1- EL VIEJO ALMAZÉN
Em 1779 começa como um quartel. Nos idos de 1840 transforma-se no Hospital Britânico. Entre 1850 e 60 funcionou como Alfândega; mais tarde, foi utilizado novamente a serviço da saúde e abrigou feridos e/ou doentes que combateram na Guerra do Paraguay (1865/1868).
IMAGEM DESTACADA – A casa de shows ocupa um prédio de 1779 no bairro de San Telmo e suas paredes estão impregnadas da História de Buenos Aires.
2 – O COMEÇO DA CASA DE SHOWS
El Viejo Almazén foi transformado em casa especializada em apresentações de tangos em 1969. De lá até nossos dias foi ameaçado de demolição, foi considerado Patrimônio Cultural, passou por problemas financeiros, mas em final do século XX sofreu uma reforma que ampliou suas instalações e valorizou o espaço que hoje é considerado um dos melhores para quem deseja assistir a um espetáculo grandioso, em ambiente decorado com esmero.
2.1 – OPÇÕES DO VIEJO ALMAZÉN
O cliente poderá assistir apenas ao show e nada mais. Vale pedir algo para beliscar enquanto assiste às apresentações e, melhor ainda, reservar um lugar no requintado restaurante ao lado da casa de espetáculos.
O show é bom; é rico, mas um pouco demorado e por isso achei-o cansativo. Gostei mais das apresentações do Café Tortoni – mais intimista, espetáculo no tempo certo com ares de antigamente; transmite mais autenticidade; é espetáculo para argentino ver, entende?
Prá falar a verdade, não encontrei ainda uma casa de tangos frequentada por argentinos, a exemplo de casas de fados em Portugal e de flamenco na Espanha. As casas que conheci em Buenos Aires são famosas em apresentações para turistas.
2.2 – FADOS EM LISBOA
Essa procura me fez lembrar de uma colega de trabalho que esteve em Lisboa. Doida para assistir a uma apresentação autêntica de música portuguesa, entrou num taxi e pediu ao motorista que lhe levasse a uma casa de fados, mas deixou claro que não queria nada de fosse “para turistas”.
A resposta foi originalíssima: – Ora, a senhora vai a qualquer uma e não diz que é turista!…
Amei a sugestão; ó pá!
Voltando ao Almazén: decidimos não jantar e optamos por beliscar uma tábua de frios, muito bem servida. Depois saímos para jantar e não me lembro onde.
O atendimento é bem “técnico”, isto é: findo o espetáculo, abrem rapidamente a porta e só faltam colocar todo mundo prá fora com vassouradas nas pernas. Essa pressa foi bem deselegante.



