COPA BACANA… Copacabana!
E pensar que não passava de um areal…Quem diria?
Até ganhar fama internacional, a Princesinha do Mar fez história, fama e soube deitar na cama. Quem imagina que banhistas tomavam leite “no pé da vaca” assim que acabavam de mergulhar? Ou que os terrenos onde construíram a Avenida Atlântica não passavam de fundo de quintal para os moradores da Avenida N. S. de Copacabana? Pense em um rendez-vous, tipo far west, localizado na esquina da Atlântica com a Francisco Otaviano e próximo à Igrejinha de Copacabana… Ou na Cervejaria Brahma, no Leme, onde, em 1907, os moradores das 600 casas do bairro se divertiam. Detalhes curiosos de Copacabana, desde que era um areal, estão registrados em ordem cronológica em sites muito interessantes. Saiba mais clicando aquie aqui.
IMAGEM DESTACADA– Avenida Atlântica . Leme e Copacabana no clique de Maria Irece Targino em 10/9/2020.
não começa no acesso que você vê na foto abaixo. Uma das pontas da Orla Prefeito Luiz Paulo Conde começa no Armazém 8, na Av. Rodrigues Alves, e a outra, no Largo da Misericórdia.
São 3.5 km em sua totalidade, passando por pontos turísticos de relevância tais como o Mural das Etnias, o Museu do Amanhã, o MAR – Museu de Arte do Rio, a Praça Mauá, o AquaRio, a Roda Gigante. Todos fazem parte do novo bairro que vem surpreendendo o próprio carioca. IMAGEM DESTACADA – acesso ao lado do Museu do Amanhã.
A maquiagem pela qual passou o Rio de Janeiro deixou máculas irreparáveis nas finanças do Estado, bem sabemos, mas por outro lado é inegável que essas modificações foram para melhor (pelo menos por enquanto, como canta Benito de Paula, “Tudo está em seu lugar/Graças a Deus, graças a Deus”).
FOTO EM DESTAQUE: Fachada da Antiga Praça de Comércio do Rio de Janeiro que, depois de um abre-e-fecha quase infinito, passou a abrigar o Centro Cultural Casa França-Brasil.
Na rua do Ouvidor, esquina com Travessa do Comércio e de frente para a rua dos Mercadores, fica uma pequena igreja, escondidinha, cuja história nos remete ao século XVIII. Trata-se da Igreja N. S. da Lapa dos Mercadores.
Os meios de transporte público que o deixam na porta do Museu do Amanhã são: o VLT (Veículo “Lentíssimo” sobre Trilhos), desde o Aeroporto Santos Dumont, e taxis o deixam bem próximo das atrações. Consulte todas as opções clicando aqui – ônibus de diversas procedências, Metrô, barcas.
FOTO EM DESTAQUE: detalhe da marquise da entrada do museu.
O VLT que circula no Centro do Rio de Janeiro é uma das opções de condução que poderão deixá-lo bem próximo do Museu do Amanhã. Mas, há um porém: você terá que ser muito paciente (não tenho essa virtude) para suportar a lentidão do tal bonde.
Há uma área específica designada para exposições temporárias, na qual o Museu do Amanhã apresentou u’a mostra audiovisual em sua inauguração. A exposição seguinte, a que comparecemos, foi dedicada à Santos Dumont. Interessante ressaltar que um sósia do aviador posava próximo a um modelo 14-bis em frente à entrada do museu. O jovem fez o maior sucesso! Atraiu muitos olhares por sua parecência com o aeronauta mineiro e por isso foi alvo de muitos cliques e selfies.
O TRIÂNGULO da MAUÁ
1 – O EDIFÍCIO A NOITE
Na foto abaixo, três gerações de arquitetura compõem esse triângulo: o edifício conhecido como A NOITE, à direita na foto, em estilo art-décoratif, começou a ser erguido em 1927. Terminada a obra, em 1930, o Edifício Joseph Girefoi considerado o maior arranha-céu da América Latina. Atualmente destoa em aparência dos demais prédios que circundam a Praça Mauá. Abandonado, foi alvo de rede hoteleira…, anunciaram reformas com finalidade residencial…, enfim, várias hipóteses levaram em conta para recuperar o prédio, mas até agora necas de pitibiriba – assunto para cachorro grande. Neste link da jornalista Simone Cândida você poderá acompanhar esta novela.
