FRANÇA . PARIS – De Babel a Eiffel. O que as torres têm em comum?

 

TORRE EIFFEL
Aparentemente, a Tour Eiffel e a Babel nada têm em comum. Porém, se analisarmos direitinho, lááá no fundo acho que ambas têm algum “parentesco”.

IMAGEM DESTACADA – Tour Eiffel.

O MITO TORRE DE BABEL

Segundo o Gênesis (nada a ver com o conjunto de rock), os homens formavam um só povo e falavam uma só língua.
E que foram os descendentes de Noé – Cam, Sem e Jafé – os responsáveis pela construção de uma torre que alcançasse os céus. Esta idéia não foi muito boa, porque glorificaria os construtores ao invés da divindade, e conta a História que os deuses não aprovaram.
Politeístas,
os herdeiros de Noé queriam chegar aos deuses de qualquer jeito e começaram a construir o monumento. Claro, foram surpreendidos, e o flagra atiçou a ira das divindades. Não demorou muito e logo se ouviu uma voz retumbante vinda de não sei onde, mas que dizia impiedosa: “PÓ-PARÁÁÁ!!! PÁÁÁRA TU-DO!!! PA-ROUUU?” Era a voz de um dos deuses, irritadíssimo com a arrogância do povo. E como sabemos desde criança que éramos castigados quando desobedecíamos, segue abaixo o relato resumido da tal ousadia.

O CASTIGO

Óóóiii!…, mandaram lá de cima uma ventania tão poderosa, mas tão poderosa, que derrubou parte da tal torre. Em decorrência deste desabamento instaurou-se o caos e cada um começou a falar uma língua diferente da outra…, a moçada começou a não se entender…, e a obra ficou parada do mesmo jeito como acontece até hoje aqui no Brasil. Daí, amigo, todos se dispersaram e instaurou-se a “Babel” – palavra citada pelos mais ilustrados para significar rolo, barafunda, confusão.

A VEZ DA TORRE FRANCESA

Mas aí você me pergunta: – O que que isso tem a ver com a Tour Eiffel?
Vamos lá. A torre francesa serviu de arco de entrada para uma exposição denominada Exposição Universal, no período compreendido entre 06 de maio e 31 de outubro de 1889, cujo objetivo era comemorar o centenário da Revolução Francesa (1789). Até aqui nada a ver. Ainda.

Templos maias, pagodes chineses, pavilhões indianos, mesquitas e até palácios fizeram parte desta atraente mostra, sendo a Tour Eiffel o grande destaque.
Para início de conversa, foi o monumento mais alto do mundo até 1930, quando foi desbancado pelo Edifício Chrysler de Nova Iorque, com insignificantes 5 metros mais alto (a Tour Eiffel possui 324 m). 
Mesmo assim, só bem mais tarde, em 2004, é que a torre perdeu o posto de edifício mais alto da França para o Viaduto Millau que possui 342 m em seu pilar mais alto. Tá. Continua não tendo nada a ver, mas espere.
Em 1909, quando expirou o prazo para a exploração da Eiffel, a torre seria demolida. Felizmente, alguém teve a feliz idéia de o monumento ser aproveitado como antena de rádio e ele está lá até agora para o bem de todos e felicidade geral dos turistas.
Lá pelas tantas, aquela voz retumbante, lembra, voltou à cena e disse:

DIGA AO POVO QUE A TORRE FI-CAAA!
Foi justamente o contrário do que os deuses fizeram com aquela outra que voou pelos ares. Olhem só a diferença!…
Essa decisão até me lembrou o Dia do Fico pela palavras semelhantes, só que em versão francesa,  muito mais chique.

O ENGENHEIRO EIFFEL

O engenheiro Alexandre Gustave Eiffel nasceu em 15 de dezembro de 1832 em Dijon.
Sagitariano igual a mim, sem a menor modéstia, era criativo e inteligentíssimo como todo mortal que têm a sorte de nascer sob a égide do maior deus do Olimpo: Zeus
Era bonitão, chiquérrimo (a começar pela cidade onde nasceu) e rico. Um partidão que desposou Geneviève Emilie Marie Marguerite Gaudelet com teve 5 filhos: Claire Eiffel, Laure le Grain, Edouard Eiffel, Valentine Eiffel e Albert Eiffel. Gustave Eiffel faleceu aos 91 anos de idade. Deve ter sido de cansaço.

EIFFEL NOS EEUU e EM PORTUGAL

Eiffel também se envolveu na construção da Estátua da Liberdade, inaugurada em 1886 – um presente da França para os EEUU -, e deixou importante legado em Portugal, país que escolheu para viver. Mais precisamente, foi habitante da cidade de Barcelinhos.
A ponte Maria Pia, que permitiu a ligação ferroviária entre as cidades do Porto e Lisboa, foi concebida e construída por sua empresa. Cá prá nós, o engenheiro não era fraco sob vários aspectos.

EIFFEL NO BRASIL

E no Brasil varonil, o presumível solteirão construiu o Farol de São Tomé em Campos dos Goytacazes em 1882, e o Farol de Salinópolis no Pará em 1897. Garanto que você não sabia disso!…

Eiffel não teve intenção de chegar ao céu ao construir o monumento mais alto do mundo naquela época, mas proporciona essa viagem, essa sensação a seus visitantes. Para quem não sabe, ele mantinha um apartamento no alto da torre – o luxo dos luxos. Também, pudera. Entendeu o cansaço a que me refiro ali acima? Era de tanto subir e descer escadas e não do que você imaginou.

O apartamento mobiliado que Eiffel mantinha no alto da torre.
O apartamento mobiliado que Eiffel mantinha no alto da torre. 


Estima-se que mais de 244 milhões de pessoas já acessaram a torre desde sua inauguração. Para você ter uma idéia, só em 2011 mais de 7 milhões a visitaram.

1889 – A BABEL COMEÇA AQUI

De Búffalo Bill e Sarah Bernardt à Sua Alteza Real O Príncipe de Galles. Do famoso caçador de bisões à Rainha Isabelle II da Espanha, em 1889 a torre recebeu visitantes ilustres tais quais o Príncipe de Gales, o Rei da Grécia George I, o Xá da Pérsia Nasser Eddin, o Tzarevich Nicolas II, o Príncipe da Tunísia Taieb Bey, a atriz francesa Sarah Bernahard e, não poderia faltar por motivos óbvios, o Presidente da República Francesa Sadi Carnot.

Visitantes de 1889: De Búffallo Bill à Rainha Isabelle II da Espanha, passando pelos nobres: Xá da Pérsia, Rei de Nallous e Tzarevich Nicolas II.
Visitantes de 1889: De Búffallo Bill à Rainha Isabelle II da Espanha, passando pelos nobres: Xá da Pérsia, Rei de Nallous e Tzarevich Nicolas II.

 

Um rei, dois príncipes, uma atriz  e um presidente francês foram personalidades que visitaram a Tour Eiffel em 1889.
Um rei, dois príncipes, uma atriz  e um presidente francês foram personalidades que visitaram a Tour Eiffel em 1889.

 

Pessoas vindas de diversas partes do planeta encontram-se nas filas e em seus elevadores.
Podem não se entender, é verdade, a não ser pela linguagem universal da mímica, de um sorriso desenhado no rosto, ou da felicidade que os olhos não conseguem ocultar. Essa é a Babel em que, apesar dos diversos idiomas que ouvimos ao mesmo tempo, todos acabam falando a mesma língua.

O QUE SE VÊ LÁ DE CIMA

Pallais de Chaillot e Jardins du Trocadéro.
Pallais de Chaillot e Jardins du Trocadéro.

 

La Défense.
La Défense.

 

AFAC Sport (Kung Fu Adulte et Enfant) em primeiro plano e Rio Sena.
AFAC Sport (Kung Fu Adulte et Enfant) em primeiro plano e Rio Sena.

 

AFAC Sport (Kung Fu Adulte et Enfant)
Imagem menos escura e fechada da AFAC Sport (Kung Fu Adulte et Enfant)

 

Champ de Mars (Campo de Marte) em primeiro plano. Ao fundo a Tour Montparnasse.
Champ de Mars (Campo de Marte) em primeiro plano. Ao fundo a Tour Montparnasse.

