Chegamos a Lima em baixo de um tumulto sem tamanho. Clique aqui para saber a que ponto chegava o nível de desorganização da AVIANCA que, acredito, não faliu à tôa.
IMAGEM DESTACADA – Porta do Museu Oro Del Peru.
1 – MACHU PICCHU
Quando falamos em Peru, frequentemente nosso pensamento voa imediatamente para Machu Picchu. Felismente o meu vai direto para Lima, uma cidade que me encantou, literalmente.
Trata-se de um voo instintivo, sem escalas, que começa em nossa mente pelo ponto turístico mais famoso do país e que, mesmo para quem nunca tenha estado lá, o automático funciona e o primeiro nome que nos vem à mente é… Machu Picchu.
É como se fosse um sinônimo de Peru, até mesmo para quem ainda não sentiu “aquele clima” das alturas.
Agora, para os Maomés que já foram até a montanha, a coisa pode mudar um pouco de figura: eu, por exemplo, penso logo em Lima e seus restaurantes, em Cusco e na Igreja de São Pedro de Andahuaylillas – magnífica!
2 – VIAJAR PELO PERU
No Peru viaja-se o tempo todo em companhia de belas paisagens, seja para que destino for. Exemplos? Cumes de montanhas nevados, flores silvestres que os ventos embalam nos campos, rios caudalosos que margeiam estradas ou que você aprecia da janela de seu quarto de hotel, pradarias verdejantes contrastando com outras bem desérticas e por aí vai. É a natureza emoldurando tudo o que seus olhos alcançam, sob um céu azul que só nas montanhas peruanas você vê. E ao nível do mar, temos a capital Lima, que meu paladar ama apaixonadamente.
2.1 – LIMA, PARA QUEM APRECIA BOA COMIDA
Agora, meu amigo…, se você gosta de comer com qualidade, Lima é tudo de bom. Vejo o Paraíso em cada prato. A arte culinária no Peru é indiscutível. Ou melhor: é discutível porque cada um defende um restaurante como sendo o melhor de todos.
Certa vez li uma reportagem a respeito dos restaurantes da cidade e achei muito interessante uma observação da (ou do?) jornalista, que escreveu mais ou menos assim: “em Lima discute-se culinária com o mesmo entusiasmo com que se discute futebol aqui no Brasil“. Faz sentido. Bastou-me conhecer alguns restaurantes para ter certeza de que o assunto é muito sério. Todos em que estivemos foram excelentes e não dá dizer qual foi o melhor.
2.2 – RAPHAEL – ATENDIMENTO GROSSEIRO e COMIDA GELADA NO PRATO
Minto: houve um que foi um fracasso – o tal do Raphael, de atendimento grosseiro e raviolis gelados no prato.
E lamentei profundamente o fechamento do IK – um restaurante cinematográfico, mágico, extraordinário, indefinível sob todos os aspectos.
Pelo menos em Lima, um pormenor chamou-me atenção – Alguns restaurantes bem conceituados não há nome na fachada. Você chega é pelo endereço mesmo e tem que ficar atento.
Passei algumas vezes pela porta do IK e nem desconfiei que por detrás de uma fachada coberta por plantas, estava uma das casas mais sofisticadas da capital.
3 – O QUE VER EM LIMA
A capital peruana não se resume à arte culinária. Lima conta sua História, muuuiiita História, não só nos bancos escolares, mas também em 61 museus espalhados pela cidade, de acordo com dados do Wikipédia. Seu passado está contado nos maravilhosos balcões de madeira que valorizam as fachadas dos edifícios, está nas praças floridas, nas igrejas, na Catedral, nas ruas, e… na culinária, of course.
3.1 – O MUSEU OURO DO PERU
é outro grande exemplo. Sua memória começa com a vontade de um rico e culto cavalheiro ligado à importantes atividades econômicas em seu país, o peruano Miguel Mujica Gallo.
Este senhor investiu seu patrimônio no resgate do passado e conseguiu mostrar à posteridade sua paixão pelas tradições histórica e artística peruanas.
A bem da verdade, dedicou-se à coleção de peças de diversas culturas – verdadeiras jóias adquiridas em suas viagens pelo mundo.
Neste museu o notável senhor reuniu 20 mil armas de diversos países, sem contar as peças em ouro! expostas no sub-solo.
3.2 – AMOR INCONDICIONAL À PÁTRIA
Importante ressaltar que todo esse patrimônio foi adquirido com recursos próprios. A principal intenção do empresário foi resguardar o que restou do ouro saqueado avidamente pelos invasores de sua pátria.
3.3 – HÁ MUITO O QUE VER EM LIMA!
A capital do Peru tem muita coisa para ser vista além dos museus. Vale muito à pena um passeio a pé pelo Centro da cidade e apreciar a arquitetura herdada dos espanhóis nas edificações. Os exemplos estão por toda parte, tais quais os prédios de alvenaria adornados com balcões em madeira trabalhada, e belos e bem cuidados jardins. Incluo neste pacote os mercados de artesanatos, que não são poucos, os de abastecimento – frutas, carnes, legumes, verduras, utensílios domésticos etc – e shoppings originais tais como o Jockey Plaza, a céu aberto, um pouco afastado do Centro de Lima -, ou o Larcomar Shopping Center, em Miraflores, encravado em uma encosta de frente para o mar.






