IMAGEM DESTACADA – Ponte na Herengracht, próxima do restaurante De Belhamel
Dentre os brasileiros residentes no exterior que optaram por compartilhar suas experiências, e ajudar o próximo em suas andanças pelo Velho Mundo, destaco quatro poderosas “máquinas” que cito a seguir pela ordem que as conheci:
Mola propulsora sem a qual não teríamos vivenciado momentos mágicos nos campos perfumados pelas lavandas da Provence. Foram experiências únicas vividas em cenários paradisíacos em companhia de Leonor Gonçalves. Leonor foi quem nos conduziu em seu carro pelos roteiros elaborados pela brasileira Anaté Merger, que tivemos a satisfação de conhecer por intermédio da Sra. Maria Lina, a autora do Conexão Paris. Anaté Merger é produtora de outro blog sensacional chamado www.naprovence.com.
Outra máquina que mantém suas engrenagens super azeitadas é a do brasileiro Daniel Duclos. O brasileiro e sua mulher sabem TU-DO a respeito de Amsterdam e mais alguma coisa. Seu dente doeu? Ele indica dentista brasileiro. Aquisição de Ingressos em geral (passeios, museus, viagens pelos países vizinhos), Transfer Schiphol/Amsterdam/Schiphol, passagens aéreas, busca por hotéis, sugestões de roteiros, caminhadas pela cidade, transferência de dinheiro, enfim… O trabalho denominado Ducs Amsterdamé muito, muito mais que um blog. A meu ver, trata-se de uma respeitável enciclopédia.
A brasileira residente na Holanda, mas não em Amsterdam, também contribui para que você amplie seu horizonte nos Países Baixos. Trata-se do Holandesando, escrito pela paulista Roberta Landeweerd. A brasileira também marca belíssimos gols de placa.
E para nos despedirmos de Amsterdam, contratamos o transfer para o aeroporto com Caroline Adiegah, do Andantes na Holanda. Quem nos apresentou Carol? Isso mesmo: Daniel Duclos, aparecendo muito bem na fita mais uma vez. Em um carro confortável seguimos até Schiphol batendo um papo prá lá de gostoso a respeito de Amsterdam. A novidade ficou por conta das obras de alinhamento de algumas casas da cidade.
APRUMANDO AS CASAS TORTAS DE AMSTERDAM
Nós quisemos saber a respeito das obras que encontramos em muitos pontos da cidade, e para nossa surpresa dizem respeito à estrutura das casas que estão tortas. Carol é estudiosa da cidade onde vive há 10 anos. Com riqueza de detalhes, ela explicou-nos o porquê de algumas casas terem saído do prumo e o que está sendo feito para reestruturá-las. E o material empregado, é importado de onde? Do Brasil! Agora, qual material empregam… melhor parar por aqui.
Andantes na Holanda opera excursões pela Holanda e Bélgica, tours pela Cidade Dos Moinhos, Amsterdam a pé, Distrito da Luz Vermelha, Museus Van Gogh e Rijksmuseum guiados, passeios de bicicleta e transfers.
PARIS e AMSTERDAM – DICAS.
Em Paris sigo as dicas do Conexão Parise do Na Provence.com. Em Amsterdam e arredores, seguimos dicas dos Ducs Amsterdame do Holandesando. Bilhetes para museus, ônibus, trem e passeios foram adquiridos por intermédio destes dois blogues. Em 20 dias viajando pela Europa, tudo deu certo, e por isto somos gratos a todos aqueles que nos abriram caminhos.
Uma frase atribuída ao General Cneu Pompeu Magno, no primeiro século antes de Cristo, foi reafirmada por Fernando Pessoa em um de seus poemas de “Navegar é Preciso“. Concordo. Compartilhar, também.
“Viajar… A melhor forma de se perder e de se encontrar ao mesmo tempo” – Brenna Smith
Em setembro de 2017 fui atraída por um roteiro em El Calafate que vi no site da empresa Brasileiros em Ushuaia e que me pareceu muito interessante: Glaciares Gourmet, executado pela empresa MarPatag.