 

Les Invalides no destaque amarelado - Monumento onde se encontra o túmulo de Napoleão Bonaparte.
Monumento onde se encontra o túmulo de Napoleão Bonaparte – Les Invalides. Destaca-se a cúpula dourada.

 

Les Invalides.
Les Invalides.

 

Musée du Quai Branly em primeiro plano.
Musée du Quai Branly em primeiro plano.

 

Arco do Triunfo.
Arco do Triunfo no centro da foto.

 

O que se avista do alto do Arco do Triunfo é um trânsito intenso e louco devido às avenidas que o cercam e uma Paris que parece ter sido construída com régua e compasso.
O que se avista do alto do Arco do Triunfo é um trânsito intenso e louco devido às avenidas que o cercam e uma Paris que parece ter sido construída com régua e compasso.

 

Da esquerda para a direita: no canto, Parque du Trocadéro, onde está o aquário de Paris; Rio Senna, e parte do Museu do Cais Branly - à direita, embaixo.
Da esquerda para a direita: no canto, Parque du Trocadéro, onde está o aquário de Paris; Rio Senna, e parte do Museu do Cais Branly à direita, embaixo.

 

Distâncias que alguns países estão da Torre Eiffel.
Acima das janelas no alto da Tour Eiffel marcaram as distâncias que alguns países estão do afamado monumento.

 

Momento raríssimo! em que fiquei só no alto da torre.
Momento raríssimo em que fiquei só no alto da torre.

 

Acredita-se que hoje em dia a Torre Eiffel pese mais de 10 toneladas.
“A Torre Eiffel pesa cerca de 10.100 toneladas: 7.300 toneladas são da estrutura metálica, 40 toneladas são da tinta.” – Informação obtida no Google.

 

Mais de 300 degraus separam o térreo do primeiro andar.
Mais de 300 degraus separam o térreo do primeiro andar.

 

CIDADE LUZ

Em 1936, George Mandel, então Ministro dos Correios, Telégrafos e Telefones, solicita a instalação de uma antena de TV no alto do monumento.
No site da torre você encontrará muito mais informações e curiosidades, além de poder adquirir seu bilhete de acesso à torre com bastante antecipação.
Caso você não o consiga de imediato, insista. Vá tentando seguidamente, porque muitos desistem de seus bilhetes e aí você consegue comprá-lo.
A melhor hora para visitar a torre é no fim da tarde. Você verá Paris sob a luz do dia e, com o cair da noite, transformar-se naquela que conhecemos como a “Cidade Luz”.

Antena de TV instalada em 1939! na Tour Eiffel.
Antena de TV instalada em 1939! na Tour Eiffel.

Quando penso que minha primeira visita à torre foi em 1985, à noite, e não havia ninguém aguardando para subir até ao último andar, me pergunto se não estou enganada. Isto porque, em 2013, já havia filas imensas para utilizar os elevadores. Em 2019 foi um sufoco porque havia uma multidão para subir. Imagino agora como não deve ser. Ou não?

Parcial de Paris.
Vista Parcial de Paris.

 

Parc du Champ de Mars.
Parc du Champ de Mars.

 

École Militaire em primeiro plano. A torre, ao fundo, é a Montparnasse - 59 andares e ainda um observatório.
École Militaire em primeiro plano. A torre, ao fundo, é a Montparnasse com 59 andares e ainda um observatório.

 

Champ de Mars.
Champ de Mars.

 

Os prédios que vemos à esquerda da foto, de teto s azulados, são o Grand Palais (o maior) e o Petit Palais ( o menor).
Os prédios que vemos à esquerda da foto, de teto s azulados, são o Grand Palais (o maior) e o Petit Palais ( o menor). A primeira ponte chama-se Pont des Invalides, e a segunda é a deslumbrante Pont Alexandre III.

 

Passerelle Debilly
Passerelle Debilly

 

E para finalizar, segue uma pergunta curiosa. Com 674 degraus só até ao segundo andar, mas… morando no topo da torre, onde Eiffel jogava o lixo da cozinha e do banheiro? Hein?

BRASIL . RIO DE JANEIRO . FEIRA DO RIO ANTIGO – Centro do Rio de Janeiro. Um Brechó a Céu Aberto E Mais Algumas Coisas.

FOTO DESTACADA: Foto panorâmica tomada do extinto Morro de Santo Antonio por Augusto Malta.
Maiores informações a respeito do renomado fotógrafo poderão ser encontradas na página de Márcia Martins Olímpio, no Facebook.

O QUE QUE ESSA FEIRA TEM?
Quem achar que a feira se constitui apenas de antiguidades – juro que eu achei – como o nome sugere, vai sair da rua do Lavradio frustrado porque não é bem assim. Continuar lendo “BRASIL . RIO DE JANEIRO . FEIRA DO RIO ANTIGO – Centro do Rio de Janeiro. Um Brechó a Céu Aberto E Mais Algumas Coisas.”

BRASIL . RIO DE JANEIRO. Casa MOMUS – Restaurante de Culinária Mediterrânea no Centro do Rio de Janeiro. Excelente!

FOTO DESTACADA: Lustre em material reciclado. Criação de artesão italiano especialmente para o Momus.

Endereço: rua do Lavradio, 11 – Centro, Rio de Janeiro – CEP: 20230-070.
Horário de FuncionamentoSegundas das 11h30 às 17h // Terça e Quarta, das 11h30 às 24h // Quinta a sábado, das 11h30 às 2h.
Telefones: + 55.21.3852.8250. Email: info@casamomus.com.br// www.casamomus.com.br

Faz poucos dias, eu e meu fiel escudeiro, casualmente, nos deparamos com um restaurante muito interessante na rua do Lavradio. Continuar lendo “BRASIL . RIO DE JANEIRO. Casa MOMUS – Restaurante de Culinária Mediterrânea no Centro do Rio de Janeiro. Excelente!”

FRANÇA . PARIS – RESTAURANTE DO MUSEU D’ORSAY. De Sofisticação, Apenas o Ambiente. Menu Fraco.

Imagem Destacada: Detalhe do Teto do Restaurante Museu d’Orsay.

MUSEUM PASS VALE À PENA?
Primeiramente, gostaria de alertar àqueles que adquirem o Museum Pass – uma caderneta de ingressos que permite visitar alguns pontos turísticos de Paris, museus e castelos fora da cidade. Continuar lendo “FRANÇA . PARIS – RESTAURANTE DO MUSEU D’ORSAY. De Sofisticação, Apenas o Ambiente. Menu Fraco.”

FRANÇA . PROVENCE . LAC de SAINTE CROIX – Campos de Girassóis e Lavandas de VALENSOLE.

 


IMAGEM DESTACADA Le Lac du Verdon Em Dia de Sol


Trata-se de uma das regiões do sul da França que mais atrai turistas no Verão. Saiba o porquê no texto seguinte.
Além do lago de águas serenas onde o visitante poderá se refrescar em um bonito banho, ainda terá a oportunidade de praticar alguns esportes aquáticos oferecidos em determinados pontos do lago.

Acrescente-se às várias modalidades de diversão, a caminhada aquática na Garganta do Verdon. Confesso que nunca tinha ouvido falar na especialidade, mas existe. Saiba mais clicando aqui.

LAC de SAINTE CROIX – ORIGEM

Le Lac de Sainte Croix é o resultado de uma barragem construída entre 1971 e 1974, em arcos de concreto, na entrada do Desfiladeiro Baudinard.
É alimentado pelo rio Verdon, o mesmo que passa apertado entre os imensos paredões do desfiladeiro conhecido como Gorge (garganta) du Verdon.
O reservatório suporta o máximo de 761 milhões de metros cúbicos de água e gera 142 KW/h de eletricidade por ano. São 94 metros de altura. A base dos pilares tem quase 8 metros de espessura e 3 metros de espessura em sua parte superior.

 

CURIOSIDADE

A antiga aldeia chamada Salles-sur-Verdon teve que ser destruída para ceder espaço para a construção da barragem. Em compensação, nova aldeia foi construída em um platô nas proximidades.
Cavernas paleolíticas e ainda a Ponte d’Aiguines, construída na Idade Média, também desapareceram sob o verde jade das águas do lago. É o domínio do progresso sobre a História. Desse evento surgiu um lago imenso e bonito de água pura, emoldurado por uma paisagem inesquecível.

