1 – O QUE É SAMBAQUI?
Aos carnavalescos vou logo informando que não se trata de nada referente à Carnaval, embora a aglutinação das palavras “samba” e “aqui” sugiram um local apropriado para desfiles de escolas de samba ou academia de danças.
A enciclopédia Wikipédia define assim: “Sambaqui, cernambi, sarnambi, mina de cernambi, mina, banco, casqueiro, concheira, ostreira, samauqui, berbigueira, caieira, caleira, ilha de casca,2 cascal, concheiro ou berbigueiro são depósitos construídos pelo homem, constituídos por materiais orgânicos e calcários que, empilhados ao longo do tempo, vêm sofrendo a ação das intempéries. Acabaram por sofrer uma fossilização química, já que a chuva deforma as estruturas dos moluscos e dos ossos enterrados, difundindo o cálcio em toda a estrutura e petrificando os detritos e ossadas porventura ali existentes. Alguns grupos indígenas os utilizavam como santuário, enterrando neles os seus mortos. Outros os escolhiam como locais especiais para construir suas malocas.”
FOTO DESTACADA – Um trecho da Praia de Sambaqui.
1 – OS SAMBAQUI MILENARES DO SUL DO BRASIL
“Hoje, os sítios mais importantes estão localizados no litoral sul do estado de Santa Catarina. As cidades de Laguna e Jaguaruna abrigam 42 sambaquis dos mais diversos tamanhos e alturas, destacando-se entre eles o Garopaba do Sul e o Jaboticabeira, (em Jaguaruna); e os Figueirinha I e II, mais precisamente na praia de Nova Camboriú (também em Jaguaruna).
Segundo análise de camadas intermediárias enviadas a um laboratório americano em maio de 2010, o Figueirinha I, por volta de 2510 a.C, já teria 2/3 de seu tamanho atual. Para efeito de comparação, a maior das pirâmides do Complexo de Gizé, a de Kufu, foi construída apenas 40 anos antes.
2 – O SAMBAQUI GAROPABA DO SUL
É o maior depósito de conchas do mundo em extensão, com 30 metros de altura e 200 de diâmetro e mais de 3,7 mil anos (DIDONÊ, Revista Nova Escola, maio, 2008).”
Acontece que o Sambaqui a que me refiro, trata-se de um bairro sossegado e charmoso em um dos muitos cantinhos adoráveis de Florianópolis.
Convenhamos, morar no Ribeirão da Ilha, no Cacupé, em Santo Antonio de Lisboa ou em Sambaqui, é aliar tranquilidade a muito charme. São bairros históricos onde os açorianos se instalaram e deram início à colonização da Ilha de Santa Catarina. Estes bairros são memórias bem conservadas e coloridas de um passado não tão longínquo.
3 – O CRESCIMENTO DO BAIRRO
Sambaqui, aos poucos, começa a receber nova colonização, isto é, uma vizinhança que opta em ficar mais próxima do passado e longe do burburinho do Centro de Florianópolis.
Condomínios luxuosos – com direito à cinema, marina e até heliporto -, estão sendo construídos nestes bairros mais afastados. Mas, como tudo na vida, morar em bairros privilegiados como esses tem seu preço: Supermercados, Clínicas em geral, Hospitais, Corpo de Bombeiros, os melhores Colégios da cidade e comércio em geral, ficam distantes. E o que é pior: dependendo da hora, o trânsito engarrafa e não há Nossa Senhora que desate este nó.
4 – COMPRAS DO DIA-A-DIA
Sambaqui conta com pequeno comércio e alguns restaurantes que em fins de semana, e principalmente na alta temporada, são muito concorridos. Mas a disputa mais acirrada fica por conta da procura por vagas de automóveis, dificultada pela mão dupla das ruas que em certos trechos são bem estreitas.
O mar que banha Sambaqui ainda espelha a tranquilidade e o ritmo pacato do bairro que seus moradores lutam em preservar. Mais informações, clique aqui.
5 – COMO CHEGAR
Do Centro de Florianópolis, seguir pela Av. Beira-Mar em direção ao Norte da Ilha (Praias do Norte) até ao Viaduto da Av. da Saudade, onde começa a SC-401.
Subí-lo e seguir em frente. No final desta avenida virar à esquerda, orientando-se pelas placas. Seguir por Santo Antonio de Lisboa, caminho para Sambaqui. Não tem erro.





Construções modernas e luxuosas não me atraem. Prefiro residências de época tais quais as das fotos abaixo. Ribeirão da Ilha e o vizinho colado Santo Antonio de Lisboa estão repletos delas.





Parece que para samba aqui tem que ter dim-dim, mas gostei da aula de história e paleontologia. Boa sorte, Bjus,
Rosa
Rosinha, Sambaqui é um bairro maravilhoso, lindo de viver. Lindo domingo. Bjks.