A programação constava de navegação por 03 glaciares: Spegazzini, Upsala e Perito Moreno. Achei ótima idéia e decidi embarcar nessa canoa, apesar de o P. Moreno não ser mais novidade para mim. Eu e familiares embarcamos 5 (cinco) meses após a aquisição das passagens: em 17/3/2018.
EL CALAFATE . CERRO FRIAS – Cá estou novamente neste país pelo qual sou apaixonada – a Argentina. Só que desta vez, apesar de ter revisitado alguns lugares, estas novas localidades tiveram gosto de festa porque eu estava em companhia de familiares queridos e tudo ficou mais animado
FOTO EM DESTAQUE – Um Dos Pontos Mais Altos do Cerro Frias.
A fim de escrever esta postagem recorri à sequencia de fotos do “álbum de retratos” para me situar. Afinal, lá se vão 37 anos desde que chegamos à Amsterdam em 15/8/1986.
A primeira viagem foi em companhia de amigos já citados em algumas postagens. Foram mestres pacientes que me mostraram o caminho das pedras em 1985; ou seja, como viajar por conta própria. Observei cada detalhe e acho que aprendi bem a lição.
IMAGEM DESTACADA: Hotel Russia, onde ficamos hospedados – uma espelunca que não existe mais – e a Catedral de São Basílio.
Os meios de transporte público que o deixam na porta do MUSEU do AMANHÃ são: o VLT (Veículo “Lentíssimo” sobre Trilhos), desde o Aeroporto Santos Dumont. Taxis o deixam bem próximo das atrações. Consulte todas as opções clicando aqui – ônibus de diversas procedências, Metrô, barcas.
FOTO EM DESTAQUE: detalhe da marquise da entrada do museu.
Você terá que ser muito paciente (não tenho essa virtude) para suportar a lentidão do tal bonde.
Há uma área específica designada para exposições temporárias, na qual o Museu do Amanhã apresentou u’a mostra audiovisual em sua inauguração.
A exposição seguinte, a que comparecemos, foi dedicada à Santos Dumont. Interessante ressaltar que um sósia do aviador posava próximo a um modelo 14-bis em frente à entrada do museu. O jovem fez o maior sucesso! Atraiu muitos olhares por sua parecência com o aeronauta mineiro e por isso foi alvo de muitos cliques e selfies.
O TRIÂNGULO da MAUÁ
O EDIFÍCIO A NOITE
1- Na foto abaixo, três gerações de arquitetura compõem esse triângulo: o edifício conhecido como A NOITE, à direita na foto, em estilo art-décoratif, começou a ser erguido em 1927.
Terminada a obra, em 1930, o Edifício Joseph Gire foi considerado o maior arranha-céu da América Latina – imaginem isso.
Atualmente destoa em aparência dos demais prédios que circundam a Praça Mauá. Abandonado, foi alvo de rede hoteleira…, anunciaram reformas com finalidade residencial…, enfim, várias hipóteses levaram em conta para recuperar o prédio, mas até agora necas de pitibiriba – assunto de cachorro grande. Neste link da jornalista Simone Cândida você poderá acompanhar esta novela.
2- RIO BRANCO Nº 1:
O prédio da esquerda, o RB1, ergueram no lugar da Casa Mauá, construída em terreno de propriedade do Mosteiro de São Bento.
As negociações para a demolição do antigo prédio começaram em 1970, mas apenas em 1983 a obra do moderníssimo número 1 da Rio Branco começou a engatinhar.
A foto acima ilustra um blog bastante informativo a respeito do Rio Antigo. Caso você se interesse em saber como era a Cidade Maravilhosa de outrora, clique aqui.
Você se perguntará do porquê da demolição de tantos palácios semelhantes a esse. Neste caso, especificamente, substituíram esse prédio lindíssimo por uma montanha de vidros. Não consigo entender a falta de atenção e o descaso com que lidaram (e lidam) com esses monumentos extraordinários, que favorecem uma cidade a contar sua História.
Outras demolições lastimáveis foram: o Palácio Monroe, no final da Av. Rio Branco, e o edifício do Jóquei Club na esquina da Rio Branco com a Almirante Barroso – outro que foi abaixo para ceder lugar a outra vidraçaria de gosto duvidoso.