 

Imagem do Lago de Santa Cruz.
A beleza e a suavidade do Lago de Santa Cruz.


A FUNÇÃO DO LAGO

A superfície abrangida pelo Sainte Croix é de 2.200 hectares: são 10 km de comprimento por 3 km de largura.
Além de ter a função de reservatório para a Provence, o lago garante eletricidade às aldeias vizinhas, faz bonito como ponto turístico e transforma-se em área de lazer no Verão.

Alguns trechos da margem do Lago de Santa Cruz que se prestam para os apreciadores de um bom mergulho no Verão.
Alguns trechos da margem do Lago de Santa Cruz prestam-se para os apreciadores de um bom mergulho no Verão.


A PARTE SUL

do lago oferece mais divertimento aos turistas: barcos elétricos, caiaques, stand up padle, pedalinhos…, todos disputadíssimos no Verão. É de quem chegar primeiro; caso contrário, enfrentará filas.
Por que barcos elétricos? Porque barcos movidos a motor de gasolina são proibidos.


A PARTE NORTE,

bem diferenciada, oferece como atrações: em Valensole, os campos floridos e perfumados de lavandim; e em Moustier Sainte Marie, você poderá conhecer a produção de porcelanas de alta qualidade.

Campos coloridos e perfumados de lavandas, em Valensole.
Campos coloridos e perfumados pelas lavandas de Valensole.

 

Em Valensole, há campos de cores variadas. Aqui, vemos girassois e lavandas. Faltou o bege do trigo.
Em Valensole, há campos de cores variadas. Aqui, vemos girassois e lavandas. Faltou o colorido suave do trigo.

EM SALLES SUR VERDON,

na parte mais habitada do lago há estrutura hoteleira, restaurantes e praia. Mesmo assim, não perca a oportunidade de fazer um bom pique-nique às margens de uma das paisagens mais bonitas da Provence. Garanto que não se arrependerá por ter-se integrado a um hábito comum dos franceses.

Foto de um dos pontos de apoio às margens do Lac de Sainte Croix.
Um dos pontos de apoio às margens do Lac de Sainte Croix.

 

Lavangas no Plateau de Valensole.
Lavandas no Plateau de Valensole.


CAMPOS DE GIRASSÓIS

Nessa história de as lavandas serem o foco da atenção dos turistas, os girassóis acabam ficando relegados a segundo plano e isso é decepcionante. Fico com pena dos girassóis…
São admirados…, fotografados…, é um “Ai, que lindos!” prá lá, outro prá cá, mas não conheço ninguém que tenha tido, pelo menos, curiosidade em saber para que servem tantos girassóis.

Fotos de girassóis nos campos de Valensole.
Girassóis em Valensole.

 


SAIBA MAIS A RESPEITO DOS GIRASSÓIS, ISTEPÔ!

 

 Nesta foto, o entardecer fez um contraste belíssimo com o campo de girassóis em Valensole.
Vimos paisagens cujas cores iam muito além daquelas dos campos. Nesta foto, o entardecer fez um contraste belíssimo com o campo de girassóis.

 

Uma estrada ladeada por plantações de trigo e lavandas, em Valensole.
Por estes caminhos deslumbrantes passávamos o dia inteiro em companhia de Leonor – nossa amiga e baita guia turística que nos conduziu pelas estradas da Provence.

 

A IMPORTÂNCIA DOS GIRASSÓIS

Justiça seja feita: os girassóis são tão maravilhosos quanto seus vizinhos lilazes perfumados. O contraste que fazem junto do trigo e do lavandim não há quem defina.
Girassóis são originários da América do Norte e receberam esse nome por acompanharem a trajetória do Sol desde o nascente ao poente.

 

Mais uma paisagem na qual os girassóis se destacam.
Mais uma paisagem na qual os girassóis se destacam.

 

O EMPREGO DAS SEMENTES DE GIRASSOL

Sua utilização data do ano 1.000 A.C. São flores poderosas em termos de aproveitamento, sendo que as sementes constituem a melhor parte da planta. Isto porque, além de o óleo ter utilização na culinária, essa mesma gordura é empregada no azeitamento de máquinas e motores, incluindo maquinaria de usinas de energia elétrica. O óleo é utilizado virgem, resultante da prensagem a frio.

 

O APROVEITAMENTO DO BAGAÇO

Cada quilo de semente produz entre 350 a 450 gramas de óleo. Quatro quilos de sementes produzem 45 mil plantas por hectare , plantando uma semente em cada cova.
Essas plantas produzem entre 1,5 a 3 mil quilos de sementes e entre 30 e 70 toneladas de bagaço que destinam-se à ração animal e à adubação para o próximo plantio.


COMO CULTIVÁ-LO

Seu cultivo é fácil, mas tem um porém. Apesar de a planta ser resistente à pragas, suas folhas são sensíveis à voracidade de lagartas… Por este motivo protegem os girassóis com produtos especializados.
As sementes, se bem armazenadas, ficam ao abrigo de fungos e de outros ataques, e são utilizadas ao longo do ano.

O óleo de girassol produz glicerina que, com o acréscimo de etanol e de catalizadores, constitui o biodiesel, isto é: um combustível de preço mais acessível que o próprio diesel (um produto derivado do petróleo).

Os girassóis são flores lindas e marcantes, que valorizam a decoração de uma sala quando  colocados em vasos, ou fazem parte de um jardim bem elaborado. Para saber mais clique aqui.

 

Três oceanos a perder de vista: o céu, e os campos de lavanda e trigo.
Três oceanos a perder de vista: o céu, e os campos de lavanda e trigo.

 

Clique no link a seguir  Terraroma Jaubert e saiba onde adquirir produtos provençais tais como cremes de beleza, shampoos, óleos essenciais, amêndoas, e muito mais.

 

 

FRANÇA. PROVENCE . AIX . RIEZ . VALENSOLE – Fábrica de Chocolates Puyricard . Onde Comprar Puro Óleo de Lavandas.

 


IMAGEM DESTACADA – Girassol da jardineira em frente à destilaria Terraroma Jaubert.


INÍCIO DE CONVERSA

A Fábrica de Chocolates Puyricard foi nossa primeira parada neste dia. Importante salientar que para conhecer a fábrica é necessário fazer agendamento, e quem providenciou esta visita fantástica foi Anaté Merger – jornalista brasileira residente em Aix que opera turismo especializado no sul da França.

 

Continuar lendo “FRANÇA. PROVENCE . AIX . RIEZ . VALENSOLE – Fábrica de Chocolates Puyricard . Onde Comprar Puro Óleo de Lavandas.”

FRANÇA . PROVENCE . AIX-EN-PROVENCE – Paris /Aix em TGV . Marseille/Aix Em Trem Comum. História, Lavandas e Girassóis . Passeio Imperdível!

 


FOTO DESTACADA – Plataforma da Estação de Trem de Aix-en-Provence


UM POUCO DE HISTÓRIA

Aix-en-Provence é uma cidade fundada em 122 A.C. que conta atualmente com mais de 140 mil habitantes.
Inicialmente, a localidade  recebeu o nome de Aquae Sextiae, em homenagem ao romano Gaius Sextius Calvine que até hoje tem seu nome lembrado devido a um spa da cidade – o Thermes Sextius.  Neste local funcionava uma terma romana da qual ainda se preservam algumas ruínas.

 

 


ROTEIRO DESTE DIA
Aix-En-Provence; Oppède-Le-Vieux; Coustellet; Gordes e Loumarin.

Aix en Provence (que se traduz como “Águas de Provence”) faz jus a seu nome devido à abundância de água existente na cidade.
Só no Cours Mirabeau são três fontes, onde a mais importante é a Fonte Mousse devido a uma característica especial: suas águas não congelam no inverno devido à temperatura de sua água que permanece sempre em torno de 27 graus.

De todas, a maior e mais conhecida é a La Rotonde, no Centro de Aix, e a dos Quatro Golfinhos. Esta fica escondidinha na Praça de mesmo nome, e é acessível pela rua 4 de Setembro. Na Place des Albertas há outra fonte, alcançável pela rua Espariat. Saiba mais clicando aqui.