A Praça Mayor (ou Praça de Armas de Lima) cercada pelos prédios da Catedral de Lima, do Palácio do Governo, do Palácio Arquiepiscopal de Lima, do Clube da União e do Palácio Municipal.

3.3.1 – LIMA
Trata-se de uma cidade simpática, bonita e tão colorida quanto a alma de seu povo. O peruano se orgulha de suas lutas, de suas conquistas e principalmente de terem sido berço de civilizações. Foram 10 ao todo, sendo que a última, a Civilização Inca, remonta à 5.000 mil anos! Há civilizações anteriores a Cristo, fato que os guias peruanos fazem questão de ressaltar.
Valorizam suas terras e tudo o que elas produzem. Ruínas milenares são sagradas porque lá também estão suas respeitadíssimas origens. Respiram cultura e compartilham-na com vaidade.
4 – O CLIMA EM LIMA
Em Lima o índice pluviométrico é baixíssimo – chove (Hein?) menos de 8 mm anuais! Em compensação, a umidade é alta e por isso a nebulosidade é intensa, principalmente nos meses de junho e dezembro quando as nuvens estão mais baixas. A sensação que se tem é a de que a qualquer momento vai desabar uma boa carga d’água, mas não é nada disso.
5 – CHUVA – COISA RARA EM LIMA
Estivemos em Lima em Novembro de 2015. Por incrível que pareça, houve um dia em que saímos do hotel e vimos ruas e calçadas molhadas. Concluímos o óbvio, mas … poderiam ter lavado a cidade, por que não? Mas, havia chovido, coisa raríssima na cidade. Fomos até festejados pela brasileira recepcionista do hotel em que nos hospedamos, por termos “trazido” a chuva.
A cidade havia sido borrifada por uma chuvinha fraca, silenciosa e passageira, mas bem comemorada por sua raridade. Chove tão pouco, que ninguém se preocupou em prepará-la para esse fenômeno e por isso não há bueiros nas ruas. Brasília também não tem, mas lá chove. Bom, no Brasil, o papo é outro. Dividir para mais bem administrar. Em próximas postagens mais assuntos a respeito de Lima.



6 – LOCOMOÇÃO
Taxistas não existem na cidade. O costume é uma pessoa que conduz um veículo lhe cobrar X para levá-lo aonde você pretende ir, e o preço da corrida é negociado na hora. Eles nem sabem o que é um taxímetro!!!
Circulamos em carros caindo aos pedaços e sujos, e andar de ônibus nem pensar! Portanto, prepare-se para esse desgaste, porque lá as atrações não estão “logo ali”.
Conheço quem tenha aversão a viagens. Para esses, Lima poderá ser a filial do inferno. Mas para quem gosta de arrastar u’a mala igual a nós – eu e meu ex companheiro de viagens – acaba ficando tudo certo.