Inconcebíveis demolições para quem olha para um passado supostamente marcado pela elegância. Digo supostamente, por tratar-se de uma época que conheço apenas por fotos. Passado transformado pela batuta do prefeito Pereira Passos, inspirado, nada mais, nada menos, que na cidade de Paris.
3- MUSEU do AMANHÃ:
Sua inauguração ocorreu em 19 de dezembro de 2015; nesta ocasião, li muitos comentários desfavoráveis quanto ao acabamento da obra, mas não foi o que vimos meses depois em uma terça-feira – dia da semana mais tumultuado para conhecer o museu. Além do mais, não fomos ao Museu do Amanhã para criticar acabamentos, mas para saber o porquê desse “Amanhã”.
Toda terça-feira, além de a entrada ser gratuita, é o dia da semana reservado para profissionais ligados à mídia e à visita de estudantes. Não recomendo devido ao tumulto.
No MUSEU
tudo é impactante – desde sua localização (tem como pano de fundo a baía de Guanabara – destaque para a Ponte Rio-Niterói) à refinada e monumental obra de arte do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, de cuja arquitetura fiquei fã ao visitar a Estação Oriente, em Lisboa, em 2013.
VISÃO PRIVILEGIADA
O vídeo de autoria de Matheus Pestana mostra a Praça Mauá em sua plenitude e abrange parte do Cais do Porto. São imagens filmadas por um drone sob seu comando. Trata-se de uma viagem sensacional por ângulos que você nunca viu.
O arquiteto de fama mundial afirmou ter-se inspirado nas bromélias para traçar o projeto do museu.
VER e SENTIR o MUSEU
O COSMOS
Logo na entrada, uma escadaria lateral dá acesso a um minúsculo planetário, onde rapidamente o visitante assiste a um vídeo a respeito do Universo: galáxias, constelações, satélites, planetas etc.
Pelo que entendi, o objetivo dessa apresentação (há limitação de pessoas) é mostrar-nos onde nos localizamos neste espaço chamado Universo.
AS IMAGENS SÃO PÉSSIMAS!
São borrões que não se via nem em cinema mudo, que oferecem um show de falta de resolução para a resumida platéia. Um horror! Há de se ter muita coragem para apresentar aquilo.
Felizmente o vídeo é rápido e, logo, logo, perdemos aquela impressão de que algo caiu no olho e passamos e enxergar tudo embaçado. Muuuiiito ruim.
O museu procura integrar o visitante ao passado, ao presente e, supostamente, ao futuro, mas, pelas imagens apresentadas, um futuro caótico – diga-se de passagem.
Levando-se em consideração tratar-se de um espaço moderníssimo, totalmente informatizado e interativo, tamanho desleixo não se justifica.
O Museu do Amanhã deveria fazer jus ao nome e se preocupar em oferecer imagens fantásticas que integrasse, logo de início, o visitante a esse Universo. Mas…
O assunto COSMOS prolonga-se por algumas mesas computadorizadas, onde os visitantes obtêm mais informações a respeito dessa colossal incógnita. Entretanto,
não conseguimos nos aproximar de nenhuma delas. O excessivo público jovem estava, visivelmente, mais interessado em apertar botões que obter informações a respeito do que o museu se propõe. Era um tal de “vamo vê o que acontece apertano esse butão aqui” sem fim. A-do-ro!
TERRA
A seguir vêm as informações referentes ao nosso planeta. E para melhor compreendermos nossa existência, a exposição montou três cubos no salão, representando Matéria, Vida e Pensamento.
No primeiro cubo nos é mostrado o mundo pelo qual estamos cercados. É preciso, urgentemente, conscientizar os povos, que deverá existir cumplicidade entre cada ser humano e o planeta em que vivemos, a fim de que ambos possam viver integrados e saudavelmente.
Necessário entender que depende de cada um de nós mantermos vivos, e em condições de sobrevivência, o Paraíso em que habitamos.
O museu faz um chamamento para o cultura de diversos países – foi outra sala onde só consegui chegar alguns centímetros após a entrada. Tive que esperar muito até conseguir fotografar esses totens sem ninguém na frente.
