ROTA DAS EMOÇÕES 6º DIA na ROTA – Rolê por Barreirinhas e Circuito Lagoa Azul
A porta de entrada para os Lençóis Maranhenses chama-se Barreirinhas – uma localidade que deixava a desejar em aparência, e onde a falta de respeito dos motoristas pelo pedestre era assustadora em determinados pontos da cidade. Um simples Rolê por Barreirinhas já era suficiente para amedrontar o turista. Escrevi “era”, porque não sei como está a cidade agora, em 2023.
5º DIA na ROTA: De Luiz Correia, Pi à Barreirinhas, Ma. O destaque deste dia deveu-se a um resort sensacional, em Luiz Correia, chamado Carnaubinha Praia Resort. O hotel é perfeito para quem quem viaja com crianças, devido ao apoio oferecido até mesmo para mães que ainda amamentam seus filhos. Nunca vi nada igual!
COMO CHEGAR, pela Rota das Emoções,partindo de Jericoacoara em direção à Carnaubinha Praia Resort,no litoral do Piauí.
Foi pensando neste trajeto rápido (apenas 3 h 40 m) que PauloRocha sugeriu que passássemos antes pelo Lago Grande, em Tatajuba, a fim de que nos refrescássemos, almoçássemos, e depois seguíssemos viagem até ao Piauí. Já conhecíamos a região, mas não este resort fantástico.
A RECEPÇÃO DO HOTEL
Devidamente identificados na recepção, tivemos a primeira surpresa: fomos conduzidos até nossos aposentos em um carrinho idêntico aos utilizados em campos de golf e em alguns aeroportos. Este era grande, confortável, limpo, e conservadíssimo. Como os prédios de apartamentos ficam afastados da recepção, o hotel adota esse tipo de transporte. Quem sabe, sabe.
Na recepção do hotel há uma boutique que oferece roupas confortáveis, artigos de praia (bonés, chapéus, bolsas, calções, maiôs…), e outra que trabalha com objetos de decoração. Um canto bem confortável, que faz as vezes de sala de estar, ocupa meio do salão.
A PROPRIEDADE
Como chegamos no final da tarde, deixamos nossa pequena bagagem no quarto e saímos para dar uma volta pela propriedade.
O hotel de estilo asiático faz a linha rústica, porém chique. Está localizado na beira do mar, porém distante de comércio ou de qualquer tipo de habitação, mas isso não passa de mero detalhe pelo que o Carnaubinha Praia Resort oferece aos hóspedes.
O hotel foi construído em área isolada e faz o maior sucesso. Como ser diferente?
Quartos espaçosos, colchões confortáveis e travesseiros idem. O ar condicionado era silencioso e funcionava perfeitamente. Tv e frigobar também havia o quarto.
Importante: lugar para as duas malas não faltou. Normalmente, os hotéis preparam lugar para apenas uma mala, o que nos obriga a usar de criatividade para improvisar outro apoio. Quanto a nós dois (as outras duas malas), lugar não faltou, pois ajeitamo-nos perfeitamente na confortável cama.
O edifício em que nos alojaram era bem próximo à praia – melhor não poderia ser. À direita desta foto há um ponto de vista de onde se vislumbra bela paisagem.
CRIANÇA!, SEU PARAÍSO É AQUI!
Os proprietários foram inteligentíssimos e lhes digo o porquê. Salvo a praia, óbvio, e a piscina com bar para adultos, o que existe em matéria de diversão é inteiramente dedicado às crianças. Na foto abaixo está o parque aquático infantil. Nesta parte do hotel a ludicidade é exacerbada e não para por aí. No dia seguinte, aí sim, procuramos conhecer melhor esse imenso parque de diversões.
Próximo ao parque aquático um gazebo convida o hóspede ao relaxamento. Palavras de incentivo citam exemplos bíblicos bem conhecidos.
Cenário pronto para fazer bonito em qualquer foto. Abaixo, os banheiros que atendem ao parque aquático infantil & adjacências.
O RESTAURANTE BALEEIRO
é bem considerado e não é à toa. Está aberto ao público e não apenas aos hóspedes. O cardápio nacional é rico em culinária típica; ele inclui entradas, pratos de vários tipos de carnes, sobremesas diversas e bebidas variadas. Preços convidativos chamaram-me a atenção pelo seguinte: a administração poderia ter-se valido da condição de isolamento do hotel para praticar preços altos, mas não é o caso. Há um velho dito popular que diz que “quem não tem competência não se estabelece”, e aqui temos exatamente um exemplo do que é ser um visionário e estar pronto para reger uma orquestra como esta. Pormenores como estes é que atraem o consumidor e fazem a grande diferença. Fiquei fã.
NO DIA SEGUINTE tivemos tempo suficiente para explorar o hotel porque levaríamos apenas 4 horas até chegarmos à Barreirinhas, no Maranhão. Portanto, havia tempo suficiente para desfrutarmos um pouco mais deste Paraíso.
O CAFÉ DA MANHÃ
PAISAGEM 360º O hotel conta com um mirante que visitamos após o café da manhã. Uma visão nada mal para começar o dia. Clique aquie tenha idéia destes 360º que cercam este hotel maravilhoso.
O hotel dispõe até de uma tirolesa. Não é não muito extensa, mas para quem aprecia a diversão pode repetir a dose quantas vezes quiser.
No mesmo prédio onde fixaram o cabo para a tirolesa, ficam essas mesas para quem aprecia estes tipos de passa-tempo.
HOTEL OU PARQUE DE DIVERSÕES PARA AS CRIANÇAS? O parque aquático infantil havia nos chamado atenção; só não podíamos imaginar que o investimento do hotel em instalações destinadas às atividades infantis fosse tão expressiva. Confira: em um dos prédios o resort construiu mini passarelas semelhantes às utilizadas no arvorismo (não confundir com arborismo). Muita sombra e piso de areia são medidas garantidoras de que os pequenos não sofrerão com queimaduras solares e que um pequeno tombo poderá virar brincadeira. Crianças surpreendem.
BRINQUEDOTECA Em outro compartimento deste prédio, mesinhas, cadeiras, bichinhos de pelúcia, jogos, biblioteca, TV e até um palco com cortina! estão à disposição dos pequenos. Já imaginou, que deste palco poderá sair um grande artista? Tudo é possível. Entendi que o hotel destacou uma funcionária só para observar as crianças enquanto estão em plena atividade. Essa pessoinha simpática estava grávida quando lá estivemos; encontramo-la ao visitarmos esta sala que por mais que procure um adjetivo para definí-la, não consigo. O ambiente nos surpreendeu e fascinou. É hipnótico! Foi muito bom esse encontro, porque a jovem, com toda presteza, abriu-nos literalmente todas as porta das demais dependências dedicadas às crianças.
Para os intelectuais em potencial que não dispensam um bom livro, há uma pequena biblioteca pendurada na parede, e ainda um aparelho de TV que me pareceu, ao analisar a foto, estar ligado a uma câmera que transmite a apresentação dos artistas. Papel e lápis de cor também não faltam, bem como massa para modelar.
