IMAGEM DESTACADA – Lavandas Papillon (borboleta). Oferta de uma loja de decoração. Lindas!
UZÈS
é uma comuna que contava com aproximadamente 9.000 habitantes em 2010. Trata-se de outra cidade pequena com aparência de cidade grande, e acredito que este perfil de Uzès deva-se às ruas e avenidas arborizadas, e ao destaque de suas construções imponentes.
L’Isle-sur-la-Sorgue, distrito de Avignon, é uma comuna no Sudeste da França no Departamento de Vaucluse, que cresceu às margens do Rio Sorgue, cuja nascente fica em Fontaine du Vaucluse.
Dista em 707 km de Paris, 84 km de Marselha e 33 km de Avinhão.
COMO CHEGAR
L’Isle-Sur-La-Sorgue é servida por uma estação de TGV (Trem de Grande Velocidade) em Avignon, que fica a 25 minutos do Centro, por outra de trem comum (8 km a pé). Serve-se de dois aeroportos, a saber: um em Avignon, 15 km distante, e outro em Marseille, a 1.15 horas de viagem. Clique aqui para saber mais a respeito do Aeroporto Avignon-Provence.
Fontaine-du-Vaucluse é uma comuna no departamento de Vaucluse na região de Provence-Alpes-Côte d’Azur. A comuna pertence ao cantão de Isle-sur-la-Sorgue e ao distrito de Avignon, e dista da comuna em apenas 8 km. Clique aquipara saber mais.
A conhecida Isle-sur-la-Sorgue transborda de charme graças ao Rio Sorgue que viaja de Fontaine du Vaucluse até lá, divide-se e transforma uma parte desta comuna em uma ilha.
O rio que beneficia estas duas atrações nasce, justamente, na fonte que mostro em fotos abaixo. E foi devido a esta nascente que batizaram a comuna com o nome Fontaine-du-Vaucluse (Fonte do Vaucluse)
ÁGUA – A RIQUEZA que TRANSBORDA, LITERALMENTE, NO SUL DA FRANÇA
A nascente situa-se na base de um penhasco íngreme de 230 m de altura. Trata-se do maior manancial da França e o quinto do mundo! O fluxo normal de vazão de água é de 23 m³por segundo, mas não fica só nisso porque em época de desgelo de neves pode atingir cerca de 110 m³por segundo. O sul da França assombra pela quantidade de nascentes. É tanta água, que torna-se fácil decorar avenidas, praças, rotatórias e o que mais inventarem com fontes belíssimas.
A prova desta fartura está no Cours Mirabeau, em Aix-en-Provence, onde algumas fontes estão enfileiradas no canteiro central, outras no entorno e ainda duas bem famosas que ficam no início e no final desta mesma avenida.
PORMENORES DA FONTE
Foi em 1985 que o mistério quanto à profundidade da fonte foi revelado. São 308 metros medidos com o auxílio de um robô pertencente à Sociedade de Espeleologia Fontaine du Vaucluse. Essa fonte serve de vazão para uma bacia de 1.200 m³ que coleta águas do Monte Ventoux, das Montanhas do Vaucluse e da Montanha Lure (wikipedia.org).
AINDA A RESPEITO DA FONTE
Anda-se um pouco por um caminho árido e pedregoso margeando o rio até surgir a fonte. Na árvore da foto abaixo há uma marca sutil logo acima das raízes, que mostra o nível máximo atingido pela água da fonte. Observe a diferença das cores no paredão, e repare que até a parte mais escura, logo abaixo da hera, ficou submersa. A Fontaine-du-Vaucluse impressiona…
ONDE COMER?
Em determinado lugar ao longo do Sorgue há vários lugares onde almoçar ou fazer um bonito e saboroso lanche.
No restaurante da foto abaixo tomei um café em um dos lugares mais lindos que tive o privilégio de testemunhar. Um café que degustei em companhia de pessoas maravilhosas que cruzaram meu caminho e, de quebra, ouvindo a música suave tocada pelo Rio Sorgue. A Natureza privilegiou Fontaine-du-Vaucluse.
FÁBRICA DE PAPEL
No Centro de Fontaine-du-Vaucluse há um museu, se é que podemos definir assim, no qual reconstituíram o funcionamento de uma fábrica de papel nos mesmos moldes de antigamente.