A terceira e última referente à TERRA, aborda o PENSAMENTO:
Depois vem o ANTROPOCENO
termo usado por cientistas para designar as interferências que o Homem exerce no planeta. Clima x ecossistema fazem parte dessas modificações nem sempre positivas, sentidas até pelos mais indiferentes.
Essa parte é a mais impactante do museu: o visitante entra em um ambiente onde ficará cercado por 8 totens de 10 metros de altura.
Cada um mostra estatísticas alarmantes a respeito de desmatamento, mortes relacionadas com água, aumento de população (Nova York, Singapura, São Paulo são mostradas nos painéis), extinção de corais devido ao excesso de poluição nos oceanos e muitos, muitos etecéteras.
Uma das cenas mais chocantes exibe um senhor em um barco a remo, navegando em um mar de lixo! Puro lixo! Não aparece um milímetro de água sequer. Apenas lixo.
E como dizia Confúcio, “Uma imagem vale mais que mil palavras” .
A reportagem do G1 de 03/11/2017 exemplifica o que acabo de citar. Clique aqui e veja a situação do Canal das Taxas, aqui pertinho, no Recreio dos Bandeirantes.
Imagens grandes e nítidas dos totens atingem em cheio o coração dos mais atentos, ao exibirem a realidade cruel que nos cerca: a fome…,a miséria do mundo…, o poder que desencadeia sérios conflitos políticos e religiosos, bem como a posse pela riqueza extraída da terra. Muito sofrimento…
SOCIEDADE
A SAÍDA
Uma estrutura semelhante a uma rede de madeira, em forma de oca, nos remete à simplicidade de uma cabana indígena. No centro, espetado em uma bolacha na qual se lê pequenas frases em diferentes idiomas, uma peça igualmente simples me pareceu servir de integração entre povos de idiomas distintos.
UM CHOQUE DE REALIDADE
O museu é um convite a muitas reflexões… Expõe feridas, nem sempre cicatrizáveis, de um planeta despreparado para qualquer tipo de agressão. Revela a triste e cruel realidade daqueles que teimam em viver – ou agonizar? – em algum lugar bem longínquo desse mesmo planeta em que vivemos, “muito bem, obrigado”.
O Museu do Amanhã é um choque de realidade, e não por acaso incluíram o texto do escritor, poeta, crítico literário e tradutor argentino Jorge Luiz Borges, que nos ensina o seguinte: ” A uns trezentos ou quatrocentos metros da Pirâmide me inclinei, peguei um punhado de areia, deixei-o cair silenciosamente um pouco mais adiante e disse em voz baixa: – Estou modificando o Saara. O ato era insignificante, mas as palavras nada engenhosas eram justas e pensei que fora necessária toda a minha vida para que eu pudesse pronunciá-las.”
E quando você pensa que não há mais nada para se ver do museu propriamente dito, e aprender com sua mensagem gritante, o visitante se depara com a paisagem da foto abaixo.
É hora de respirar o ar que nós mesmos poluímos e constatar que o mar que nos cerca está longe, muito longe de ser balneável, pelo mesmo motivo.
Passou da hora de termos consciência de que fazemos parte deste contexto chocante a que acabamos de assistir, e de que tudo que nos cerca depende de cada um de nós. Cada vez mais.
O OBSERVATÓRIO DO AMANHÃ
O assunto alvo do Museu do Amanhã é de tamanha seriedade, que duas vezes por mês o museu abre suas portas, gratuitamente, para os interessados nos sinais vitais da Terra.
Esse laboratório, digamos assim, chama-se Observatório do Amanhã. Obtenha informações clicando aqui.
EXPOSIÇÃO SANTOS DUMONT
Foi atraente, informativa e leve como seu 14-bis.
Achei bastante interessante a proposta da exposição, em não ocultar a polêmica a respeito de quem seria, na verdade, o “pai” da aviação.
Fotos e fatos contam a trajetória dos irmãos Wilbur e Orville Wright.
Entretanto, a dupla que afirma ter voado pela primeira vez em um veículo mais pesado que o ar, em 1903, não comprovou o feito. Ao contrário, Santos Dumont voou nos campos de Bagatelle, em Paris, em voo homologado e diante de platéia.