O Carnaubinha não fez por menos: pensou desde os recém-nascidos aos mais crescidinhos. Esta cozinha foi montada nos mínimos detalhes para que as mães preparem mamadeiras, papinhas, sopas e outros tipos de refeições para seus filhotes.
Neste canto, longe da alegria da criançada mais “independente”, há uma poltrona para que as mamães possam amamentar seus bebês com tranquilidade. Até nisso os proprietários do resort pensaram. Nunca vi nada igual!
Neste outro cômodo há um fraldário, uma caixa de medicamentos e…
…para a turminha da fralda que ainda necessita de cuidados contínuos, o hotel preparou outro cantinho no fraldário com uma banheirinha, chuveiro e ducha. Que hotel pensa nisso? Que eu saiba, esse é o único.
Do lado de fora da brinquedoteca começa a recreação, onde a gurizada pode acessar o Paraíso aos pulos. Para eles, o céu poderá ser um pouquinho mais para frente; mas, isso dependerá da criatividade de cada um.
ANTES DE DEIXARMOS O HOTEL tivemos tempo para tomar um banho relaxante nas piscinas naturais formadas pelos corais. Na areia há uma marcação em relevo para alertar os banhistas para o óbvio: durante a maré cheia essa marca não deverá ser ultrapassada.
Outro detalhe que nos chamou atenção foi o aparelho para descer pessoas com dificuldades de locomoção até a piscina. O respeito é a tônica do Carnaubinha.
A ÚLTIMA ETAPA DO DIA Entramos no carro e seguimos rumo à Barreirinhas. No caminho, Paulo parou o carro ao lado desses rapazes, movido por uma curiosidade: quanto custaria a dúzia de caranguejos vivos? Resposta: módicos R$5,00 (cinco reais). Sem comentários.
POUSADA e CHURRASCARIA COSTA’S
Meio dia e quinze deixamos o Carnaubinha, e às 13.53 h paramos neste lugar para almoçar: a Pousada e Churrascaria Costa’s, na localidade de Cana-Brava, no município de Água Doce do Maranhão (desmembrado de Araioses desde 10/11/1994).
Galinhas, patos, marrecos, perus e peixes são criados na propriedade. Camarões também aparecem no cardápio, mas não perguntei se eram criados em casa.
A RODOVIA MA-315 Neste trecho em que viajamos no dia 10/9/2018, o que mais me impressionou foi nossa passagem pelos Pequenos Lençóis. Em postagem anterior escrevi que a Rota das Emoções não é novidade para nós, que já a percorremos por inteiro uma vez (esta foi a terceira, porém, parcialmente), trafegando literalmente pela beira do mar sempre que possível.
A novidade é a estrada MA-315, ainda sendo pavimentada, que liga Paulino Neves à Barreirinhas. São 36 km apenas que, apesar dos trechos ainda sem asfalto ou lajotas, facilitam a vida de quem busca recursos em Barreirinhas, principalmente médicos. Até o início da construção dessa estrada pelo Governo do Maranhão – que obteve parceria da empresa de energia eólica Ômega –, o percurso era coberto em 3 horas; agora, o motorista dispende de 30 a 40 minutos.
A abertura da MA-315, que na verdade vai de Barreirinhas à Tutoia, será o início de muito progresso para todas as regiões abrangidas pela rodovia que corta uma ponta dos Grandes Lençóis. Clique aqui e assista o vídeo curtíssimo para que tenha idéia.
Repito: esse trecho da estrada passa por uma “beirada” dos Grandes Lençóis. Pela altura das dunas, não imaginei que estivéssemos atravessando aquele que é considerado como um dos cartões postais mais belos do mundo, mas era lá mesmo que estávamos. Desta vez fizemos o percurso em um veículo de passeio e não à bordo de um dos buggys (eram 5) utilizados em 2008 – grande e inesquecível emoção. Clique aqui e assista ao curtíssimo vídeo só para você ter uma idéia.
A DECEPCIONANTE POUSADA D’AREIA
Logo chegamos à Barreirinhas e nos hospedamos na ampliada, porém decepcionantePousada d’Areia, que em nada lembrava aquela de 2010 – simples, porém aconchegante.
O mapa abaixo mostra a diferença entre chegar à Barreirinhas subindo o Rio Preguiças partindo de Caburé e a chegada pela MA-315.
BARREIRINHAS – A FALTA DE RESPEITO NO TRÂNSITO
continua cada vez mais movimentada – e que me desculpem os barreirinhenses, – cada vez mais feia, mal conservada, com trânsito tumultuado onde ninguém respeita nada, e cada um faz sua própria lei. Um horror!
A VITÓRIA DO CAOS
Obtivemos uma informação muito interessante de um comerciante. Disse-nos ele, que não fazia muito tempo um prefeito tentou arrumar a muvuca, mas não conseguiu.
Cobrou multas dos motociclistas que trafegassem sem capacete, proibiu isso, multou aquilo, fez o possível e o impossível para aplicar as leis, mas foi considerado um algoz e não obteve apoio.
Imagine! Obrigar motoqueiros a usarem capacetes?! Que absurdo! Pois bem. O prefeito cumpriu seu mandato, mas, evidentemente, não foi reeleito. Imaginem se seria!…E como era de se esperar, elegeram para seu lugar uma criatura de deixa tudo rolar solto. Esse é que é o bom! Êita nois!
SINAL DE TRÂNSITO? PRÁ QUE SERVE MESMO, HEIN?
Atravessar a rua é um caso sério se você estiver no Centro ou nas proximidades do cais. O transeunte fica tonto de tanto balançar a cabeça para um lado e para outro até encontrar uma brecha entre carros, jardineiras, quadriciclos, motos, bicicletas, caminhões, carrinhos de mão, skatistas e o que mais o capeta mandar. Sinal de trânsito é apenas um acessório que penduraram em determinados lugares, mas ninguém sabe prá quê.
HOTÉIS e POUSADAS A cidade dispõe de excelentes hotéis e pousadas, mas esses estão afastados do Centro. Alguns desses estrelados foram construídos na margem do rio a fim de tirar partido das águas tranquilas do Rio Preguiças. Piscinas também não faltam nesses alojamentos. Algumas dessas hospedagens contam com condução própria e estabelecem horários para buscar seus hóspedes no Centrinho.
Em 2010 duas amigas eram obrigadas a deixar para trás a melhor hora da animação no cais, justamente por conta desse compromisso. Ambas estavam hospedadas em uma pousada que ficava afastada do pier a aproximadamente 5 minutos de viagem de barco. Entretanto, se não estivessem no lugar e hora marcados, ficavam sem condução e teriam que providenciar outro hotel para dormir.
Nestas situações, caso a pessoa queira permanecer por mais tempo no Centro, dependerá de um táxi ou um barco para retornar ao hotel. Na muvuca, isto é, no Centro afastado do cais, há apenas poucas opções de hospedagem. Uma delas, a Pousada d’Areia, já foi recomendável, mas deixou bastante a desejar e depois explico o porquê. Paulo nos recomendou a Pousada do Buriti, igualmente no Centro, mas não encontramos disponibilidade para a época desejada.
