Fontaine-du-Vaucluse é uma comuna no departamento de Vaucluse na região de Provence-Alpes-Côte d’Azur. A comuna pertence ao cantão de Isle-sur-la-Sorgue e ao distrito de Avignon, e dista da comuna em apenas 8 km. Clique aquipara saber mais.
A conhecida Isle-sur-la-Sorgue transborda de charme graças ao Rio Sorgue que viaja de Fontaine du Vaucluse até lá, divide-se e transforma uma parte desta comuna em uma ilha.
O rio que beneficia estas duas atrações nasce, justamente, na fonte que mostro em fotos abaixo. E foi devido a esta nascente que batizaram a comuna com o nome Fontaine-du-Vaucluse (Fonte do Vaucluse)
ÁGUA – A RIQUEZA que TRANSBORDA, LITERALMENTE, NO SUL DA FRANÇA
A nascente situa-se na base de um penhasco íngreme de 230 m de altura. Trata-se do maior manancial da França e o quinto do mundo! O fluxo normal de vazão de água é de 23 m³por segundo, mas não fica só nisso porque em época de desgelo de neves pode atingir cerca de 110 m³por segundo. O sul da França assombra pela quantidade de nascentes. É tanta água, que torna-se fácil decorar avenidas, praças, rotatórias e o que mais inventarem com fontes belíssimas.
A prova desta fartura está no Cours Mirabeau, em Aix-en-Provence, onde algumas fontes estão enfileiradas no canteiro central, outras no entorno e ainda duas bem famosas que ficam no início e no final desta mesma avenida.
PORMENORES DA FONTE
Foi em 1985 que o mistério quanto à profundidade da fonte foi revelado. São 308 metros medidos com o auxílio de um robô pertencente à Sociedade de Espeleologia Fontaine du Vaucluse. Essa fonte serve de vazão para uma bacia de 1.200 m³ que coleta águas do Monte Ventoux, das Montanhas do Vaucluse e da Montanha Lure (wikipedia.org).
AINDA A RESPEITO DA FONTE
Anda-se um pouco por um caminho árido e pedregoso margeando o rio até surgir a fonte. Na árvore da foto abaixo há uma marca sutil logo acima das raízes, que mostra o nível máximo atingido pela água da fonte. Observe a diferença das cores no paredão, e repare que até a parte mais escura, logo abaixo da hera, ficou submersa. A Fontaine-du-Vaucluse impressiona…
ONDE COMER?
Em determinado lugar ao longo do Sorgue há vários lugares onde almoçar ou fazer um bonito e saboroso lanche.
No restaurante da foto abaixo tomei um café em um dos lugares mais lindos que tive o privilégio de testemunhar. Um café que degustei em companhia de pessoas maravilhosas que cruzaram meu caminho e, de quebra, ouvindo a música suave tocada pelo Rio Sorgue. A Natureza privilegiou Fontaine-du-Vaucluse.
FÁBRICA DE PAPEL
No Centro de Fontaine-du-Vaucluse há um museu, se é que podemos definir assim, no qual reconstituíram o funcionamento de uma fábrica de papel nos mesmos moldes de antigamente.
Pelas fotos de Fontaine-du-Vaucluse talvez você imagine que o lugar nada tenha para oferecer a não ser mesmice, ou seja, águas cristalinas que embalam em movimentos suaves as algas do leito do rio e nada mais, não é? Nós, pelo menos, paramos algumas vezes ao longo da margem para apreciar não apenas a beleza que se revelava em cada ângulo, bem como ouvir com atenção aquele “barulhinho bom” das águas do rio, música da melhor qualidade para ouvidos sensíveis. Enfim, um convite irrecusável da Natureza ao relaxamento…
Este passeio é obrigatório para quem visita o sul da França.
“Quando gastamos tempo demais a viajar, tornamo-nos estrangeiros no nosso próprio país”.
IMAGEM DESTACADA: Parte da Fachada do Restaurante.
Interessante! Aprendi nos cursos de Reiki que tudo que é importante em nossas vidas está escrito: nascimentos, mortes, casamentos, divórcios, compras/vendas etc.