 

Fonte dos Quatro Golfinhos.
Fonte dos Quatro Golfinhos.

 

Fonte Mousse no Cours Mirabeau. A temperatura constante de sua água é de 27 graus, não importa a estação do ano.
Fonte Mousse no Cours Mirabeau. A temperatura constante de sua água é de 27 graus, não importa a estação do ano.

La Rotonde - chafariz do centro de Aix, na Praça General De Gaulle.

 La Rotonde, no Centro de Aix, localizada na Place Général De Gaulle. É encimada por 3 estátuas. A que está voltada para o Cours Mirabeau representa a Justiça. A que representa a Agricultura está voltada para Marseille, e as Belas Artes está em direção a Avignon.


AIX-EN-PROVENCE

PAUL CÉZANNE

O filho mais famoso de Aix foi o pintor pós-impressionista Paul Cézanne, nascido em 19 de janeiro 1839.
A casa onde nasceu, a loja de chapéus de seu pai e o atelier onde trabalhou por apenas quatro anos (de 1902 a 1906) estão em perfeitas condições para visitação.
Inúmeras telas e aquarelas com o motivo da Montanha Sainte Victoire não deixam dúvidas de que era seu foco predileto. Em mais de 80 obras Cézanne evidenciou sua paixão por esta montanha. Dez de seus trabalhos estão expostos no Museu Granet, próximo à Fonte dos Quatro Golfinhos.

DELACROIX

foi sua inspiração para criar seu estilo de pintura. Matisse e Picasso o consideravam o precursor do Cubismo por ter valorizado as formas geométricas oferecidas pela natureza (cubo e esfera são exemplos). Suas composições ressaltam contornos arquitetônicos de objetos e paisagens. Cézanne sacrificou a perspectiva, em prol do que achava que devia ser valorizado. Sublime desobediência…

 

AIX-EN-PROVENCE – Saiba Mais A Respeito de Aix Clicando Aqui!

COMO CHEGAMOS EM 2013

Em 2013 saímos em TGV da Gare de Lyon, em Paris, e chegamos a Aix após 3 horas de viagem. Leonor nos aguardava na gare. Ela seria nossa guia e piloto de um carrão que nos conduziria pela Provence a partir do dia seguinte. Eu havia lhe enviado nossa foto e a danadinha veio ao nosso encontro assim que botamos o pé na plataforma.

 

COMO CHEGAMOS EM 2014

Em 2014 saímos de Marseille para Aix. Por ser bem mais perto que Paris, a viagem durou apenas 30 minutinhos.  Não importa se você faz esse percurso de trem ou ônibus, o tempo é praticamente o mesmo.
O trajeto é servido por trens comuns, mas que para nós foi puro luxo. São confortáveis, refrigerados e ainda dispõem de mesas bem úteis como essas que você vê na foto.
Saiba mais como chegar a Aix clicando aqui.

 

Interior do trem que nos levou de Marseille à Aix-en-Provence.
Interior do trem que nos levou de Marseille à Aix-en-Provence.

 

Vagão restaurante do TGV que nos levou de Paria à Aix-en-Provence em 2013.
Vagão restaurante do TGV que nos levou de Paria à Aix-en-Provence em 2013.

 

Interior do vagão do trem que nos levou de Marseille a Ai-en-Provence.
Interior do vagão do trem que nos levou de Marseille a Ai-en-Provence.

 

OPÇÕES PARA QUEM VIAJA DE NICE, PARIS e MARSEILLE PARA AIX.

Anaté Merger indica algumas opções para quem vem de Nice, Paris e Marseille e você ainda aproveita para visitar o site e conhecer as opções de passeio que a jornalista brasileira oferece pelo Sul da França.

 

AIX-EN-PROVENCE – ONDE COMPRAR

1 – LA CURE GOURMANDE

Embaixo do prédio onde alugamos apartamento, bem em frente à Prefeitura, há excelente comércio. Facilmente encontramos restaurantes, cafés, boutiques, feiras tradicionais e de flores, padarias, supermercados, caixas eletrônicos, lojas onde você compra comida pronta, sorveteria, boutique de biquines e maiôs, malas, enfim… tudo! Lugar onde uma pessoa comodista como eu moraria com a maior tranquilidade.

O que também não falta em Aix são lojas populares e o Monoprix é um exemplo. Trata-se de um tipo de Lojas Americanas beeem melhorado, espalhado por toda a França, e em todas as lojas você conta com um supermercado prá ninguém botar defeito.
Além do mais, lojas de grifes famosas tais como Mango, Lacoste, Mac etc, incluindo as nossas “legítimas” Havaianas, valorizadíssimas, não poderiam faltar em Aix.

 

Loja onde vendem Calissons, balas, bombons, chocolates e muitas outras delícias.
Loja onde vendem Calissons, balas, bombons, chocolates e muitas outras delícias. E o melhor (ou pior?): a porta que se vê à esquerda era a do prédio onde alugamos apartamento.

 

Interior da loja La Cue Gourmand.
Interior do parque de diversões para quem aprecia a delícia chamada calisson. Trata-se de um docinho de sabor delicado e com pouco açucar.

 

 

2 – LE PALAIS DES THÉS

Para se chegar ao Le Palais des Thés não precisa de endereço completo: basta seguir o perfume que exala da loja da rue Chabrier.
São chás de diversas procedências. Impossível sair de lá sem comprar um sachet.
As embalagens são especiais, hermeticamente fechadas. Para você ter uma idéia, ainda tenho sachets que comprei em 2013 em perfeitas condições.
Ressalto a mistura perfumada de laranja com gengibre. É simplesmente divina, digna de ser oferecida a um Zeus. Dentre todos os sabores que experimentei achei o melhor.

 

 

Le Palais des Thés de Aix-en-Provence.
 Loja que cerca o pedestre de aromas ao passar pela porta. Misturas fantásticas de chás provenientes de diversas partes do mundo encontrei aqui. Acredite, ainda tenho embalagens fechadas de misturas de chás maravilhosos.

 

 

Na loja há sempre um chá fumegando em um bule térmico para ser oferecido à clientela. Foi por conta de uma prova dessas que me encantei pelo chá de laranja com gengibre.
Na loja há sempre um chá fumegando em um bule térmico, para ser oferecido à clientela. Foi por conta de uma prova dessas que me encantei pelo chá de laranja com gengibre.

 

3 –  BOUTIQUE de MARCEL PETIT

À direita da Cure Gourmande há uma loja especializada em geléias, vinagres, azeites, bebidas… onde entrei várias vezes me esforçando ao máximo para não comprar nada. Porém, após muito paquerar um vidro de “xiléia” de limôn, um de larrranja e outro de morrrango, não houve jeito porque apesar de minha boa vontade a compra foi inevitável. Comprei geléias francesas com sotaque e tudo.

Loja Marcel Petit em Aix-en-Provence.
Outra loja onde é difícil entrar e sair sem comprar alguma coisa. Há de se ter muita personalidade para cometer esta loucura.

 

Interior da Boutique Marcel Petit, em Aix en Provence.
Trata-se de outro parquinho de diversões para quem gosta de comprar igual a mim. A impressão que tenho ao entrar em lojas como esta, é a de que todos os artigos estão me chamando.

 

Boutique Marcel Petit.
Outra loja onde consumistas têm que ter muito cuidado para não assaltarem a própria carteira.

GELEIA e CONFITURE – VISÍVEIS DIFERENÇAS

Aproveito a deixa para lhe perguntar, se você sabe a diferença entre geleia e confiture. Sabe, ou não?
A primeira é  muito mais nobre por motivos que você saberá mais adiante.

A CONFITURE

é processada com pedaços da própria fruta, e às vezes cascas e bagaços entram no tacho a exemplo da chimia (ou schmier) que tantas vezes vi minha mãe, tias e avó fazerem. 

Como a quantidade de doce no final da cozedura era grande, uma parte era destinada ao uso imediato, e a outra era acondicionada em vidros especiais que passavam por um processo trabalhoso para a conservação de seu conteúdo fora da geladeira. Prefito a confiture à geléia.