AS NOVIDADES De novidade, em 5 anos, encontramos um Café muito bem montado, o Divino, onde estivemos algumas vezes nos quatro dias em que permanecemos naquele frenesi, mais três lojas na AvenidaBeira-Rio, um restaurante chamado A Canoa, e mais outro ao lado do Barlavento (nosso preferido), o Bambu, que oferece excelentes opções no cardápio. Modificações mínimas, mesmo sem compararmos com a evolução assustadora de Jericoacoara neste mesmo espaço de tempo. Esse prédio da foto abaixo é uma das novidades.
ONDE COMER BEM
1 – O Divino faz jus ao nome: não serve apenas um excelente café, mas oferece refeições rápidas, sucos, água mineral, refrigerantes, chocolate quente, sanduíches e mais alguma coisa. O atendimento é muito simpático e atencioso e não apenas por isso vive cheio. Recomendo.
2 – No Barlavento, nosso restaurante predileto, fomos algumas vezes para jantar e almoçar. Em uma noite apenas o traímos e fomos bisbilhotar o cardápio do Bambu e o achamos bem legal. Ficamos para jantar e gostamos muito. Também recomendamos e é vizinho do nosso querido Barlavento.
Badejo com molho de maracujá, arroz e batatas; dizer que estavam apetitosos é pouco.
REVENDO AS LAGOAS DO PARAÍSO e AZUL
Dia seguinte fomos rever as Lagoas do Paraíso e Azul, na parte da tarde. Nós dois e mais duas senhoras optamos por ficar na primeira enquanto os demais visitavam a segunda. Ocorreu que outra senhora não aguentou caminhar na areia fofa, voltou e juntou-se à nós. Batemos longos papos dentro da lagoa e rimos muito. Valeu termos ficado relaxando e nos divertindo naquela maravilha.
AVISO AOS NAVEGANTES!
Algumas empresas de turismo anunciam passeios para as lagoas, porém omitem um grande detalhe que pode frustrar o turista de primeira viagem que pensa, coitado, que vai assistir ao Por-do-Sol de uma das dunas. Não vai! Acontece que, dependendo da ocasião, apenas uma balsa costuma fazer a travessia do Rio Preguiças e isso acontece tanto na ida quanto na volta às lagoas.
Como o número de Toyotas (jardineiras) é muito grande, quem não sair da área das lagoas rapidinho vai mofar com as pombas na balaia por horas na fila da balsa. Isto significa que o turista não tem condições de calcular a que horas estará de volta a seu hotel. Acho que você já entendeu onde pretendo chegar, não? isso mesmo! Beeemmm antes do término do programa anunciado, ou seja, o por-do-sol, alguns guias são orientados para convidar seus passageiros a se retirarem do cartão-postal bem antes do tão aguardado espetáculo.
Nessa hora todos aceleram o passo e descem as dunas que é u’a maravilha. Conseguimos concretizar a façanha, mas mesmo assim ocupamos o terceiro lugar na fila de jardineiras que aguardavam a travessia. E mais: já era noite quando chegamos à beira do rio. Eram aproximadamente 20.00 horas quando entramos no Centro de Barreirinhas. Portanto, istepô, seja esperto e não caia nessa. Há horário para esse passeio pela manhã, mas à tarde faz menos calor; a escolha é sua. Agora, quer saber? Mesmo caindo nessa esparrela, vai valer à pena. Podes crer, amizade.
BARREIRINHAS é a porta de entrada para um lugar único no mundo. Trata-se de dunas e lagoas que parecem não ter fim, e que chegam a assustar por tanto deslumbramento. Ouvir o barulho do vento e vê-lo despenteando as dunas com seu acarinhar é um momento único que emociona os corações menos avisados. É hora de sentir um arrepio percorrendo seu corpo dos pés à cabeça, acreditar no em que você vê ,e se perguntar qual a origem de tudo aquilo.
E quando penso que navegamos em quadriciclo de Barreirinhas até Atins com nossos guias desafiando esta paisagem emocionante sem uma bússola sequer, sinto-me privilegiada e agradecida ao Deus em que acredito. Afinal, fomos escolhidos para vivenciarmos esta experiência e temos que agradecer, infinitamente, por esta graça.
4º DIA na ROTA – DE JERICOACORA(CE) à LUIZ CORREIA (PI).
A surpresa começou na recepção do Carnaubinha Praia Resort, onde embarcamos com nossos pertences em um veículo do tipo que servem jogadores de golf.
Além deste conforto, contamos com o abraço carinhoso de um conjunto de sofás do qual não tive a menor vontade de me levantar. Por mim, passaria a noite ali mesmo. Fora isso, na vitrine da butique da recepção vimos artigos variados para o hóspede curtir a praia, incluindo a garotada, claro.
SEGUEM OS MAPAS DO ROTEIRO ATENÇÃO! O mapa informa o trajeto habitual pelas rodovias estaduais! Acontece que Paulo Rocha substitui as rodovias CE-085 e boa parte da CE-402 beirando o mar até chegar a Camocim.
Aceitamos de pronto a sugestão de Paulo Rocha, ou seja, uma passada sem nenhuma pressa pela Lagoa Grande, em nossa ida para Luis Correia. O que acontece? De Jericoacoara a Camocim são apenas 3 horas de viagem. Daí, para o viajante não perder um dia de sua permanência na Vila de Jericoacoara, só para conhecer a lagoa que substituiu a famosa Tatajuba, Paulo a incluiu no roteiro de ida para Luiz Correa, onde nos hospedamos no Carnaubinha Praia Resort.
No dia de nossa partida de Jericoacoara para Luiz Correia, antes do horário marcado, 8.30 h, Paulo já estava parado na porta do Hotel Villa Beija Flor.
Devidamente paramentados com roupas de praia, embarcamos e fomos direto para a Lagoa Grande.
Para saber mais a respeito de um tico do trajeto, clique aqui. E para saber como é a travessia do rio, veja-a neste breve vídeo – a travessia é mais rápida ainda.
APÓS CRUZAR o RIO GURIÚ
chega-se à Mangue Seco, localidade bastante modificada nos últimos 5 anos. Honestamente? Não apreciei as novidades… Em minha opinião prá lá de inoportuna, penso que a criação deste ponto foi desnecessária. Em primeiro e em segundo lugar, devido à proximidade e semelhança com o que você encontrará em seu destino, a Lagoa Grande.
COMO CHEGAR À LAGOA
Há um caminho alternativo que se resume em uma viagem. Só prá você ter uma idéia, de Jeri à Luis Correa, no Piauí, são 3 horas de percurso; e para sair de Jeri e chegar ao Lago Grande, sem passar pelo Mangue Seco, são 2 horas! O passageiro sairia (já vou logo colocando o verbo no condicional que é para você não cair nessa) da Vila de Jericoacoara, iria para Jijoca, passaria por Parazinho, para depois então decidir se continuaria até Lago Grande e/ou Tatajuba. Dê uma olhada no mapa e entenda o porquê do roteiro que Paulo Rocha fez por Mangue Seco.