Pelas fotos de Fontaine-du-Vaucluse talvez você imagine que o lugar nada tenha para oferecer a não ser mesmice, ou seja, águas cristalinas que embalam em movimentos suaves as algas do leito do rio e nada mais, não é? Nós, pelo menos, paramos algumas vezes ao longo da margem para apreciar não apenas a beleza que se revelava em cada ângulo, bem como ouvir com atenção aquele “barulhinho bom” das águas do rio, música da melhor qualidade para ouvidos sensíveis. Enfim, um convite irrecusável da Natureza ao relaxamento…
Este passeio é obrigatório para quem visita o sul da França.
“Quando gastamos tempo demais a viajar, tornamo-nos estrangeiros no nosso próprio país”.
FOTO EM DESTAQUE – Campos de Girassóis entre Aix-en-Provence e Cavaillon. O assunto de hoje é Carpentras, mas vamos começar por…
…AIX-EN-PROVENCE
Saímos cedo de Aix-En-Provence porque tínhamos uma estrada um pouco longa pela frente, mas mesmo assim não deixamos de passar na feira após o café da manhã – feira quase embaixo de nossas janelas.
Alugar imóvel no exterior tem suas vantagens; por outro lado, limpezas em geral, café da manhã e vez ou outra um jantarzinho ficavam por nossa conta. Vai daí que nesse dia acordamos muito cedo por conta das compras – e da arrumação do apartamento que já estava bem descabelado – e saímos em direção a…
CARPENTRAS
Em Carpentras, Isle-Sur-La-Sorgue, Uzès e Apt vimos as maiores feiras dentre todas as comunas por onde andamos. Anaté escolheu a dedo as cidades por onde poderíamos serpentear entre as centenas de barracas. Esse tipo de comércio é atração turística na Provence por muitos motivos, e a prova disso é o número expressivo de turistas se esbarrando nas ruas estreitas. E para quem gosta do babado, unirá o útil ao agradável sem erro algum. “E vou-te dizê-te uma côza” (dicionário manezês): bobagem pensar que você sairá desses imensos mercados a céu aberto de mãos abanando. Prá isso a pessoa tem que ser firme! Ter muita personalidade, e eu não tenho nenhuma quando o assunto é comprar. Para forçar a barra me pergunto algumas vezes: – Você vai, realmente, aproveitar isso? Tem funcionaaado, mas…, quem há de resistir a um patezinho preparado com as mais genuínas receitas provençais, ou a um pedaço de queijo daqueles bem fedorentos, mas deliciosos? Nenhuma feira escapou de nossas investidas. Em todas encontramos alvos saborosos que saciaram nossa gula e curiosidade em experimentar os produtos da terra. Algumas vezes fechei os olhos em frente à barracas de embutidos e farejei o ar como um cachorro vira-latas faminto. Não resisto, e confesso que sou fraca quando o assunto é comer.
O QUE COMPRAR NAS FEIRAS PROVENÇAIS?
A feira de Carpentras não é tão grande quanto a de Uzès – penso que esta seja a maior de todas. As feiras, sem exagero, são maravilhosas. Ora é o perfume das flores que está no ar, ora é o dos condimentos, e não posso me esquecer daquele cheirinho dos queijos e salames. Isso, sem contar as barracas que vendem azeitonas, champignons, alhos e outras delícias já devidamente temperadas. E dá-lhe aromas. Ai, Jesus! Gula é pecado. Roupas, calçados, bijuterias, camisetas pintadas, especiarias, peixes, legumes, frutas, verduras, champignons, doces, sabonetes, sachês, roupa de mesa, cama, banho, objetos para decoração, artesanatos variados e até redes do nordeste!!! vimos na feira de Carpentras. Enfim, dá prá fazer um belo estrago na carteira.
CARPENTRAS
Carpentras é uma comuna francesa na região administrativa da Provença-Alpes-Costa Azul, no departamento de Vaucluse. Tem perfil de cidade grande apesar de a estatística apontar 30.000 habitantes. Nem chega a isso, é um pouquinho menos. Dista de Aix-en-Provence em 96,3 km, e de Fontaine-du-Vaucluse em 22,3 km. Visitamos as duas cidades no mesmo dia. Leonor, brava motorista, dava conta de todos os recados independentemente das distâncias.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Carpentras foi capital do Comtat Venaissin de 1320 a 1791. Trata-se de uma região que faz parte do Departamento de Vaucluse entre o Rhône e Durance, Monte Ventoux e Dentelle de Montmirail, compreendendo as cidades de Carpentras, L’Isle-sur-la-Sorgue e Cavaillon. Esse condado ficou sob a administração papal durante cinco séculos. Profundamente marcada pelas diferentes ordens que se estabeleceram na cidade, Carpentras conserva um patrimônio religioso importante. Exemplo é a Catedral de Saint-Siffrein, linda, edificada entre 1405 e 1531 em estilo gótico meridional.