A GELÉIA

A “xileia”, como ainda pronunciam alguns parentes de Santa Catarina – somos descendentes de alemães -, é mais requintada. É elaborada apenas com sumo das frutas e açúcar. Quanto mais rica em pectina for a fruta, mais encorpada fica a geléia, que acaba adquirindo uma consistência vítrea ao esfriar.

Laranjas (principalmente a que conhecemos como chin-chin), limões, morangos, framboesas – que eu mesma colhia na cerca da fazenda de meu avô – e pêssegos, cansei de vê-los fumegando em enormes tachos sobre o fogão à lenha em casa de meus avós. Fogão que não apagava nunca, diga-se de passagem.
Tenho todas essas imagens vividas nas “terras” de meu avô, em Brusque (mais precisamente da Guabiruba do Norte Alto),  muito vivas em minha memória.

 

AZEITES – A PRODUÇÃO MAIS FAMOSA DA PROVENCE

Quem pensa que as lavandas são a mercadoria que mais vende na Provence está redondamente enganado. Você ainda não sabe, mas saberá agora: o  que mais se destaca no Sul da França é o azeite!
E como não poderia deixar de ser, nossa guia e amiga Leonor nos indicou uma loja pequenina bem pertinho de onde alugamos apartamento para comprarmos nosso azeite. A loja chama-se A CAVE DU FÉLIBRIGE, na 8 Rue des Cordeliers, Aix-en-Provence, França – Telefone:+33 4 42 96 90 62.


O BAITA PRESENTE DE LEONOR

Em 2013 Leonor havia nos presenteado com duas garrafas de um azeite bem ácido, do jeito que amo de paixão. Era magnífico. Porém, em 2014 só encontramos uma garrafa deste azeite, que acabou ficando com meu amigo.
Este azeite é de fabricação artesanal limitada e recebeu premiação por sua qualidade.
Seu aroma e sabor são surpreendentes. O perfume é semelhante ao da folha de oliveira verdinha  quando a gente a amassa na mão. Até então nunca havia experimentado um azeite assim tão puro, tão natural. Fiquei fã, tenho procurado um azeite que se pareça com este aqui no Brasil, mas… é difícil.

 

AIX-EN-PROVENCE – ONDE SE HOSPEDAR 

OS APARTAMENTOS QUE ALUGAMOS em AIX

A PORTARIA

O prédio da rue Vauvenargue onde alugamos apartamento conta com elevador moderno, acessível após o morador passar por dois portões e digitar dois códigos diferentes: o primeiro abre a pesadíssima porta de madeira do edifício e o outro a porta de vidro da longa portaria. Mas ainda não acabou: você só consegue acessar o elevador após utilizar um pequeno instrumento identificador do apartamento. Trazia esses códigos escritos em vários lugares. Caso nos faltasse a memória – o que não é difícil – e não pudéssemos entrar no prédio, seria uma naba (dicionário manezês).

 

O APARTAMENTO DE 2014 (I)

 

Foto de um apartamento que alugam por temporada em Aix-en-Provence.
O apartamento sensacional que alugamos em Aix-en-Provence em 2014.

 

Apartamento alugado por temporada em Aix-en-Provence.
O apartamento é aconchegaante, agradável, e a localização não poderia ser melhor: em frente à Prefeitura.

 

A cozinha do apartamento alugado por temporada em Aix-en-Provence.
Cozinha municiada com forno de microondas, fogão e forno elétricos, e demais eletrodomésticos de uso habitual.

 

Cozinha do apartamento alugado por temporada em Aix-en-Provence.
Bons armários fazem parte do mobiliário da cozinha.

 

Banheiro do apartamento alugado por temporada em Aix-en-Provence.
Banheiro espaçoso e iluminado naturalmente.

 

Esta máquina de lavar e o secador de parede ficam no banheiro, porque no apartamento não há área de serviço.
Esta máquina de lavar e o secador de parede ficam no banheiro, porque no apartamento não há área de serviço. 

 

Foto do corredor do apartamento alugado por temporada em Aix-en-Provence.
Corredor do apartamento.

 

Quarto espaçoso e bem iluminado naturalmente.
O quarto também é espaçoso e bem iluminado.

 

No quarto havia até espaço para uma escrivaninha.

 

Os armários de alvenaria têm boa profundidade, e suas portas são muito decorativas.
Os armários de alvenaria têm boa profundidade, e suas portas são por demais decorativas.


Alugamos o imóvel por intermédio de Anaté Merger – clique aqui para saber mais – e tivemos gratíssima surpresa quando adentramos o apartamento. Ele era arejado, claro, espaçoso, bem montado, confortável e ainda com todos os apetrechos de cozinha à disposição. Melhor, impossível porqe Tudo funcionando a contento.

 

Outro ângulo da sala de estar e jantar do apartamento alugado por temporada na cidade de Aix-en-Provence.
Outro ângulo da sala de estar e jantar do apartamento alugado por temporada em Aix-en-Provence.


O APARTAMENTO DE 2013

O apartamento que havíamos alugado no mesmo prédio em 2013 não era tão amplo e houve um pormenor que nos dificultou bastante: uma escada com degraus para um apenas um pé, do tipo daquela existente na casa de Santos Dumont, em Petrópolis. Esta escada perigosa leva ao mezanino onde fica a cama.

 

 

No mezanino, fica apenas a cama.


Subir não era muito problemático; o negócio era descer de madrugada para irmos ao banheiro. Tínhamos que sair tateando a mesa de cabeceira para acender a luz e acabávamos acordando o outro. Diria que trata-se de um apartamento para jovens.

 

No mais, a sala que se vê na foto, a mesa de jantar, a cozinha e o banheiro nos serviram perfeitamente. 


O APARTAMENTO DE 2014 (II)
Mas esse era tudo de bom. Foi uma maravilha, esse Paraíso em Aix mesmo sem ser um “Pedaço de Saigon” (Carlão, Feital e Cláudio Cartier). Ah! Esqueci de dizer que as janelas eram antirruído!

 

Encontramos o imóvel limpo e assim o mantivemos até entregá-lo. Este apartamento foi show!

 

 

Prateleiras acima do vaso sanitário.
Acima do vaso sanitário colocaram umas prateleiras que nos foram muito úteis.

 

Uma prova do quanto a iluminação natural era abrangente.
Uma prova do quanto a iluminação natural era abrangente.

 

Imagem de uma sala de jantar.
Nesta mesa tive o privilégio de experimentar magníficos pratos franceses, bem como queijos, patês, tortas, chocolates, frutas naturais e secas

 

Vistga parcial da Praça da Prefeitura (Hôtel de Ville) de Aix-en-Provence.
A maravilhosa vista que tínhamos da janela: a Praça da Prefeitura, (Place d’Hôtel de Ville) movimentada pelos Cafés e bares, além de uma feira de flores que acontece às 3ª, 5ª e sábados pela manhã.

 

 

Esses pássaros pretos de nome complicado (esqueci de anotar) que lembram o anu, diariamente anunciavam o fim da tarde com muita algazarra, quase dentro do apartamento. Segundo nossa guia Leonor, comem qualquer coisa.


MAIS e MAIS COMPRAS!…

 

Produtos comuns aqui no Brasil viram preciosidades nas prateleiras do supermercado.

 

As feiras são diárias na Praça Richelme. Dispensável dizer que todos os produtos são vendidos frescos, sem defeitos, e isso se deve ao respeito pelo consumidor.

 

Praça Richelme em horário de feira.
Esta praça funciona diariamente. Além do que esamos acostumados a comprar em uma feira, nesta encontramos mel, vinhos, embutidos e patês.

 

O francês não curte só um bom prato. Não! O francês curte o alimento! Os compradores não ‘apertam’ frutas, legumes e o que mais lhes interessar, porque não existe esse péssimo hábito na França. Não há justificativa para esse tipo de comportamento, porque tudo que é oferecido na França em matéria de alimento está em perfeitas condições de consumo. Além do mais, normalmente, o próprio vendedor é quem lhe serve.

Uma prova desse controle de qualidade, é que servem água de torneira até em restaurantes, caso você não especifique que deseja tomar água mineral. 

 

 

 

Lavandas não poderiam faltar na feira de flores que é montada às terças, quintas e sábados na Praça da Prefetura.