RoteiroVila de Jericoacoara/ Lago Grande:
RoteiroVila de Jericoacoara/Tatajuba:
IMPORTANTE!
Para entender Mangue Seco, imagine uma linha reta entre Jericoacoara e Tatajuba, atravessando o Rio Guriú – foi nosso roteiro! Não sendo assim, observe no mapa a imensa volta que teríamos que fazer para chegarmos ao mesmo lugar.
Quando digo que Paulo conhece a Rota das Emoções como ninguém, é porque tenho razão.
MANGUE SECO
A internacionalmente conhecida Praia de Mangue Seco era tocada unicamente pelo vai-e-vem das marés, e pela passagem ligeira de veículos – principalmente buggys que se destinavam à Lagoa de Tatajuba.
À exceção de marcas de pneus na areia, não havia outro sinal de interferência do “ser” dito humano. Refere-se a um lugar de beleza única, onde víamos, vez ou outra, algum apaixonado por imagens desembarcar de seu veículo para registrar o trabalho generoso e exuberante da natureza naquele lugar.
Ouvíamos o barulho do mar vindo de longe, bem como o assobio afinado do vento avaliar nossos ouvidos, além da variedade de canto de pássaros enternecer o mais empedernido dos corações. Mangue Seco é Mágico…
Passei algumas vezes pela Praia de MangueSeco em ocasiões bem diferentes e admirava essa intocabilidade que imaginei ser eterna. Que bobagem! Ao passar pelo mesmo caminho recentemente, agosto de 2018, senti um baque ao testemunhar a transformação que citei no início da postagem (e ainda bem que foi só em um trecho!). Lançaram mão de pedaços de madeira – que inicialmente me pareceram ter origem no próprio mangue -, e construíram escadas, balanços, casas em árvores, pontos de vista e mais alguma coisa. Estenderam redes, construíram bares/restaurantes, ponto de encontro dos guias turísticos e até uma barraca que vende artesanatos!
GRANDES E DESASTROSAS MODIFICAÇÕES
Guias não nivelam os auto-falantes de seus veículos e o resultado é uma provocação aos tímpanos mais sensíveis. Há quem aprecie essa alegria toda? Claro! Como seria o mundo se todos gostassem das mesmas coisas? A sensação que tive ao ver o conjunto da obra assim que chegamos, foi a de que levaram alguns turistas enjaulados até lá e em determinado momento alguém gritou: – SOOOLTA!!! E a partir daí, mermão… só quem viu é que sabe.
Havia gente subindo em árvores, outros se balançando, outros já aboletados em galhos, alguns se agarravam em escadas tentando subir nas árvores… Ói, paro por aqui para não escrever o que não devo. O vídeo foi gravado em um momento tranquilo a fim de que não tivesse novo impacto ao rever as imagens. Lá vai! Clique aqui.
ORIGEM E DESTINO DA PALHA E DA MADEIRA DA CARNAÚBA
Inconformada com o cenário perguntei a nosso guia e amigo qual a origem do madeiramento e ele me explicou o seguinte: que toda a madeira utilizada na preparação dessas estruturas é originada do sertão, incluindo a carnaúba, cujo corte é controlado pelo IBAMA, pela SEMACE (Secretaria de Meio Ambiente do Ceará), e pela Prefeitura.
O MANGUE
permanece intocável e essa estrutura do “parquinho” é trocada a cada dois anos por questão de segurança. Relaxei, mas só nas questões do controle dos materiais empregados. Agora, quanto à macacada…
CONTINUAMOS
em direção à Lagoa Grande, mas não sem antes passar pelas mesmas emoções que sentimos em 2013: subindo e descendo dunas, mas desta vez em um veículo de passeio e não em um buggy – menos confortável, mas tão maravilhoso quanto.
Continuamos nesse balé pelas dunas ainda por um breve tempo e logo chegamos à novidade: o Lago Grande, onde almoçamos.
A fila grande era para o esquibucho. A propósito: você sabe do que se trata? Não? Então clique aqui e rapidinho saberá.
NOSSO ALMOÇO FOI EMBAIXO DE UMA BARRACA FINCADA NA AREIA DA LAGOA.
Neste cenário almoçamos um farto prato de Camarão com Salada e uma porção de Baião de Dois. Vez ou outra sentíamos uma beliscada de um peixinho mais atrevido nas pernas, mas… fez parte. Afinal, sem precisar pensar muito, os intrusos éramos nós. Portanto, os incomodados que se mudassem.
QUEM COMIA O QUÊ
Enquanto os peixes mordiscavam nossas pernas, fazíamos o mesmo com os camarões. Era um beliscando abaixo da linha d’água e outro beliscando acima. Uma casca que foi levada de um de nossos pratos pelos fortes ventos caiu na água, e antes que pudéssemos catá-la os peixes a atacaram com uma rapidez surpreendente até destruí-la. Não demorou muito para que sentíssemos outra mordidinha nas pernas enquanto continuávamos a saborear os camarões, só que desta vez o ciclo não se fechou porque não deixamos mais nenhuma casca voar. Pa-rou! Lugar de lixo é na lixeira e fim de papo.
Não nos demoramos na lagoa, e assim que acabamos de almoçar partimos para Camocim. Essa pressa toda era porque ainda tínhamos que atravessar o Rio Coreaú, disputando apenas uma balsa, e seguir para Luis Correa.
Visto de poucos metros de distância, o Lago Grande faz lembrar um oásis tanto quanto Jericoacoara. Se repararmos bem, não deixam de ser.
Em determinado momento da viagem, Paulo sugeriu pegarmos um atalho a fim de verificar se poderíamos trafegar pela beira da praia. Caso a maré estivesse baixa, seguiríamos até a foz do Rio Coreaú beirando o mar.
NOTE BEM: Boa vontade não falta nesta criatura que faz tudo para agradar seus passageiros. Foi assim desde que nos conduziu pela Rota das Emoções pela primeira vez, em 2010.
Clique aqui para saber mais a respeito do tráfego na trilha da foto acima. É vapt-vupt.
NADA ACONTECE POR ACASO! É PRECISO ESTARMOS ATENTOS AOS SINAIS QUE O UNIVERSO NOS DÁ.
PARTICULARMENTE, ACREDITO PIAMENTE NISSO.
Quando aceitamos a sugestão de Paulo, não foi à toa. O que aconteceu? Ao chegarmos à praia, vimos que a maré estava alta e que não seria possível chegarmos à margem do Rio Coreaú trafegando pela beira do mar conforme imaginamos. O lugar era lindo! Pedi permissão a nosso querido guiador para descer do carro, disparei algumas fotos e voltei.
Niqui Paulo terminou de manobrar o carro para voltarmos, ele parou e ficou observando uma Toyota, a primeira de cinco, que chegava pela esquerda ao mesmo ponto em que estávamos. Sem titubear, Paulo Rocha afirmou que o motorista entraria em apuros e aguardou. E não é que o danadinho acertou em cheio?
