Ménerbes e Cucuron foi nosso primeiro passeio de 2014 sugerido por Anaté Merger.
Em Aix montamos nosso quartel general nos dois verões que passamos no sul da França – 2013 e 2014. A Logística ficou por conta de Anaté Merger, que tomou as seguintes providências: aluguel de apartamento em um ponto maravilhoso em frente à Mairie (Prefeitura), roteiro original (tal qual nos filmes), e aluguel de automóvel guiado pela doce Leonor, dublê de motorista e guia turístico, falando português, évidemment.
NA IMAGEM DESTACADAvemos o detalhe de uma rua de Ménerbes.
Despedimo-nos de Marseille caminhando vagarosamente pela beira do velho cais daquela que é a segunda maior cidade francesa. Velho cais, lógico, é u’a maneira carinhosa que utilizei a fim de lembrar de que foram os gregos os fundadores de Marseille, há 2.600 anos.
IMAGEM DESTACADA – Meditação, Espera ou Desistência?
Marseille, Vieux Port.
IMAGEM DESTACADA: Rue du Refuge no bairro antigo Le Panier. Acesso Metrô: estações Juliette e Vieux-Port Hôtel de Ville.
COMO CHEGAR Le Panier está situado na parte norte do antigo porto (Vieux Port). Trata-se da parte mais antiga de Marseille, localizada atrás da Prefeitura.
Endereço:Rua XV de Novembro, 147 – Sto Antonio de Lisboa, Florianópolis, SC Horário de Atendimento: Segunda, Quarta, Quinta, Sexta e Sábado 12:00 – 15:30 e 19:00 – 23:30. Domingo 12:00 – 16:00 e 19:30 – 23:00 | Terça-feira – Fechado. Reservas: 48 3234.4219 | 48 9962.1882
COMO CHEGAR À SANTO ANTONIO DE LISBOA Acesse a SC-401, rodovia que o levará ao Norte da Ilha a partir do viaduto da Avenida da Saudade, continuação da Beira-Mar Norte. Para explicações mais detalhadas clique aqui.
Não é de hoje que conheço a Marisqueira. Conheço-a desde o tempo em que os siris escalavam o vidro do aquário e, quando menos se esperava, deparávamos com algum deles passeando pelo salão.
A respeito dessas escapadas, há uma história interessante contada por uma funcionária que passou um susto por conta de uma dessas fugas. Esta jovem foi ao banheiro. No que acendeu a luz, entrou e trancou-se no toilette, levou um baita susto: um deles estava escondidinho atrás da porta com as garras prá cima, pronto para o ataque. A grata surpresa expulsou-a do banheiro aos gritos e em desabalada corrida.
Nesta época, em minha opinião, o Sintra era maravilhoso por conta de um simples, mas delicado pormenor: respeitava a culinária portuguesa e servia pratos autênticos.
FURADA – AÇORDA DE CAMARÃO COM TOMATES NÃO EXISTE!
Em março passado voltei à Marisqueira e optei por uma Açorda de Camarão. Qual minha surpresa? Tomate! Acrescentaram tomate à açorda! Decididamente, os restaurantes que se dizem especializados em culinária portuguesa estão deixando a desejar. Todo português sabe que em açorda tomate não entra! Isso é inadmissível…
A resposta do garçon foi pior que o sabor ácido do prato: – É que a Marisqueira faz uma “adaptação” ao gosto brasileiro.
Pelo amor de Santo Antonio de Lisboa!… Adaptação? Fico logo imaginando uma feijoada completa, “adaptada” à moda tailandesa ou indiana. Como seria? Com côco e muito curry? Nunca mais voltei lá.
Lembrou-me o Rancho Português aqui do Rio. Decepção. Sem mais comentários.
Às 19.00 horas do dia 23 de junho de 2015, nasceu o novo Boteco Belmonte de Copacabana para felicidade dos Belmontenses, fiéis frequentadores do boteco que o seguem como se fosse um blog: podem não passar por lá todos os dias, mas não o perdem de vista.
Antonio Rodrigues, o proprietário do Boteco, brindou seus convidados com chopp bem gelado, refrigerantes, água e coquetéis especiais preparados sob a batuta de Zan Andrade, que hoje atravessou a rua especialmente para essa festa.