 

Vitrine de roupas de ballet.
Abaixo: Rua Marechal Foch. Por ela passávamos constantemente para chegarmos ao Cours Mirabeau e irmos ao encontro de Leonor. Nesta mesma rua, uma casa de artigos para bailarinos chamava tanta atenção quanto o sapato de gosto extravagante na vitrine de uma sapataria quase ao lado.

 

Uma sandália alta, enfeitada com lacres de latas.
Lacres de lata enfeitam (?) uma sandália. Há gosto prá tudo…

 

Loja de roupas de praia chamada Pão de Açúcar.
Quando vi em Aix esta loja de roupas de praia chamada Pão de Açúcar, fiquei feliz da vida. Foi como “se estivesse em casa”! Há! E como a praia mais próxima pode ser alcançada em 30 minutos de estrada, os artigos praianos também são fáceis de serem encontrados e primam pela originalidade.

 

Chapelaria.
Outra loja que me encantou e que me prendeu alguns minutinhos em frente à vitrine foi esta chapelaria.

 

COMPRAS NO COURS MIRABEAU À NOITE

 

 

Barraca perfumada pelos produtos de lavandim que oferece, tais como colônias, sachês, sabonetes.

 

 

 

A feira noturna do Cours Mirabeau
A feira noturna do Cours Mirabeau é uma tetéia. Oferecem artigos de perfumaria, artesanatos, roupas, objetos decorativos.,

 

 A parte antiga da cidade é maravilhosa e a entrada deste prédio retrata muito bem este tipo de arte que facilmente encontramos neste lado de Aix.
Esta portaria eu namorava sempre que passava pela porta. Esta parte antiga da cidade é maravilhosa.

 

Rua Marechal Foch.
Rua Marechal Foch. Por ela passávamos constantemente para chegarmos ao Cours Mirabeau e irmos ao encontro de Leonor. 

 

ONDE COMER?

Aix en Provence é riquíssima em comércio. Ninguém precisa andar léguas para encontrar o que deseja. Supermercados, cafés, padarias e açougues estão em toda parte …

 

Padaria e Confeitaria de Aix.
Desta padaria levávamos maravilhas para comer no apartamento. Graças a ela voltei mais pesada ao Rio.

 

Essas gostosuras eram as que colocavam na vitrine como chamariz. E lá dentro? Pode imaginar o que havia em cima dos balcões? Hein?

 

Essa padaria era outra que nos enlouquecia – Pães Rústicos e salgados finos. Pode imaginar como nos sentíamos ao encontrar estas lojas no caminho de casa?

 

Cours Mirabeau em Aix-en-Provence.
No Cours Mirabeau há várias opções para se apreciar um bom prato.

 

Neste bistrôt estivemos apenas uma vez. Ficava meio escondido de onde nos hospedamos. Lá desfrutamos de um delicioso prato de massas que segue abaixo.

 

E eu que adoro ovo, amei este prato.

 

CAFÉ BELLE ÉPOQUE

 

Um Café tematico localizado no Cours Mirabeau.
Um Café tematico localizado no Cours Mirabeau. Era lá que, diariamente, aguardávamos nossa guia e amiga Leonor para passear.

 

Ao entrar no Café Belle Époque, lembrava-me da “ponta de um torturante band-aid no calcanhar” de alguma dançarina, bem como da tristeza da senhora …

 

Café Belle Époque em Aix-en-Provence.
… solitária que Degas pintou em seu quadro “O Absinto” (conhecido também pelo nome “No Café”). Por último, recordava de um possível Café frequentado por Toulouse Lautrec.

 

Tudo pronto no açougue para facilitar a vida da dona de casa.

 

O QUE VER EM AIX

Só em caminhar pelas ruas de Aix, não importa se na parte antiga ou moderna, o visitante ficará encantado com o que verá por todos os lados.
Feiras diárias onde encontrará o que imaginar – roupas, calçados, legumes, verduras, frutas, embutidos, perfumes, artesanatos…

 

Nesta janela e na de baixo, o colorido das flores encanta os menos avisados. Como não se deixar apaixonar pelas flores?

 


Para quem aprecia arquitetura, ficará encantado nesses passeios. Dependendo da época da visita, as janelas estarão coloridas pelas flores das jardineiras, bem como toda a cidade.
Há Cafés por toda parte, igrejas, bons restaurantes, museus, chafarizes, fontes, mercados do tipo das Lojas Americanas, monumentos… E ainda há as cidades próximas para deixá-lo mais hipnotizado ainda.

 

La Place des Albertas.
La Place des Albertas, em determinada hora, a luz do sol parece sair das beiradas do chafariz e iluminar em vièz ambos os prédios.

 

La Place des Albertas, em Aix.
À noite La Place des Albertas muda de figura e torna-se misteriosa.

 

A caminho do Museu Granet (clique aqui para saber mais) acabamos encontrando a Fonte dos Quatro Golfinhos, obra barroca esculpida em 1667. Linda.

 

Fonte dos Quatro Golfinhos.
Fonte dos Quatro Golfinhos. 

 

As lojas que vendem artesanato são muitas. Passei por esta e as bolsas me chamaram com um baita “Psiu!”. Por isso fotografei-as.

 


ARREMATEAix-en-Provence é uma cidade universitária de águas termais considerada, por votação, a melhor cidade francesa para se viver. Com certa frequência é citada como a Cidade das Mil Fontes. Sua origem é romana; foi fundada em 122 A.C.


 

FRANÇA. PROVENCE . SAIGNON – Roteiro dos Peregrinos Que Partem da Itália Rumo a Compostela.

 

FOTO DESTACADA Panorama dos Campos de Saignon.

Saignon, um povoado com pouco mais de mil habitantes, foi mais uma das charmosas aldeias pelas quais passamos quando voltávamos de Sault para Aix.
Como já estávamos cansados, ficamos em Saignon o tempo necessário para clicar algumas fotos e seguir viagem.

 

Continuar lendo “FRANÇA. PROVENCE . SAIGNON – Roteiro dos Peregrinos Que Partem da Itália Rumo a Compostela.”

FRANÇA. PROVENCE . SAULT / BRASIL . RIO GRANDE DO SUL . CANELA

 


IMAGEM DESTACADA A caminho de Sault.


SAULT e CANELA

Sault e Canela são os assuntos de hoje. Você poderá achar estranho o porquê de eu estar me referindo a uma cidade provençal francesa, Sault, e a uma brasileira badaladíssima como Canela. Porém, no fim da postagem, quem sabe não concordará comigo?
Sault é considerada a capital das lavandas por ser a localidade ideal para sua plantação. Como assim?
Lavandas gostam de sol e ar fresco, e a vila fica a 765 m de altitude.

CANELA, RS

Mas, no Brasil, mais precisamente no Sul, temos duas cidades famosas que primam por sua beleza, pelas atrações natalinas e pelas hortênsias que emolduram quilômetros de estradas e crescem abundantemente sem que necessitem de cuidados especiais.
Temos campos floridos maravilhosos dos quais muito nos orgulhamos, considerando, claro, as devidas diferenças.
As lavandas são plantadas com finalidades comerciais diversas, enquanto que as hortênsias proliferam, praticamente, por conta da própria natureza.

 

Em 14/7/2014

saímos de Aix-en-Provence e chegamos a Sault passando por Saint Saturnin-Lès-Apt. De Sault seguimos para Saignon, e retornamos a Aix.

 

 

AVISO AOS NAVEGANTES

Interessante salientar que neste mesmo dia outra blogueira brasileira também saiu de Aix, onde reside, e foi para Sault. 
Como assino sua newsletter, vi as imagens que postou e achei interessante que os mesmos objetivos chamaram nossa atenção (?).
Na verdade, fica difícil fugir da mesmice porque os pontos de vista de algumas cidades são os mesmos e Sault não fugiu à regra. Obviamente, as fotos acabam parecendo cópias. Sacamos fotos muito parecidas nos mesmos lugares e por este motivo fiz questão de escrever esta observação.

 

 

Vista da chegada em Sault.
Chegando a Sault

 

Igreja de Notre-Dame-de-la-Tour, construída no século XII.
Igreja de Notre-Dame-de-la-Tour, construída no século XII.

