O objetivo desta postagem é alertá-lo para o que considero turismo ganancioso e fraudulento. Atenção! Os Parrachos de Maracajaú só estão visíveis em determinada época do ano! Do contrário o turista pagará pelo que não poderá ver nem mergulhando.
É inegável que foram os surfistas os responsáveis pela divulgação de Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba e arredores. Praias lindíssimas do sul do país que muitos ignoravam, passaram a chamar atenção por um simples fato: jovens na busca incessante pelas melhores ondas do litoral brasileiro, acabaram fazendo ninho nestas praias.
FOTO DESTACADA – Praia da Vila, em Imbituba. Na foto, vê-se a Ilha Santana de Fora.
Pois é!… Camboriú, Canasvieiras, Jurerê Internacional, Joaquina – a Joaca dos frequentadores assíduos – e Rosa, você já sabe onde ficam essas praias, né? E a Praia da Gamboa? Pois se nunca ouviu falar, vai saber uma rápida pincelada a respeito dela a partir deste momento.
Quem passa batido pela BR 101 em direção ao sul, nem desconfia que bem próximo de Florianópolis, escondidinha, está a Enseada do Brito, um dos berços da colonização do Município da Palhoça pelos açorianos.
Para quem chega à Praia dos Inglesespelo Centrinho do bairro, não há como não se deslumbrar com aquela imensidão azul cercada pelo abraço do Morro da Feiticeira, o que separa Ingleses da Praia Brava ao norte, e da Pontados Ingleses, que separa Ingleses da Praia do Santinho ao sul. Entretanto, ao caminhar à direita de quem chega, em direção à Ponta dos Ingleses, se prestar atenção você poderá se perguntar: valerá à pena um banho de mar?
Ao chegarmos ao Hotel Guarda Mor, uma senhora, gentilmente, ajudou-nos com as bagagens e nos conduziu a um dos quartos na parte da frente do prédio que, tudo indica, há milênios foi um edifício de quitinetes.
IMAGEM DESTACADA – A vista para Ilhabela – o que havia de positivo no Guarda Mor. Confesso que as fotos postadas na internet nos convenceram de que seria possível pernoitar duas vezes nesse cascão.
Ao entrar no quarto/cozinha do Hotel Guarda Mor, constatei que “o aposento” fez parte de um prédio de quitinetes que passaram a chamara de “hotel”.
1- A POCILGA 1
A jovem senhora abriu a porta e, antecipando-se à nossa entrada no quarto, frisou que teríamos uma vista liiinda! Môquiridu…, niki me aproximei da janela mostrei pela segunda vez toda minha insatisfação. A primeira foi com o ambiente, logo que o vi; a segunda foi com “a vista linda” e todo o conjunto da obra – móveis, roupa de cama, cozinha de mau aspecto em frente às camas, banheiro, a BR-101 passando por dentro do quarto, e o tal cartão postal anunciado, bem em frente da janela, era o prédio da Polícia Federal! Com absoluta certeza devo ter feito uma expressão de reprovação tão grande, que logo depois a recepcionista (que surpreendi mais tarde fazendo comentários jocosos com dois hóspedes a respeito do nome de usuário de meu email) bateu à porta para oferecer um quarto de fundos, mais caro R$70,00 (setenta reais), porém, de frente para o mar. Aceitamos de imediato.
2 – POCILGA 2
Tratava-se de outra quitinete, só que silenciosa. As colchas velhas, as toalhas encardidas e nojentas também estavam lá. Paredes remendadas e sujas, portas idem, maçanetas despencadas, enfim, falta de limpeza e higiene por todo lado. Nem me darei ao trabalho de escrever o cenário. Vejam as fotos.
Estacionamento amplo.
Móveis e roupas de banho e cama jurássicos e encardidos.
A liiinda vista da janela dos quartos da frente.
Misto de sujeira e mofo nas paredes.
O que oculta o remendo? Nem é bom saber.
Para combinar com as demais partes do quarto, mais sujeira no alisar e na porta.
O fino acabamento das portas. Esta, ficava no banheiro.
E chamaram esse lixo de ducha higiênica!!! Olhem a situação!!!
O estado precário da maçaneta da porta do quarto.
E dá-lhe sujeira!
Um tabuleiro cheio de areia imunda no chão da varanda, um cano sem tampa … Um fio solto na parede…
O aviso era prá lá de risível!
Uma gambiarra, claro, não poderia faltar. Essa era no banheiro.
Por este canto limpinho no piso da varanda sai a água do ar condicionado.
O perfil de alumínio do box.
Lixeira sem tampa.
Embalagens de queijos e manteigas fora do gelo. Detalhe: as pessoas as levavam para a mesa e as devolviam mexidas, lambuzadas e com resquícios de geléias misturadas ao queijo – um nojo!
Manteiga Aviação? Pelo jeitão, devia ser de alguma companhia aérea falida porque estava derretida. Açucareiro com bola de açúcar na colher. Sabem como?
Leite frio em garrafa com tampa de plástico aberta…
Mais sujeira no piso da varanda ao lado da sala onde é servido o café da manhã.
Pães e bolos ao sabor de insetos, sem nenhuma proteção.
Sem comentários.
Piscina suja!
Você vê as fotos na internet e não imagina que de perto seja um Ó.
Daí você pode estar se perguntando: – Mas por que não saiu dessa pocilga? – Como passar tudo isso para você que me lê nesse instante, se não tivesse ficado lá? Experiências de blogueiro, môquiridu!
NOTA! Esta postagem foi atualizada em 14.02.2025. O que chamavam de hotel continua sendo anunciado na internet, mas pelo que vi deram uma guaribada nas instalações.
Não consigo entender como um hotel com o perfil do San Rafael é representado com 4 estrelas em um site respeitável de busca por hotéis, e outro, de categoria muito superior como o Camboa, na mesma cidade de Paranaguá, figura com apenas três.
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