Cansada de trafegar tanto de ônibus quanto de carro pela BR-116 do Rio à Florianópolis – mais de 20 anos só em companhia de meu amigo M. Nogueira -, sugeri mudar o trajeto. Opatamos por trafegar pela Estrada da Graciosa e acertamos na mosca. Que ma-ra-vi-lha! Ficamos fãs e partir de então vira e mexe lá estávamos nós curtindo aquela estrada que faz juz a seu nome.
IMAGEM em DESTAQUE – Trecho da Estrada da Graciosa.
CALLE MAGALLANES é sinônimo deCamiñito, sua mais famosa rua. Nem o estádio de futebol conhecido como La Bombonera, em minha opinião nada modesta, tem seu nome tão ligado ao bairro.
IMAGEM DESTACADA: Conventilho visto do Centro Cultural de Los Artistas.
A distância de João Pessoa à Praia do Jacaré é de pouco mais de 10 km. – Mas, o que tem lá? – Lá tem o Jurandir Ao Cair Da Tarde – chova canivetes ou faça sol -, lá vem o saxofonista deslizando em um barquinho, de pé, tocando Bolero, de Ravel, em um saxofone. Faltam-me palavras para descrever o cenário.
Tivemos sorte. A tarde, neste dia 23/8/2011, foi um presente para todos que lá estavam, especialmente para meu mano, que sentiu-se presenteado por ter aniversariado no dia anterior.
IMAGEM em DESTAQUE: Anoitecer em Cabedelo – Rio Paraíba.
PENICHE está localizada na Província da Estremadura, no Distrito de Leiria. Decidimos visitá-la sem planejamento com o que quer que seja, pensando apenas em sua proximidade com Lisboa; não traçamos roteiro, não procuramos pontos interessantes, nada.
Voltei, mas desta vez, acompanhada pela família – pessoas festeiras, de bem com a vida, que não reclamam de nada. Nem do frio patagônico. Também, para quem mora há mais de 30 anos em Florianópolis e pega o famoso vento sul pela proa, já está acostumado.
Antes de seguirmos para El Calafate, ficamos dois dias em Buenos Aires hospedados em um hotel de categoria abaixo de zero; de pomposo, só o nome: Grand King Hotel.
IMAGEM em DESTAQUE – Trecho da RN11 – El Calafate/Cerro Frias. Clique efetuado de dentro da van.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, Caminito não se trata de um bairro argentino, mas de uma famosa rua do bairro La Boca, contornado pelo rio Matanza.
O bairro abriga ainda o famoso estádio de futebol conhecido como La Bombonera – do Boca Juniors -, o Museu deBelas Artes Benito Quinquela Martín e, ao lado deste, o Teatro de La Ribera.
IMAGEM DESTACADA – Conventilhos do Bairro La Boca.
La Vuelta de Rocha trata-se de um largo que acompanha a curva do Rio Matanza. Neste lugar, em 1936, residia um fazendeiro e comerciante chamado Antonio Rocha – vem daí o nome do lugar. Neste largo há um mastro muito interessante, bem composto por cesta de gávea e escadas. Quantas vezes, no cinema, ou mesmo em história em quadrinhos, vimos piratas ou descobridores gritarem “Terra à Vista” de dentro de uma cesta dessas?
Do outro lado da calçada encontrei uma novidade que em outubro de 2011 ainda não estava lá : uma escultura fantástica executada com quadros de bicicleta pelo artista chinêsAi Weiweiproduz vários efeitos óticos, dependendo do ângulo em que é observada. A obra intitulada “Forever Bicycles“ mede 9 m de altura por 16 m de comprimento e conta com 1254 bicicletas de aço. Mais informações a respeito do artista e de suas obras, clicar aqui. A Fundação Proa do Bairro La Boca inaugurou esta exposição em 25/10/2017 e estava com data de encerramento prevista para 25/02/2018. Imagino que deva ter feito muito sucesso; cliquei a foto em 24/3/2018 e a obra formidável ainda estava lá. Sorte nossa!
Em frente ao largo, fica o icônico prédio localizado nas esquinas das ruas Caminito e Magallanes. Trata-se do edifício cuja parede colorida tem servido de cenário para fotos, filmagens e obras de arte dos artesão que expõem diariamente suas mercadorias na famosa rua.
Um pouco mais adiante o cenário muda radicalmente, mas mesmo assim não é menos interessante: são os conventilhos – tipo de habitação que conhecemos como cortiço, cabeça de porco ou casa de cômodos – em que muitas pessoas habitam o mesmo compartimento de uma casa. Nesses ambientes as condições de higiene costumavam ser precárias.
OS CONVENTILHOS
surgiram por conta do excesso de imigrantes e a falta de lugar onde alojá-los. Exagerado número de pessoas eram colocadas em cubículos onde não havia nem ar e nem luz. A superlotação foi a origem para muitas enfermidades tais quais tuberculose e cólera. Espaços para 50 pessoas eram ocupados por 200. Tintas que sobravam de pintura de barcos e navios eram utilizadas para pintar paredes. Este colorido foi conservado até hoje e, felizmente, com objetivos bem distintos daqueles vividos entre 1895 e 1914. Banheiros, banhos, como dormiam e cozinhavam, você poderá saber em pormenores clicando aqui. Triste história.
Abaixo, um exemplo de conventilho na Gal. Gregório Aráoz de Lamadrid, bem melhorado em aparência. Os conventilhos conservados são aqueles que abrigam comércio. Os demais, utilizados como residência, deixam a desejar em aparência.
Nesta parte do bairro há comércio abundante. Muitas peças originais para decoração e para uso diário estão por toda parte. Deixar-se atrair pelo que se vê de imediato é trair seu próprio bolso – cuidado! Os preços mais altos costumam ser os das lojas mais próximas aos pontos extremos da Camiñito: imediações da Vuelta de Rocha ou da Gal. Gregório Araóz Delamadrid. Pesquise muito antes de comprar qualquer coisa.
Nesta galeria mostrada na foto acima encontramos preços bem convidativos logo na primeira loja à direita. Um pouco mais para o meio, à esquerda, os preços eram arredondados pelo vendedor – um jovem senhor muito simpático que discursava a respeito das mercadorias com uma capacidade de convencimento como raramente se vê. O esperto vendia bolsas de modelos muito diferentes que os da vizinhança. Neste caso, se você for consumista assim como eu, pergunte-se imediatamente se o preço valerá o uso que fará da peça. Normalmente, desisto.
O MOVIMENTO
do bairro aumentou muito de 2016 para 2018. Restaurantes ampliaram suas instalações mobiliando ruas com mesas, cadeiras, toldos, cercados, vasos de plantas, iluminação especial, cartazes, enfim, tudo a que têm direito para chamar atenção. Um deles deve atrair sulistas brasileiros pelo nome: Blumenau. Como somos descendentes de catarinenses, meu irmão, curioso, quis conhecer o proprietário do restaurante. Pura decepção: o boneco que representa um Fritz até bem magrinho e segurando um caneco de chopp, é apenas para atrair brasileiros – o proprietário é argentino.
Em setembro de 2017 fui atraída por um roteiro em El Calafate que vi no site da empresa Brasileiros em Ushuaia e que me pareceu muito interessante. Chamava-se Glaciares Gourmet, e era executado pela empresa MarPatag.
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