 

"A fachada e a torre sineira atual da Igreja foram construídas em 1624, em pedras de Aurel." Esta vila está situada na região de Sault, na fronteira do Vaucluse, departamento da Provence-Alpes-Côte d'Azur.
“A fachada e a torre sineira atual da Igreja de Notre-Dame-de-la-Tour foram construídas em 1624, em pedras de Aurel” – uma comuna francesa localizada na região de Sault, na fronteira do Vaucluse, Departamento da ProvenceAlpes-Côte d’Azur.

 

Parcial do interior da Igreja de Sault.
Parcial do interior da Igreja de Sault.

 

À beira da estrada, a caminho de Sault.
À beira da estrada, a caminho de Sault.

 

As cores da Provence, que não me canso de citar.
As cores da Provence, que não me canso de citar.

 

Não é preciso escrever absolutamente nada para retratar a Provence…

 

Lavandas gostam de sol e altitude, e por este motivo Sault, localizada a 765 m de altitude, é o viveiro ideal para as lindinhas proliferarem
Lavandas gostam de sol e altitude. Por este motivo é que Sault, localizada a 765 m de altitude, é o viveiro ideal para as lindinhas proliferarem.

 

Fotos da Provence, clicadas até com uma Xereta, não precisam de Photoshop.
Fotos da Provence, clicadas até com uma Xereta, não precisam de Photoshop.

 

 

Plantação de lavandas em Sault.
Fiz um Photoshop leve a fim de ressaltar as plantações de lavandas em determinada localidade de Sault. 

 

Flores cultivadas pelo mão do homem e pela própria natureza. Qual a mais bela?
Flores – lavandas, cultivadas pelo mão do homem; e flores do campo, pela própria natureza. Qual a mais bela?

 

Clique de campo de lavanda.
Parar o carro na beira de uma estrada para apreciar uma paisagem dessas é um privilégio. Cliquei esta foto para registrar o momento, e logo após fiquei em silêncio a fim de permitir que a Natureza tomasse conta de mim…

    Campo de lavanda em Sault.

 

Fotografia é algo que me encanta, porque registra em fração de segundos um momento de sua vida que nunca mais voltará. 

 

RIO GRANDE DO SUL, BRASIL – OUI, NÓS TEMOS HORTÊNSIAS!

Para terminar essa postagem, fica a seguinte pergunta: será que nossas hortênsias atraem turistas estrangeiros da mesma maneira que as lavandas francesas atraem os brasileiros?

 

Descer de bondinho sobre um mar de hortênsias não tem preço. O resto, a gente compra com...
Meu mano e minha sobrinha no teleférico de Canela. Deslizar sobre um mar de hortênsias é vivenciar um filme tipo Alice no País das Maravilhas. E pensar que não existem paisagens como as que vemos nesses tipos de filme, chama-se tolice.

 

“Bobô” o conforto, neném…

 

Muitas hortênsias.
Imaginemm se fossem perfumadas!

 

Canela.
Canela é assim!,,,

 

Canteiro de hortênsias em Canela, RS.
… e assim…

 

… e assim também…

 

 

AS CORES DAS HORTÊNSIAS

Estas flores podem ter as seguintes cores: azul, branco, lilás, rosa, roxo, verde e vermelho – dependerá do PH da terra.
Solos com PH abaixo de 5.5 são ácidos e produzem flores azuis e lilazes, enquanto que os que têm PH alcalino, isto é, acima de 6.5, produzem flores rosadas ou avermelhadas.
Isto significa que é possível projetar um jardim de hortênsias nas cores desejadas, desde que o PH do solo esteja de acordo com o projetado. E como é possível corrigir o PH do solo, não fica difícil.

HORTÊNSIAS BRANCAS  obtêm-se com o PH do solo acima de 8.0!

 

O PH ácido do solo produziu estas cores de hortênsias.
O PH ácido do solo produziu estas cores de hortênsias.

 

Nesta foto vemos duas espécies de hortênsias: a que vemos em menor quantidade, é da espécie 'Blaumeise“. A outra, mais comum para nós, é a macrophylla.
Nesta foto há duas espécies de hortênsias: a que vemos em menor quantidade é da espécie ‘Blaumeise“. A outra, mais comum entre nós, é a Macrophylla.

 

TIPOS DE HORTÊNSIAS

A Hydrangea Paniculata tem o formato de um cone. Particularmente, nunca vi, bem como a Hortênsia Hydrangea Quercifolia. A mais comum, é a Macrophylla, abundante em Canela e Gramado.
Aquisição de espécies raras de hortênsias você poderá obter clicando aqui. São belíssimas! Agora, um site que “Dá um banho, istepô”, é este aqui.
Pronto! Para quem desconhecia outras espécies de hortênsias, já poderá até arriscar uma importaçãozinha…

 

FRANÇA . AIX-EN-PROVENCE e SAINT SATURNIN-LES-APT . Brocante Que Ocupa Boa Parte Da Cidade . Preços Convidativos.

 

IMAGEM DESTACADA Imagem típica da Provence – janelas de madeira e flores no parapeito.

ENQUANTO AGUARDÁVAMOS LEONOR
A visita a Saint Saturnin-les-Apt estava agendado para 14/7/2014, e a programação foi cumprida. Mas, como nossos passeios começavam no centro de Aix, nada melhor do que mostrar mais um pouquinho do Cours Mirabeau,a principal avenida onde Leonor passava de carro diariamente para nos pegar.
E esse dia foi especialíssimo porque nos reservou surpresas inesquecíveis.

 

 

UM POUCO DE (MINHA) HISTÓRIA

Chegávamos muito cedo ao Café La Belle Époque. Sonolentos e ainda com a cama nas costas, encontrávamos a avenida mais adormecida que nós – o que não era novidade.
Vez ou outra víamos pessoas se arrastando nas largas calçadas, bem como um ou outro automóvel passar em baixa velocidade. Tudo e todos parecendo dormir um sono só.

 

Fachada do Restaurante e Café Belle Époque.
O Belle Époque, onde diariamente esperávamos por Leonor.

 

Cours Mirabeau
Cours Mirabeau, uma avenida linda de viver no Centro de Aix-en-Provence.

 

Movimento do Cours Mirabeau pelas manhãs.
O movimento do Cours Mirabeau, pelas manhãs.

 

Vista do Cours Mirabeau.
Cours Mirabeau ainda adormecido.

 

A PRIMEIRA APARIÇÃO

Aconteceu, que neste dia duas figuras serviram para nos despertar enquanto aguardávamos nossa guia para visitarmos Saint Saturnin-les-Apt.
A primeira, impressionou-me bastante pelo conjunto da obra pelo seguinte: era alta e magra como um espaguete, e para não destoar do perfil assombrante, seu rosto fino e magro estava perdido em uma imensa juba triangular e acinzentada. A figura lembrava, sem tirar nem por, as feiticeiras que vemos em filmes infantis e desenhos animados.

O nariz longo, pontiagudo e ondulado como um tobogã, estava coroado com uma armação de óculos que só piorava sua aparência bizarra.
Uma figura saída de um livro de contos infantis – ou seria de um filme de Almodóvar? – estava ali em minha frente ao vivo e em cores. Não tive como evitar, mas assim que vi a figura logo pensei em uma vassoura. Onde estaria?

Hipnotizada por aquela visão da qual não tirava o olho e sequer piscava, fiz-me algumas perguntas em silêncio entre um gole e outro do cafezinho que tomava, e acabei entendendo o porquê de minha mãe adorar ficar sentada em um banco da Avenida Atlântica, aqui no Rio, e observar o vai-e-vem das pessoas no calçadão. Com certa frequência ela me dizia:
– Distrai, minha filha… distrai muito; vejo cada coisa!…
Depois dessa, é óbvio que passei a lhe dar razão.

– Como distrai, mãe! Como distrai e como assusta também!
Bem dizia o poeta Vinícius de Morais: ” As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental ” – sábias palavras.


A SEGUNDA APARIÇÃO 

A segunda aparição, antes de nossa partida para Saint Saturnin-les-Apt, ficou por conta do “pormaior” (não do pormenor) do vestido de uma bonita loura prá lá de descolada. La blonde transbordava de um decote exagerado e prático que podia afacilitar, de imediato, algumas necessidades físiológicas – algumas prazerosas, e outras nem tanto.