E que sempre que almejamos algum objetivo, devemos escrever o objeto de nosso desejo em papel e, de preferência, a lápis.
Independentemente do uso de canetas ou de qualquer outro tipo de marcador, o que importa é o registro. Continuar lendo “BRASIL . RIO DE JANEIRO (cidade) . Olympe – O restaurante de M. Troisgros.”→
FOTO EM DESTAQUE – Campos de Girassóis entre Aix-en-Provence e Cavaillon. O assunto de hoje é Carpentras, mas vamos começar por…
…AIX-EN-PROVENCE
Saímos cedo de Aix-En-Provence porque tínhamos uma estrada um pouco longa pela frente, mas mesmo assim não deixamos de passar na feira após o café da manhã – feira quase embaixo de nossas janelas.
Alugar imóvel no exterior tem suas vantagens; por outro lado, limpezas em geral, café da manhã e vez ou outra um jantarzinho ficavam por nossa conta. Vai daí que nesse dia acordamos muito cedo por conta das compras – e da arrumação do apartamento que já estava bem descabelado – e saímos em direção a…
CARPENTRAS
Em Carpentras, Isle-Sur-La-Sorgue, Uzès e Apt vimos as maiores feiras dentre todas as comunas por onde andamos. Anaté escolheu a dedo as cidades por onde poderíamos serpentear entre as centenas de barracas. Esse tipo de comércio é atração turística na Provence por muitos motivos, e a prova disso é o número expressivo de turistas se esbarrando nas ruas estreitas. E para quem gosta do babado, unirá o útil ao agradável sem erro algum. “E vou-te dizê-te uma côza” (dicionário manezês): bobagem pensar que você sairá desses imensos mercados a céu aberto de mãos abanando. Prá isso a pessoa tem que ser firme! Ter muita personalidade, e eu não tenho nenhuma quando o assunto é comprar. Para forçar a barra me pergunto algumas vezes: – Você vai, realmente, aproveitar isso? Tem funcionaaado, mas…, quem há de resistir a um patezinho preparado com as mais genuínas receitas provençais, ou a um pedaço de queijo daqueles bem fedorentos, mas deliciosos? Nenhuma feira escapou de nossas investidas. Em todas encontramos alvos saborosos que saciaram nossa gula e curiosidade em experimentar os produtos da terra. Algumas vezes fechei os olhos em frente à barracas de embutidos e farejei o ar como um cachorro vira-latas faminto. Não resisto, e confesso que sou fraca quando o assunto é comer.
O QUE COMPRAR NAS FEIRAS PROVENÇAIS?
A feira de Carpentras não é tão grande quanto a de Uzès – penso que esta seja a maior de todas. As feiras, sem exagero, são maravilhosas. Ora é o perfume das flores que está no ar, ora é o dos condimentos, e não posso me esquecer daquele cheirinho dos queijos e salames. Isso, sem contar as barracas que vendem azeitonas, champignons, alhos e outras delícias já devidamente temperadas. E dá-lhe aromas. Ai, Jesus! Gula é pecado. Roupas, calçados, bijuterias, camisetas pintadas, especiarias, peixes, legumes, frutas, verduras, champignons, doces, sabonetes, sachês, roupa de mesa, cama, banho, objetos para decoração, artesanatos variados e até redes do nordeste!!! vimos na feira de Carpentras. Enfim, dá prá fazer um belo estrago na carteira.
CARPENTRAS
Carpentras é uma comuna francesa na região administrativa da Provença-Alpes-Costa Azul, no departamento de Vaucluse. Tem perfil de cidade grande apesar de a estatística apontar 30.000 habitantes. Nem chega a isso, é um pouquinho menos. Dista de Aix-en-Provence em 96,3 km, e de Fontaine-du-Vaucluse em 22,3 km. Visitamos as duas cidades no mesmo dia. Leonor, brava motorista, dava conta de todos os recados independentemente das distâncias.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Carpentras foi capital do Comtat Venaissin de 1320 a 1791. Trata-se de uma região que faz parte do Departamento de Vaucluse entre o Rhône e Durance, Monte Ventoux e Dentelle de Montmirail, compreendendo as cidades de Carpentras, L’Isle-sur-la-Sorgue e Cavaillon. Esse condado ficou sob a administração papal durante cinco séculos. Profundamente marcada pelas diferentes ordens que se estabeleceram na cidade, Carpentras conserva um patrimônio religioso importante. Exemplo é a Catedral de Saint-Siffrein, linda, edificada entre 1405 e 1531 em estilo gótico meridional.