SINAGOGA do SÉCULO XIV
A sinagoga, sempre em atividade, evoca a história dos judeus perseguidos no Reino de França que encontraram refúgio no condado sob a proteção da Santa-Sé. Esta particularidade histórica encontra-se no movimento do judaísmo provençal e seu dialeto judeu-provençal falado pela comunidade judaica.
Obs: Não fosse a insistência de Leonor, nossa guia, não teríamos visitado a sinagoga. Apesar de termos tocado a campainha várias vezes e termos chegamos no horário de visitação, aguardamos muito tempo até que uma senhora abrisse a porta. A certeza de Leonor de que havia movimento na sinagoga foi fundamental para não perdermos essa preciosidade de Carpentras. Sinceramente, aguardamos aproximadamente 30m até que abrissem a porta. Valeu a insistência. O que não valeu foi a falta de atenção da senhora responsável pelo atendimento. Não entendi o motivo da demora absurda.
A TORÁ
Trata-se de um livro sagrado dos judeus onde 613 mandamentos orientam como devem agir em determinadas situações. É considerada o Antigo Testamento da Bíblia Cristã.
A FONTE DO ANJO
Quase em frente à sinagoga está a Fonte do Anjo, ” A MAIS LINDA DE TODAS”. Em 17 de março de 1730, o Conselho Deliberativo da Prefeitura de Carpentras decidiu pela instalação de uma fonte no espaço que ainda hoje ocupa quase em frente à sinagoga e à Prefeitura, considerado o coração econômico e ativo da cidade.
OS RENOMADOS ESCULTORES QUE PROJETARAM A FONTE
Para sua concepção foram convidados dois escultores renomados: Jean-Paul Guigue, que concebeu uma pia hexagonal, um pedestal helipsoidal e não menos que oito máscaras das quais jorrasse muita água.
O outro escultor chamava-se Jacques Bernus, natural de Carpentras, sobrinho do célebre escultor barroco de Mazin, contratado para elaborar o anjo, em chumbo. Esta estatueta foi colocada no alto do chafariz. Esta figura alada representa o gênio da cidade.
Sua mão esquerda se apóia em um escudo no qual constam as armas municipais. Em sua mão direita ele desenrola um filactério* com a insignia de Carpentras: ” Unitas fortitudo, dissentio fragilitas”. Algo parecido com “A união faz a força, a discordância fragiliza” (não garanto a tradução).
A fonte foi cantada pelos poetas e tornou-se símbolo da cidade, chegando a figurar em cartões postais. Aconteceu que em 1904, apesar dos protestos dos habitantes de Carpentras, ela foi destruída por decisão do Conselho Municipal. Alegaram que a fonte era um desperdício de água e por isso deveria ser demolida. A ordem era substituí-la por uma fonte de ferro em que a água só sairia quando manipulada por uma manivela (a bomba manual que conhecemos). Sem nenhuma piedade nem consideração por seu valor arquitetural, a fonte foi derrubada a golpes de picareta! Somente o anjo escapou por milagre e hoje faz parte das coleções da Biblioteca Municipal Inguimbertine – 234 Boulevard Albin Durand 84200 Carpentras – +33 4 90 63 04 92
Cem anos após, em 2004, a Municipalidade optou por reconstruir a fonte tal qual o modelo anterior, consciente da importância desse patrimônio para a cidade.
COMTAT – FROMAGERIE
Saímos da sinagoga e fomos para a fromagerie chamada COMTAT, onde Leonor havia agendado uma degustação de queijos e vinho. Solicitamos a orientação de Leonor na compra de queijos, salame, ovos e paté, já imaginando o lanche da noite. Como sobremesa, nos serviríamos das frutas frescas que “colhemos” na feira pela manhã e, voilá, faríamos uma refeição digna de um rei.
NOSSO ALMOÇO
Vez ou outra saímos para jantar, mas, normalmente, eu preparava um bonito lanche (no apartamento que alugamos na Praça da Prefeitura) com produtos fresquíssimos que tínhamos em casa. Omeletes, saladas, massas ou então um café ou chá devidamente acompanhado por queijos, frios, patés, geléias e ainda aquele pãozinho francês estalando de fresco era o que tínhamos em nossos lanches. Nossa mesa era colorida e variada como mesa de festa.