ATUALIZAÇÃO de 23/12/2024.
O Edifício A Noite, construído em concreto armado (uma novidade para a época) e outrora considerado o maior arranha-céu da América Latina (Década de 30), foi negociado. A Prefeitura do Rio vendeu-o para o grupo Azo Construtora e Incorporadora, que já anunciou que haverá 447 unidades residenciais e 3 lojas no térreo. As unidades terão 33 m², 44² e 70 m² em caso de ser duplex.
Na cobertura está prevista a instalação de um restaurante com um elevador especial para suportar este movimento.
Imaginem como as mesas próximas à janela serão disputadas, levando-se em consideração a visão que se terá lá de cima. E além do restaurante, um centro cultural da inesquecível Rádio Nacional ganhará um espaço no alto do edifício.
Três gerações de arquitetura marcam a Praça Mauá, cujo prédio mais famoso, o conhecido A NOITE, está em vistas de sofrer uma significativa modificação em suas partes internas, descaracterizadas de acordo com esta reportagem que narra sua história.
2 – RIO BRANCO Nº 1
O prédio da esquerda, o RB1, ergueram no lugar da Casa Mauá, construída em terreno de propriedade do Mosteiro de São Bento. As negociações para a demolição do antigo prédio começaram em 1970, mas apenas em 1983 a obra do moderníssimo número 1 da Rio Branco começou a engatinhar.
Casa Mauá demolida para ceder lugar ao RB1. Inaceitável… Saiba mais clicando neste link.
A foto acima ilustra um blog bastante informativo a respeito do Rio Antigo. Caso você se interesse em saber como era a Cidade Maravilhosa de outrora, clique aqui. Você se perguntará do porquê da demolição de tantos palácios semelhantes a esse. Neste caso, especificamente, substituíram esse prédio lindíssimo por uma montanha de vidros. Não consigo entender a falta de atenção e o descaso com que lidaram (e lidam) com esses monumentos extraordinários que favorecem uma cidade a contar sua História. Outras demolições lastimáveis foram: o Palácio Monroe, no final da Av. Rio Branco, e o edifício do Jóquei Club na esquina da Rio Branco com a Almirante Barroso – outro que foi abaixo para ceder lugar a outra vidraçaria de gosto duvidoso.
Inconcebíveis demolições para quem olha para um passado supostamente marcado pela elegância. Digo supostamente, por tratar-se de uma época que conheço apenas por fotos. Passado transformado pela batuta do prefeito Pereira Passos, inspirado, nada mais, nada menos, que na cidade de Paris!
3 – MUSEU do AMANHÃ
Sua inauguração ocorreu em 19 de dezembro de 2015; nesta ocasião, li muitos comentários desfavoráveis quanto ao acabamento da obra, mas não foi o que vimos meses depois em uma terça-feira – dia da semana mais tumultuado para conhecer o museu. Além do mais, não fomos ao Museu do Amanhã para criticar acabamentos, mas para saber o porquê desse “Amanhã”. Toda terça-feira, além de a entrada ser gratuita, é o dia da semana reservado para profissionais ligados à mídia e à visita de estudantes, e por este motivo não recomendo visitá-lo nestes dias devido ao tumulto.
Espelho d’água na lateral do museu. Ao fundo, a Ilha das Cobras.
Espelho d’água lateral do museu. ao fundo, o Cais do Porto, totalmente remodelado.
NO MUSEU DO AMANHÃ
tudo é impactante – desde sua localização (tem como pano de fundo a baía de Guanabara – destaque para a Ponte Rio-Niterói) à refinada e monumental obra de arte do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, de cuja arquitetura fiquei fã ao visitar a Estação Oriente, em Lisboa, em 2013.