SINAGOGA do SÉCULO XIV
A sinagoga, sempre em atividade, evoca a história dos judeus perseguidos no Reino de França que encontraram refúgio no condado sob a proteção da Santa-Sé. Esta particularidade histórica encontra-se no movimento do judaísmo provençal e seu dialeto judeu-provençal falado pela comunidade judaica.
Obs: Não fosse a insistência de Leonor, nossa guia, não teríamos visitado a sinagoga. Apesar de termos tocado a campainha várias vezes e termos chegamos no horário de visitação, aguardamos muito tempo até que uma senhora abrisse a porta. A certeza de Leonor de que havia movimento na sinagoga foi fundamental para não perdermos essa preciosidade de Carpentras. Sinceramente, aguardamos aproximadamente 30m até que abrissem a porta. Valeu a insistência. O que não valeu foi a falta de atenção da senhora responsável pelo atendimento. Não entendi o motivo da demora absurda.
A TORÁ
Trata-se de um livro sagrado dos judeus onde 613 mandamentos orientam como devem agir em determinadas situações. É considerada o Antigo Testamento da Bíblia Cristã.
A FONTE DO ANJO
Quase em frente à sinagoga está a Fonte do Anjo, ” A MAIS LINDA DE TODAS”. Em 17 de março de 1730, o Conselho Deliberativo da Prefeitura de Carpentras decidiu pela instalação de uma fonte no espaço que ainda hoje ocupa quase em frente à sinagoga e à Prefeitura, considerado o coração econômico e ativo da cidade.
OS RENOMADOS ESCULTORES QUE PROJETARAM A FONTE
Para sua concepção foram convidados dois escultores renomados: Jean-Paul Guigue, que concebeu uma pia hexagonal, um pedestal helipsoidal e não menos que oito máscaras das quais jorrasse muita água.
O outro escultor chamava-se Jacques Bernus, natural de Carpentras, sobrinho do célebre escultor barroco de Mazin, contratado para elaborar o anjo, em chumbo. Esta estatueta foi colocada no alto do chafariz. Esta figura alada representa o gênio da cidade.
Sua mão esquerda se apóia em um escudo no qual constam as armas municipais. Em sua mão direita ele desenrola um filactério* com a insignia de Carpentras: ” Unitas fortitudo, dissentio fragilitas”. Algo parecido com “A união faz a força, a discordância fragiliza” (não garanto a tradução).
A fonte foi cantada pelos poetas e tornou-se símbolo da cidade, chegando a figurar em cartões postais. Aconteceu que em 1904, apesar dos protestos dos habitantes de Carpentras, ela foi destruída por decisão do Conselho Municipal. Alegaram que a fonte era um desperdício de água e por isso deveria ser demolida. A ordem era substituí-la por uma fonte de ferro em que a água só sairia quando manipulada por uma manivela (a bomba manual que conhecemos). Sem nenhuma piedade nem consideração por seu valor arquitetural, a fonte foi derrubada a golpes de picareta! Somente o anjo escapou por milagre e hoje faz parte das coleções da Biblioteca Municipal Inguimbertine – 234 Boulevard Albin Durand 84200 Carpentras – +33 4 90 63 04 92
Cem anos após, em 2004, a Municipalidade optou por reconstruir a fonte tal qual o modelo anterior, consciente da importância desse patrimônio para a cidade.
COMTAT – FROMAGERIE
Saímos da sinagoga e fomos para a fromagerie chamada COMTAT, onde Leonor havia agendado uma degustação de queijos e vinho. Solicitamos a orientação de Leonor na compra de queijos, salame, ovos e paté, já imaginando o lanche da noite. Como sobremesa, nos serviríamos das frutas frescas que “colhemos” na feira pela manhã e, voilá, faríamos uma refeição digna de um rei.