PARA FINALIZAR, UMA CURIOSIDADE
Quando falamos em Provence nos reportamos imediatamente às lavandas e pensamos logo na cor lilás. Os vinhedos ficam em segundo lugar, e os girassóis acabam nem sendo lembrados!
– Ué!… nasce girassol lá, é?
– Nasce. E como nasce!…
E quando dizemos que o maior produto provençal é o azeite, aí mesmo é que a surpresa aumenta. – Azeite? – É. Azeite. Também “nasce” azeite na Provence. E amêndoas, e nozes, e cerejas, e trigo. E morangos, conhecidos como “fraise”. Na França nasce tudo isso e também nasce francês.
OS MORANGOS DA PROVENCE…
O morango, originário da América do Sul, foi importado na Europa por um navegador de nome Frézier. Graças à criação do canal de Carpentras, as primeiras plantações de morango foram em 1882. Nos anos 1960 as primeiras estufas apareceram e a produção alcançou 12.000 toneladas.
Mas, a concorrência de países vizinhos levou Carpentras a uma diminuição na produção. Hoje em dia Carpentras produz 4.000 toneladas anuais com 300 produtores, e coloca-se em primeira posição na região da Provence.
COMO COMPRAR MORANGOS
de Carpentras, um dos primeiros da produção francesa a aparecer no ano, é procurado por suas qualidades gustativas:são doces, derretem na boca e são perfumados. Criada em 1999, a Confraria do Morango de Carpentras tem como objetivo tornar conhecido o morango do Comtat Venaissin.
Um conselho: escolha morangos bem vermelhos, sem manchas, brilhantes e firmes. Privilegie o aroma, porque é mais importante que seu tamanho.
ANATÉ MERGER
Nossos roteiros de 2013 e 2014 foram elaborados por Anaté Merger, jornalista brasileira residente em Aix-en-Provence há mais de dez anos, e comandante de uma agência de viagens que você poderá alcançar clicando no link com seu nome.
Anaté, além de dedicar-se à carreira de escritora – vários livros editados após firmar residência em Aix-en-Provence -, aliou seus conhecimentos jornalísticos à atividade que vem desempenhando com afinco na Provence: turismo especializado no Sul da França. Mas, Anaté não parou por aí, pois expandiu sua atividade e atravessou fronteiras. Saiba mais clicando aqui.
Conheci o trabalho da jornalista brasileira por intermédio do blog de outra brasileira radicada em Paris, o http://www.conexaoparis.com.br. Desde de 2011 venho perseguindo as novidades postadas diariamente por essas duas guerreiras de sucesso.
Ménerbes e Cucuron foi nosso primeiro passeio de 2014 sugerido por Anaté Merger.
Em Aix montamos nosso quartel general nos dois verões que passamos no sul da França – 2013 e 2014. A Logística ficou por conta de Anaté Merger, que tomou as seguintes providências: aluguel de apartamento em um ponto maravilhoso em frente à Mairie (Prefeitura), roteiro original (tal qual nos filmes), e aluguel de automóvel guiado pela doce Leonor, dublê de motorista e guia turístico, falando português, évidemment.
NA IMAGEM DESTACADAvemos o detalhe de uma rua de Ménerbes.
Despedimo-nos de Marseille caminhando vagarosamente pela beira do velho cais daquela que é a segunda maior cidade francesa. Velho cais, lógico, é u’a maneira carinhosa que utilizei a fim de lembrar de que foram os gregos os fundadores de Marseille, há 2.600 anos.
IMAGEM DESTACADA – Meditação, Espera ou Desistência?
Marseille, Vieux Port.
IMAGEM DESTACADA: Rue du Refuge no bairro antigo Le Panier. Acesso Metrô: estações Juliette e Vieux-Port Hôtel de Ville.
COMO CHEGAR Le Panier está situado na parte norte do antigo porto (Vieux Port). Trata-se da parte mais antiga de Marseille, localizada atrás da Prefeitura.
Este passeio de Marseille a Cassis em ônibus foi u’a maratona inesquecível tanto na ida quanto na volta. As dificuldades se transformaram em desafio, mas acabou valendo à pena.
IMAGEM DESTACADA – Parcial doPort de Cassis.
COMO CONSEGUIMOS CHEGAR!