Para acompanhar, bolinhos de bacalhau, esfirras, pastéis de carne e de frango com catupiri, linguicinha calabresa em molho acebolado, carne seca desfiada … e outros petiscos dos quais não me recordo. Inauguração prá ninguém botar defeito, coquetéis e salgados muito bem servidos.
Para não dizer que é tudo novo, as cadeiras estilo austríaco em madeira maciça e vergada, são da antiga Casa – doce lembrança.
As paredes, antes verdes, estão forradas em painéis de madeira em acabamento rústico e o piso de ladrilhos hidráulicos foi substituído por pedras portuguesas.
Onde eram os banheiros agora estão a cozinha e o bar, lado a lado, e os toilettes foram transferidos para o sub-solo. Cadeirantes, idosos e pessoas com mobilidade limitada podem contar com elevador, recurso agora necessário.
No salão bem mais amplo, chama atenção um sofá espaçoso e confortável em forma de “U”, com capacidade para acomodar muitas pessoas. Feliz idéia.
A varanda continua, o ar condicionado funciona prá valer e alguns funcionários ainda me são familiares.
De parabéns seu proprietário, Antonio Rodrigues, de parabéns todos nós.
P.S.: Senti falta de uma peça decorativa do antigo Belmonte: o óleo de autoria de Nilton Bravo, conhecido pintor de botequins e padarias na década de 50 e 60.
Antonio Rodrigues nos concedeu ingresso antecipado a fim de que fotografasse o ainda novo ambiente. Um painel executado com copos e garrafas verdes é o que mais chama atenção.
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OBSERVAÇÃO: Casa nova, cardápio novo. E além da nova ementa (menu), como dizem os portugueses, o proprietário Antonio Rodrigues aplicou no Belmonte o mesmo esquema bolado para o El Born – outra casa de sua propriedade quase em frente ao “Bel”: garçons passam bandejas extrapolantes de delícias pelo salão. Algumas vezes troco o almoço ou jantar pelos petiscos. Veja se não tenho razão: bolinhos de feijoada, de carne-seca com ou sem queijo Catupiri, bolinhos de bacalhau, espetinhos de filé mignon, caftas com um molho danado de bom com uma chuvinha de queijo parmezon, bolinho de camarão com gengibre e muitos outros. Pastéis: camarão com ou sem Catupiry, queijo, picanha. Caldinhos: feijão, siri com gengibre, e batata barôa com bacon. Melhor, impossível.
COPACABANA, 20/9/2017 – ALMOÇO:
Voltamos de uma aventura praticada na ladeira íngreme do Forte do Leme (Duque de Caxias), e decidimos passar no Belmonte da Bolívar para nos condecorar pela façanha. Prêmio?… Um almoço dos deuses. Antonio – que não é o Rodrigues -, estimado gerente dessa casa, providenciou o seguinte: tilápia grelhada ao molho de alho poró, saladinha, e batata rosti super crocante.
Não parou por aí: e o filé de linguado grelhado muito bem acompanhado pela salada Belmonte? Prá inglês nenhum botar defeito…
Nem vou lhes contar as delícias que estavam porque as fotos falam por si.
O Belmonte continua batendo um bolão. Não é à tôa que faz tanto sucesso.
Este passeio de Marseille a Cassis em ônibus foi u’a maratona inesquecível tanto na ida quanto na volta. As dificuldades se transformaram em desafio, mas acabou valendo à pena.
IMAGEM DESTACADA – Parcial doPort de Cassis.
COMO CONSEGUIMOS CHEGAR!
Saímos do Grand Tonic Hotel localizado em frente ao Vieux Port e fomos caminhando em direção à Place Castellane, de onde, segundo minhas pesquisas, saíam os ônibus para Cassis.
Na praça, procuramos atentamente por qualquer indicação de ônibus que fosse para Cassis, mas… em vão. Foi aí que senti um forte arrepio no corpo, porque me reportei à Nice e me lembrei daquela peregrinação à procura do ônibus número 100, i-nes-que-cí-vel!!! Eu e meu fiel escudeiro perdemos uma manhã inteira!!! atrás do tal ônibus para Menton. Caso queira saber mais a respeito de paradas de ônibus em Nice, clique aqui. Em Marseille, foi a busca foi pelo ponto do M8. Ó vida dura de viajante! Ó ceus!
O PONTO DO M8 – Via Gineste.
