1 – A PRAIA DA ARMAÇÃO
também chamada por alguns de Praia do Morro das Pedras na parte próxima ao Retiro Fátima, é extensa. São 2,5 km de águas limpas e mornas no Verão e “bonita por natureza”. Neste trecho da praia o mar não deixa dúvida nem quanto à sua personalidade e muito menos a que veio. Um banho não seria recomendável por sua bravura, inda mais que não há serviço de salva-vidas.
IMAGEM DESTACADA – Praia do Matadeiro, no Sul da Ilha de Santa Catarina.
1 – VAI DE QUÊ, ISTEPÔ?
1.1 – DE ÔNIBUS,
partindo do Centro de Florianópolis, mais precisamente do antigo terminal da Av. Paulo Fontes, pegue o executivo Pântano do Sul, o amarelinho 4120. Mais informações tais como trajeto, horários e tempo de viagem clique aqui.
1.2 – DE CARRO
pegar a SC-405, passar pelo Rio Tavares e seguir em direção ao Campeche/Armação/Pântano do Sul/Ribeirão da Ilha até encontrar uma bifurcação.
Seguindo à direita, você continuará pela SC-405 e chegará ao Ribeirão da Ilha e à Caieira da Barra do Sul pela antiga estrada.
1.3 – QUE DIREÇÃO TOMAR?
Para a esquerda você irá em direção à Armação (do Pântano do Sul) e ao Pântano do Sul propriamente dito, pela estrada que passa a ser a SC-406 a partir deste ponto.
1.4 – O LUGAR IDEAL PARA SE TOMAR UM INESQUECÍVEL BANHO DE MAR
No outro extremo, em frente ao Centrinho do bairro, a Ponta das Campanhas, literalmente, quebra o mar, tornando-o tranquilo e possibilitando prazerosos banhos para pessoas de todas as idades, além de ser um divisor de águas.
No Centrinho da Armação, chama atenção a Igreja de Sant’Anna erguida em 1772 por colonizadores portugueses oriundos das Ilhas dos Açores e Madeira.

2 – O COMÉRCIO
Fora isso, você encontra lojas de roupa de praia, um pequeno supermercado e um ou outro local onde poderá tomar um café ou almoçar. O bairro é pequeno e até o momento não conta com nenhum restaurante de destaque.
Março de 2015 procurei no Centro uma loja que me vendesse um guarda-sol e não havia; nenhuma dispunha desse tipo de artigo para venda. Voltando ao Campeche foi que encontrei na estrada uma loja de artigos variados e lá pude comprar uma barraca de praia que acabei não usando porque logo depois começou a chover, e a seguir tive que retornar ao Rio.
2.1 – O TERMO “BARRACA DE PRAIA”
não é utilizado nas praias do Sul. Usam, corretamente, a denominação “guarda-sol” – óbvio ululante, segundo Nélson Rodrigues. Mais informações a respeito da História do lugar, clique aqui.


Ponta das Campanhas – À esquerda ficam a bilheteria, onde você adquire seu bilhete de embarque para a Ilha do Campeche, e o cais. Esse é outro ponto de partida para esta ilha. O outro fica na Barra da Lagoa e a saída é pelo Canal da Barra, de debaixo da ponte.
3 – PARTIDAS DA BARRA DA LAGOA
Este foi o lugar de onde eu e amigos nos lançamos nesta aventura pela primeira vez.
A saída do canal foi apavorante devido ao mar agitado daquela manhã – ou seria sempre assim? De qualquer forma, o tempo de navegação é muito maior – 1 hora e 20 minutos aproximados -, levando-se em consideração o tempo de travessia de quem parte da Ponta das Campanhas, que leva 30 minutos de tensão.
O preço do susto varia da época do ano e do tipo de embarcação. Adianto que estes barcos transportam no máximo 20 pessoas.
4 – PONTA DAS CAMPANHAS – UM DOS PONTOS DE PARTIDA PARA A ILHA DO CAMPECHE.
Muitos manezinhos que se prezam não sabem o nome desta Ponta, “si tu quéis sabê”.
Meu irmão, carioca por nascimento e morador da ilha desde 1984 e que se intitula “O” mané – vive pescando em lancha ao redor da Ilha de Florianópolis -, sequer desconfiava. Mas isso não importa porque todos sabem onde é a bilheteria em que se compra passagem para a Ilha do Campeche e já está de bom tamanho. É lá mesmo onde “tásch” pensando – fica no próprio trapiche de onde partem as embarcações para qualquer lugar.
Por não conter areia, mas apenas grama, os pescadores estendem aqui suas redes para secar.