Saímos do Grand Tonic Hotel localizado em frente ao Vieux Port e fomos caminhando em direção à Place Castellane, de onde, segundo minhas pesquisas, saíam os ônibus para Cassis.
Na praça, procuramos atentamente por qualquer indicação de ônibus que fosse para Cassis, mas… em vão. Foi aí que senti um forte arrepio no corpo, porque me reportei à Nice e me lembrei daquela peregrinação à procura do ônibus número 100, i-nes-que-cí-vel!!! Eu e meu fiel escudeiro perdemos uma manhã inteira!!! atrás do tal ônibus para Menton. Caso queira saber mais a respeito de paradas de ônibus em Nice, clique aqui. Em Marseille, foi a busca foi pelo ponto do M8. Ó vida dura de viajante! Ó ceus!
O PONTO DO M8 – Via Gineste.
Perguntamos e andamos até dizer chega! e ninguém sabia nos informar onde pegar o ônibus para Cassis. Que fizemos? Desistimos do passeio e pegamos o caminho de volta. Cansados, resolvemos tomar um café e descansar um pouco. Ao sairmos do Café fizemos nossa última tentativa. E como não poderia ser diferente, foi um senhor estrangeiro – tal qual em Nice! – quem nos apontou onde ficava o ponto e ainda nos informou o número do famigerado: M8, cujo ponto era em frente à uma agência imobiliária chamada FONCIA, na Avenida do Prado, 541.
TUDO MUDOU DE NOVO!
COMO CHEGAR A CASSIS, LA CIOTA e AUBAGNE DE ÔNIBUS, PARTINDO DE MARSEILLE?
Os pontos dos ônibus que partem de Marseille para estas cidades mudaram. O ônibus M8 agora é o L 78, via Gineste, porém não há parada para apreciação do litoral e do calanque d’En Vau, o mais famoso.
Para os desejosos de apreciar unicamente a paisagem, a estrada é a D 559, a mesma que segue para Cassis. O ônibus parte do bairro Vaufrèges, no 9º arrondissement de Marselha.
E AGORA? ONDE PEGAR O ÔNIBUS PARA CASSIS?
O interessado deverá se deslocar até ao início da Av. de Toulon, nº 16, onde encontrará um poste com a indicação do ônibus. Para os demais destinos o passageiro deverá procurar outros endereços próximos. O site que apresento é bem explicativo, e basta clicar aqui para saber tudo a respeito do assunto.
Na lateral do ponto havia um papel colado indicando itinerário e horário do ônibus. Neste ponto não havia indicações de que ali fosse a parada do M8, a não ser por um papel colado no vidro da cobertura que nem em letras de tamanho legível estava. Resumindo: só mesmo quem já estava acostumado a pegar o ônibus ali naquele ponto é que sabia disso e não nos restava alternativa a não sair perguntando. Felizmente, ao perguntar a uma senhora onde ficava o ponto do tal ônibus, um senhor ouviu e nos informou. Detalhe: ele não era francês e sabia onde era a parada, e a francesa não. Vai entender!
PERNAS, PRÁ QUE TE QUERO?
Foi outra corrida daquelas. Estávamos aproximadamente a 50 metros do ponto quando vimos o M8 encostar. Felizmente, o motorista nos viu correndo em direção ao ônibus pelo espelho retrovisor e movimentou a mão no sentido de que tivéssemos calma. Assim procedemos, e ao nos aproximarmos do veículo, ele abriu a porta. Antes de embarcar certifiquei-me se estávamos na condução certa para Cassis, e um “Oui, Madame” me fez sentar e relaxar. Mas isso não foi nada! O pior foi na volta! É muita história prá contar envolvendo ônibus e trem – Mon Dieu!
SAINDO DE AIX-EN-PROVENCE para CASSIS
1 – TREM Não há trem direto de Aix para Cassis; pelo menos até eu escrever este post. Ou você se dispõe a pegar um trem da estação Centre-Ville de Paria até Marseille Saint-Charles, e de lá pega outro trem para Cassis (ou um ônibus), ou você pega um ônibus na rodoviária de Aix que vá até Marseille e de lá pegue outro ônibus ou trem para Cassis. Entendeu? Da estação de trem de Cassis até ao Centro são 3.5 km, que você poderá alcançar a pé, de taxi ou de ônibus. As distâncias entre as três cidades são pequenas ( Aix-Marseille: 26 km. Aix-Cassis: 35 km; Marseille-Cassis: 15 km), o que facilita sua escolha, incluindo um taxi em suas opções.