Sua máquina voadora evoluiu rapidamente: em seu voo inaugural, Santos Dumont elevou o 14-bis a 2 e 3 metros de altura e percorreu a distância de 60 metros. Dias após, em 12 de novembro, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros.
É o que nos conta a história da aviação. Pelo sim, pelo não, evidentemente que atribuiremos ao brasileiro esse invento fantástico.
O museu apresentou diversos modelos de aeronaves e possibilitou os curiosos…
… de experimentarem um voo vertical no modelo abaixo. Não preciso dizer que a fila era imensa.
A mostra não se limitou em focar apenas nosso mineirinho voador; foi rica em detalhes a respeito da aviação em geral, o que achei de muito bom gosto.
Visitará o Rio de Janeiro? Não deixe de incluir o Museu do Amanhã em seu roteiro. Imperdível!
Fernanda Hinke é a autora e executora de uma atração única em Paris: passear de bicicleta, à noite, saindo do Centre Pompidou com destino a Tour Eiffel. Pense nisso!
O sucesso da jovem brasileira é tão grande, que agora há vários roteiros para você escolher. Pensando bem, por que não desfrutar de todos eles? Garanto que será uma experiência única em sua vida. Clique aqui e conheça todos os roteiros.
IMAGEM DESTACADA: Place du Carroussel após 1 h da manhã.
IMAGEM DESTACADA – Lado Sul do Glaciar Perito Moreno.
1- GELEIRA ou GLACIAR?
Tanto faz. Geleiras – termo usado no Brasil – são sucessivas camadas de neve que se cristalizam ao longo de longos anos. Ocorrem quando o degelo é menor que a queda de neve; esse acúmulo solidifica-se e acaba criando quilômetros de extensão de gelo e paredões que atingem alturas inimagináveis.
Clique aquie assista a 4,52 minutinhos de vídeo só para você ter uma idéia do colosso Perito Moreno. É fantástico! A geleira Perito Moreno conta com 5 km de largura e 60 m de altura acima do nível d’água no braço sul do Lago Argentino. E pensar que essa massa colossal, que também atinge muitos metros abaixo da linha d’água, está em constante movimento… Ah, esse poderoso Universo!…
2-EL CALAFATE – Ponto de Partida Para Muitas Atrações. COMPRAR OS PASSEIOS COM ANTECIPAÇÃO: sim ou não?
A localidade mais próxima para você desfrutar de todas as atrações é El Calafate. É o ponto de partida para vários passeios, sendo o Perito Moreno e a Caminhada Sobre a Geleira (pequena e grande caminhadas) suas maiores atrações, a 80 km de distância.
AVISO AOS NAVEGANTES Saímos do Rio de Janeiro com todos os passeios pagos. Essa opção é interessante porque na alta temporada (de dezembro a abril) você corre o risco de ficar de fora de algum passeio caso opte pela aquisição de bilhetes ao chegar à cidade e sua permanência em El Calafate for curta. A caminhada na geleira é um exemplo. Essa aventura tem número limitado de visitantes; portanto, se você viaja com esse passeio pago, já garante seu lugar.
3 – OPÇÕES PARA CHEGAR À GELEIRA
3.A) Você poderá ALUGAR UM CARRO e chegar até ao estacionamento do Parque Nacional dos Glaciares onde fica o início da passarela – foto abaixo.
Essa opção é a mais interessante porque você não dependerá de hora marcada para retornar a El Calafate.
Informações a respeito de horário de abertura e encerramento do parque e valores de ingressos você obtém nos endereços seguintes:
ou naSecretaría de Turismo Centro de Informes
Terminal de Ómnibus
Z9405AHG – El Calafate
Provincia de Santa Cruz – República Argentina
54 (02902) 491-090
CHEGADA AO PARQUE Vizinha à passarela está essa planta baixa indicativa das opções de trilhas, o nível de dificuldade de cada uma e o tempo aproximado da caminhada.