Perguntamos e andamos até dizer chega! e ninguém sabia nos informar onde pegar o ônibus para Cassis. Que fizemos? Desistimos do passeio e pegamos o caminho de volta. Cansados, resolvemos tomar um café e descansar um pouco. Ao sairmos do Café fizemos nossa última tentativa. E como não poderia ser diferente, foi um senhor estrangeiro – tal qual em Nice! – quem nos apontou onde ficava o ponto e ainda nos informou o número do famigerado: M8, cujo ponto era em frente à uma agência imobiliária chamada FONCIA, na Avenida do Prado, 541.
TUDO MUDOU DE NOVO!
COMO CHEGAR A CASSIS, LA CIOTA e AUBAGNE DE ÔNIBUS, PARTINDO DE MARSEILLE?
Os pontos dos ônibus que partem de Marseille para estas cidades mudaram. O ônibus M8 agora é o L 78, via Gineste, porém não há parada para apreciação do litoral e do calanque d’En Vau, o mais famoso.
Para os desejosos de apreciar unicamente a paisagem, a estrada é a D 559, a mesma que segue para Cassis. O ônibus parte do bairro Vaufrèges, no 9º arrondissement de Marselha.
E AGORA? ONDE PEGAR O ÔNIBUS PARA CASSIS?
O interessado deverá se deslocar até ao início da Av. de Toulon, nº 16, onde encontrará um poste com a indicação do ônibus. Para os demais destinos o passageiro deverá procurar outros endereços próximos. O site que apresento é bem explicativo, e basta clicar aqui para saber tudo a respeito do assunto.
Na lateral do ponto havia um papel colado indicando itinerário e horário do ônibus. Neste ponto não havia indicações de que ali fosse a parada do M8, a não ser por um papel colado no vidro da cobertura que nem em letras de tamanho legível estava. Resumindo: só mesmo quem já estava acostumado a pegar o ônibus ali naquele ponto é que sabia disso e não nos restava alternativa a não sair perguntando. Felizmente, ao perguntar a uma senhora onde ficava o ponto do tal ônibus, um senhor ouviu e nos informou. Detalhe: ele não era francês e sabia onde era a parada, e a francesa não. Vai entender!
PERNAS, PRÁ QUE TE QUERO?
Foi outra corrida daquelas. Estávamos aproximadamente a 50 metros do ponto quando vimos o M8 encostar. Felizmente, o motorista nos viu correndo em direção ao ônibus pelo espelho retrovisor e movimentou a mão no sentido de que tivéssemos calma. Assim procedemos, e ao nos aproximarmos do veículo, ele abriu a porta. Antes de embarcar certifiquei-me se estávamos na condução certa para Cassis, e um “Oui, Madame” me fez sentar e relaxar. Mas isso não foi nada! O pior foi na volta! É muita história prá contar envolvendo ônibus e trem – Mon Dieu!
SAINDO DE AIX-EN-PROVENCE para CASSIS
1 – TREM Não há trem direto de Aix para Cassis; pelo menos até eu escrever este post. Ou você se dispõe a pegar um trem da estação Centre-Ville de Paria até Marseille Saint-Charles, e de lá pega outro trem para Cassis (ou um ônibus), ou você pega um ônibus na rodoviária de Aix que vá até Marseille e de lá pegue outro ônibus ou trem para Cassis. Entendeu? Da estação de trem de Cassis até ao Centro são 3.5 km, que você poderá alcançar a pé, de taxi ou de ônibus. As distâncias entre as três cidades são pequenas ( Aix-Marseille: 26 km. Aix-Cassis: 35 km; Marseille-Cassis: 15 km), o que facilita sua escolha, incluindo um taxi em suas opções.
2- DE CARRO
Agora, caso você decida chegar a Cassis em automóvel e com motorista falando português (o que acho mais vantajoso), consulte o blog www.naprovence.com. Anaté Merger lhe oferecerá opções confortáveis para você chegar a seu destino sem ter que se desgastar procurando pontos de ônibus e ainda tendo que ficar em pé por mais de uma hora enfrentando filas enquanto seu lobo não vem. O trajeto por onde o ônibus L 78passa é atraente: trata-se do “PasseGineste” – uma estrada que corta alguns calanques e de onde se avista o Mediterrâneo em alguns pontos.
ONDE COMPRAR?