VISÃO PRIVILEGIADA
O vídeo de autoria de Matheus Pestana mostra a Praça Mauá em sua plenitude e abrange parte do Cais do Porto. São imagens filmadas por um drone sob seu comando. Trata-se de uma viagem sensacional por ângulos que você nunca viu.
O arquiteto de fama mundial afirmou ter-se inspirado nas bromélias para traçar o projeto do museu.
VER e SENTIR o MUSEU
O COSMOS
Logo na entrada, uma escadaria lateral dá acesso a um minúsculo planetário, onde rapidamente o visitante assiste a um vídeo a respeito do Universo: galáxias, constelações, satélites, planetas etc. Pelo que entendi, o objetivo dessa apresentação (há limitação de pessoas) é mostrar-nos onde nos localizamos neste espaço chamado Universo.
AS IMAGENS SÃO PÉSSIMAS!
São borrões que não se via nem em cinema mudo, que oferecem um show de falta de resolução para a resumida platéia. Um horror! Há de se ter muita coragem para apresentar aquilo. Felizmente o vídeo é rápido e, logo, logo, perdemos aquela impressão de que algo caiu no olho e passamos e enxergar tudo embaçado. Muuuiiito ruim. O museu procura integrar o visitante ao passado, ao presente e, supostamente ao futuro, mas pelas imagens apresentadas o futuro é caótico, diga-se de passagem.
Levando-se em consideração tratar-se de um espaço moderníssimo, totalmente informatizado e interativo, tamanho desleixo não se justifica. O Museu do Amanhã deveria fazer jus ao nome, e se preocupar em oferecer imagens fantásticas que integrasse logo de início o visitante a esse Universo. Mas…
O assunto COSMOS prolonga-se por algumas mesas computadorizadas, onde os visitantes obtêm mais informações a respeito dessa colossal incógnita. Entretanto, não conseguimos nos aproximar de nenhuma delas. O excessivo público jovem estava, visivelmente, mais interessado em apertar botões que obter informações a respeito do que o museu se propõe. Era um tal de “vamo vê o que acontece apertano esse butão aqui” sem fim. “A-do-ro! esse tipo de coisa.”
TERRA
A seguir vêm as informações referentes ao nosso planeta. E para compreendermos melhor nossa existência, a exposição montou três cubos no salão que representam Matéria, Vida e Pensamento.
1 – MATÉRIA
No primeiro cubo nos é mostrado o mundo pelo qual estamos cercados. É preciso, urgentemente, conscientizar os povos que deverá existir cumplicidade entre cada ser humano e o planeta em que vivemos, a fim de que ambos possam viver saudavelmene integrados.
Necessário entender que depende de cada um de nós mantermos vivos, e em condições de sobrevivência, o Paraíso em que habitamos.
O museu faz um chamamento para o cultura de diversos países – foi outra sala onde só consegui chegar alguns centímetros após a entrada. Tive que esperar muito até conseguir fotografar esses totens sem ninguém na frente.
2 – VIDA
3 – A TERCEIRA e ÚLTIMA PARTE REFERNTE à TERRA,
aborda o PENSAMENTO
Depois vem o ANTROPOCENO
termo usado por cientistas para designar as interferências que o Homem exerce no planeta. Clima x ecossistema fazem parte dessas modificações nem sempre positivas, sentidas até pelos mais indiferentes. Essa parte é a mais impactante do museu: o visitante entra em um ambiente onde ficará cercado por 8 totens de 10 metros de altura. Cada um mostra estatísticas alarmantes a respeito de desmatamento, mortes relacionadas com água, aumento de população (Nova York, Singapura, São Paulo são mostradas nos painéis), extinção de corais devido ao excesso de poluição nos oceanos e muitos, muitos etecéteras. Uma das cenas mais chocantes exibe um senhor em um barco a remo, navegando em um mar de lixo! Puro lixo! Não aparece um milímetro de água sequer. Apenas lixo.
E como dizia Confúcio, “Uma imagem vale mais que mil palavras” .