O motorista não foi nada habilidoso; pelo contrário, era beeem atrapalhado. Ao invés de passar por cima da vegetação de sua esquerda, em terreno firme, o istepô tentou seguir em frente e ainda quase atropela um tronco de carnaubeira. Não entendemos nada. Areia muito fôfa…, ele acabou ficando atolado, claro. E Paulo só olhando… A criatura tentou sair do atoleiro, mas a Toyota afundava cada vez mais. Era um tal de chegar prá frente e chegar prá trás, mas sem resultado algum.
Paulo então ofereceu ajuda porque percebeu que a turma era muito ruim de roda. Muito ruim, mesmo. Neste carro havia mais 4 passageiros que não queriam sair da Toyota de jeito nenhum, alegando que estava muito calor. Em uma situação desta, eu, como motorista, seria meiga como um coice de mula e colocaria todos prá fora do carro. Seria o troco por não levarem em consideração a situação em que se encontravam! O comodismo foi ao extremo, e a falta de respeito foi total. E mais: uma das passageiras era uma senhora mais gorda que o Toyota.
Nosso amigo aproximou-se para ajudar, e logo de início usou de franqueza e disse-lhes, educadamente, que as passageiras estavam dificultando as manobras e que deveriam descer da Toyota o mais rápido possível. Clique aqui para saber alguns pormenores. Aconteceu que, não se sabe por qual motivo, o motorista deu ré e o carro quase virou no desnível da praia. Mô-quidu!…Na hora em que sentiram o perigo foi até engraçado: vimos uma explosão de gente prá tudo que é lado! Foi como se tivessem descoberto uma cobra dento do carro. A primeira idéia seria amarrar uma corda nos dois veículos a fim de que Paulo puxasse a Toyota, mas abortaram a idéia mediante a sugestão de Paulo.
Ele orientou o motorista a entrar no carro, chamou dois pesos pesados que estavam nos outros veículos, e os três subiram no estribo do lado esquerdo. Nosso amigo então instruiu o condutor para que virasse o volante em direção à beira da praia – o óbvio -, ao invés de insistir na manobra que estava fazendo e que não estava dando certo, ou seja, tentando subir o desnível. Houve argumento, mas Paulo insistiu e foi essa manobra que salvou a situação, porque o peso dos três mosqueteiros garantiu que o veículo não cambalhotasse. Daí, “entre mortos e feridos, salvaram-se todos”. Ufa!
Felizes com a ajuda, retomamos nosso caminho e seguimos ao encontro do Rio Coreaú, nosso velho conhecido.
PAULO, QUEBRANDO UM GALHÃO!
Só uma balsa estava trabalhando, e quando chegamos havia alguns veículos na fila para atravessar; tratava-se de um grupo de viajantes. Repentinamente, Paulo foi chamado para entrarmos com o carro na balsa; não entendemos… Habilmente, sem que percebêssemos, nosso guiador entendeu-se com o líder desse grupo e pediu licença para embarcarmos antes deles, caso todos concordassem. Como tínhamos apenas um veículo para atravessar, o grupo nos obsequiou com esse embarque. Ficamos muito gratos.
CAMOCIM
na linguagem tupi-guarani significa “buraco ou pote para enterrar defunto”. As temperaturas médias são em torno de 26 graus. No Verão, não costumam chegar a 32 graus, com minimas registradas de 29 graus; no Inverno, oscilam entre 21 e 22 graus aproximadamente. Não há estação do ano definida naquela região; há, sim, o período das chuvas (de janeiro a junho) e o período da seca (de agosto a dezembro). Julho funciona como um intermediário entre ambos os períodos.
O município conta com belas atrações turísticas que a maioria dos visitantes nem desconfia que pertencem à Camocim. A Lagoa da Tatajuba é uma delas e a Praia de Guriúé outra.
Lembram de Mangue Seco, citado lá em cima? Pois é. Essa região próxima de Jericoacoara também pertence à Camocim. Quando fizemos a Rota das Emoções com Paulo, em 2010, passamos por todas as praias do município. São belíssimas. Há ainda uma ilha, a Ilha do Amor, que não conhecemos.
EM CHAVAL,
cidade cearense localizada na fronteira com o Piauí, passamos pela Pedra da Gruta Nossa Senhora de Lourdes. Como chegar, história de sua construção e datas festivas, bata clicar no link.
Agradecemos por nossos momentos, pedimos proteção e prosseguimos viagem até Luis Correa, onde nos hospedamos em um resort excepcional chamado Carnaubinha Resort Hotel, assunto da próxima postagem.
Aceitamos a sugestão de Paulo Rocha, nosso guiador pela ROTA (telefone (88) 9.9969-7112) e permanecemos em Jericoacoara a fim de revermos alguns lugares e conhecermos as novidades.
IMAGEM DESTACADA:O badalado Centrinho de Jericoacoara.
2º DIA na ROTA: Jericoacoara – Lagoas do Paraíso e Azul.
Jeri mudou muito, e foram mudanças radicais para melhor no curto espaço de cinco anos! O ar bucólico de 1984, em que só se chegava à Jericoacoara atravessando as dunas a pé e com burros carregando sua bagagem, já era.
Nas postagens seguintes você constatará que nossa musa, a Hilux de Paulo, exagerou em brilhantismo onde quer que estivesse. E, apesar de seu glamour – estofamento em couro, ar condicionado e muito espaço -, tal qual a Amélia cantada por Ataulfo, “não tem a menor vaidade” e deu um banho no 1º dia na Rota das Emoções.
NOSSO ROTEIRO
1º Dia na Rota: Fortaleza (CE) / Jericoacoara (CE).
Esta parte também poderá ser trilhada, literalmente, pela beira do mar. Neste caso, o percurso é realizado em dois dias. Na primeira vez que fizemos a rota optamos pela beira da praia e dormimos em Trairi. Foi espetacular!
IMAGEM DESTACADA: Eis a Hilux de Paulo Rocha – a versão antagônica daquela que ficou famosa como “Princesinha do Agreste” em certa novela da TV -, pronta para qualquer parada.
JERICOACOARA TAMBÉM TEM HISTÓRIA
Não faz tantos anos assim – talvez uns vinte, aproximadamente -, tratava-se apenas de uma vila de pescadores quase escondida entre o mar e as dunas. Não havia estradas, não havia eletricidade e, consequentemente, tudo que dependesse de uma tomada… Não havia sequer uma pousada.
Os sobrinhos de meu fiel escudeiro estiveram em Jericoacoara em 1987 e foram abrigados por pescadores. Era em suas casas que dormiam e comiam. Casas sem banheiros, e devido a isso as necessidades fisiológicas eram “descartadas” atrás de qualquer moita ou árvore. Para que tenham idéia, eles chegaram à vila em lombo de burro! A moeda corrente era o escambo, e por este motivo pouquíssimo dinheiro circulava.
JERICOACOARA,
um cenário exuberante arquitetado pela natureza cuja quietude só é abalada pelo assobio do vento, jamais imaginou que outros tipos de vento soprariam em sua direção e a transformariam em um dos polos turísticos mais famosos do planeta.
JERICOACOARA CRESCEU!
