HOTEL PRAIANO, em FORTALEZA – Nossa reserva desta vez foi apenas por um noite, porque estávamos de passagem por Fortaleza, de onde embarcamos para Amsterdam. Moramos no Rio de Janeiro, mas é do Nordeste que temos saído rumo à Europa.
IMAGEM DESTACADA – Feira de Artesanato da Praia do Meirelles, vista do Praiano Hotel.
Bem antes de 2001 já ouvíamos falar em San Andrés.
Viajávamos por intermédio de uma agência de turismo cujo proprietário era fã da ilha colombiana e fazia a maior força para que nós a conhecêssemos.
Em 2001 pegamos uma bolsa de mão – dessas oferecidas por agência de turismo – e partimos Colômbia.
Na bagagem, isto é, na bolsa de tamanho médio, que me lembre, coloquei uma sandália de borracha, uma saída de praia, um maiô, alguma roupa íntima, pijama e uma troca de roupa. A bolsa era pequena, mas mesmo assim ainda sobrou espaço para trazermos uma lembrancinha: uma baita concha cor de rosa que tenho até hoje. A bolsa parecida um chocalho de tão vazia.
Confesso que viajo com pouquíssima bagagem, mas dessa vez foi demais. Isto é: de menos. Foi a primeira vez que peguei minhas tralhas no bagageiro do avião e fui direto para o ponto de taxi.
A bolsa que aparece na foto acima é a própria.
É neste ponto que está uma das atrações de San Andrés: o “HOYO SOPLADOR” – Um fenômeno natural produzido pela força do mar que passa por uma série de túneis existentes no arrecife e encontra escape nesse buraco. Além de soprar um vento bem forte, também lança um esguicho d’água.
A força do vento e desse esguicho dependerá da altura da maré. É bem interessante.
Neste dia, por exemplo, estávamos ao lado do buraco e não aconteceu absolutamente na-da.
O HOTEL
foi o GHL Sunrise. Não me lembro se o nome do poderoso naquela época era esse; acho que não.
O quarto era uma estupidez de grande e pelo que andei bisbilhotando permanece como era.
O hotel fica em frente ao mar, mas a praia não é atraente para banhos e fomos salvos por uma piscina construída sobre a água, na beira da praia – puro charme.
A CONEXÃO
para a ilha foi em Bogotá. Aeroporto surpreendentemente lindo para a época, contava com um free-shop interessantíssimo! Óh se me lembro! Criaram uma “rua” na parte do aeroporto destinada ao free-shop e as lojas foram colocadas lado a lado em ambos os lados. Tinha até uma curva suave. Era fantástico! Quanto aos preços praticados não me recordo.
De Bogotá pegamos a conexão para San Andrés onde ficamos 4 noites. De lá partimos para Cartagena – mais 4 noites – e depois novamente Bogotá, de onde embarcamos para o Rio.
Esse esquema foi proposto pela agência de turismo por onde viajávamos na época.
Atualmente, o viajante que parte do Brasil pode fazer conexão em mais cidades tais como a do Panamá, o ponto de partida mais rápido para se chegar à San Andrés: questão de 1 hora de voo, metade do tempo que levamos de Bogotá à ilha.
INFORME-SE a respeito dos países onde você poderá fazer conexão, bem como desdobrar seu bilhete de viagemcaso pretenda visitar outras cidades além de San Andrés.
PASSAPORTE ou IDENTIDADE? O QUE LEVAR?
Outro item importante é o passaporte. Levá-lo ou não? Confirme se precisará indicar o número desse documento em algum momento, como por exemplo: na aquisição de moedas ou em algum documento que seja necessário preencher.
Só a carteira de identidade resolve? Para certas ocasiões sim e outras não. Portanto, sempre viajo com o passaporte. Aliás, viajo com o passaporte e a carteira de identidade. Recomendo por ser o documento aceito em qualquer parte do mundo.
SEU PASSE PARA ENTRAR NA ILHA
Lembre-se de que deverá preencher um formulário para poder entrar em San Andrés. Esse documento é seu passe para entrar na ilha e deverá ser adquirido (e pago) antes de sua chegada.
Uma cópia você entregará ao chegar a San Andrés; a outra será devolvida na saída. Tenha cuidado para não perdê-lo!
Informe-se a respeito com seu agente de viagens ou na companhia aérea que escolheu para viajar – não são muitas.
Vacinas contra febre amarelacomeçaram a ser exigidas a partir de 2017. Brasileiro só entra na Colômbia se tiver esse certificado ou… o de isenção. Vacine-se em um posto do SUS em até 10 dias antes da viagem.
IOR ATENCHION PLISSS! Trata-se de uma viagem cansativa. Portanto, caso não possa desfrutá-la por pelo menos uma semana, no mínimo, penso que não valha à pena investir neste roteiro mesmo se você for jovem. Sentiu a pressão? Programe-se bem para depois não se arrepender por não ter feito isso ou aquilo.
Ah! Não fomos a Providencia e nem a Santa Catalina, as duas outras ilhas que compõem o arquipélago.
A ILHA de SAINT ANDRÉS
em 2001 era tranquilíssima. No dito Centro fizemos uma varredura em poucas horas. Para visitamos a área de comércio de importados (não me recordo de ter adquirido nada) um taxi nos levou até lá.
Essa área, pelo que me recordo, ficava fora do Centro. Os demais dias foi circulando em carro de golfe pela ilha e aproveitando praias e a piscina do hotel.