A reportagem do G1 de 03/11/2017 exemplifica o que acabo de citar. Clique aqui e veja a situação do Canal das Taxas, aqui pertinho, no Recreio dos Bandeirantes.
Imagens grandes e nítidas dos totens atingem em cheio o coração dos mais atentos ao exibirem a realidade cruel que nos cerca: a fome…, a miséria do mundo…, o poder que desencadeia sérios conflitos políticos e religiosos, bem como a posse pela riqueza extraída da terra. Muito sofrimento…
SOCIEDADE
A SAÍDA
Uma estrutura semelhante a uma rede de madeira, em forma de oca, nos remete à simplicidade de uma cabana indígena. No centro, espetado em uma bolacha na qual se lê pequenas frases em diferentes idiomas, uma peça igualmente simples me pareceu servir de integração entre povos de idiomas distintos.
UM CHOQUE DE REALIDADE
O museu é um convite a muitas reflexões… Expõe feridas nem sempre cicatrizáveis, de um planeta despreparado para qualquer tipo de agressão. Revela a triste e cruel realidade daqueles que teimam em viver – ou agonizar? – em algum lugar bem longínquo desse mesmo planeta em que vivemos “muito bem, obrigado”.
O Museu do Amanhã é um choque de realidade, e não por acaso incluíram o texto do escritor, poeta, crítico literário e tradutor argentino Jorge Luiz Borges, que nos ensina o seguinte: ” A uns trezentos ou quatrocentos metros da Pirâmide me inclinei, peguei um punhado de areia, deixei-o cair silenciosamente um pouco mais adiante e disse em voz baixa: – Estou modificando o Saara. O ato era insignificante, mas as palavras nada engenhosas eram justas e pensei que fora necessária toda a minha vida para que eu pudesse pronunciá-las.”
E quando você pensa que não há mais nada para se ver do museu propriamente dito e aprender com sua mensagem gritante, o visitante se depara com a paisagem da foto abaixo. É hora de respirar o ar que nós mesmos poluímos e constatar que o mar que nos cerca está longe, muito longe de ser balneável, pelo mesmo motivo. Passou da hora de termos consciência de que fazemos parte deste contexto chocante a que acabamos de assistir, e de que tudo que nos cerca depende de cada um de nós cada vez mais.
O OBSERVATÓRIO DO AMANHÃ
O assunto alvo do Museu do Amanhã é de tamanha seriedade, que duas vezes por mês o museu abre suas portas, gratuitamente, para os interessados nos sinais vitais da Terra. Esse laboratório, digamos assim, chama-se Observatório do Amanhã. Obtenha informações clicando aqui.
EXPOSIÇÃO SANTOS DUMONT
Foi atraente, informativa e leve como seu 14-bis. Achei bastante interessante a proposta da exposição em não ocultar a polêmica a respeito de quem seria, na verdade, o “pai” da aviação. Fotos e fatos contam a trajetória dos irmãos Wilbur e Orville Wright. Entretanto, a dupla que afirma ter voado pela primeira vez em um veículo mais pesado que o ar, em 1903, não comprovou o feito. Ao contrário, Santos Dumont voou nos campos de Bagatelle, em Paris, em voo homologado e diante de platéia. Sua máquina voadora evoluiu rapidamente. Em seu voo inaugural, Santos Dumont elevou o 14-bis a 2 e 3 metros de altura e percorreu a distância de 60 metros. Dias após, em 12 de novembro, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros. É o que nos conta a história da aviação. Pelo sim, pelo não, evidentemente que atribuiremos ao brasileiro esse invento fantástico.
O museu apresentou diversos modelos de aeronaves e possibilitou os curiosos…
… de experimentarem um voo vertical no modelo acima. Não preciso dizer que a fila era imensa.
A mostra não se limitou em focar apenas nosso mineirinho voador; foi rica em detalhes a respeito da aviação em geral, o que achei de muito bom gosto.
Visitará o Rio de Janeiro? Não deixe de incluir o Museu do Amanhã em seu roteiro porque é Imperdível!