2- DE CARRO
Agora, caso você decida chegar a Cassis em automóvel e com motorista falando português (o que acho mais vantajoso), consulte o blog www.naprovence.com. Anaté Merger lhe oferecerá opções confortáveis para você chegar a seu destino sem ter que se desgastar procurando pontos de ônibus e ainda tendo que ficar em pé por mais de uma hora enfrentando filas enquanto seu lobo não vem. O trajeto por onde o ônibus L 78passa é atraente: trata-se do “PasseGineste” – uma estrada que corta alguns calanques e de onde se avista o Mediterrâneo em alguns pontos.
ONDE COMPRAR?
Guardadas as devidas proporções, Cassis lembrou-me Búzios em sua descontração chic: boutiques, cafés, restaurantes, lojas de souvenir, a presença do mar…
Na Place Gilbert Savon, entre a marina e a praia, há um quiosque oferecendo várias opções de passeios pelos Calanques além de mapas da cidade. Ao longo da marina, algumas empresas anunciam caminhadas e também passeios pelos Calanques com direito a mergulho; outras, são especializadas em pesca. Divertimento não falta na cidade, além da visita ao castelo, ao zoológico e ao comércio.
ONDE COMER?
À esquerda do quiosque há uma brasserie/creperie/bar à vin chamada Le Delphin, muito boa, onde saboreamos as deliciosas saladas que você vê abaixo.
Em viagem procuro ser cautelosa com minha alimentação. Não abuso de pratos gordurosos ou de novidades tentadoras listadas nos cardápios. Faz alguns anos, em véspera de viajar de Casablanca para Madri, fui contemplada pela bactéria salmonella no restaurante do hotel e me vi em palpos de aranha para viajar. Tenho certeza absoluta de que o problemão estava em um presunto cru de uma salada. Foi a primeira e única vez que acionei os serviços médicos do seguro saúde, sem o qual não viajo. E como gato escaldado, opto por pratos mais leves em determinadas ocasiões. Ninguém está imune a acidentes e indisposições, mas é bom não abusar.
MARINA DE CASSIS
A marina é, sem dúvida, a parte mais atraente da cidade. De lá vislumbra-se o Castelo de Cassis, ocupado por um hotel.
CASSIS/MARSEILLE – O RETORNO
Saímos de Cassis em torno de 15.00 h e fomos para o ponto do tal M8, atual L 78 Nem me passou pela cabeça olhar aquela foto dos horários dos ônibus que cliquei apressadamente no ponto de Marseille. Poderia ter tentado encontrar naquela tabela os horários de volta dessa linha, mas para nossa falta de sorte e mais aprendizado, não tive essa lucidez.
Como não chegasse ninguém ao ponto após longo tempo de espera, pensei que não houvesse entendido a informação do motorista, quando lhe perguntei se para retornar a Marseille era ali que deveria embarcar. Fazia muito tempo que estávamos parados e não acontecia nada: necas de ônibus ou de alguém.
DIFICULDADES PARA EMBARCAR
Quando o dito cujo apontou na curva da rua enfrentamos a primeira dificuldade: levantar do meio-fio. Foi um parto.
A segunda foi driblar o povo que já aguardava pelo ônibus àquela altura do campeonato. Era gente prá todo lado em total desorganização. Não fazem fila!!! Embolaram-se na porta do veículo e iam entrando sem a menor preocupação com quem havia chegado primeiro – imagine isso! -, e muito menos atenção tiveram com os idosos ou com os adultos com crianças de colo. A falta de polidez foi total! Numa hora dessas é que não entendo esse antagonismo francês que ora pende para a cortesia, ora para a indelicadeza. Ó tênue fio irritante!
RESUMO:
Aguardamos uma hora e quarenta até que o bendito ex-M8 chegasse, e na hora de embarcar a vez ficou com o mais rápido. Por muito pouco não viajávamos em pé! Na próxima, vê se fica esperto, istepô.
IMAGEM DESTACADA – Altar Principal da Basílica de Notre Dame de la Garde.
Quem conhece a história da Basílica de Notre Dame de la Garde com riqueza de detalhes é Anaté Merger. Clique aqui para conhecer a explanação interessantíssima da jornalista brasileira e autora do blog www.naprovence.com, portal para quem deseja conhecer a Provence em detalhes.
Mais prá frente, nas postagens a partir de Aix-en-Provence, comentarei a respeito do trabalho de Anaté Merger e Leonor – nossa guia pelas estradas do sul da França.
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