Moradores daquelas casinhas simples negociaram seus terrenos, e agora vê-se, em seus lugares, hotéis de luxo, pousadas bem transadas, boutiques sofisticadas, Cafés atraentes e restaurantes charmosos, sem falar em uma sorveteria/fábrica de sorvetes da melhor qualidade que consegue formar fila apesar de suas espaçosas instalações. Lá, fabricam até sorvete diet!
O COMÉRCIO DE JERI
Aumentou o número de farmácias e de supermercados; uma UPA bem elogiada pelos moradores foi construída na entrada da Vila, e a oferta de diversos tipos de terapias é considerável. Há consultório dentário. Lojas de marcas famosas do ramo de sandálias de praia e perfumaria estão presentes. E se notamos bem, duas praças foram construídas: uma no Centrinho (rua Principal) e a outra em frente à Matriz.
O TEMPO “AVOA!”
A diferença que encontramos de 2013 prá cá é gritante! De tudo isso o que mais nos chamou atenção foi o seguinte: é que todo esse glamour que Jeri vem adquirindo com a rapidez de quem furta, não alterou aquele jeitão descontraído. A Vila continua atraente e está ficando cada vez mais charmosa. Jeri é um lugar encantador, alegre, onde todos são bem recebidos. Jeri parece colo de avó – é puro aconchego; Jericoacoara não se explica. A Vila é transbordante de Luz, porque é lugar de gente feliz.
ROTA DAS EMOÇÕES
Foi Paulo quem nos conduziu em 2010 na Rota das Emoções pela primeira vez. Este roteiro compreende os Lençóis Maranhenses, o Delta do Parnaíba e a Costa do Sol Poente Cearense: Jericoacoara e Camocim. Percorremo-la de ponta a ponta. Nesta ocasião, nosso companheirão de viagem por quem acabamos por nutrir grande admiração e profundo apreço, trabalhava para uma empresa de turismo de Jericoacoara.
QUEM É PAULO ROCHA?
Paulo é um profissional batalhador e profundo conhecedor da Rota e arredores. Não foi surpresa quando, ao contratarmos seus serviços pela segunda vez, informou-nos, feliz da vida, que já fazia tempo que trabalhava por conta própria. A partir daí, Paulo é que passou a comandar e orientar seus passageiros nos roteiros propostos, e sugestões não lhe faltam. Nas três vezes que transitamos pela Rota (total ou parcialmente), nosso guiador foi nos pegar em Fortaleza. Na última vez, ou melhor, na mais recente, foi nos pegar direto no aeroporto.
Nota: Nosso amigo é residente de Jijoca de Jericoacoara, distante do aeroporto da capital cearense em 298 km!
1º DIA na ROTA – De Fortaleza a Jericoacoara. Desta vez tivemos a vantagem de contar com um voo do Rio de Janeiro que chegou à capital cearense às 11.30 h, e de lá rumamos diretamente para Jericoacoara. Paramos duas vezes no caminho: uma para almoço, em Paraipaba (Restaurante e Churrascaria São Paulo), e outra para lanche, em Itarema.
SUGESTÃO: Caso você chegue a Fortaleza em horário de almoço, ou desembarque precisando comer alguma coisa, sugiro que passe na praça de alimentação do aeroporto nem que seja para levar um lanche para fazer na viagem. Lá a oferta de refeições é grande e lhe quebrará um galhão. Explico: o buffet da churrascaria de Paraipaba onde Paulo parou para almoçarmos deixou muito a desejar; em contrapartida, a tapioca de carne de sol com queijo de coalho do Delícias do Café de Itarema é in-dis-pen-sá-vel!!! É ponto obrigatório.
CARDÁPIO
Além de refeições, o Café oferece pratos rápidos tais como: tapiocas com diversos tipos de recheios, omeletes, bolos, sanduíches, salgados e outras delícias. Tudo preparado e servido com esmero. Artesanatos e redes também estão a venda. Os ambientes são limpíssimos, incluindo os banheiros. Essa parada é porreta! Anote:Av. João Batista Rios, 265, Itarema – CE, 62590-000. Telefone: (88) 99755-5049.
Água de côco gelada combina com a famosa tapioca? Claro! É normal meu estômago apoiar, integralmente, o que meus olhos vêem.
Mais tarde, ao passarmos pelo município de Cruz, Paulo nos levou para conhecer o aeroporto já devidamente preparado para receber aviões de grande porte. Prova disso é que voos diretos de Lisboa estão previstos para serem inaugurados em setembro próximo. Com esse e outros avanços, Jericoacoara nunca mais será a mesma…
Do ponto que se vê abaixo fomos até Jericoacoara (distante de Preá em apenas 14 km) pela areia da praia…
(Vídeo musicado)
… e ainda demos uma passada pela Árvore da Preguiça, atração de Jeri, antes de chegamos a nosso destino.
NOTA: A partir de 21/9/2017, quem visita Jericoacoara paga uma taxa de R$5,00 (cinco reais), por pessoa, pelos dias em que o visitante permanecer na Vila. Trata-se da TTS – Taxa de Turismo Sustentável. Há dois postos de cobrança: um deles fica na entrada da cidade (foto) e outro na entrada do município. Caso seja mais confortável para o visitante pagá-la pela internet, basta gerar o boleto na página da Prefeitura de Jeri.
QUEM NÃO PAGA A TTS? Maiores de 60 anos, menores de 12, e portadores de deficiência física. Moradores e quem mora em outro local, mas trabalha na cidade, obviamente, também estão isentos do pagamento da taxa. Quarenta por cento do valor arrecadado é obrigado a ser empregado na Vila.
Ficamos na pousada Villa Beija-Flor, recém inaugurada na rua do Forró. Ajeitamos nossa bagagem, tomamos um banho e saímos para ver as novidades; só não imaginamos que fossem tantas!…
2º Dia na Rota: Jericoacoara (CE) / Carnaubinha (PI)
N.B.: Importante ressaltar que o roteiro é executado pelas dunas em alguns trechos. Nem pensar em viajar pelo caminho traçado pelo Google, porque é longo demais! De Jericoacoara à Guriú trafega-se, praticamente, em linha reta.
3º Dia na Rota: Carnaubinha (PI)/Barreirinhas (MA)
Acompanhe cada dia da Rota das Emoções clicando nos links abaixo.
“Somos todos viajantes de uma jornada cósmica – poeira de estrelas, girando e dançando nos torvelinhos e redemoinhos do infinito. A vida é eterna. Mas suas expressões são efêmeras, momentâneas, transitórias.”Deepak Chopra
Texto de Felipe Antunes Fotos de Felipe Antunes e Marcos Antunes
Foi em conhecida rede social que reencontrei Reynaldo Antunes, com quem havia trabalhado nos anos 70.
Naquela época, desconhecia as paixões que o antigo colega e atual companheiro de blog confessa na apresentação de seu site de viagens www.bigornaviagens.com.br.
“O ESPORTE está no meu DNA. A FOTOGRAFIA é uma paixão antiga. E VIAJAR é o que mais gosto de fazer.
PLANEJAR uma viagem é otimizar tempo e despesas. E COMPARTILHAR as viagens com os outros é viajar de novo.
