O nome do Bairro Le Panier deve-se a um albergue em cujo letreiro havia o desenho de uma cesta (panier). Por conta deste estabelecimento, a rua acabou sendo chamada de Le Panier e, mais tarde, todo o bairro ficou conhecido por este nome.
IMAGEM DESTACADA – Rue du Refuge no bairro antigo Le Panier.
ACESSO METRÔ – estações Juliette e Vieux-Port Hôtel de Ville.
1 – COMO CHEGAR
O bairro Le Panier está situado na parte norte do antigo porto (Vieux Port). Trata-se da parte mais antiga de Marseille, localizada atrás do prédio da Prefeitura.

2 – A CIDADE DE MARSEILLE COMEÇOU NESTE QUARTEIRÃO
Atualmente, Le Panier atrai turistas graças à sua revitalização e à implantação de atividades culturais, e por ter sido eleita a Capital Europeia da Cultura contribuiu muito para esse revigoramento.
O bairro é um convite para você “deixar-se perder” por suas estreitas ruas. Fuxicar cada cantinho, caminhando e sentindo aromas que transpõem limites de lojas de lembranças (sabonetes elaborados com essências de lavanda, limão, rosas…) e de panelas de restaurantes. Admirar roupas embandeirando janelas enquanto secam ao vento, para mim é uma grande e inenarrável satisfação, porque rendem boas fotos – sejamos sinceros.
2.1 – O QUE SÃO SANTONS?
E foi nesta caminhada que acabamos descobrindo o atelier de um santonnier – pessoa que manufatura santons – pequenos bonecos esculpidos em terracota, bem conhecidos na região da Provence.
Retratam o cotidiano de uma cidade provençal, tais como o peixeiro, o amolador de tesouras, o pastor de ovelhas, o campesino enfrentando a fúria do Mistral e outras situações.
Um presépio completo contém 55 figuras, todas vestidas a caráter.



3 – A CATEDRAL DE LA MAIOR ou CATEDRAL DE SAINTE-MARIE-MAJEURE
O entorno do Bairro Le Panier é bem dotado de opções culturais. Sair do bairro pelo lado da catedral Sainte Marie de La Majeure já é a oportunidade para visitá-la. O edifício foi construído no Século XII em estilo romano provençal e sofreu ampliações entre os séculos XV e XVIII. Esta reforma, que teve início na década de 1850, modificou seu estilo arquitetônico. La Maior, desde então, passou a ter características do bizantino-romano.
Localiza-se entre o Vieux Port e o Port de la Juliette, no bairro La Juliette, no 2º arrondissement.

4 – MUSEU REGARDS DE PROVENCE
Bem próximo à Catedral está o Museu Regards de Provence, que mostra o trabalho de artistas da área da pintura, escultura, fotos e desenhos referentes à Marseille e às regiões provençal e mediterrânea.
Informações de horários e endereço, clique aqui
5 – MUCEM
Atravesse a rua e entre no Mucem (Museu das Civilizações da Europa e Mediterrâneo) – este prédio negro, rendilhado, situado logo atrás da Villa Mediterranée. um espaço criado para apresentações, concertos, filmes, palestras, conferências…
Esta praça foi inaugurada em 2013, ano em que a cidade de Marseille foi escolhida como Capital Européia da Cultura. Pormenores a respeito das duas edificações você encontra clicando aqui.
No primeiro plano, à direita, está a Villa Mediterranée. Atrás, fica o Mucem, e à esquerda o Forte de São João.
6 – GALERIA LAFAYETTE
Após nossa longa caminhada retornamos ao Vieux Port e entramos na Galeria Lafayette com o objetivo de almoçar.
Não contávamos que não houvesse lugar disponível e optamos pelo café do térreo – um pequeno espaço que serve refeições mais rápidas e bem saborosas. Foi ótimo!
6.1 – ALMOÇO SUPIMPA!
Aparentemente sem graça, o prato surpreendeu-me pelo sabor. Embaixo do creme salpicado de amêndoas havia uma posta de peixe bem apetitosa, além de o arroz e o tomate recheado o terem acompanhado muito bem.
Após o almoço, aproveitamos para dar uma olhada nas gôndolas do supermercado e eis que nos deparamos com prateleiras abarrotadas de sucos. De todas as cores, sabores, tipos de embalagens e procedências. Encontramos até suco de cana de açúcar!
7 – SUCO DE CANA
Fiquei curiosa em saber que gosto teria o suco de cana-de-açúcar e fiquei em dúvida se deveria comprá-lo ou não. Escolhi o “não”, e acabei me arrependendo por não ter comprado uma garrafa. Seria doce demais? Teria gosto de caldo de cana ou não? Com essa transparência toda…
Essa história de incluir garrafas na bagagem é meio complicado, principalmente para quem só viaja com mala pequena igual a mim. O estorvo não é o espaço, mas o peso. E como eu havia programado trazer duas garrafas de Licor de Merda de Lisboa, nossa última escala, o “suco de cana” ficou para trás. E cá prá nós, aqui no Brasil temos suco de cana feito na hora e são de uma gostosura inimaginável.

7 – MARSEILLE AO ENTARDECER

8 – HOSPEDAGEM NAS PROXIMIDADES DO VIEUX PORT – VANTAGENS
No Vieux Port e proximidades há vantagens pelo seguinte: opções de restaurantes e comércio não faltam, incluindo shoppings. Aquisição de bilhetes e embarques para as Calanques de Cassis e o Castelo d’If estão logo alí, e o bairro Le Panier, também. O ponto de embarque/desembarque do trenzinho que o leva até à Igreja de Notre Dame de La Garde é na beira da marina que se vê na foto, em frente ao prédio meio bege que se vê ao fundo. À Catedral de La Garde chega-se a pé e Cassis está perto, acessível por ônibus cuja parada está nas proximidades. Portanto… tudo a ver.
Para as Calanques de Cassis navegamos em uma embarcação do tipo da que você vê na foto acima.
Marseille oferece muitos atrativos, bem como sua periferia. É bom lembrar que de seu porto – não da marina! – partem embarcações para a Sardenha e a Córsega. Ressatando que partidas de Nice levam menos tempo de travessia para essas duas ilhas.
APAIXONANTE ANTIGA, TRADICIONAL E TÃO ATUAL.
E quando pensamos que a cidade de Marseille teve início com os gregos no ano de 600 A.C.!, fica mais interessante ainda. As cidades banhadas pelo Mediterrâneo são lindas.
Obrigada, Rosinha. Beijocas.