RESTAURANTE MAUÁ, MAR-MUSEU DE ARTE DO RIO e MUSEU DO AMANHÃ
Tudo isso na zona portuária do Rio de Janeiro, praticamente um ao lado do outro. O Restaurante Mauá serve pratos deliciosos com diversos sotaques brasileiros. O MAR varia suas mostras artísticas e o MUSEU DO AMANHÃ é um choque de realidade para o qual nem todos que o visitam estão atentos.
IMAGEM DESTACADA:Vista Parcial da Praça Mauá fotografada do Restaurante Mauá.
Começamos pelo terraço do MAR, no 6° andar, porque é lá que está o restaurante super concorrido. Não havia lugar disponível, mas decidimos esperar e valeu à pena.
Interior e varanda do Mauá, vistos pelo espelho.
RESTAURANTE MAUÁ
O CARDÁPIO
é surpreendentemente brasileiro. Há sotaques nortistas e nordestinos no menu, bem do jeito que eu e meu amigo gostamos, ou seja, pratos com abacaxi, banana, tamarindo, manga, queijo de coalho, patas de caranguejo, castanhas do Pará, nozes, enfim, aquela química, aquela tropicalidade que põe meu paladar em festa. Dê só uma olhada na última opção das saladas! Divinas combinações e anáguas. Eita nós! – Peito de pato combina com castanha de caju e manga? – Combina! E como!
Brasileiro é criativo onde quer que atue, e na culinária bate aquele bolão. Essas sugestões abaixo são exemplos. Mergulhei em apnéia, feliz da vida no Nhoque de Banana da Terra! Ó!… Nem soltei aquele “Hummm!…” Só fechei os olhos e me concentrei no sabor. Vale à pena sair de qualquer lugar para comer no Mauá. Sei não, mas acho que Zeus sairia do Olimpo prá conhecer o Mauá!…
A aparência pode não ser chic. Mas o sabor, minha gente…
Meu amigo embarcou no Mignon do Sol acompanhado por uma farofinha porreta. Segundo ele, estava estupendo.
A farofinha quase que não entra na postagem. Porção individual, istepô!
O restaurante também conta com carta de vinhos e drinks. Na arrancada final, dispensamos a sobremesa para não perdermos a última impressão – a que fica. Repare que os chocolates ganharam aquele toque brasileiro: um, foi laureado com um confetinho de castanha de caju e o outro com o perfume e aroma do “fruto da paixão”, o nosso maracujá.
Como não poderia deixar de ser, as mesas colocadas junto à mureta são as mais concorridas por motivos óbvios. Foi esta paisagem que nos serviu de sobremesa. Com ela, adoçamos a alma.
Acima: imagens da Praça Mauá como você nunca viu, captadas por um drone sob o comando demeu afilhadoMatheus Pestana.
O Restaurante Mauá está situado embaixo da grande onda do MAR, que cobre dois prédios ao mesmo tempo. Nesta onda qualquer pessoa que aprecia um bom prato pode e dever surfar.
E para fazer a digestão, descemos os seis andares a pé. Aí sim, começamos a visitar o museu. Na descida, nos surpreendeu a primeira obra de arte. Melhor dizendo, deparamo-nos com uma escada magnífica que muito lembra a forma arquitetônica predileta de Oscar Niemeyer – a curva.
MAR – MUSEU DE ARTE DO RIO
Particularmente, as exposições do museu naquele momento não me chamaram atenção, à exceção da sala de fotografias e mesmo assim com restrições. Vale consultar a agenda do MAR, clicando aqui.
Outras, nem tanto.
A imagem que mais me impressionou. Para mim, esta foto foi hors concours. Ge-ni-al!
QUANDO PEGAR ESSA ONDA
Antes de entrar no MAR (não aconselho visitá-lo às terças-feiras devido ao excesso de público) você deverá passar pelo guarda-volumes que, devido ao movimento excessivo, fica deste jeito que você vê na foto. Nos momentos mais tranquilos, que fique claro.