3.B) SAFÁRI NÁUTICO
Safari Náutico é o título desse programa de navegação pelo Braço Rico do Lago Argentino, em catamarã, capitaneado pela empresa Hielo & Aventura. A agência o pegará no hotel em dia e hora pré determinados e o levará até o ponto de embarque em uma localidade chamada Puerto Bajo de Las Sombras, às margens do Lago Argentino. De lá partem as embarcações que navegarão até as proximidades do paredão sul da geleira. Passeio imperdível, principalmente para quem tem dificuldade de locomoção. O traslado é super confortável, sem agitações.
De El Calafate até ao local de embarque fomos margeando o Lago Argentino. O lago serve de moldura em alguns trechos para onde quer que você se desloque.
A navegação dura cerca de uma hora – tempo suficiente para você preparar o coração na medida em que a embarcação se aproxima do paredão de gelo – 100 metros aproximadamente. É puro deslumbramento! Por instantes fiquei em silêncio, absorta pelo cenário estupendo que pouco a pouco se avolumava em nossa frente. Meu fiel escudeiro teve a sorte de ver dois pequenos desprendimentos sucessivos em um dos extremos do paredão. Não os vi, hipnotizada que estava pela parte central da geleira. Além disso, quando o gelo se desprende em pequenos pedaços, nem sempre é possível acompanhar as quedas por serem muito rápidas. É emocionante demais!… O monumento nos paralisa; nos emudece; arrepia; abstrai; abduz nossa alma! – reles mortais.
Acima: Puerto Bajo De Las Sombras. Abaixo: já navegando pelo Brazo Rico.
O Mirador De Los Suspiros recebeu esse nome devido à reação das pessoas que o vêm pela primeira vez. Ao desembarcarmos do catamarã seguimos de ônibus para o outro lado da geleira, onde encontramos:
3.C )SERVIÇO de VANS
Quase em frente ao restaurante há um serviço de vans à disposição daqueles que preferem ou necessitam de mais conforto: os veículos levam os passageiros até determinado local próximo ao glaciar. Desse ponto de chegada, que honestamente não sei lhe dizer qual é, você ainda terá que caminhar até alcançar o plateau de onde terá uma vista panorâmica da geleira. Esta alternativa não foi a que escolhemos – ficará para a próxima visita.
3.D)CAMINHAR NA PASSARELA
foi um tiro que saiu pela culatra devido à dificuldade que tivemos. Explico: a passarela é quilométrica, literalmente, e acompanha os desníveis do terreno. Se você está pensando que caminhará como quem passeia pelo calçadão de Copacabana, “moquidu”, pode tirar seu cavalo da chuva. Por conta desses desníveis há muitos degraus e, obviamente, ora você sobe, ora desce, ora anda um pouco em linha reta, daí você sobe, desce… Eu diria que se você conseguisse fazer um gráfico de sua caminhada, este seria tal qual um eletrocardiograma. Pegamos vento forte e muito frio; e apesar de estarmos bem agasalhados e usando touca ninja, o vento passava pela malha da touca e interferia em nossa respiração. Por conta desse excesso de vento pela proa, vez ou outra éramos obrigados a parar para descansar e retomar a respiração normal. Esse ritmo foi cansativo, mas não podíamos nos dar ao desfrute de parar para relaxar como desejávamos em razão do tempo limitado. Praticamente no final, quando vimos que para atingir o ponto de vista da geleira ainda tínhamos que subir uma escada enorme, não aguentamos e decidimos voltar. Interessante ressaltar que minha amiga me enviou uma foto desse ponto de vista, na qual aparece um elevador panorâmico. Não o vimos. Claro que se o tivéssemos visto, teríamos atingido o objetivo do passeio. Na próxima, aguardaremos as vans. Posicionada logo no início da passarela, há esta placa com importantes advertências – é recomendável seguí-las.
O piso das passarelas são metálicos e vazados e não acumulam água; são largas, antiderrapantes e muito seguras. Ninguém precisa se espremer no guarda-corpo para dar passagem.
Não importa se de frente ou de perfil, o Perito Moreno é fotogênico sob qualquer ângulo.