O aluguel do carrinho era por hora. Trânsito? Não havia. Circulamos ao redor da ilha sem receio nenhum de levarmos algum susto. Aliás, o trânsito maior ficava por conta de motoqueiros e ciclistas, que vira e mexe pegavam uma carona em um carrinho desses.
San Andrés, pelo voo rasante que fiz pelo Google, cresceu muito nesses 17 anos.
Tratava-se de uma ilha gostosa para se passear, com poucos restaurantes, algum comércio e apenas esse hotel que postei era digno de nota. Agora são várias opções de hospedagem e centenas de restaurantes.
Hospede-se no Centro, se possível, nas proximidades da Spratt Bight, a melhor praia. Caso contrário, terá que alugar um carrinho de golf ou pegar taxi.
O TEMPO
Fizemos essa viagem no mês de setembro e choveu forte. Presenciamos temporais apavorantes daqueles em que o dia vira noite e com direito a relâmpagos e trovões tipo cena de cinema: horroroso, mas que acabava na hora em que o diretor gritava: -CORTA! Daí o sol aparecia na maior cara de pau.
Observe a época em que pretende viajar a fim curtir apenas dias ensolarados e nem lembrar que guarda-chuva existe.
São Pedro faz duas temporadas: uma vai de abril a junho e outra de setembro a novembro – foi essa que pegamos.
Não chegou a nos atrapalhar, mas às vezes nos obrigava a esperar a chuva passar para poder sair.
CARTAGENA Há um pormenor da História da cidade que não poderia deixar passar: Cartagena foi fundada em 01 de junho de 1533 em homenagem à cidade litorânea de mesmo nome na Espanha.
Entretanto, tribos indígenas estabeleceram-se na Bahia de Cartagena desde 4.000 a.C.!
Quem conta sua História com riqueza de detalhes e os porquês desses pormenores é Cristian Morales, habitante da cidade.
Para conhecer o melhor que Cartagena tem a oferecer, e principalmente o Centro Histórico, recomendo a companhia de um guia. Esse trabalho poderá ser executado pelo próprio Cristian, um jovem que fala português fluentemente por conta da temporada que passou estudando em São Paulo. Cristian postou anotações brilhantes em seu trabalho. Clique no iluminado em azul e veja que beleza!
Nesta avenida, a Carrera 1, estão os melhores hotéis e restaurantes da cidade.
Nesta mesma esquina, à noite, algumas charretes ficam estacionadas. Basta se aproximar e contratar um passeio.
A visita ao forte foi embaixo de forte calor, uma constante em Cartagena. Fomos acompanhados por outro guia que não mediu esforços para nos desvendar cada canto. Terminada a visita ao forte, partimos Centro Histórico, imperdível.
A arquitetura colonial foi valorizada pelo farto madeiramento em janelas, balcões e portas ricos em detalhes – origem espanhola da região Andaluza que, por sua vez, sofreu influência árabe.
A inclusão de balcões, da fartura de madeiras e de plantas trepadeiras nas construções tem como objetivo amenizar a incidência do Sol e, consequentemente, diminuir o calor.
As temperaturas passam de 30º, mas a umidade do ar, responsável pela sensação térmica, é que chega a 85% – quase uma fervura.
A exemplo do portal acima, há outros belíssimos espalhados pela coloridíssima Cartagena.
Mesmo para quem não foi aluno brilhante de História assim como eu, tenho certeza de que se deixará encantar e envolver com o passado bem conservado da cidade fortificada, declarada, em 1959, Patrimônio Nacional da Colômbia. Em 1984 foi novamente agraciada com o título de Patrimônio Mundial pela Unesco, e, em 2007, seu patrimônio arquitetônico militar e fortificações foram anunciados como a quarta maravilha da Colômbia. Merecidamente.
Fotos mico clicadas na Plaza de la Aduana.
Revendo essas fotos bateu a vontade de voltar a Cartagena. O Centro Antigo oferece muitos restaurantes, boutiques e hotéis fantásticos para todos os gostos e orçamentos. E História. Muita História.
Trata-se de um destino surpreendentemente belo que recomendo sem moderação.
CARTAGENA X TORRES GÊMEAS…
não ficou em nossa memória apenas pelo que vimos, mas também pelo que sentimos: na véspera de embarcarmos para Bogotá, de volta ao Brasil, saímos pela manhã e encontramos um clima tenso, muito tenso no ar e não sabíamos o porquê.
Encontramos nas proximidades do hotel alguns taxistas fora de seus carros. Alguns encostados nos veículos, pensativos, e outros reunidos em pequenos grupos e/ou debruçados nas janelas do taxi de um colega. Todos, sem exceção, ouviam o rádio em silêncio. Ruas vazias. O clima estava estranhíssimo.
Bateu a vontade de tomar um café e entramos em uma cafeteria de um hotel. Na Tv passava uma cena trágica que imaginamos ser de filme, mas era, infelizmente, uma imagem real que foi repetida mundo à fora milhares de vezes: estávamos no dia 11 de setembro de 2001, dia do atentado às Torres Gêmeas!
Não entendíamos o porquê dos comentários a respeito da cena da Tv, até que alguém se dirigiu a nós, indignado, penalizado, e nos informou o que estava acontecendo. Foi aí que entendemos o silêncio dos taxistas…, o clima pesado…, a revolta, a tristeza das pessoas que estavam ali naquele Café. Tive um misto de sentimentos que culminou no medo.
Foi a segunda vez que senti meu Brasil muito distante…
“Faço parte do mundo e no entanto ele me torna perplexo.”- SirCharlie Chaplin.
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