
Aqui fica um aviso para quem nunca atravessou este rio a pé: quando ele está cheio é prudente andar um pouquinho para trás e atravessar uma ponte, principalmente se você estiver com equipamento fotográfico e/ou celular na bolsa, ou algum objeto que não possa ser molhado.
Por experiência própria, certa vez atravessamos o rio voltando de Matadeiro e um amigo, cheio de boa vontade a nos orientar onde pisar e não pisar, acabou tropeçando em uma pedra e fez uma aterrissagem forçada no fundo do rio com roupa e tudo. Prá completar a cena, um chinelo emprestado lhe escapou dos pés, boiou e começou a ser levado rapidamente pela forte correnteza em direção ao mar. Quando o dono das “legítimas” percebeu que ia perder a sandália, deixou nosso amigo de lado, ao sabor da sorte, e correu rio abaixo atrás da possível perda.
Jorge, o nome da peça que deu essa bobeada, ficou com cara de quem deixou cair o sorvete. Com água acima dos joelhos, não conseguia se mexer por ter-se atolado; e ali ficou, parado no meio do rio aguardando ajuda, enquanto ríamos prá valer da cena, sem desatolar o Jorge. Quem mandou sair da praia arrumadinho como filho de barbeiro? Não escapou nada! Nem a cabeça fora d’água! Mergulhou totalmente no rio em um batismo forçado espetacular. Rimos muito; mas muito mesmo do tombo do Jorge. Portanto, fica esperto! Ah! E o Rio Jordão fica bem mais longe.
A PRAIA DO MATADEIRO é outro recanto da Ilha de Santa Catarina que ainda não obteve a mesma fama de suas irmãs Joaquina, Mole e Jurerê, e talvez por isso mantenha o perfil de praia nativa; trata-se de lugar afastado e longe de badalações.
A própria geografia do lugar – abraçada pelo Morro do Matadeiro, que parece escondê-la – nos dá a idéia de que a praia nunca foi tocada e de que os raros moradores, quase ocultos pela densa mata, procuraram este pedaço de paraíso para viver por inteiro seu amor pelo lugar.
Atualmente a praia conta com três pontos de apoio onde se pode matar a sede, saborear um peixinho frito acompanhado de uma cerveja gelada ou degustar um bonito prato de moluscos. Sem querer, você se enquadra em uma bela paisagem que, por enquanto, ainda pode chamar de sua.
Como sempre um descrever leve, bem humorado e agradável, mostrando não só as belezas, como indicando caminhos e como chegar lá. A localidade lembra a Região dos Lagos, aqui no Rio, tanto Búzios como São João (onde um rio divide duas praias). Amei.
Brigada, miga. Você, como sempre, incentivando meu trabalho. Bjks