As paisagens que se descortinam enquanto você avança na caminhada são belíssimas: ora a geleira aparece desnudada e lhe mostra seu esplendor, ora aparece emoldurada por galhos de árvores, quase escondida. Sem dúvida, a caminhada valerá à pena se você estiver fisicamente bem e com o esqueleto no lugar. Com chassi empenado, môquiridu, essa caminhada não é recomendável. Anote aí, istepô.
Minha amiga Ângela Loreto teve a sorte de fotografar a colossal geleira em dia de pleno Sol e do ponto de vista mais alto. Quem sabe, na próxima, consigo chego lá?
Acima: o elevador fotografado por Ângela Loreto que, infelizmente, não vimos. Quem sabe, não seria a peça que faltava para atingirmos o melhor ponto de vista?
Abaixo:para quem foi mal orientado no sentido da necessidade de se levar lanche, os administradores do parque escolheram esse lugar a dedo: um pedacinho de paraíso às margens do lago para as pessoas lancharem – compensação para quem caiu na conversa da merenda.
Mas que conversa é essa? Seguinte: a empresa de turismo Huellas del Sur, que nos atendeu e que deixou muitíssimo a desejar – foram sucessivos furos – orientou-nos para providenciar lanche para esse passeio. Acontece que não fomos informados de que não havia a menor necessidade de aprontar nada! e abaixo você verá porquê.
Ao lado, há um restaurante de respeito e muito bem localizado que oferece vários tipos de alimentação. Repare nas fotos abaixo e me diga: – Havia necessidade de andar com lancheira embaixo do braço?
ATENÇÃO!
Retornamos à El Calafate em março de 2018 e encontramos esse restaurante desativado. A notícia boa e compensadora é que as vans nos deixaram em uma praça, justamente naquele ponto de acesso a várias passarelas que citei nessa postagem e que não havíamos alcançado, lembra? E mais: restaurantes a sua escolha. Mudança para melhor.
Na volta fizemos uma parada para tomada de fotos no Mirador de Los Suspiros e comemorar o passeio. Para nossa surpresa, a operadora do tour – não a tal Huellas -, gentilmente, preparou um brinde: fomos servidos de licor para brindamos esse momento lindo. Bom demais!
3.E ) CAMINHADA NA GELEIRA
Há dois tipos de caminhada: uma é moderada e dura aproximadamente 2 horas. Segundo um brasileiro que encontramos em Ushuaia dias antes, a sensação que se tem é a de quem sobe uma escada. Uma corrente com grampos é amarrada em seu calçado, e para caminhar com esse porco-espinho na sola é preciso levantar os pés – daí a sensação de se estar subindo uma escada. Isso nos desanimou bastante: não fomos ao passeio (apesar de pago com antecedência) e acabamos nos arrependendo por não tê-lo feito. Agora a idade avançou e a empresa responsável pelo passeio não permite mais a inclusão de pessoas acima de 60 anos.
3. F) ÔNIBUS COMUNS
Há ônibus comuns que partem da rodoviária de El Calafate com destino à Geleira Perito Moreno. Clique aqui para consultar e/ou comprar seu bilhete, ou então aqui para ampliar suas pesquisas. Para acessar o site da rodoviária basta clicar aqui.Não se esqueça de confirmar os horários da volta, que variam de acordo com a empresa de ônibus.