Às terças-feiras há visitas de colegiais tanto no MAR quanto no Museu do Amanhã. O tumulto é grande e por isso aqui vai o aviso: para quem gosta de curtir seu museuzinho ouvindo vez ou outra o sussurro de quem comenta uma obra, ou o ranger do assoalho antigo, não é o dia apropriado. O acúmulo de pessoas no guarda-volumes deve-se à observância do limite estabelecido pelo museu quanto ao tamanho de bolsas e sacolas.
Caso seus pertences não caibam em uma bolsa de tamanho idêntico ao que você vê na foto, não entrará no museu. Daí, istepô, o guarda-volumes é a única saída.
Acima: o espaço térreo que une os dois prédios e onde você encontra restaurante, loja de souvenirs e de objetos para uso pessoal e decorativo, e banheiros.
O banco skate, certamente, será um destaque em sua decoração.
As cadeira e mesinha LP serão outro. O banquinho que se vê atrás das cadeiras é côncavo e pode acomodar muito bem um tundá. É super confortável.
A floresta exposta em vários tipos de madeira e espécies de árvores, beeem rendilhadas, chama atenção pelo belo trabalho e impacta pela originalidade…
…bem como os modelos de bandeja e vasos em cerâmica.
Nesta loja, destacam-se bancos como jamais vi; no modelo abaixo, Chico Fortunato utilizou 1 tábua para cortar carne, 4 rolos para abrir massas, 1 socador de alho e 3 colheres de pau.
Descanso do Chef é o nome da obra.
A mesinha Phosphoro da Desfiacoco é fabricada com outras estampas, incluindo a antiga marca Pinheiro.
A madeira ganha leveza nesses pássaros que poderão voar à vontade sobre um aparador. Lindos!
A meu ver, a boutique do térreo é outra exposição de obras de arte e é interessante esclarecer que todos os trabalhos são assinados. Lá você encontra roupas, bolsas, móveis, utilidades para casa, objetos de decoração, bijuterias. Não poderiam faltar os porta-copos coloridos, estampados com desenhos Primitivistas ou Contemporâneos de cenas cariocas, ou com fotos em preto e branco do Rio antigo ou atual.
UM POUCO MAIS de PRAÇA MAUÁ
Os motivos para a demolição do Elevado da Perimetral, que encobria inteiramente a Avenida Rodrigues Alves, estão muito bem relatados no site que apresenta o Porto Maravilha.
Não encarei o discurso como se fosse uma justificativa, mas uma questão de lógica. O site vale à pena ser lido para que entendamos os novos conceitos de mobilidade urbana e valorização de áreas degradadas durante anos a fio pela construção de elevados. Essa remodelação que desnudou o Centro do Rio, sob ótica positiva, serviu para mostrá-lo ainda mais belo e ensolarado.
1 – AEROPORTO SANTOS DUMONT, SHOPPING e HOTEL NO CENTRO DO RIO
Em 15 de novembro de 2015 a cidade do Rio de Janeiro facilitou mais ainda a movimentação de passageiros que se valem do Aeroporto Santos Dumont para viajar.
O aeroporto que já era movimentado por localizar-se no Centro do Rio, passou a ficar lotado desde a inauguração do Hotel Santos Dumont Airport Rio de Janeiro, ao qual conectou-se por uma passagem. Deste complexo ainda faz parte um shopping denominado Bossa Nova Mall, com 50 lojas.
FOTO EM DESTAQUE: Morro Cara de Cão (à esquerda da foto) e Morro da Urca, com destaque para a pedra do Pão de Açúcar.
Fernanda Hinke é a autora e executora de uma atração única em Paris: passear de bicicleta, à noite, saindo do Centre Pompidou com destino a Tour Eiffel. Pense nisso!
O sucesso da jovem brasileira é tão grande, que agora há vários roteiros para você escolher. Pensando bem, por que não desfrutar de todos eles? Garanto que será uma experiência única em sua vida. Clique aqui e conheça todos os roteiros.
IMAGEM DESTACADA: Place du Carroussel após 1 h da manhã.