Juntando tudo isso, surgiu a ideia do BIGORNA VIAGENS. Um site de EXPERIÊNCIAS DE VIAGEM procurando atender também a quem gosta de juntar turismo a lazer com esporte.
Espero que vocês gostem.
Boa Viagem !
Reynaldo Antunes”
Ontem à noite, ao visualizar sua última postagem, fiquei maravilhada com sua experiência na África do Sul. Viajei no texto, e por este motivo pedi licença à Reynaldo para compartilhar essa aventura com meu blog. Quem ama viajar sentirá a mesma emoção que senti. Bora prá Áfricaaa!!!
OKRUGER
é um parque nacional que fica na fronteira da África do Sul com Moçambique. Seu território é um pouco menor do que o do estado de Sergipe e lá vivem todos os animais que você vê no National Geographic. É o destino mais procurado na África do Sul para quem deseja fazer um safári.
Apenas para facilitar a leitura, quando falarmos em CAMPING estaremos falando no acampamento onde você vai se hospedar.
Na verdade não é um camping, como conhecemos no Brasil, onde você ficaria em uma barraca ou trailler. Na verdade são quartos, alguns até bem luxuosos.
É como um hotel. Apenas usamos uma terminologia local.
COMO CHEGAR Existem duas formas de chegar ao Kruger, que fica à cerca de 400 km de Joanesburgo: de avião ou de carro. Eu escolhi a segunda, mas se você for alguns centavinhos mais corajoso, pode tranquilamente escolher a primeira opção.
Existem alguns pequenos aeroportos, bem pequenos mesmo, ao redor ou até mesmo dentro do Kruger. Existe um em Nelspruit, cidade próxima ao parque, e outro chamado Skukuza, mesmo nome do camping onde ficamos, que fica dentro do parque. Talvez existam outros, mas nem pesquisei muito quando vi o tamanho dos aeroportos e, principalmente, dos aviões que eu teria que pegar.
IMPORTANTE: caso você opte por ir de avião, não se esqueça de pesquisar onde você irá alugar seu carro para fazer os passeios (chamados game drive) dentro do parque . Você poderá fazê-los com os jipes do camping ou do parque. Se você também contratar com o seu camping o transfer do aeroporto e, depois, para o aeroporto, não há necessidade de alugar carro.
Eu aluguei o carro pela Budget, no aeroporto de Joanesburgo, e o devolvi lá mesmo, três dias depois. Como lá é mão inglesa optamos pelo carro automático para não ter que ficar mudando de marcha com a mão esquerda.
Na ida, foram 6 h de viagem até a porta do camping, contando duas paradas para lanche, outra no portão do Kruger pra fazer a entrada e uma leve errada de caminho.
Na volta, já mais espertos, fizemos em 5:30 h. Mas eu dirijo devagar, média de 100km/h. Dá pra fazer em 5 h ou menos.
As estradas são legais. Não é perrengue não. Próximo do Kruger ela piora um pouco, mas nada complicado. O pior que você vai pegar é uma estrada com asfalto honesto, mão dupla, uma faixa pra cada lado, sem canteiro central dividindo as pistas.
QUANDO IR Optamos por ir no mês de agosto por ser um período onde a vegetação fica com poucas folhas e fica mais fácil ver os animais mais selvagens. Deu muito certo, mas vá preparado para o frio pois, no período noturno, a temperatura cai.
Uma outra vantagem de ir neste período é que a quantidade de mosquitos e insetos é menor.
O site rhinoafrica.com dá boas dicas sobre as diferenças de cada período.
MALÁRIA O Kruger Park fica em uma zona de risco. Portanto, os cuidados são necessários.
A primeira coisa a fazer é consultar o seu médico e seguir as orientações que ele lhe der.
Estando no parque não deixe de passar repelente, usar calça comprida e também camisa de manga comprida.
Em caso de qualquer sintoma procure o médico do seu hotel ou algum médico indicado por eles.
Mas vale registrar que durante os dias em que estivemos lá, em agosto, não vimos qualquer mosquito.
Aproveitando o tema, independentemente de ser região de risco ou não, não viaje sem um seguro saúde.
Imprevistos, como o que aconteceu conosco e relatamos neste post, podem acontecer.
Veja o que diz o site oficial SANPARKS.ORG. Eles fazem algumas considerações sobre o tema.
ONDE FICAR Existe a opção de ficar dentro ou fora do parque. Ficar com muito conforto e luxo, algum conforto ou nenhum conforto. Enfim, opções para todos os gostos.
Ao redor do parque existem várias reservas particulares, anexas ao Kruger, que também têm animais, e oferecem acomodações de cinema. É tipo piscina, com drink na borda, com vista para os elefantes. Mas não é a minha praia…
Optei por ficar dentro do parque por alguns motivos:
– queria ter a sensação de dormir dentro do parque;
– é mais prático. Pela manhã é só ligar o carro, sair do camping e já começar a ver os animais circulando.
– você pode voltar ao camping a qualquer momento se quiser ir ao banheiro, comer alguma coisa, trocar de roupa…
– e até dar aquela dormida depois do almoço, se é que você gosta.
Escolhermos o SKUKUZA REST CAMP ( Na foto abaixo uma ala de bangalôs ).
Era o mais indicado, segundo as minhas pesquisas. O camping é bem grande. Tem posto de gasolina, bangalôs, centro de convenções, restaurante…
…uma loja que vende souvenires…
…e, o melhor… tem uma vista, na cara do gol, para o rio.
Esta bancada com a vista para o rio fica logo após o restaurante e fica protegida dos animais por uma cerca elétrica.
É o local onde muitos animais aparecem. Eu vi uma manada de elefantes e duas hienas. E no fim da tarde ouvi alguns rugidos de leão. Bem impressionante!
Para fazer reserva basta acessar o site do SANPARKS (www.sanparks.org).
Esse é o site do órgão que administra todos os parques nacionais da África do Sul. Administra o Kruger e também o Parque do Cabo da Boa Esperança. Assim que entrar no site, tem que selecionar o Kruger Park e, aí sim, procurar pelos acampamentos. Eu fiz e deu tudo certo. A diária num bangalô standard custa cerca de R$ 200.00 por pessoa. Achei honesto.
Ele tem um tamanho bom, chuveiro com água bem quente, ar condicionado, ventilador de teto, tela protetora contra mosquito em todas as janelas e, na varanda, frigobar e churrasqueira… sim, dá pra fazer churrasco. Na lojinha eles vendem tudo, carvão, carne, acendedor de fogo…
Um problema no SKUKUZA (é bom relatar)
Eu e meu irmão acordamos na hora recomendada para os passeios, por volta das 6 horas, e estávamos andando dentro do camping, pelo deck que fica de frente para o rio, quando meu irmão pisou em cima de uma espécie de bueiro. A tampa estava solta e a perna dele caiu lá dentro. Deu uma machucada boa, mas poderia ter sido muito pior. Ele ficou com um ferimento na canela. O camping possui um médico. Só que o atendimento não é 24 horas. O médico só chegava às 7:30 da manhã, ou seja, mais de uma hora depois. Tivemos que ir ao bangalô para limpar o ferimento enquanto aguardávamos a chegada do médico.