4 ) AVISO AOS NAVEGANTES
Caso você esteja alinhavando essa viagem, mas ainda não decidiu “partir Calafate“, seguem alguns esclarecimentos para você não cometer amesma bobagem que nós: fizemos conexão no Aeroparque e foi um rolo danado. Aliás, foi bom tocar no assunto por dois motivos:
1 – Caso você não queira desembarcar na capital argentina, escolha um horário de conexão para El Calafate ou Ushuaia que lhe permita fazer todo o trâmite de pegar bagagens, passar pela imigração, fazer outro check-in para seu destino final e ainda fazer câmbio, com tran-qui-li-da-de. Conosco aconteceu o seguinte: a mala de meu fiel escudeiro chegou assim que nos aproximamos da esteira, mas a minha e a de outros passageiros, não. Até que nossas malas aparecessem, esperamos mais de 40 minutos! Como nas poucas esteiras não havia designação dos voos nos painéis, concluí que minha mala havia embarcado em outro voo que não o nosso. De lá saímos voando para a imigração e para fazer câmbio – outro rolo. Havia uma fila pequena, mas demorada. Dois rapazes agonizantes em mau humor faziam o atendimento. Nós, que havíamos separado notas de U$ 100 para trocar, tivemos que sair da fila para providenciar notas de valores menores porque não aceitavam notas de U$ 100,00. Para não perdermos a vez, afastamo-nos um pouco do guichê e aí, moquiridu, pensa na cena para sacarmos dinheiro da doleira (presa na cintura, como convém), ali mesmo, em cena aberta! Felizmente a dupla considerou nossa vez e não tivemos que voltar para o final da fila. De lá saímos correndo para fazer novo chech-in. A fila era grande, assustadora, mas fluía bem pela fartura de atendentes. Ao nos entregar os cartões de embarque, o jovem nos disse o seguinte: -Corram porque o avião de vocês sai em 5 minutos!!! Atropelamos a escada rolante e lá fomos nós, esbaforidos, procurar o portão de embarque. Em lá chegando não havia avião nenhum! O que você pensa? Perdi o voo?! As pernas tremeram, o coração acelerou mais ainda, mas felizmente o voo estava ultra atrasado – uma característica da Aerolíneas Argentinas que acabou nos beneficiando. Ufa! Pelo menos pudemos sentar com calma, ajeitar nossas coisas, tomar um bonito café e aguardar a chamada para Ushuaia.
2 – SEGUNDO MOTIVO –CÂMBIO
Tanto em Ushuaia quanto em El Calafate não há casas de câmbio! Há Bancos nas principais avenidas que trocam seus dólares ou euros, mas atenção: o câmbio não é vantajoso e em ambas as cidades tudo é mais caro que em Buenos Aires.
Banco de la Provincia de Santa Cruz SA Av. del Libertador 1285
Banco Provincial de Tierra del Fuego 25 de Mayo 34
Banco Nación Av. del Libertador 1133.
Por isso é interessante você pegar uma conexão – caso não desembarque na capital Argentina – que lhe dê folga para trabalhar com calma esse intervalo entre um voo e outro. Caso contrário é uma naba (dicionário manezês). Hotéis e restaurantes costumam aceitar dólares e cartão de crédito, mas não pense que todos no comércio sejam tão receptivos assim. Vai que…
Outra coisa: caso você desembarque em Buenos Aires, encontrará casas de câmbio que operam com reais. Pesquise cotações para a(s) moeda(s) que você levou. Um lugar onde troquei moedas algumas vezes, e que sempre ofereceu boas cotações, é uma casa de câmbio no subsolo da Galeria Pacífico. Aconteceu que em fevereiro de 2016, também não aceitou notas de 100 dólares. Trocar moedas em Buenos Aires para levar para a Patagônia parece uma bobagem, mas não é. Fique atento para depois não se arrepender.
Conheça o Glaciar Perito Moreno. Tenho certeza de que será uma das maiores emoções de sua vida vivenciada em uma viagem.
Pontualmente chegamos ao lugar marcado para visitarmos a PINGUINEIRA DA ISLA MARTILLO, a ESTÂNCIA HARBERTON e o MUSEU ACATUCHÚN. Estávamos mais uma vez no porto de Ushuaia antes de 7.45 da manhã. Ou seja: de madrugada, como costumo dizer.
Quando vi o tamanho da condução, confesso que fiquei assustada. O que nos aguardaria, para precisarmos de um veículo daquele porte?
FOTO EM DESTAQUE: As estrelas da ilha – os pinguins.
IMAGEM DESTACADA – Atrepadeira linda de viver que encontramos em uma rua de Lourmarin.
LOURMARIN – A PEQUENA NOTÁVEL
Lourmarin é pequena, conta com pouco mais de mil habitantes e, como as demais cidades provençais, é cheia de charme. Tamanho não é documento, nos diz o velho ditado, e Lourmarin o comprova. Neste dia saímos de Aix-en-Provence e fomos para Oppède-Le-Vieux, Coustellet, Gordes, Lourmarin, e retornamos para Aix, onde alugamos um apartamento super aconchegante.
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