1 – O QUE ENCONTRAR NESTA FEIRA ? Quem achar que a Feira do Rio Antigo se constitui apenas de antiguidades – assim como pensei – como o nome sugere, vai sair da rua do Lavradio frustrado porque não é bem assim.
FOTO DESTACADA: Foto panorâmica tomada do extinto Morro de Santo Antonio por Augusto Malta.
Em meio a barracas que oferecem LPs, máquinas de escrever, telefones, bibelôs, vidros e cristais antigos, você encontrará grifes modernas tais como de bolsas, sapatos, roupas, bijouterias e jóias bem interessantes em modelos superatuais.
Móveis de época ocupam o ângulo espaçoso da confluência com a Avenida Chile, o que lhe permite passear entre as peças e analisá-las cuidadosamente.
2 – DIAS DE FEIRA
A feira existe desde 1996. O principal objetivo de sua criação foi revitalizar o Centro do Rio e deu certo – as 400 barracas recebem perto de 30 mil visitantes no primeiro sábado de cada mês entre 10.00 e 18.00 horas. Confesso que despertei minha carioquice a partir da criação do blog. Até agora não conhecia a famosa feira, incluída desde sua criação no calendário turístico da cidade como uma de suas melhores atrações.
3 – O ENTORNO QUE LUCRA EM FUNÇÃO DA FEIRA
Além do mais, brechós e lojas de móveis usados e adornos também permanecem de portas abertas.
É preciso organizar o passeio para não perder nenhuma oportunidade, porque tudo vale à pena ser visto, incluindo os casarões da rua do Lavradio e ruas perpendiculares. E como uma coisa puxa outra, por conta da feira o entorno enriqueceu em opções de restaurantes. Portanto, quem tiver a fim de fazer barba, cabelo e bigode, poderá curtir a feira e ainda esticar a noite em um deles. Não se arrependerá.
Começamos nossa varredura pela esquina da rua Mem de Sá com rua do Lavradio porque já saímos de casa com o objetivo de almoçar no Momus, no início da rua.
Este restaurante era espetacular, mas fechou suas portas. Logo à direita, na segunda barraca, chamou-me atenção uma grife colorida. Trata-se da Orabolas! Acessórios Necessários. A começar pelo nome, os artigos são muito interessantes e chamam bastante atenção.
A grife está no Facebook – orabolasacessoriosnecessarios e no Instagram: @orabolassapatilhas. Tel: 9-8750.4402. Site: orabolas.iluria.com. As bolsas são confeccionadas com tecido e couro e resistem à chuva.
Não resisti ao charme do cinto com as duas bolsinhas e comprei-a.
Havia uma bolsa estampada com as fitas do Bonfim que lhe deram um toque especial. É difícil escolher qual a mais linda. Em frente ao número 161 encontrei outra barraca em que uma camiseta chamou atenção por sua estampa: um trecho do Bolero de Ravel. Tratava-se da marca By Lú, presente também na calçada do Campo de São Bento em Icaraí. Contato: 9-9316.1001 e 3901.7517.
4 – CAIXAS ESTAMPADAS COM FOTOS DO RIO ANTIGO – LINDAS!
Mais adiante encontramos um trabalho artesanal muito interessante: caixas de utilidades diversas estampadas com fotos do Rio Antigo. De acordo com informações do artista, Sr. Paulo Renatto, o atelier executa trabalhos personalizados: basta o interessado levar uma foto ou estampa. As caixas são impermeabilizadas com resina, garantindo assim maior integridade do produto. Telefones: (21)9-9199.8751 e (22) 9211-1493. Email: paulorenatto@yahoo.com.br
A Feira do Rio Antigo ainda conta com a Praça Emilinha Borba, onde conjuntos musicais costumam se apresentar em dias de exposição.
A feira vale à pena pela animação e diversidade de mercadorias oferecidas. Lembra as brocantes francesas, onde há vendas ou trocas de objetos usados. Há muitos turistas na feira e minhocas também (gente do próprio lugar). A feira movimentou o comércio local, principalmente os restaurantes. Vale à pena.
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