5 – BISBILHOTAGEM NA CAMPANHA
Voltando à Armação. eesta foi a primeira vez que resolvi atravessar a passarela para ver o que que a Ponta das Campanhas tem.
Apesar de minha dificuldade pra escalar até uma lombada e das dores nos quadris que senti mais tarde, não me arrependi de ter subido até seu ponto mais elevado, bem íngreme. Valeu cada “ui” e a falta de meu analgésico.
5.1 – DESCUBRA A PONTA DAS CAMPANHAS PROPRIAMENTE DITA, PORQUE DA PRAIA VOCÊ NÃO VÊ
A paisagem é linda e vale esforços. Há muitas pedras do outro lado da Ponta das Campanhas que da praia ninguém vê, a não ser que você caminhe ao encontro delas.
O mar bate com força nessas esculturas e explode em espumas como fogos de artifício. Um espetáculo que apreciamos durante algum tempo enquanto tentava clicar uma desses rompantes do mar, mas… não consegui.
Do alto, o panorama das duas praias (Armação e Matadeiro) separadas pelo Rio Quinca Antonio é coisa de cinema e as fotos abaixo não me deixam mentir.
5.2 – QUINCA ANTONIO: TODO CUIDADO É POUCO PARA QUEM NUNCA O ATRAVESSOU QUANDO ESTÁ CHEIO.
Aqui fica um aviso para quem nunca atravessou este rio a pé. Quando ele está cheio é prudente andar um pouquinho em direção à nascente e atravessar uma ponte, principalmente se você estiver com equipamento fotográfico e/ou celular na bolsa, ou algum objeto que não possa ser molhado.


Observe que, mesmo com o nível baixo da água do rio, há partes mais profundas onde qualquer bobeada pode significar um tombo; inda mais que há pedras em determinados trechos que dificultam mais ainda a travessia.




5.3 – UM MERGULHO EM APNÉIA QUE RENDEU MUITAS RISADAS
Por experiência própria, certa vez atravessamos o rio voltando de Matadeiro e um amigo, cheio de boa vontade a nos orientar onde pisar e não pisar, acabou tropeçando em uma pedra e fez uma aterrissagem forçada no fundo do rio com roupa e tudo. Prá completar a cena, um chinelo emprestado lhe escapou dos pés, boiou e começou a ser levado rapidamente pela forte correnteza em direção ao mar. Quando o dono das “legítimas” percebeu que ia perder a sandália, deixou nosso amigo de lado, ao sabor da sorte, e correu rio abaixo atrás da possível perda.
G. J. são as iniciais do nome da peça que deu essa bobeada, ficou com cara de quem deixou cair o sorvete. Com água acima dos joelhos, ficou atolado na areia do rio e não conseguia se mexer. E ali ficou, parado no meio do rio aguardando ajuda, enquanto ríamos prá valer da cena, sem desatolar G. J. Quem mandou sair da praia arrumadinho como filho de barbeiro? Não escapou nada! Nem a cabeça ficou fora d’água! Mergulhou totalmente no rio em um batismo forçado espetacular. Rimos muito com o tombo do amigo. Portanto, fique esperto! Ah! E o Rio Jordão fica bem mais longe…

6 – A PRAIA DO MATADEIRO
é outro recanto da Ilha de Santa Catarina que ainda não obteve a mesma fama de suas irmãs Joaquina, Mole e Jurerê, e talvez por isso mantenha o perfil de praia nativa; trata-se de lugar afastado e longe de badalações.
A própria geografia do lugar – abraçada pelo Morro do Matadeiro, que parece escondê-la – nos dá a idéia de que a praia nunca foi tocada e de que os raros moradores, quase ocultos pela densa mata, procuraram este pedaço de paraíso para viver por inteiro seu amor pelo lugar.
Atualmente a praia conta com três pontos de apoio onde se pode matar a sede, saborear um peixinho frito acompanhado de uma cerveja gelada ou degustar um bonito prato de moluscos. Sem querer, você se enquadra em uma bela paisagem que, por enquanto, ainda pode chamar de sua.




Como sempre um descrever leve, bem humorado e agradável, mostrando não só as belezas, como indicando caminhos e como chegar lá. A localidade lembra a Região dos Lagos, aqui no Rio, tanto Búzios como São João (onde um rio divide duas praias). Amei.
Brigada, miga. Você, como sempre, incentivando meu trabalho. Bjks