NOSSO ALMOÇO
Vez ou outra saímos para jantar, mas, normalmente, eu preparava um bonito lanche (no apartamento que alugamos na Praça da Prefeitura) com produtos fresquíssimos que tínhamos em casa. Omeletes, saladas, massas ou então um café ou chá devidamente acompanhado por queijos, frios, patés, geléias e ainda aquele pãozinho francês estalando de fresco era o que tínhamos em nossos lanches. Nossa mesa era colorida e variada como mesa de festa.
PARA FINALIZAR, UMA CURIOSIDADE
Quando falamos em Provence nos reportamos imediatamente às lavandas e pensamos logo na cor lilás. Os vinhedos ficam em segundo lugar, e os girassóis acabam nem sendo lembrados!
– Ué!… nasce girassol lá, é?
– Nasce. E como nasce!…
E quando dizemos que o maior produto provençal é o azeite, aí mesmo é que a surpresa aumenta. – Azeite? – É. Azeite. Também “nasce” azeite na Provence. E amêndoas, e nozes, e cerejas, e trigo. E morangos, conhecidos como “fraise”. Na França nasce tudo isso e também nasce francês.
OS MORANGOS DA PROVENCE…
O morango, originário da América do Sul, foi importado na Europa por um navegador de nome Frézier. Graças à criação do canal de Carpentras, as primeiras plantações de morango foram em 1882. Nos anos 1960 as primeiras estufas apareceram e a produção alcançou 12.000 toneladas.
Mas, a concorrência de países vizinhos levou Carpentras a uma diminuição na produção. Hoje em dia Carpentras produz 4.000 toneladas anuais com 300 produtores, e coloca-se em primeira posição na região da Provence.
COMO COMPRAR MORANGOS
de Carpentras, um dos primeiros da produção francesa a aparecer no ano, é procurado por suas qualidades gustativas:são doces, derretem na boca e são perfumados. Criada em 1999, a Confraria do Morango de Carpentras tem como objetivo tornar conhecido o morango do Comtat Venaissin.
Um conselho: escolha morangos bem vermelhos, sem manchas, brilhantes e firmes. Privilegie o aroma, porque é mais importante que seu tamanho.
ANATÉ MERGER
Nossos roteiros de 2013 e 2014 foram elaborados por Anaté Merger, jornalista brasileira residente em Aix-en-Provence há mais de dez anos, e comandante de uma agência de viagens que você poderá alcançar clicando no link com seu nome.
Anaté, além de dedicar-se à carreira de escritora – vários livros editados após firmar residência em Aix-en-Provence -, aliou seus conhecimentos jornalísticos à atividade que vem desempenhando com afinco na Provence: turismo especializado no Sul da França. Mas, Anaté não parou por aí, pois expandiu sua atividade e atravessou fronteiras. Saiba mais clicando aqui.
Conheci o trabalho da jornalista brasileira por intermédio do blog de outra brasileira radicada em Paris, o http://www.conexaoparis.com.br. Desde de 2011 venho perseguindo as novidades postadas diariamente por essas duas guerreiras de sucesso.
Ménerbes e Cucuron foi nosso primeiro passeio de 2014 sugerido por Anaté Merger.
Em Aix montamos nosso quartel general nos dois verões que passamos no sul da França – 2013 e 2014. A Logística ficou por conta de Anaté Merger, que tomou as seguintes providências: aluguel de apartamento em um ponto maravilhoso em frente à Mairie (Prefeitura), roteiro original (tal qual nos filmes), e aluguel de automóvel guiado pela doce Leonor, dublê de motorista e guia turístico, falando português, évidemment.
NA IMAGEM DESTACADAvemos o detalhe de uma rua de Ménerbes.
Despedimo-nos de Marseille caminhando vagarosamente pela beira do velho cais daquela que é a segunda maior cidade francesa. Velho cais, lógico, é u’a maneira carinhosa que utilizei a fim de lembrar de que foram os gregos os fundadores de Marseille, há 2.600 anos.
IMAGEM DESTACADA – Meditação, Espera ou Desistência?
Marseille, Vieux Port.
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