 

Esse foi justamente o momento em que o Cours Mirabeau começou a acordar e ficar movimentado.

 

Foi a primeira vez que vi uma roupa (?) em um decote e não o contrário. Quem pode, pode, vamos combinar, e a louríssima podia se dar ao desfrute de mostrar a retaguarda quase que por completa.
Sou totalmente a favor da peruagem, desde que o criador da originalidade obedeça a determinados critérios. Acho que todo cuidado é pouco quando alguém se propõe a atravessar a tênue linha existente entre a elegância e a vulgaridade. 
Agora, de uma coisa tenho certeza: que esse poderosérrimo e generosíssimo decote despertou muita gente sonolenta àquela hora da manhã, ah despertou. Viva Aix!!!

 

SAINT SATURNIN-LES-APT

Aos poucos fomos deixando Aix para trás e trafegando em direção à Saint Saturnin-les-Apt, distante em 60 km de Aix.
Trafegando por carro, o percurso leva aproximadamente 1 hora. Caso opte por viajar de ônibus, o passeio ficará um pouco mais cansativo, porque levará o dobro do tempo, ou seja, 1 h e 50 m.

 

Aos poucos Apt foi desabrochando para nós, como que saindo da plantação de oliveiras que cerca toda a aldeia.
Aos poucos Apt foi se descobrindo para nós, como se surgisse das centenas de oliveiras que cercam toda a aldeia.

 

Brocante de Sainta Saturnin les Apt.
Feiras são comuns nas cidades provençais; e como a divulgação é grande, atraem muitos turistas.

 

A variedade de objetos é tão grande, que fica difícil escolher o que comprar.
A variedade de objetos é tão grande, que fica difícil escolher o que comprar.


Além da longa feira de antiguidades e objetos usados (as brocantes) que você logo vê ao chegara à Apt, que atrai um movimento expressivo de turistas, a aldeia conta com dois moinhos de vento do século XVII e com ruínas de um castelo medieval.
Saint Saturnin é um lugar cercado de História.
Ao caminhar pelo centro da pequena vila, o visitante encontrará belas mansões antigas, pórticos esculpidos, além de portas e molduras de janelas delicadamente trabalhadas. A maioria conserva o estilo provençal, belíssimo em sua simplicidade, mas há muitos destaques arquitetônicos em meio a esta simplicidade.

 

Em minhas visitas ao sul da França eu ficava atenta para não tropeçar e cair, porque era um tal de olhar prá cima, pros lados e prá baixo sem fim. Observar detalhes da arquitetura, e ainda jardins, arranjos de paredes e de calçadas, deu trabalho.

 

Como não parar para observar cada detalhe destas construções? Muitas das portas de Apt foram incluídas no inventário dos Monumentos Históricos. Tanto as portas ricas em detalhes quanto as mais rústicas, não escaparam deste registro.

 

 

<span style="font-size: 14pt; font-family: 'comic sans ms', sans-serif;">A riqueza da simplicidade... Esta é a Provence.</span>
A riqueza da simplicidade… Esta é a Provence.

 

Das três muralhas construídas como fortificação nos séculos XIII, XIV e XVI, só existe o Portal Aiguier.
Há um site bem informativo e bonito que descreve Apt em mínimos detalhes. Caso tenha curiosidade em saber o que Apt tem para oferecer ao turista, principalmente no que diz respeito à parte histórica, basta clicar aqui.

 

Igreja da Imaculada no Centro de St. Saturnin, localizado a 9 km ao Norte de Apt . Ao fundo, à direita da torre da igreja, estão as ruínas de um antigo castelo.
Igreja da Imaculada no Centro de St. Saturnin, localizado a 9 km ao Norte de Apt. Ao fundo, à direita da torre da igreja, estão as ruínas de um antigo castelo.

 

Igreja da Imaculada de Saint Saturnin-les-Apt.
Igreja da Imaculada de Saint Saturnin-les-Apt.

 

 

<span style="font-family: 'comic sans ms', sans-serif; font-size: 14pt;">A Provence pela qual tenho paixão é rica em simplicidade, cores, em aromas e
A Provence pela qual tenho paixão é rica em simplicidade, cores,  aromas e sabores.

 

Muitas florers em vasos e suportes ocupam a calçada de Apt.
Prá que calçada?

 

<span style="font-family: 'comic sans ms', sans-serif; font-size: 14pt;">Observem o contraste do rico trabalho do frontão da porta com a simplicidade da janela.</span>
Observem o contraste do rico trabalho do frontão da porta com a simplicidade da janela.

 

À direita, na foto, um detalhe da fonte que se vê na foto abaixo.
À direita, na foto, o perfil da fonte que se vê na foto abaixo.

 

Fonte em Apt.

 

Céu e janelas quase da mesma cor.
Céu e janelas quase da mesma cor.

 

EIRA, BEIRA e TRIBEIRA – DO QUE SE TRATA?

Na foto abaixo está o exemplo de uma pessoa considerada rica, simplesmente pelo detalhe das três beiras (tribeira) do telhado; ou seja, a eira e a beira que vemos abaixo do telhado, formam três beirais.
Havia quem tivesse apenas uma fileira de acabamento, a eira, e quem tivesse duas: a eira e a beira.

 

 

Chamou-me atenção a beirada do telhado de alguns prédios em St. Saturnin…
Sabemos que aqui no Brasil algumas residências ainda exibem características da arquitetura portuguesa, e fileiras de telhas abaixo da calha é uma dentre várias heranças (foto acima). Esse adorno foi adotado pelos portugueses que colonizaram o Brasil.
Embora em desuso, a expressão “Fulano não tem eira nem beira” ouvia-se com certa frequência aqui no Brasil, quando alguém se referia à situação financeira de outrem.

 

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR,

no texto EIRA, BEIRA e TRIBEIRA, define esse aspecto da arquitetura como fator discriminatório.
Diz o autor: “A discriminação religiosa, política e social no Brasil Colonial estava presente em todos os lugares, por exemplo, na igreja, nas casas urbanas e rurais, pois, “[…]” os ricos construíam suas casas com três acabamentos no telhado. De baixo para cima, as partes eram chamadas eira, beira e tribeira. As casas dos pobres eram feitas apenas com tribeira”. Clique aqui para ler o texto interessantíssimo.

Quem não tinha fileira nenhuma, apenas o telhado (a cobertura), era o pobretão, o “sem eira nem beira“. Agora, rico mesmo, era aquele que construía um prédio de dois pavimentos no qual o andar térreo era destinado ao comércio. Esses, além da tribeira, também eram prováveis “donos” de escravos, uma condição que impunha respeito.
Esse detalhe que vi em alguns prédios da aldeia intrigou-me, justamente por ser uma característica da arquitetura portuguesa.

 

BRÁULIO MOURA, ETC

Por outro lado, o autor do blog supra citado, que se denomina turismólogo, historiador, artista plástico, curioso, cachaceiro e falastrão, afirma que essa história é uma baita mentira. Explica que as eiras nada tinham a ver com arquitetura, mas tudo a ver com quem não tinha quintal (eira) e muito menos um terreno (beira).
Nas eiras (quintais), era hábito plantarem cereais e colocá-los para secar. E quem não tinha nem quintal e nem terreno, lógicamente, não tinha “eira nem beira”.
O autor termina sua postagem com um parágrafo bem interessante, no qual faz uma crítica bem humorada a respeito de crenças populares. Vale à pena clicar aqui para ficar bem informado.
Além do mais, a leitura é engraçada e bastante informativa. Tenho certeza de que você gostará de saber como criaram esta grande mentira…

E PARA FINALIZAR NOSSO DIA…

 

<span style="font-family: 'comic sans ms', sans-serif; font-size: 14pt;">Foi em um restaurante super simpático descolado por Leonor, nossa guia e amiga, que coroamos nosso passeio maravilhoso com um crepe leve e saboroso.</span>
Foi em um restaurante super simpático descolado por Leonor, nossa guia e amiga, que coroamos nosso passeio maravilhoso com um crepe leve e saboroso.

 

Nosso saboroso almoço e o café gourmet nos serviram no LA RESTANQUE – 37 Avenue Jean Geoffroy, 84490 Saint-Saturnin-lès-Apt, França. +33 4 90 75 51 87