Guardadas as devidas proporções, Cassis lembrou-me Búzios em sua descontração chic: boutiques, cafés, restaurantes, lojas de souvenir, a presença do mar…
Na Place Gilbert Savon, entre a marina e a praia, há um quiosque oferecendo várias opções de passeios pelos Calanques além de mapas da cidade. Ao longo da marina, algumas empresas anunciam caminhadas e também passeios pelos Calanques com direito a mergulho; outras, são especializadas em pesca. Divertimento não falta na cidade, além da visita ao castelo, ao zoológico e ao comércio.
ONDE COMER?
À esquerda do quiosque há uma brasserie/creperie/bar à vin chamada Le Delphin, muito boa, onde saboreamos as deliciosas saladas que você vê abaixo.
Em viagem procuro ser cautelosa com minha alimentação. Não abuso de pratos gordurosos ou de novidades tentadoras listadas nos cardápios. Faz alguns anos, em véspera de viajar de Casablanca para Madri, fui contemplada pela bactéria salmonella no restaurante do hotel e me vi em palpos de aranha para viajar. Tenho certeza absoluta de que o problemão estava em um presunto cru de uma salada. Foi a primeira e única vez que acionei os serviços médicos do seguro saúde, sem o qual não viajo. E como gato escaldado, opto por pratos mais leves em determinadas ocasiões. Ninguém está imune a acidentes e indisposições, mas é bom não abusar.
MARINA DE CASSIS
A marina é, sem dúvida, a parte mais atraente da cidade. De lá vislumbra-se o Castelo de Cassis, ocupado por um hotel.
CASSIS/MARSEILLE – O RETORNO
Saímos de Cassis em torno de 15.00 h e fomos para o ponto do tal M8, atual L 78 Nem me passou pela cabeça olhar aquela foto dos horários dos ônibus que cliquei apressadamente no ponto de Marseille. Poderia ter tentado encontrar naquela tabela os horários de volta dessa linha, mas para nossa falta de sorte e mais aprendizado, não tive essa lucidez.
Como não chegasse ninguém ao ponto após longo tempo de espera, pensei que não houvesse entendido a informação do motorista, quando lhe perguntei se para retornar a Marseille era ali que deveria embarcar. Fazia muito tempo que estávamos parados e não acontecia nada: necas de ônibus ou de alguém.
DIFICULDADES PARA EMBARCAR
Quando o dito cujo apontou na curva da rua enfrentamos a primeira dificuldade: levantar do meio-fio. Foi um parto.
A segunda foi driblar o povo que já aguardava pelo ônibus àquela altura do campeonato. Era gente prá todo lado em total desorganização. Não fazem fila!!! Embolaram-se na porta do veículo e iam entrando sem a menor preocupação com quem havia chegado primeiro – imagine isso! -, e muito menos atenção tiveram com os idosos ou com os adultos com crianças de colo. A falta de polidez foi total! Numa hora dessas é que não entendo esse antagonismo francês que ora pende para a cortesia, ora para a indelicadeza. Ó tênue fio irritante!
RESUMO:
Aguardamos uma hora e quarenta até que o bendito ex-M8 chegasse, e na hora de embarcar a vez ficou com o mais rápido. Por muito pouco não viajávamos em pé! Na próxima, vê se fica esperto, istepô.
IMAGEM DESTACADA – Altar Principal da Basílica de Notre Dame de la Garde.
Quem conhece a história da Basílica de Notre Dame de la Garde com riqueza de detalhes é Anaté Merger. Clique aqui para conhecer a explanação interessantíssima da jornalista brasileira e autora do blog www.naprovence.com, portal para quem deseja conhecer a Provence em detalhes.
Mais prá frente, nas postagens a partir de Aix-en-Provence, comentarei a respeito do trabalho de Anaté Merger e Leonor – nossa guia pelas estradas do sul da França.
Saindo de Nice para Marseille, saquei a penúltima foto do Jardim Alberto I, em fase de acabamento para receber o Festival de Jazz, e rumamos para a Gare com destino a Marseille.
Digo “penúltima” parodiando minha avó paterna que não gostava de pronunciar as palavras “azar” e “última”. Além do mais, como pretendo retornar em breve, o “penúltima” serve para dar uma força no astral.
IMAGEM DESTACADA –A sequência de residências, bares e restaurantes ao longo do Vieux Port.
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