Quando ele chegou havia uma fila de umas cinco pessoas. Pelo que entendi, ele atende e faz tratamento também para os funcionários. Ficamos na sala de espera e cerca de 30 minutos depois ele foi chamado. O médico fez o curativo e aplicou uma antitetânica. O material usado era lacrado, tudo em boas condições. No final de tudo, a surpresa. Tivemos que pagar cerca de 850 rands, quase R$ 300.00. Mais caro do que uma diária do camping.
Considerando que o machucado do meu irmão foi causado por uma falha de manutenção do camping, fomos à recepção contestar a cobrança, certo de que ouviríamos, inclusive, um pedido de desculpas. Nada disso. O gerente da recepção disse que iria falar com o gerente geral e depois me daria uma posição. Até hoje estou esperando. Uma pena, pois, tirando esse problema, tudo funcionou muito bem.
GAME DRIVE – OS PASSEIOS GUIADOS Optamos por fazer os passeios por nossa conta. Usamos o carro que já estava alugado. Era um carro normal, um Hyundai parecido com o HB20. Nada especial.
Dentro do Kruger existem estradas asfaltadas e de terra. As principais são de asfalto e as secundárias de terra. A estrada é bem sinalizada. Em todos os cruzamentos que passamos havia placa indicando a direção dos lugares e a distância até eles.
Ah, o Google Maps funcionou lá dentro. Como havia comprado um chip sul-africano no aeroporto, meu 3G funcionou quase que o tempo todo. Foi bem tranquilo nesse sentido.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS PARQUES e CAMPINGS
O portão do parque e dos campings abre às 6 h e fecha às 18 h. Antes e depois desse horário não pode circular no parque. Se alguém perder a hora, leva uma multa salgada, fora o esporro.
Dentro do Skukuza tem um mapa do parque com as informações dos locais onde as pessoas avistaram cada animal, naquele dia e no anterior. Foi por ali que traçamos nossa rota do dia. Caso você não tenha acesso ao mapa, eu sugiro fazer uma rota perto dos rios ou de qualquer outro lugar que tenha água. Normalmente os animais passam por ali, né ? Deu muito certo conosco.
Veja abaixo os mapas dos nossos roteiros:
Rota feita na parte da manhã, sempre beirando os rios, onde os animais costumam ficar.
Rota feita na parte da tarde. O ponto de saída (ponto A) está coberto pelo ponto E, no mapa. Como vocês podem ver optamos por repetir uma parte do roteiro da manhã.
Nossos passeios foram bem tranquilos. Eu tinha alguns receios, mas correu tudo bem. Obviamente, há potencial para dar problema, mas existem algumas dicas que podem minimizar. Veja no final do post.
Assim que saímos já encontramos um búfalo no meio dos arbustos. E daí pra frente vimos leão, elefante, girafa, javali, veado, antílope, macaco, hipopótamo, leopardo…
Só faltou rinoceronte, dos chamados Big 5 (leão, elefante, leopardo, rinoceronte e búfalo).
Efetivamente nós só tivemos um dia inteiro de passeio. No dia da chegada só fomos do portão ao camping e, na saída, do camping ao portão. Mesmo assim nesses pequenos trajetos nós vimos bastante coisa.
Para nós foi o suficiente. Acho que mais um dia iria ficar meio cansativo. Mas aí depende de cada um.
Existem, também, passeios a pé e passeios noturnos com guias do parque. Nós não fizemos. Você pode se informar onde você estiver hospedado.
Para vocês terem uma ideia um pouco melhor do local fizemos dois pequenos vídeos. São esses abaixo.
1- Elefantes Param o Trânsito: https://www.youtube.com/watch?v=m9XFBV2O9u8&feature=youtu.be
2- Girafa na Pista: https://www.youtube.com/watch?time_continue=5&v=Zrt9UwpsaLA
DICAS DE SEGURANÇA PARA OS PASSEIOS
1. As vezes as estradas ficam interrompidas pelos animais. Se um elefante resolver sentar no meio da estrada, não tem o que fazer, a não ser esperar que ele levante e saia do caminho. Ou então dar a volta por outro lugar, o que pode aumentar seu trajeto em algumas horas.
MUITO IMPORTANTE: Evite deixar para voltar ao camping perto do horário de fechamento do portão. Esses imprevistos podem acontecer e o seu estresse vai ser grande.
2. Ande bem devagar. A velocidade máxima dentro do parque é 50km/h. Mas isso é rápido quando você está procurando um bicho no meio da vegetação. Nós achamos vários bichos que estavam bem camuflados justamente porque andamos bem devagar.
3. Fique atento com os elefantes. Em geral eles são muito tranquilos, mas não queira vê-los irritados. Por isso há algumas atitudes preventivas indicadas pelo próprio parque. Uma delas é manter distância. Se eles se aproximarem, dê ré bem devagar e vá mantendo distância. Sem correr, pois pode assustá-los ou irritá-los. A segunda é sempre tentar ficar longe dos filhotes. Pois se a mãe achar que eles estão em risco, pode se tornar bem agressiva.
3. PASSAR REPELENTE!
4. NÃO ABRIR OS VIDROS.
Essa é uma regra que quase ninguém respeita. Acho isso bem perigoso e explico os motivos. Os animais normalmente andam em grupo, certo ? Por diversas vezes vimos um animal do lado direito do carro e nos viramos para esse lado. Depois, ao olharmos para o lado esquerdo, víamos que a outra parte do grupo estava lá. E quando você abre o seu vidro para fotografar um animal, naturalmente você não estará olhando para o outro lado do carro para saber se tem outro vindo. Se o animal for baixo você não irá vê-lo, já que estará focado na sua “fotografia premiada”. Numa dessas vem um animal pelo outro lado e avança em você. E não esqueça dos macacos que surgem do nada e gostam de “brincar”. A maioria dos acidentes ocorre por causa dessa imprudência. Portanto, não acho uma boa burlar essa regra.
5. TRANQUE AS PORTAS DO CARRO
Dá uma olhada nesse vídeo. Não aconteceu conosco, mas é bem didático.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=72&v=TZJr93jbBOg
Tá certo que ter história para contar é legal, mas não precisa exagerar.
Seguimos essas dicas e não tivemos qualquer problema.
No mais, aproveite. É uma experiência indescritível. Estar no habitat dos animais gera uma sensação de respeito sem igual. Em um zoológico você se sente superior, pois o animal está preso, sob controle. Ali, em plena selva, quem manda são eles. É uma inversão total de perspectiva.
Se você quiser mais alguma informação ou quiser tirar alguma dúvida é só usar o e-mail seguinte: reynaldo@bigornaviagens.com.br.
Viajar é fazer História. A sua! História.
(Marilia B.G.)
A Pousada Villa Beija-Flor, afastada em 400 m do Centro de Jericoacoara, e não em apenas 100 m conforme anuncia em site especializado em hospedagens, é uma boa sugestão de hospedagem na vila.
IMAGEM DESTACADA: Vista interna da pousada. Todos os quartos têm vista para a piscina.
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